Roteiro da Apresentação 1. Evolução Histórica 2. Problemas de Aplicabilidade 3. Reflexões
Evolução Histórica da Legislação Brasileira Período Colonial (século XVI a XIX) contrabando de animais (rota marítima das grandes explorações e cultura de violência coisa de ninguém (res nullius) Império (1822 a 1889) Código de Posturas de São Paulo (1886) República (1889)
Decreto Federal nº 16.590, de 10 de setembro de 1924 (Regulamento das Casas de Diversões Públicas): Art. 5º vedava a concessão de licenças para corrida de touros, garraios, novilhos, brigas de galo e canários e quaisquer outras diversões desse gênero que causem sofrimento aos animais. Decreto Federal nº 24.645 de 10 de julho de 1934 proibiu a prática de maus-tratos aos animais com medidas de proteção na esfera civil e penal.
Decreto-lei n. 3.688/41 Lei das Contravenções Penais: Art. 64. Tratar animal com crueldade ou submetê-lo a trabalho excessivo: Pena prisão simples, de dez dias a um mês, ou multa, de cem a quinhentos mil réis. 1º Na mesma pena incorre aquele que, embora para fins didáticos ou científicos, realiza em lugar público ou exposto ao publico, experiência dolorosa ou cruel em animal vivo. Código de Caça (Lei n. 5.894/43)
Lei de Proteção à Fauna (Lei Federal nº 5.197/67) Animais como propriedade do Estado Decreto-lei nº 221/67 (Código da Pesca) alterado posteriormente pela Lei Federal nº 7.679/88. Declaração Universal dos Direitos do Animal de 1978 Lei Federal nº 6.638/79 normas para vivissecção de animais (revogada pela Lei Federal nº 11.794/08 que estabelece o procedimento para o uso científico dos animais)
Lei Federal nº 6.938/81 (Política Nacional do Meio Ambiente): Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. Lei Federal nº 7.173/83 (regulamenta o funcionamento dos jardins zoológicos)
Constituição Federal de 1988 Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
Fauna como função ecológica: Manutenção e equilíbrio do ecossistema bem ambiental difuso da sociedade
Lei Federal nº 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais): Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. Lei Federal nº 9.795/99 (Política Nacional de Educação Ambiental)
Lei Federal nº 9985/00 (Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação) Unidades de Proteção Integral: Art. 13. O Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. 1 o O Refúgio de Vida Silvestre pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários.
Problemas de Aplicabilidade Primazia da proteção à flora Auxílio Técnico na efetividade da Legislação Princípio da prevenção e da eficiência da administração pública (falta de fiscalização, abrigos e políticas públicas) Infrações de menor potencial ofensivo Cultura da violência O papel das ONGs
Reflexões Necessidade de parcerias e concepção do conjunto de saberes Investimentos pelo Poder Público Educação Ambiental
Obrigada! SANDRA MARA GARBELINI Promotora de Justiça do MP-GO sandra.mara@mp.go.gov.br