AMILCAR RODRIGUES BRUNA LARIANE LINO CARMEN NELI RIBEIRO RODRIGO SANTIAGO



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Transcrição:

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM AMILCAR RODRIGUES BRUNA LARIANE LINO CARMEN NELI RIBEIRO RODRIGO SANTIAGO IMUNIZAÇÃO Atrasos vacinais na infância PALMITAL 2011

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM AMILCAR RODRIGUES BRUNA LARIANE LINO CARMEN NELI RIBEIRO RODRIGO SANTIAGO IMUNIZAÇÃO Atrasos vacinais na infância Trabalho apresentado à Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Enfermagem do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, Escola Técnica Prof. Mario Antonio Verza Palmital, como requisito parcial para obtenção do grau de Técnico em Enfermagem. Orientador: Prof. Claudinei Aparecido dos Santos. PALMITAL 2011

Ficha Catalográfica LINO, Bruna Lariane; RIBEIRO, Carmem Neli; RODRIGUES, Amilcar; SANTIAGO, Rodrigo. Imunização: atrasos vacinais na infância. Amilcar Rodrigues; Ficha Catalografica Bruna Lariane Lino; Carmen Neli Ribeiro; Rodrigo Santiago. Orientador: Claudinei Ap. Santos, Palmital, SP: 2011. Trabalho de Conclusão de Curso Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Enfermagem do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, Escola Técnica Prof. Mario Antonio Verza Palmital, 2011. 1. Imunização 2. Crianças 3. Atrasos vacinais

AMILCAR RODRIGUES BRUNA LARIANE LINO CARMEN NELI RIBEIRO RODRIGO SANTIAGO Banca Examinadora da monografia apresentada ao Curso de Técnico em Enfermagem da Etec Prof. Mario Antonio Verza, para obtenção do Grau Médio de Técnico em Enfermagem. Resultado: ORIENTADOR: ----------------------------------------------------------------------- Prof. Enf. Claudinei Aparecido dos Santos. 1 Examinadora: ------------------------------------------------------------------------ Prof. Enf. Fernanda Delantonia 2º Examinadora: ---------------------------------------------------------------------------- Prof. Enf. Coordenadora Patrícia Maia. Palmital, 29 de junho de 2011.

Dedicatória À DEUS por fazer do amanhecer um novo dia e ser o maior incentivador das nossas vidas.

AGRADECIMENTOS Ao professor Claudinei que acreditou em nós, transformou essa caminhada em realidade, acreditando que esse trabalho seria possível, nosso carinho, agradecimentos e admiração. Ao Diretor de Saúde Municipal que permitiu realizar essa pesquisa. Aos profissionais da área da saúde: Vigilância Epidemiológica, Centro de Saúde, PSFs: I, II, III, e Paraná pela manifestação de apoio e carinho. Agradecemos de modo particular Aos colegas participantes dessa monografia, pelo companheirismo e dedicação para conclusão desse trabalho. À Professora Vanessa Fagundes, pela contribuição aliada na experiência intelectual e profissional que foram imprescindíveis para nossa formação. À enfermeira Mariana Goering pela colaboração que nos motivou ao tema do trabalho, e gentilmente nos atendeu nos momentos de duvida. À Coordenadora do Curso Patrícia Maia pelo seu apoio, determinação, que fez presente em todas as horas que houve necessidade.

EPÍGRAFE ``O dia mais belo? Hoje. A coisa mais fácil? Equivocar-se. O obstáculo maior? O medo. O erro maior? Abandonar-se. A raiz de todos os males? O egoísmo. A distração mais bela? O trabalho. A pior derrota? O desalento. Os melhores professores? As crianças. A primeira necessidade? Comunicar-se. O que mais faz feliz? Ser útil aos demais. O mistério maior? A morte. O pior defeito? O mau humor. A coisa mais perigosa? A mentira. O sentimento pior? O rancor. O presente mais belo? O perdão. O mais imprescindível? O lar. A estrada mais rápida? O caminho correto. A sensação mais grata? A paz interior. O resguardo mais eficaz? O sorriso. O melhor remédio? O otimismo. A maior satisfação? O dever cumprido. A força mais potente do mundo? A fé. As pessoas mais necessárias? Os pais. A coisa mais bela de todas? O AMOR.`` Madre Teresa de Calcutá

LINO, Bruna Lariane; RIBEIRO, Carmem Neli; RODRIGUES, Amilcar; SANTIAGO, Rodrigo. Imunização: atrasos vacinais na infância. Trabalho de Conclusão de Curso Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Enfermagem do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, Escola Técnica Prof. Mario Antonio Verza Palmital, 2011. RESUMO Informar às pessoas quanto à importância da vacinação como medida de prevenção e controle são ações de educação em saúde. O profissional de saúde deve dar ênfase à necessidade de se administrar o número de doses, preconizado pelo calendário vigente (BRASIL, 2002, p. 197). Este estudo teve como objetivo identificar atrasos vacinais na infância com ênfase na faixa etária de 04 a 06 no 1º reforço vacinal (15 meses), e observar as orientações prestadas pelos vacinadores da sala de vacina centralizada em um Centro de Saúde do interior paulista, aos pais e/ou responsáveis. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quanti/qualitativa. A amostra constituiu-se de ficha de registros vacinais organizados por unidades de saúde do município. As variáveis foram organizadas em: faltosos de 4 a 6 anos, área de abrangência da unidade de saúde, classificação de gênero, idade e vacinas em atraso. Após análise dos dados, percebeu-se que durante a pesquisa de campo, não houve incidências de faltosos na faixa etária de 04, mas foi encontrado um número considerável de crianças faltosas na faixa etária de 05 a 08 anos. Conclui-se que os profissionais da equipe de enfermagem (vacinadores) têm buscado estratégias para atingir 100% da cobertura vacinal e orientar a população quanto à importância de seguir o calendário vacinal, mas consideramos importante uma abordagem com orientações específicas, neste momento, com o objetivo de dar orientações aos pais e/ou responsáveis pela criança sobre as doenças imunopreviníveis, os agravos à saúde que acarretam, a importância da imunização e cumprimento de todo o PNI na vida da criança. Palavras-Chave: 1. Imunização; 2. Criança; 3. Calendário Vacinal ABSTRACT Inform people about the importance of vaccination as a preventive measure and control are the actions of health education. Health professionals should emphasize the need to manage the number of doses recommended by the calendar effect (BRAZIL, 2002, p. 197). This study aimed to identify delays vaccine in childhood with emphasis on the age group 04 to 06 in the 1st booster shot (15 months), and observe the guidelines provided by vaccines vaccination room centered on a Health Centre in São Paulo State, the parents / guardians. It is a descriptive study based approach coati / qualitative. The sample consisted of sheet vaccination records organized by the municipal health units. The variables were organized into: absent from 4 to 6 years, area covered by the health unit, classification of gender, age and vaccines delayed. After analyzing the data it was noticed that during the field survey, there were no incidences of misconduct at the age of 04, but was found a considerable number of defaulting children aged 05 to 08 years. It is concluded that the professional nursing staff (vaccine) have sought strategies to achieve 100% immunization coverage and educating the public about the importance of following the immunization schedule, but we consider an important approach with specific guidance at this time, with order to provide guidance to parents and / or caretaker on immunopreventable diseases, the health problems they cause, the importance of immunization and implementing all of the PNI in the child's life. Keywords: 1. Immunization 2. Child 3. Vaccination schedule

LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Calendário Vacinal atualizado em 2011

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS BCG BACILLUS CALMETTE GUÉRIN (vacina contra tuberculose). C. C. CARTÃO CONTROLE C. S. CENTRO DE SAÚDE. CPAI COMISSÃO PERMANENTE DE ASSESORAMENTO EM IMUNIZAÇÃO. CVE CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DPT DIFTERIA TÉTANO COQUELUCHE ETEC CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA F. R. FICHA DE REGISTRO. FUNASA FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE MENING MENINGOCÓCICA C MS MINISTÉRIO DA SAÚDE N ou n - NÚMERO OMS ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE PAI PROGRAMA AMPLIADO DE IMUNIZAÇÕES. PNEUMO PNEOMOCÓCICA PNI PLANO NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO POLIO POLIOMIELITE. PSF PROGRAMA DE SAUDE DA FAMILIA. RNs RÉCEM-NACIDOS. SCR SARAMPO CAXUMBA RUBÉOLA. SIEAPV - SISTEMA DE INFORMATIZAÇÃO DE EVENTOS PÓS-VACINAIS. VE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Incidência segundo a área de abrangência Gráfico 2 - Incidência segundo o gênero Gráfico 3 - Incidência segundo o tipo de imunobiológico por unidade Gráfico 4 - Organização segundo idades em atraso

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 11 2 REFERENCIAL TEÓRICO... 13 3 JUSTIFICATIVA... 18 4 OBJETIVOS... 19 4.1 Objetivo Geral... 19.1 4.2 Objetivo Específico... 19.2 5 METODOLOGIA... 20 6 RESULTADO E DISCUSSÃO... 21 7 CONCLUSÃO... 26 8 REFERÊNCIAS... 28 9 ANEXO... 30 9.1 Instrumentos de coleta de dados... 31

11 1 INTRODUÇÃO Durante a realização de estágio curricular do curso técnico de enfermagem percebeuse, através do levantamento em registro de vacinas nos arquivos, que havia uma grande incidência de atrasos vacinais entre crianças na faixa etária de 4 a 6 anos, portanto, neste trabalho abordaremos o tema IMUNIZAÇÃO. E para atender esse propósito, viu-se a necessidade de uma pesquisa de campo e uma busca sistemática no arquivo de faltosos da sala de vacina do Centro de Saúde. O estudo foi desenvolvido no serviço de saúde de atenção primária do município de Palmital que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística têm 21.257 habitantes (IBGE 2010); o serviço é composto por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, as vacinas figuram entre os produtos biológicos mais seguros para o uso humano e os programas de vacinação consolidam gradativamente a sua posição entre as medidas de intervenção em saúde publica mais eficazes com relação custo-benefício favorável. A erradicação mundial da varíola, da poliomielite nas Américas é prova disso. A da interrupção e circulação do vírus do sarampo no Brasil e o declínio de doenças como a coqueluche, o tétano e difteria são os melhores resultados obtidos da utilização de vacinas de qualidade aplicadas (BRASIL, 2002). Segundo o MS, cabe aos profissionais de saúde informar as pessoas quanto à importância da vacinação, como medida de prevenção e controle, ressaltando a importância de administrar o número de doses, preconizado pelo calendário nacional (BRASIL, 2002). Essas ações também envolvem a administração de imunobiológicos que é controlada e avaliada nas instâncias (local, municipal, estadual e federal) com o objetivo principal de acompanhar e analisar o trabalho desenvolvido, bem como seus resultados e impactos. Um dos mecanismos utilizados para subsidiar esse controle é o registro das atividades, com o consequente arquivamento sistemático das informações (BRASIL, 2001). As atividades da vacinação são registradas em impressos específicos, de padronização nacional ou estadual. Nos municípios podem ser adotados outros registros, de acordo com as necessidades, como por exemplo, um documento para o registro de soros e imunoglobulinas (BRASIL, 2001). O Cartão da Criança é o documento oficial utilizado para acompanhamento e registro das vacinas recebidas e é válido em todo o território nacional, conforme Portaria do Ministério da Saúde nº 346, de 25 de abril de 1991. O Cartão de Controle ou ficha de registro

12 é um impresso de uso interno do serviço de saúde no qual são registradas informações sobre vacinação contidas no Cartão da Criança. É útil para o acompanhamento e controle da vacinação da clientela, pois serve como referência na busca de faltosos e, também, para organizar o arquivo permanente na sala de vacinação (BRASIL, 2001). Diante de tal relevância, os pesquisadores observaram que quando pensamos em resultados obtidos após as campanhas vacinais pensamos em cobertura vacinal, que nas unidades básicas de saúde as competências e habilidades são fatores essenciais para atender as exigências propostas pelo Programa Nacional de Imunização e mesmo assim conta com um número significante de faltosos. O tema proposto para investigação torna interessante no momento em que se discutem as divergências presentes entre faltosos e orientações prestadas pelo vacinador considerando-se que poderão ser insuficientes, levando-se em conta as mudanças de endereços, a falta de conhecimento dos pais e/ou responsáveis sobre as doenças que poderão ocorrer com não comprimento do calendário vacinal. Essas ações também envolvem a administração de imunobiológicos que são controlada e avaliada nas instâncias (local, municipal, estadual e federal) com o objetivo principal de acompanhar e analisar o trabalho desenvolvido, bem como seus resultados e impactos. Um dos mecanismos utilizados para subsidiar esse controle é o registro das atividades, com o conseqüente arquivamento sistemático das informações (BRASIL, 2001). Os levantamentos realizados nas áreas de abrangência das unidades de saúde apontaram 360 crianças faltosas, que foram descritos de modo quanti/qualitativo no decorrer do trabalho, obedecendo à classificação das abordagens e descritas segundo a sua incidência. 2 REFERENCIAL TEORICO De acordo com as Normas Técnicas do Programa de Imunização, a primeira norma do PNI tornou-se publica em 1968, sob as ações do Dr. Walter Leser, secretario de estado na época e como parte para complementar para essas ações foi criado o Programa Nacional de Imunização (PNI) em 1973, no sentido de unir idéias para viabilizar a atuação e as ações do governo, incluindo os objetivos e as diretrizes do Programa Ampliado de Imunizações (PAI) da OMS que antes eram selecionadas por ação única do programa nacional para controle de doenças, como a Campanha de Erradicação da Varíola, e Poliomielite etc. (BRASIL, 2008).

13 A partir desta época o Ministério da Saúde MS define as vacinas obrigatórias do calendário vacinal permitindo que os estados criassem medidas de acordo com a sua realidade (BRASIL, 2008). Em 1925, iniciou-se o uso da BCG, já utilizada mundialmente, e também da produção de vacinas no país, o mesmo ocorreu com a febre amarela em 1937. Em meados de 1967 começa a sistematização do registro de eventos adversos, mas somente nos anos 90, a Organização Mundial de Saúde OMS recomendou se notificar e registrar os eventos adversos pós-vacinais. O Programa Nacional de Imunização (PNI) implantou o SIEAPV Sistema de Informatização de Eventos Pós-Vacinais que permite ter acesso e analise rápida de dados ocorridos (BRASIL, 2002). Segundo o Ministério da Saúde, o registro da primeira vacina no Brasil surgiu em 1805, trazido pelo Marquês de Barbacena, em forma de vírus vacinal no braço de um escravo. (BRASIL, 2002). No aspecto técnico e científico, as imunizações no Estado de São Paulo têm a ajuda da Comissão de Assessoramento em Imunizações CPAI, instituída em 1987 na Secretaria de Saúde pela Resolução 55-56 de 23-05-2006 (BRASIL, 2008). Em virtude dos conhecimentos e recursos disponíveis que surgiram sobre doenças transmissíveis, tornou-se importante a revisão das normas com propostas de alterações no calendário vacinal do estado de São Paulo. Dessa forma a CPAI tem o compromisso de divulgar anualmente o calendário vacinal no sentido de orientar os serviços de saúde e os sistemas de vigilância para o desenvolvimento de ações junto à população (BRASIL, 2008). Em geral, as vacinas são produtos biológicos seguros para o ser humano e o programa de vacinação vem se tornando cada vez mais sólido, quanto às medidas e intervenções em saúde publica (BRASIL, 2002). Atualmente, o Plano Nacional de Imunização possui a cobertura contra 10 doenças imunopreviníveis, incluindo sua última atualização através do Suplemento das Normas Técnicas do Programa de Imunização deste ano (BRASIL, 2011), como vemos na tabela a seguir:

14 IDADES VACINAS Ao nascer BCG 1 + HEPATITE B 2 2 meses POLIOMIELITE (ORAL) + HEPATITE B + DTP-Hib + ROTAVÍRUS 3 3 meses PNEUMOCÓCICA 10 valente + MENINGOCÓCICA C 4 meses POLIOMIELITE (ORAL) + DTP-Hib + ROTAVIRUS4 5 meses PNEUMOCÓCICA 10 valente + MENINGOCÓCICA C 6 meses POLIOMIELITE (ORAL) + DTP-Hib + HEPATITE B 7 meses PNEUMOCÓCICA 10 valente 9 meses FEBRE AMARELA 5 12 meses SARAMPO-CAXUMBA-RUBÉOLA + MENINGOCÓCICA C 15 meses POLIOMIELITE (ORAL) + DTP + PNEUMOCÓCICA 10 valente 4 a 6 anos POLIOMIELITE (ORAL) + DTP + SARAMPO-CAXUMBA-RUBÉOLA Figura 1- Calendário Vacinal atualizado em 2011. (BRASIL, 2011) Durante a pesquisa sobre o tema da imunização, verificou-se que vários autores já apresentaram trabalhos sobre este assunto. Então, dada a importância da abordagem, faremos uma breve apresentação sobre alguns autores. Gatti e Oliveira (2005), procuraram identificar as características sócio-familiares, grau de conhecimento sobre vacinas, situação vacinal real e razões alegadas que poderiam estar relacionadas com o atraso no esquema de imunização por meio de inquérito domiciliar nos domicílios dos faltosos no bairro Pousada da Esperança l e ll de Bauru. O trabalho foi realizado com 79 crianças menores de 6 anos de idade e deste total, foram localizadas 47. Os pesquisadores identificaram que os atrasos foram explicados pela grande mobilidade das famílias, devido à precariedade social que as caracterizava, além de serem famílias do tipo conjugal, em constituição. Os responsáveis pelas crianças apresentavam baixo grau de escolaridade, estavam desempregados ou realizavam atividades não qualificadas e, destas famílias, 98% encontravam-se na condição de pobreza. Em geral, verificaram que tinham boa concepção sobre a importância da vacinação. As razões para o atraso vacinal foram: esquecimento, doença da criança, horário de funcionamento da UBS e distância da moradia em relação a ela. Observaram, também, que 64% das crianças faltosas identificadas pela UBS estavam em dia com o calendário vacinal e concluíram que deveria haver uma busca ativa dos faltosos até que o serviço de saúde estivesse conectado a um sistema de informação integrado, além de sugerirem a implantação do Programa de Saúde da Família no bairro. (GATTI e OLIVEIRA, 2005). Já Figueiredo (2006), aprofunda alguns aspectos em sua tese de doutorado relacionados à vacinação de crianças desenvolvida na rede básica de serviços públicos de saúde em uma cidade do interior paulista, apresentando uma leitura das experiências

15 familiares no cuidado com a vacinação de crianças menores de dois anos, buscando subsídios para o cuidado de enfermagem na vacinação. A pesquisa consistiu de entrevistas gravadas nos domicílios de 19 famílias moradoras na área de abrangência de duas UBS de Franca-SP. Foram analisados o cotidiano do cuidar da criança, conhecimentos práticos e científicos sobre a vacina, responsabilidade e obrigatoriedade da vacina e aplicação das práticas de vacina de crianças. Em geral, observouse que a vacina não é lembrada entre os cuidados familiares dispensados às crianças. A vacinação apresentou-se como obrigatoriedade, mostrando, assim, os aspectos que influenciam as relações nas salas de vacina entre os familiares e os profissionais de saúde, além de aparecer desligada dos cuidados cotidianos da criança. Da análise desses dados, foram identificados os seguintes elementos da não vacinação: a inexperiência e dependência no empenho dos pais, estado civil solteira, excesso de tarefas, recusa de aplicações simultâneas de vacinação e a relação com o serviço de saúde, além dos elementos potenciadores da vacinação: ter experiência e realização pessoal no papel de ser pai/mãe, temor ao adoecimento, reconhecimento como um bom cuidado, possuir conhecimentos práticos e científicos de vacina e de manejo com os eventos adversos e as relações com o serviço de saúde (Figueiredo, 2006). No mesmo trabalho, esta autora considerou as seguintes sugestões das famílias entrevistadas relacionadas às estratégias de aproximação com as crianças/famílias faltosas à vacinação: informações pelos meios de comunicação, cartazes, seguimento de crianças, visita domiciliar e envolvimento de profissionais e serviços de outras áreas. Assim, concluiu que o modo como as famílias cuidam da vacinação das crianças pode estar ligado ao modo de ser daquelas pessoas e ao modo como as práticas se organizam, demonstrando uma necessidade de integração entre a prática de vacinação e cuidados à saúde da criança nos serviços de atenção primária à saúde (Figueiredo, 2006). Partindo dessas considerações, torna-se necessário repensar a prática de enfermagem nas salas de vacina, com o objetivo de articular o saber técnico e saber prático. A prática de vacinação envolve diversos aspectos científicos e técnico-operacionais que dizem respeito aos agentes imunizantes e à pessoa a ser imunizada. Para isso, é necessário que a equipe de vacinação esteja ciente desses aspectos e assim perceba a necessidade de intervenções em situações diferentes das previstas e fundamentadas nas normas técnicas e nos princípios científicos da enfermagem (BRASIL, 2008).

16 É preciso que atividade da sala de vacina seja elaborada adotando-se procedimentos preconizados no PNI em todos os momentos do atendimento: antes, durante e após a administração do imunibiológico à população (BRASIL 2011). A sala de vacina é o local destinado à administração de imunobiológico e tem que garantir a máxima segurança, prevenindo infecções nas crianças e adultos atendidos (BRASIL 2011). O responsável deve manter todos os equipamentos, materiais básicos para a conservação, administração e registros das vacinas de acordo com o PNI e suas normas técnicas operacionais. (BRASIL 2011). O treinamento da equipe é indispensável para desempenhar as funções básicas, no manuseio na conservação e administração dos imunobiológicos, como uma rotina diária a ser cumprida. (BRASIL 2011). Outro fator indispensável ocorre no momento do acolhimento aos responsáveis onde estes profissionais devem prestar orientações claras e concisas quanto às reações adversas, a importância da vacina e os reforços vacinais. Torna-se primordial a atitude do vacinador em consultar a carteira de vacina da criança confrontando com o cartão controle e atualizando os dados em ambos, e, no final das atividades diárias na sala de vacina, é necessário organizar e arquivar o cartão (BRASIL 2011). De acordo com o PNI, a vacina é uma forma de prevenir a ocorrência de algumas doenças na população, sendo importante o controle, que é o esquema básico preconizado pelo PNI, além de seguir o calendário vacinal (BRASIL, 2010). A Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975, dispõe sobre a organização das ações da VE sobre o PNI, estabelecendo normas relativas à notificação compulsória de doenças, e dá outra providência: coordenarão as ações relacionadas com o controle das doenças transmissíveis, orientando sua execução inclusive quanto à vigilância epidemiológica, à aplicação da notificação compulsória, ao programa de imunizações e ao atendimento de agravos coletivos à saúde, bem como os decorrentes de calamidade pública (BRASIL, 1975). E para fundamentar os achados, é necessário investigar o tema proposto para pesquisa visando produzir conhecimentos significativos aos profissionais de saúde para que possam oferecer oportunidades de melhor qualidade de atendimento e orientações, necessitando de intervenções onde o senso comum prevalece sobre o conhecimento científico e prático. Sabe-se que a formação profissional na sociedade capitalista é definida de acordo com as necessidades do sistema, e, nesse contexto, não podemos deixar de lado as

17 implicâncias políticas e ideológicas que se expressam no profissional da saúde, e as incidências na prática da enfermagem cotidiana, por isso, a produção do conhecimento deve envolver essas dimensões visando uma compreensão mais abrangente. As reflexões apresentadas em algumas literaturas consultadas (BRASIL, 2001; BRASIL, 2002; BRASIL, 2008; BRASIL, 2010; e BRASIL, 20011) estão relacionadas com a importância das vacinas, portanto a teoria e a prática do vacinador resultam em um processo de intenções que se entrecruzam na sala de vacina, tornando-se complexo entender porque há registro de um número variável de crianças faltosas nas unidades básicas de saúde do município.

18 3 JUSTIFICATIVA Durante a realização de estágio curricular do curso Técnico em Enfermagem pela ETEC Prof. Mário Antônio Verza de Palmital, os pesquisadores perceberam, através do levantamento em registro de vacinas nos arquivos nas salas de vacina da UBS, que havia uma grande incidência de atrasos vacinais entre crianças da faixa etária de 4 a 6 anos. Consideramos que o atraso vacinal de crianças na faixa etária de 4 a 6 anos é um fator de grande preocupação por expô-las ao risco de ocorrência de poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, difteria, tétano e coqueluche. Sabemos que existe em alguns países como Nigéria, Paquistão, Índia e Afeganistão a circulação livre do vírus da poliomielite e que com a globalização e a facilidade de acesso entre os países com o transporte aéreo, julgamos de fundamental importância a observação e quantificação da ficha de registros vacinais em atraso destas crianças, levantando dados que possam subsidiar ações futuras na resolução do problema. Assim, diante desta problemática, sentimo-nos motivados para o desenvolvimento deste trabalho de campo quanti-qualitativo, registrando o perfil destas crianças, além de analisar as informações prestadas pelo profissional da saúde aos pais e responsáveis.

19 4 OBJETIVOS 4.1 Objetivo geral: Identificar a incidência de crianças faltosas na faixa etária de 4 a 6 anos ao reforço vacinal e as orientações prestadas pelo profissional de enfermagem no 1º reforço vacinal. 4.2 Objetivos específicos: Quantificar atrasos vacinais na faixa etária 4 a 6 anos; Analisar a ficha de espelho e mapear o número de crianças faltosas; Observar as orientações feitas pelo profissional da sala de vacina aos pais e/ou responsáveis no 1º reforço vacinal e 15 meses; Identificar o bairro que tem maior índice de atrasos vacinais; Gerar reflexão quanto à temática.

20 5 METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa, descritiva, de campo, fundamentada em referencial teórico, desenvolvido no período de 17 de fevereiro a 04 de abril de 2011, através de pesquisas bibliográficas em livros e nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, Centro Latino-americano do Caribe de Informação em Ciências da Saúde e Plataforma Lattes. Para realização da coleta dos dados em campo de pesquisa, foi encaminhado a Secretaria Municipal de Saúde um oficio com o pré-projeto para avaliação e autorização para que a pesquisa pudesse ser desenvolvida. O estudo foi desenvolvido no serviço de saúde de atenção primária do município de Palmital. Esse serviço é composto por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Para o início dos trabalhos em campo, os pesquisadores apresentaram aos enfermeiros responsáveis pelas unidades os objetivos e justificativa da pesquisa que, após alguns questionamentos e orientações das normas e rotinas do setor, autorizaram o início dos trabalhos. A amostra foi composta por fichas de registros vacinais das cinco unidades: (PSF I, PSF II, PSF III, PSF Paraná e Centro de Saúde). O critério para composição da amostra foi definida na fase de pré-projeto considerando os objetivos de identificar a incidência de crianças faltosas na faixa etária de 4 a 6 anos ao reforço vacinal, quantificar os atrasos vacinais na faixa etária de 4 a 6 anos, analisar ficha de registros vacinais, mapear o número de crianças faltosas, observar as orientações feitas pelo profissional da sala de vacina aos pais e/ou responsáveis no primeiro reforço vacinal (15 meses), identificar o bairro que tem o maior índice vacinal e gerar uma reflexão quanto à temática. Os instrumentos de coleta de dados adotados estruturam a pesquisa de campo para levantamento dos atrasos vacinais e as orientações prestadas e/ou responsáveis.

21 6 RESULTADO E DISCUSSÃO A seguir serão analisados e discutidos os resultados encontrados através do registro de faltosos na sala de vacina do Centro de Saúde com levantamento em Cartão Controle e observação das ações envolvendo o vacinador na abordagem e orientações prestadas aos pais e/ou responsáveis. Primeiramente, serão apresentadas as características da amostra; no segundo momento, a incidência de crianças em atraso vacinal, o índice de faltas por idade, sexo, unidades de abrangência de maior incidência e classificação das vacinas em atraso; no terceiro momento, apresentaremos as orientações prestadas pelo vacinador e a relação destas com os atrasos dos reforços vacinais. Inicialmente, para o levantamento dos dados foi utilizado o Cartão Controle, chamado pelas vacinadoras de ficha espelho, organizadas por ordem alfabética da letra A a Z e separadas pela incidência no atraso vacinal, classificando-as por sexo, idade e unidade de referência. A pesquisa identificou no município, segundo os registros, a existência de 34 crianças em atraso vacinal com idade de 05 anos, 52 crianças em idade 06 anos, além desta faixa etária identificou-se ainda 20 crianças com 07 anos e 02 crianças em idade de 08 anos, totalizando 108 crianças. Estes dados foram levantados por área de abrangência orientada pelos endereços que constavam no Cartão Controle. Para facilitar a identificação, classificamos estes por suas respectivas unidades: Centro de Saúde, PSF I, PSF II, PSF III, PSF Paraná, podendo assim destacar qual das unidades básicas de saúde teve o maior índice de faltosos. Com relação ao número e gêneros foram identificados 55 crianças do sexo feminino e 53 crianças do sexo masculino em atraso vacinal. Com relação às vacinas, considerando-se todo o PNI, deixaram de ser administradas, 126 doses de Poliomielite, 05 doses de Rotavírus, 80 doses de DTP, 64 doses de Febre Amarela, 95 doses de SCR, totalizando 362 doses de vacinas em atraso. No PSF I, foram identificadas 11 crianças faltosas sendo 8 do sexo masculino e 3 do sexo feminino, e deixaram de ser administradas 37 vacinas. No o PSF II, as busca na área de abrangência nos levaram a 33 crianças em atraso vacinal, 110 vacinas deixaram de ser administradas em 17 crianças do sexo masculino e 16 crianças do sexo feminino.

22 Os levantamentos realizados na área de abrangência do PSF III demostraram um total de 15 crianças com 46 vacinas em atraso; 07 crianças do sexo masculino e 08 crianças do sexo feminino. Em outra parte da cidade, onde está localizado o PSF Paraná, foram identificadas 21 crianças faltosas e 75 doses de vacinas não administradas, sendo 07 crianças do sexo masculino e 14 do sexo feminino. Na sala de vacina do Centro de Saúde, a pesquisa nos levou a 28 crianças faltosas com 88 vacinas em atraso sendo 14 masculinos e 14 femininos. Após a análise dos dados, identificamos que a maior incidência de crianças faltosas concentra-se na área de abrangência do PSF Paraná e o maior número de imunização não administradas no PSF II. Para facilitar a interpretação dos resultados, organizamos os dados levantados utilizando técnicas estatísticas, descrevendo os percentuais em gráficos que serão apresentados a seguir: Gráfico 1 Incidência segundo a área de abrangência. No gráfico acima observar-se a maior incidência de atraso vacinal na unidade PSF II.

23 Gráfico 2 Incidência segundo o gênero: Este gráfico evidencia a maior incidência no sexo feminino. Com relação às vacinas entre 1 reforço e 2 reforço vacinal deixaram de ser administradas 101 doses de Poliomielite, 05 doses de Rotavírus, 106 doses de DTP, 63 doses de Febre Amarela e 87 doses de SCR. Gráfico 3 Incidência segundo o tipo de imunobiológico por unidade.

24 Segundo o Ministério da Saúde, a administração de vacinas deve aproveitar a oportunidade da presença dos pais e ou responsáveis nos serviços de saúde para a atualização do calendário vacinal levando em conta a disponibilidade e cobertura vacinal constante. Assim, para a eficiência da vacinação cumprindo o PNI deve-se oferecer a estes informações e orientações prestadas a cada atendimento permitindo sua continuidade (FUNASA, 2002). Durante a pesquisa, percebeu-se nos registros de ficha espelho que não havia crianças em atraso vacinal com 4 anos, porém foi encontrado um número variável de crianças em atraso vacinal na faixa etária de 5 a 8 anos. Assim, organizamos estes dados através do gráfico abaixo. Gráfico 4 Organização segundo idades em atraso: Percebe-se no gráfico que a idade com maior incidência em atraso vacinal foi de 6 anos com 52 casos; com 5 anos a incidência foi de 34; com 7 anos a incidência foi de 20 casos e com 8 anos tivemos 2 casos. 6.1 Orientações oferecidas pelo vacinador aos pais e/ou responsáveis Abaixo foram relacionadas as orientações colhidas, prestadas pelo vacinador e classificadas pelos assuntos abordados. Observamos que o vacinador durante o atendimento (no momento do agendamento e administração de vacina) oferece as seguintes orientações: 6.1.1 Orientações Gerais:. Sobre a possibilidade manifestação de febre;

25 - Sobre a conduta no caso de febre: não medicar procurar o pediatra; - Aos 15meses: orientação aos pais e/ou responsáveis que a próxima vacina será somente com 5 anos; - Em outro momento, ao administrar o 1 reforço vacinal orientação aos pais e/ou responsáveis a seguir o calendário vacinal. 6.1.2 Orientações Especificas - Orientação sobre horários e dias de vacinas da febre amarela: terças-feiras 9h. às 17h; - Informação aos pais e/ou responsáveis, após administrar a vacina de Febre Amarela, sobre a próxima vacina agendada a ser administrada segundo o PNI; - Orientações quanto aos cuidados na incidência de febre, a serem realizadas ao lactente com 2 meses de idade após administração das vacinas Pólio, Hepatite B, DPT e Rotavírus; - Orientação aos pais e/ou responsáveis por RNs na primeira visita quanto ao agendamento da vacina BCG na rotina com o teste do pezinho.

26 7 CONCLUSÃO (...) A prática de vacinação envolve diversos aspectos científicos e técnico - operacionais que dizem respeito aos agentes imunizantes e à pessoa a ser imunizada. Para tanto, é necessário que a equipe de vacinação esteja ciente desses aspectos, para que possa assumir decisões em situações diferentes das previstas na presente Norma Técnica. (BRASIL, 2008) Diante dessas incidências, o numero de crianças faltosas concentra-se na área de abrangência do PSF II. No que se refere às ações desenvolvidas pelas unidades de saúde para o cumprimento do calendário vacinal, pudemos perceber que os mesmos realizam atividades buscando cumprir a meta, porém percebemos a incidência de crianças na faixa etária de 5 a 8 que não estão com o calendário vacinal atualizado, levando-se em conta mudanças de endereço e de cidades dos usuários, relatadas pelos profissionais que colaboraram com a pesquisa. Temos que mencionar que o fato de mudanças de endereço e falta de baixas nas fichas de registro de vacinas foi percebido em nosso estágio curricular, quando realizávamos buscas ativas aos faltosos de vacina. A vacinação é uma estratégia que visa melhorar a qualidade de vida para as crianças protegendo-as de doenças imunopreviníveis, portanto, consideramos a necessidade de oferecer informações além das levantadas pelas pesquisas. Informações estas que conscientizem os pais e/ou responsáveis sobre a importância de cumprir todo calendário vacinal previsto pelo PNI e os riscos a que seus filhos estão expostos quando não o cumprem. Orientações sobre o calendário vacinal, doenças imunopreviníveis, atrasos vacinais e efeitos adversos de vacinas devem ser informações prestadas à população não apenas por profissionais de sala de vacinas, mas por todos os profissionais de saúde. Um exemplo a este respeito fixa-se na situação de efeitos adversos que se não houver conhecimento do profissional para detecção torna-se subnotificado. Para tanto, consideramos que sejam realizadas estratégias de capacitação e aprimoramento de todos os profissionais da saúde possibilitando a promoção da capacidade técnico-científica e da formação de vínculo entre estes e o usuário, favorecendo a responsabilidade e importância de sua participação na proteção da criança. Sugerimos ainda, que uma efetiva atuação no pré-natal seria uma excelente estratégia na formação de uma consciência aos pais e/ou responsáveis inseridos na gestação. Este trabalho não se conclui neste momento, porém esperamos que seja um ponto de partida a fomentar discussões e subsidiar ações e estratégias na promoção da saúde da criança

27 e do adolescente para que estes tenham a chance de uma vida adulta saudável. Esperamos ainda, que os pontos não abordados e que futuramente sejam explícitos, tornem-se novos objetos de pesquisa para favorecer o mesmo ideal.

28 8 REFERÊNCIA BRASIL. Centro de Vigilância Epidemiológica. Suplemento da Norma Técnicas do Programa de Humanização: introdução de novas vacinas no Calendário Estadual de Imunização São Paulo, 2011 p. 3 p.11. BRASIL, Coordenadoria de Controle de Doenças. Centro e Vigilância Epidemiológica Prof. Vranjac Alexandre Norma técnica do programa de imunização/brigina Kempes [et al] São Paulo: CVE, 2008. p. 14 BRASIL, Lei N 6.259 de 30 de outubro de 1975; 154º da Independência e 87º da República. Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde Dispõe sobre Programa Nacional de Imunizações. Estado de São Paulo, Brasil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Disponível: em: <<http://www.husm.ufsm.br/nveh/pdf/lei_6259.pdf.>> Acesso em: 06 de maio 2011. FIGUEIREDO G.L.A. Experiências de Famílias sobre a vacinação de crianças Menores de dois anos: subsídios para o cuidado de enfermagem. Ribeirão Preto, 2007.108p. Tese. (Doutorado) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. BRASIL. Funasa. Aspectos Técnicos e Administrativos da Atividade de Vacinação, agosto/2001 - pág. 49 Disponível: em: <<http://www.aspectos-tecnicoeadministratisalavacina[1]-pdf- Adobe Reader>>. Acesso em 11de marco 2011. GATTI, Márcia Aparecida Nuevo; OLIVEIRA. Luiz Roberto. Crianças Faltosas à Vacinação, condições de vida da família e concepção sobre vacina: um inquérito domiciliar. Salusvita, Bauru, v. 24, n. 3, p. 427 436 2005. BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitarias. Guia de bolsa. 8 edição. Revista Brasília, 2010. p. 333, 350. BRASIL. Ministério da Saúde Fundação Nacional de Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. Sistema de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós Vacinal Adis/ Hepatites virais Brasília. V. I, 2001. p. 81-254. BRASIL. Ministério da Saúde Fundação Nacional de Saúde. Guia de vigilância epidemiológica Sistema de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós Vacinal Adis/ Hepatites virais Brasília. V. I, p. 8, a 197 2002.

29 BRASIL. Norma Técnicas do Programa de Imunização. Considerações Gerais. São Paulo, 2008. p. 03. BRASIL. Secretaria de Vigilância Sanitária em Saúde Instituição Normativa n 1 de agosto de 2004. Disponível em: <<http;//www.instrumento_normativo_01_19_08.2004>>. Acesso em12/02/2011.

30 9 ANEXOS Anexo 1 Instrumento de coleta de dados

31 Anexo 1 Instrumento de coleta de dados DATA DA PESQUISA 17/02 / 04 / 2011 MAR ABR MAIO JUNHO UNIDADES C.S. PSF I PSF II PSF III PSF IV Paraná SEXO MASCULINO 14 08 17 07 07 FEMININO 14 03 16 08 14 VACINAS BCG 0 0 0 0 0 HEPATITE B 0 0 0 0 0 POLIO 25 13 32 11 20 DTP - HIB 26 13 32 13 22 ROTAVÍRUS 02 0 01 0 02 PNEOMO 10 VALENTE 0 0 0 0 0 MENINGO C 0 0 0 0 0 FEBRE AMARELA 14 07 17 10 15 SCR 21 10 28 12 16 IDADE O 1 MÊS 0 0 0 0 0 2 MESES 0 0 0 0 0 3 MESES 0 0 0 0 0 4 MESES 0 0 0 0 0 5 MESES 0 0 0 0 0 6 MESES 0 0 0 0 0 7 MESES 0 0 0 0 0 9 MESES 0 0 0 0 0 12 MESES 0 0 0 0 0 15 MESES 0 0 0 0 0 4 a 6 ANOS 0 0 0 0 0