LIMPEZA QUÍMICA E PASSIVAÇÃO. Em Sistemas Críticos de Alta Pureza

Documentos relacionados
ELETROPOLIMENTO. Introdução: A REVOLUÇÃO DO ACABAMENTO DE SUPERFÍCIE PARA COMPONENTES E EQUIPAMENTOS FABRICADOS EM AÇOS INOXIDÁVEIS

TECNOLOGIA EPD-H A TECNOLOGIA

MATERIAIS, SUPERFÍCIES, E COMPONENTES PARA SISTEMA WFI E OUTROS SISTEMAS DE TUBULAÇÕES SANITÁRIAS

Mecanismos de Formação do Rouge

LIMPEZA E SANITIZAÇÃO EM MICROCERVEJARIAS

Corrosão e degradação de materiais. Modificação aparência. Interação Comprometimento pp mecânicas

CORROSÃO PATOLOGIA E RECUPERAÇÃO DAS CONSTRUÇÕES. Prof. Mazer AULA 05

Corrosão: Definições e implicações práticas Aspectos termodinâmicos Formas de controle

O Tratamento Superficial Mecânico é o método mais comumente utilizado para equipamentos fabricados em aço inoxidável.

Catálogo de produtos

CORROSÃO EM FRESTAS ("crevice corrosion")

PMT CORROSÃO E PROTEÇÃO DOS MATERIAIS

ROUGE O QUE É ROUGE? ONDE APARECE O ROUGE? CONHEÇA MELHOR ESTE PROBLEMA DE CORROSÃO EM SISTEMAS DE ÁGUA PURIFICADA

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR

SUMÁRIO. 1 Introdução Obtenção dos Metais Apresentação do IBP... xiii. Apresentação da ABENDI... Apresentação da ABRACO...

BIOFILMES BACTERIANOS FORMAÇÃO E CONTROLE DA ADESÃO

Oxy-Cut Processos de Fabrico. Trabalho de pesquisa efetuado por Rodrigo Chora

Índice. Agradecimentos... Prefácio da Edição Revisada... Prefácio...

1 Introdução Princípios Básicos da Corrosão Eletroquímica... 5

Em conformidade com os parâmetros abaixo recomendados na implementação do revestimento, você previne danos às pedras Preciosa.

Nitretação em banho de sal Durferrit TF 1 (BR) processo TENIFER. Dados relativos aos Sais e ao processo TENIFER

OXIDAÇÃO DE METAIS INTRODUÇÃO

13/10/2009. Introdução Características gerais Etapas do Processo de Fabricação Geometria Vantagens Equipamentos Produtos

HIGIENIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES

PHA 3418 TECNOLOGIA DE SEPARAÇÃO POR MEMBRANAS PARA TRATAMENTO DE ÁGUA E EFLUENTES. Aula 8 Procedimentos de Limpeza química e Sanitização

PLPH. Aplicações do PLPH

Estudo das reações químicas para geração de energia.

Corrosão das Armaduras das Estruturas de Concreto

NOTAS DE AULAS - VII

Enfª. Sandra De Lello Dep. de Qualidade e Treinamento

DIVISÃO

CORROSÃO. Processo de destruição superficial de um metal, dando origem a sais iónicos (óxidos hidróxidos) do referido metal

TECNOLOGIA DEROUGE-H. Fone: /6

Tratamentos termoquímicos

Soldagem por Alta Frequência. Maire Portella Garcia -

Brasil 2017 SOLUÇÕES INTEGRADAS EM ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS

Análise de Falha de Tubulação de Soda Sulfídica

TM373 Seleção de Materiais Metálicos

CORROSÃO ATMOSFÉRICA. É extremamente dependente das condições no local de exposição.

Fique sabendo. Como aumentar a vida útil de seu instrumento cirúrgico?

CORROSÃO E DEGRADAÇÃO DE MATERIAIS. Proteção e Combate à Corrosão CARLA SOARES SOUZA

Os aços inoxidáveis quando agrupados de acordo com suas estruturas metalúrgicas, apresentam-se em três grupos básicos:

CADERNO DE ENCARGOS INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO/ CAMPUS PINHEIRAL

AVALIAÇÃO DA BIOCORROSÃO EM ESTRUTURAS METÁLICAS ENTERRADAS

Química Aplicada. Professor Willyan Machado Giufrida

Processo de Soldagem MIG/MAG. Processo MIG / MAG Prof. Vilmar Senger

Oxidação térmica e processos PECVD

O ALUNO DEVERÁ VIR PARA A AULA DE RECUPERAÇÃO COM A LISTA PRONTA PARA TIRAR DÚVIDAS.

Saneamento Ambiental I. Aula 12 Parâmetros de Qualidade de Água - Potabilização

Corrosão em Juntas Soldadas

PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO A PARTIR DA REFORMA DO ETANOL

EFEITO DOS ELEMENTOS DE LIGA NOS AÇOS RSCP/ LABATS/DEMEC/UFPR

NOÇÕES DE SOLDAGEM. aula 2 soldabilidade. Curso Debret / 2007 Annelise Zeemann. procedimento de soldagem LIGAS NÃO FERROSAS AÇOS.

CORROSÃO DE AÇO CARBONO PARA DUTOS EM ÁGUAS NATURAIS

Centro Universitário Padre Anchieta Controle de Processos Químicos Ciência dos Materiais Prof Ailton. Metais Não Ferrosos

Corrosão Metálica. Introdução. O que é corrosão? Classificação dos processos de corrosão. Principais tipos de corrosão

MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE (SANITIZAÇÃO) 1

Força relativa de oxidantes e redutores

Guia de Defeito Zinco Alcalino sem Cianeto

METAIS, AÇOS E PROCESSOS SIDERÚRGICOS

Técnicas de Limpeza e Sanitização

A INFLUÊNCIA DO ACABAMENTO DE SUPERFÍCIE NO DESEMPENHO DE COMPONENTES E EQUIPAMENTOS DE AÇOS INOXIDÁVEIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA E

Caixas d água em aço inoxidável ferrítico AISI 444 soldadas por costura. Ricardo Augusto Faria Paulo S. S. Bálsamo Ricardo José Costa.

Rua Trinta e Oito, 18A, Vila dos Técnicos - Timóteo/MG. Manual de Soldagem

Disciplina: Projeto de Ferramentais I

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO USO DO IMIDAZOL COMO INIBIDOR DE CORROSÃO DO AÇO 420-R.

8 GAB. 1 1 O DIA PROCESSO SELETIVO/2006 QUÍMICA QUESTÕES DE 16 A 30

longitudinal para refrigeração, limpeza e remoção de fragmentos de solos provenientes da perfuração, Figura 10.

TIPOS DE PROCESSOS DE BRASAGEM

Degradação e Protecção de Materiais

PROCESSO DE TRATAMENTO

Soldagem arco submerso III

Processo de Soldagem Eletrodo Revestido

Revestimento especial Corrotect. Proteção anticorrosiva para rolamentos

Aço Inoxidável Ferrítico ACE P444A

O Aço Sem Manchas (Stainless Steel)

Tratamento de Água: Generalidades Aeração

Transição ativo-passiva. Corrosão ativa. Fig.1 Curva de polarização anódica esquemática de um metal que é capaz de passivar-se em dado meio.

AULA DE RECUPERAÇÃO PROF. NEIF NAGIB

ESTUDO DA VELOCIDADE DE CORROSÃO EM LIGAS DE Al-3%Cu E Al-5%Cu

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO CAMPUS VALENÇA SÉRIE: 1º ANO DISCIPLINA: QUÍMICA PROFESSOR: JOSÉ TIAGO PEREIRA BARBOSA

2. (Uerj 2014) Cientistas podem ter encontrado o bóson de Higgs, a partícula de Deus

Corrosão por frestas em um sistema de tubulação de aço inox 304L causa: soldagem sem penetração completa

PRECIPITAÇÃO DA AUSTENITA SECUNDÁRIA DURANTE A SOLDAGEM DO AÇO INOXIDÁVEL DUPLEX S. A. Pires, M. Flavio, C. R. Xavier, C. J.

FÍSICO QUÍMICA AULA 5 - ELETRÓLISE

FORNO T4 (c/ Atm. Controlada) AUTOMATIZADO

Revestimento Níquel Químico

INTEMPERISMO QUÍMICO MUDANÇAS QUÍMICAS DE MINERAIS DA SUA FORMA MAIS INSTÁVEL PARA MAIS ESTÁVEL

Parte 2. Química Aplicada. Professor Willyan Machado Giufrida

TÍTULO: ESTUDO E AVALIAÇÃO DA SUSCETIBILIDADE À CORROSÃO DE AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS EM AMBIENTE INDUSTRIAL

Funções e Importância da Água Regulação Térmica Manutenção dos fluidos e eletrólitos corpóreos Reações fisiológicas e metabólicas do organismo Escassa

Caso de Sucesso (O&G) Preservação Interna de Tubos Teste Hidrostático

ELECTROQUÍMICA E CORROSÃO

HIDROMETALURGIA E ELETROMETALURGIA. Prof. Carlos Falcão Jr.

ESTUDO DA CORROSÃO DO Al RECICLADO DA INDÚSTRIA DE BEBIDAS

Gases para a área ambiental.

Metalurgia da Soldagem Particularidades Inerentes aos Aços Carbono

Disciplina: Química Professor: Lourival Neto Cidade: Uberlândia

Preparação de Superficies

MONITORAÇÃO DA CORROSÃO INTERNA DE DUTOS PROCEDIMENTOS, TÉCNICAS E INCERTEZAS

Transcrição:

LIMPEZA QUÍMICA E PASSIVAÇÃO Em Sistemas Críticos de Alta Pureza

TIPOS DE CONTAMINAÇÃO (FONTES) Contaminação Orgânica Sujidade oriunda de resíduos dos produtos, gorduras, proteínas, óleos, etc. Contaminação Inorgânica Sujidade oriunda de resíduos de processo de fabricação por limpeza inadequada e sais provenientes de água dura.

As sujidades aderem às superfícies em função de: 1. Superfícies Rugosas obtidas tipicamente de Processos de Acabamentos Mecânicos. 2. Poros, Reentrâncias e Microfissuras. 3. Ação de Forças de Ligação Eletrostática. 1 + 2 + 3 = Energia de Adesão

Efeito do Lixamento Mecânico na Superfície Perfil da Superfície Rugosa (picos + vales). Aumento da área absoluta (80% da área efetiva). Propicia o ancoramento de sujidades e bactérias. Incrustação de produtos. Tensões de Tração Pt. Corrosão acentuada da superfície por pites em contato com produtos agressivos. Corrosão sob Tensão Fraturante (material exposto a meios contendo halogênios: Cl, F, I, Br ).

Uma superfície após o Eletropolimento HUMMA Perfil de superfície sem picos e vales acentuados Livre de tensões superficiais Pura com elevada sanitariedade Valores de rugosidade entre 40% a 60% menor comparados com os valores obtidos por processos mecânicos Brilhante e homogênea em toda a extensão Visualmente lisa e reflexiva PERFIL REAL DA SUPERFÍCIE OBTIDO POR RUGOSÍMETRO ANTES DO ELETROPOLIMENTO APÓS ELETROPOLIMENTO

Quanto menor a rugosidade melhores são os resultados do processo de higienização. EFEITO DO ACABAMENTO DE SUPERFÍCIE SOBRE O TEMPO DE LIMPEZA COMPARAÇÃO ESQUEMÁTICA DA MICRO-RUGOSIDADE DE UMA CÉLULA MICROBIANA

MICROFOTO EM MEV MOSTRANDO MICROORGANISMOS ALOJADOS NOS MICROSULCOS DE UMA SUPERFÍCIE LIXADA MECANICAMENTE

LIMPEZA QUÍMICA DA SUPERFÍCIE HE = Energia Química X Energia Mecânica X Energia Térmica X Tempo Compostos de substâncias ácidas Compostos de substâncias neutras Compostos de substâncias alcalinas

Objetivo Remoção de contaminantes da superfície metálica. Garantir máxima resistência à corrosão do inox. Prevenção de contaminação de produto. Alcance da aparência desejada.

Passividade: Propriedade que o aço inox apresenta de minimização de reatividade química sob certas condições especiais de ambiente. Passivação: Significa obter a condição eletroquímica de Passividade do aço inox através da estabilização da Camada Passiva ou Filme Passivo, realizado normalmente por aplicações químicas especiais.

Camada Passiva: Resultado do processo da passivação. CAMADA PASSIVA ZONA DE TRANSIÇÃO METAL BASE Óxido de Cromo + Óxido de Ferro (2:1) (na prática Cr 2 O 3 ). Espessura ± 10 a 30 Å Fe ± 65% Cr ± 18% Ni ± 10% Mo ± 2% Restante C, Mn, Si, S, P, etc.

MECANISMOS DE CORROSÃO DO AÇO INOX EM SISTEMAS CRÍTICOS Em soluções ácidas: (H + ) é reduzido a gás hidrogênio (H 2 ) Reação de Oxidação: Fe 0 Fe 2+ + 2e - Reação de Redução: 2H + + 2e - H 2 Reação Global: Fe 0 + 2H + Fe 2+ + H 2

Em soluções neutras ou básicas, Oxigênio dissolvido (O 2 ) é reduzido a Hidróxido (OH - ) Reação de Oxidação: Fe 0 Fe 2+ + 2e - Reação de Redução: ½O 2 + H 2 O + 2e - 2OH - Reação Global: Fe 0 + ½O 2 + H 2 O Fe 2+ + 2OH -

Podemos também expressar: 2Fe 0 + 4H 2 O 2FeO(OH) + 3H 2 Oxidação do Óxido Ferroso Hidratado para Óxido Férrico (Fe 2 O 3 ) que produz a cor avermelhada. 2FeO(OH)3 Fe 2 O 3 + 3H 2 O

Fatores que influenciam a corrosão em sistemas críticos: Gases dissolvidos Oxigênio Gás carbônico Material em suspensão Sais dissolvidos Microrganismos Temperatura ph Velocidade

PONTOS A SEREM CONSIDERADOS PARA REALIZAÇÃO DE UMA LIMPEZA QUÍMICA Eliminação de elementos e compostos nocivos na matriz metálica. Impurezas adicionadas durante os processos mecânicos de acabamento. Resíduos de oxidação deixados na ZTA de soldas. Impurezas introduzidas pelo gás purgante durante o processo de soldagem.

Material de preenchimento de solda usado na soldagem da unidade de geração de água. Impurezas introduzidas durante o teste hidrostático (contaminantes de água purificada, potável). O uso de metais desiguais às vezes encontrados nas unidades de geração e sistemas de distribuição. O uso de materiais de gaxeta inapropriados e manuseio inadequado de material.

METODOLOGIA CONVENCIONAL PARA REALIZAÇÃO DE LIMPEZA QUÍMICA E PASSIVAÇÃO (ASTM A380) Realizada em 3 etapas com ácidos inorgânicos minerais: 1ª Etapa: Limpeza Alcalina. 2ª Etapa: Decapagem Ácida (HF + HNO 3 ) 3ª Etapa: Passivação (HNO 3 )

Problemas de se utilizar Limpeza Convencional Controle rígido do Processo de Limpeza (num pequeno descontrole mata-se o carrapato e o cavalo junto). Produtos químicos perigosos para manipulação (segurança do operador). Produtos tóxicos ao meio ambiente (Vazamento? Inapropriado para descarte).

METODOLOGIA ATUAL PARA REALIZAÇÃO DE LIMPEZA QUÍMICA E PASSIVAÇÃO (ASTM A380) Realização em 3 etapas por Quelação Complexa: 1 Estágio: Quelação Complexa Alcalina. 2 Estágio: Quelação Complexa Ácida. 3 Estágio: Quelação Complexa Passivante.

Vantagens da Limpeza Química por Quelação Complexa comparada com a Limpeza Química Convencional. Processo de limpeza mais eficiente. Efetividade na retirada dos contaminantes sem danificar a instalação. Produtos químicos de baixa agressividade não perigosos ao manuseio. Produto com baixa toxidade (pouco agressivo ao meio ambiente)

A IMPORTÂNCIA DA LIMPEZA CRÍTICA EM SISTEMAS DE ALTA PUREZA Ambientes críticos e corrosivos. Formação efetiva da camada passiva. Maior resistência à corrosão (menor formação de Rouge). Superfícies extremamente limpas (pureza dos produtos). Garantia contínua do sistema pela ausência de impurezas e contaminantes gerados na superfície de contato.

METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA CRÍTICA HUMMA EM CONFORMIDADE COM A NORMA ASME BPE 1997 V.2002 Limpeza Química e Passivação por Quelação Complexa aplicado em sistemas novos para processo e água purificada. Tubulações e equipamentos (região interna). Limpeza Eletrolítica e Passivação aplicado em equipamentos e componentes para sistemas críticos (região interna e externa). Eletropolimento Tecnologia EPL-H Process.

Tel.: 11-5591-6242 - Fax: 11-5591-6240 humma@humma.com.br comercial@humma.com.br www.humma.com.br