RESUMO. Palavra chave: Sistemas agroflorestais e Sustentabilidade.



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SISTEMA AGROFLORESTAL COMO MANEJO SUSTENTÁVEL NA FAZENDA KAMURÁ EM SÃO GERALDO DO ARAGUAIA ESTADO DO PARÁ. FACULDADE CATOLICA DO TOCANTINS FACTO 2011/01 Orientador: Alexandre Barreto¹, Cid Tacaoca ². Autores: Couto, Renata<couto-renata@bol.com.br>,Marinho, Breno<brennogpi@hotmail.com>,Lemes, Lázaro<lazarolemes13@hotmail.com>, Pedrosa, Thays,<thayscristina.pedrosa@hotmail.com>, Andrade, Gilney<gilney_@hotmail.com> RESUMO O presente estudo teve como abordagem as pratica de manejo viáveis do sistema agroflorestal classificado em sistemas silvipastoris que é caracterizado pelas combinações de árvores arbustos com plantas forrageiras e animais. O estudo avaliou os sistemas silvipastoris da fazenda Kamurá em São Geraldo do Araguaia PA, há extensão de 306 hectares dividida em 48 hectares de mata fechada sendo assim uma área de reserva legal da propriedade, e 258 hectares de área alternativa para implantação do sistema. Onde se introduz o sistema de forma para recuperar recursos naturais que estavam sendo destruídos pelo desmatamento assim utilizando as seguintes atividades: plantação de cacau, cupuaçu, açaí, pasto e gado. As vantagens de se consocia essa pratica é grande, pois contribui na conservação do solo e da água, a na melhoria da fertilidade do solo. Foi feito uma pesquisa exploratória utilizando livros periódicos, artigo científico e grifo da internet, sendo observado que é possível alcançar o aumento da produção de uma propriedade sem gastar muito, e sem a utilização de mecanização, o sistema silvipastoril auxilia na redução da utilização de fertilizantes, na fixação de carbono no solo, redução de erosão, aumento no conforto dos animais, e contribui para estabelecimento da biodiversidade, e a conservação dos recursos naturais com essa atividade é contribuir com sustentabilidade dos recursos. Palavra chave: Sistemas agroflorestais e Sustentabilidade. 1

YSTEM AGROFORESTRY IN SUSTAINABLE FARM HOW TO KAMURA SÃO GERALDO DO ARAGUAIA STATE OF PARA. Faculdade Católica do Tocantins FACTO 2011/01 Leader: Alexandre Barreto¹, Cid Tacaoca ². ABSTRACT The present study was to approach the practice viable management of the agroforestry system ranked in silvopastoral systems is characterized by combinations of trees shrubs with forage plants and animals. The study evaluated the farm Kamurasilvopastoral systems in Sao Geraldo do Araguaia PA, are extended 306 hectares divided into 48 hectares of dense forest isthus a legal reserve area of the property and 258 acres ofalternative system implementation. Where you introduce the system in order to recover natural resources that were beingdestroyed by deforestation as well using the following activities:planting of cocoa, cupuacu, acai, pasture and livestock. The advantages of this practice intercropping is great because it helpsin conserving soil and water, improving soil fertility. He was made an exploratory research using books, journals, scientific articlesand underlining the internet, and observed that it is possible to achieve the increased production of a property without spendingmuch and without the use of mechanization, the silvopastoral system helps reduce fertilizer use In carbon fixation in the soil,reduce erosion, increase the comfort of the animals, and contributes to the establishment of biodiversity, and conservationof natural resources to this activity is to contribute to resource sustainability. Key - words: Agroforestry and Sustainability. 2

1. INTRODUÇÃO Segundo Embrapa (2011) sistema agroflorestal é uma forma de uso da terra na qual se combinam espécies arbóreas lenhosas frutíferas e madeiras com cultivos agrícolas ou animais, de forma simultânea ou em sequencia temporal e que interagem econômica e ecológica. Segundo Dubois (1996) uma das maiores vantagens dos sistemas agroflorestais é, precisamente, sua capacidade de manter bons níveis de produtos em longo prazo e de melhor a produtividade de forma sustentável. Essa vantagem deve-se, principalmente, ao fato de que muitas árvores e arbustos utilizados nos sistemas agroflorestais tem, entre outras funções, a de adubar, proteger e conservar o solo. Os sistemas agroflorestais são quase sempre manejados sem aplicação de agrotóxicos sobre o meio ambiente são, portanto, mínimos os seus efeitos. Segundo Daniel (1990) Os sistemas agroflorestais são considerados opções agroecologica do uso de terra, na maioria dos casos as vantagens que, em geral, superam suas desvantagens, no que se refere aos principais componentes da sustentabilidade, ou seja, os aspectos econômico, social e os ambientais. O presente estudo avaliou ás práticas de viabilidades nos sistemas agroflorestais e sistemas silvipastoris que é caracteriza pelas combinações de árvores e arbustos com plantas forrageiras herbáceas e animais. O estudo é caracterizado por um levantamento das praticas a serem avaliadas no estudo de caso da fazenda Kamurá em São Geraldo do Araguaia no PA, que viabiliza o sistema agroflorestal como desenvolvimento sustentável para sua subsistência e conservação do solo e água da propriedade. A utilização dos sistemas silvipastoris como formas viáveis de conservação do solo e água é adquirir uma boa pastagem para as propriedades rurais, o sistema e cada vez mais reconhecidas pelos produtores. Em consequencia da interação das arvores e pastagens que trás um bem estar muito grande aos animais como sobra e eficiência para conferir o conforto térmico ao gado, e enriquecimento do solo. As plantas mais altas conseguem absorver água e nutriente onde os capins não conseguiram absorver, com a queda de os ganhos e fruto que é depositado no solo. As principais vantagens de implantar os sistemas silvipastoris é a melhoria da capacidade produtiva dos animais e das pastagens, aumentando a fertilidade e diminuindo a compactação do solo, e redução de erosões no solo dentre outros. No levantamento da pesquisa em estudo foi observado que essas práticas contribuem revertendo os processos de degradação dos recursos naturais e na produtividade da propriedade. 2. REFERENCIAL TEORICO 2.1. Sistema Agroflorestal Segundo Embrapa (2011) Sistema Agroflorestal é uma forma de uso da terra na qual se combinam espécies arbóreas lenhosas (frutíferas e madeireiras) com cultivos agrícolas ou animais, de forma simultânea ou em sequencia temporal e que interagem econômica e ecologicamente. Um aspecto que determina a sustentabilidade desses sistemas é a presença das árvores, que têm a capacidade de capturar nutrientes de camadas mais profundas do 3

solo, reciclando-os eficientemente e proporcionando maior cobertura e conservação dos recursos edáfico. Embrapa (2011) o Sistema Agroflorestal objetiva aperfeiçoar a produção por unidade de área, com o uso mais eficiente dos recursos (solo, água, luz), da diversificação de produção e da interação positiva entre os componentes. Potencial para uso de sistemas agroflorestais fazem parte das diretrizes centrais de desenvolvimento rural sustentável, pois podem ser implantados em áreas alteradas por atividades agrícolas malsucedidas, contribuindo para a redução do desmatamento de novas áreas de floresta. 2.2. Classificação dos Sistemas Agroflorestal Segundo Virgilio (1996), existe muitas classificações dos sistemas agroflorestais e todas têm suas falhas. Por outro lado quem trabalha no campo, um conhecimento detalhado das classificações é disponível. O assunto interessa mais aos profissionais de informação universitária. Sistemas silvi-agrícolas, caracterizados pela combinação de arvores ou arbustos com espécies agrícolas exemplos: consórcios agroflorestais simples do tipo feijão e arroz, mais complexas como pupunha, cupuaçu, castanha do Brasil. Sistema silvipastoris, caracterizado pela combinação de arvores ou arbustos com plantas forrageiras herbáceas e animais. Exemplos a combinação de pastos com castanheira do Brasil. Sistema agrossilvipastoris, caracterizados pela criação ou manejo de animais em consorcio silvi-agrícolas. Exemplos agroflorestal para criação de porcos, um quintal com fruteiras, hortaliças e galinhas. 2.3. Práticas Agroflorestais Segundo Virgilio (1996) as práticas agroflorestais são intervenções que podem ser executadas em vários sistemas agroflorestais. Por exemplos, nos roçados e nas pastagens existem, em geral arvores jovens nascidas de sementes ou de rebentos que brotam de troncos. Muitas dessas espécies são de grandes utilidades para os agricultores, seja para uso local, seja para a venda. É práticas recomendáveis ajudar essa regeneração natural a crescer e formar fustes de boa qualidade. Essa prática não quer muita mão-de-obra e pode ajudar a criar áreas de produção silvipastoris, quintais agroflorestais, agroflorestas e consorcio agroflorestais. 2.4. Desenvolvimento Sustentável Segundo Dubois (1996) Desenvolvimento sustentável é aquele capaz de entender as nossas necessidades presentes, sem prejuízo para as gerações futuras. Apoiada em monocultivo ocupando grandes extensões continuas de terra e no uso exagerado de agrotóxicos, adubos industrializados, máquinas pesadas, e a agricultura moderna de um modo geral. Não é sustentável em longo prazo, nem do ponto de vista ecológico, nem do econômico. Ela esta causando uma forte redução das atividades biológicas presentes no solo, com a erosão e uma progressiva acidificação e compactação da terra. Uma das maiores vantagens dos sistemas agroflorestais é, precisamente, sua capacidade de manter bons níveis de produção em longo prazo e de melhorar a produtividade de forma sustentável. 4

Essa vantagem deve-se, principalmente, ao fato de que muitas árvores e arbustos utilizados nos sistemas agroflorestais tem, entre outras funções, a de adubar, proteger e conservar o solo. Os sistemas agroflorestais são quase sempre manejados sem aplicação de agrotóxicos ou negativos sobre o meio ambiente são, portanto mínimos. Outro aspecto importante é que a associação de árvores e arbustos, nas culturas agrícolas e nas pastagens, contribui para a conservação dos rios e outros cursos d água. 2.5. Vantagens dos Sistemas Agroflorestais Segundo Dubois (1996) os sistemas agroflorestais podem contribuir para a melhoria da alimentação das populações rurais. Um quintal agroflorestal, de tamanho suficiente e constituído por um grande número de espécies perenes, pode fornecer uma grande parte dos alimentos consumidos pelo agricultor e sua família. Por outro lado, determinados sistemas agroflorestais, como as capoeiras melhoradas de longa duração e as agroflorestais, atraem e alimentos a fauna. Isso facilita o bom manejo da caça e seu aproveitamento para fins de subsistência. Dubois (1996) os sistemas agroflorestais ajudam a manter ou a melhor a capacidade produtiva da terra, as árvores adubam a terra e, com freqüência, melhoram a estrutura física do solo. Na sombra das árvores acumula-se maior quantidade de matéria orgânica, a camada superficial do solo resseca menos, pouco endurece e as amplitudes térmicas são menos do que as observadas em solos descobertos. 2.6. Desvantagens dos Sistemas Agroflorestal Os conhecimentos dos agricultores e ate dos técnicos e pesquisadores sobre sistemas agroflorestais são ainda muito limitados. Por exemplo, pouco se sabe hoje sobre as relações de simpatia e de antipatia entre plantas. Uma falha diz respeito às exigências de muitas espécies perenes quanto os solos onde podem ser plantadas. De modo geral, o manejo dos sistemas agroflorestais é mais complicado que o cultivo de espécies anuais ou de ciclo curto. Na medida em que um sistema agroflorestal envolve um maior numero de espécies, seu planejamento e manejo são mais difíceis e exigem conhecimentos mais complexos. O custo de implantação dos sistemas agroflorestais é mais elevado, essas desvantagens se verificam somente no caso de determinados sistemas agroflorestais. O custo efetivo depende de vários fatores, o custo da muda pode ser decisivo. Um pé de castanheira do Brasil, quando comprado num viveiro comercial e transportado a grande distancia, sai por um preço que os pequenos produtos, às vezes, não pode pagar. Os sistemas agroflorestais são de mais difícil mecanização, são raros os pequenos produtores que podem comprar e assegurar a manutenção de equipamentos para mecanizar os seus trabalhos. Os problemas de mecanização são mais críticos no caso de sistemas agroflorestal, requerendo intervenções ou tratos culturais mais intensivos, como a produção agrícola em aléias e os consórcios agroflorestais comerciais. 2.7. Importância Socioeconômica dos Sistemas Agroflorestais Os sistemas agroflorestais são considerados opções agroecologica do uso da terra e incluem, na maioria dos casos vantagens que, em geral, superam suas 5

desvantagens, no que se refere aos principais componentes da sustentabilidade, ou seja, o econômico, o social e o ambiental (Daniel Couto (1999)p: 367). Os sistemas agroflorestais oferecem diversidade de produtos, gerando várias fontes de renda para o produtor ao mesmo tempo em que, contribuem para minimizar os prejuízos com a quebra de algumas safras. A maior diversidade de espécies implantadas neste sistema contribui para uma distribuição de trabalho no campo durante todo o ano ocupando a mão-de-obra familiar, proporcionando melhoria da qualidade de vida e contribuindo para reduzir a taxa do êxodo rural. Os benefícios de produção socioeconômicos e ambientais manifestam-se a médio e longo prazo. Pois a produção das espécies de maior valor comercial atinge significativa quantidade a partir do terceiro ano de sua implantação de acordo com o gráfico abaixo, contendo exemplo de espécies potenciais do bioma cerrado. Além das espécies de significativo valor econômico e ecológico os cultivos agrícolas convencionais (arroz, milho, feijão, abóbora, mandioca). São introduzidos simultaneamente ou sequencialmente nas entrelinhas nos três primeiros anos e espécies florestais alem do aproveitamento da aplicação de fertilizantes nas espécies como o capim santo (Cymbopogon citratus DC Stapf.) e a tiririca (Cyperus rotundus), tais cultivos contribuem para a amortização do custo de implantação florestal, logo nos primeiros anos. Constata que, quando se introduz um componente arbóreo em áreas de pecuária, o custo de implantação das árvores inicialmente pode reduzir a renda da propriedade. Entretanto, essa redução pode ser em parte, compensada pela receita obtida pelo ganho de peso do gado, ou pelo aumento da produção de leite beneficiado pelo sombreamento. Percebe-se, também, que as propriedades rurais não estão aproveitando seu potencial de transformação da matéria-prima florestal e agroflorestal. 2.8. Sistema Silvipastoril Embrapa (2011) Sistema Silvipastoril (SSP) é a combinação intencional de árvores, pastagem e gado numa mesma área ao mesmo tempo e manejados de forma integrada, com o objetivo de incrementar a produtividade por unidade de área. Nesses sistemas, ocorrem interações em todos os sentidos e em diferentes magnitudes. Os sistema silvipastoril apresentam grande potencial de benefícios econômicos e ambientais para os produtores e para a sociedade. São sistemas multifuncionais, onde existe a possibilidade de intensificar a produção pelo manejo integrado dos recursos naturais evitando sua degradação, além de recuperar sua capacidade produtiva. Por exemplo, a criação de animais com árvores dispersas na pastagem, árvores em divisas e em barreiras de quebra-ventos, podem reduzir a erosão, melhorar a conservação da água, reduzir a necessidade de fertilizantes minerais, capturar e fixar carbono, diversificar a produção, aumentar a renda e a biodiversidade, melhorar o conforto dos animais. Embrapa (2011) A integração e interação dos componentes pecuários, agrícola e florestal são de vital importância para o desenvolvimento sustentável. Todos de maneira a contemplar as questões pertinentes á mitigação de seus impactos no meio ambiente e permitindo a máxima biodiversidade possível, o uso conservacionista do solo, a produção e conservação da água. Segundo Vanderley Porfírio (2004) Assim, a introdução do componente florestal nos sistemas de produção deve ter um enfoque que não admita mais a separação entre agricultura, pecuária e floresta, mas sim o casamento desses 6

componentes no meio rural, em prol da qualidade de vida, da sustentabilidade e da estabilidade da produção. A compreensão da forma como o componente florestal contribui ou poderia contribuir nos sistemas de produção existentes permite o desenvolvimento de trabalhos técnicos para a introdução ou melhoramento de práticas florestais ou agroflorestais nas propriedades rurais. A sustentabilidade da produção animal de grande porte é ameaçada pela característica intrínseca aos sistemas de produção, baseados num reduzidíssimo número de forrageiras, invariavelmente em mono cultivos, que trazem em si mesmos a degradação. A degradação decorre da instabilidade desses sistemas produtivos, onde os fatores desfavoráveis são, principalmente, de caracteres bióticos (ocorrência de pragas e doenças, manejo inadequado, concorrência de plantas indesejáveis) e físico-químicos (mineralização da matéria orgânica e erosão do solo, lixiviação e alterações de microclimas). Diante da importância socioeconômica da cadeia produtiva da carne e do leite para a sociedade e das divisas que proporciona, o desafio será o seu desenvolvimento em bases sustentáveis, o que difere de mero crescimento. A discussão em torno das estratégias para o desenvolvimento sustentável tem procurado pautar-se em itens que vão além da produtividade, ou seja, da sustentabilidade e estabilidade da produção, até a justiça social. A sim, a degradação das condições do solo e dos agroecossistemas e seus reflexos na produtividade torna-se parte das preocupações que objetivam o desenvolvimento sustentável, uma vez que devemos assegurar a manutenção da capacidade produtiva dos recursos existentes. A degradação das pastagens implica também em aspectos muito negativos para a imagem desse agronegócio, devido às perdas de solo por erosão, redução da disponibilidade de água no solo, assoreamento dos corpos d água e perda de biodiversidade vegetal e animal. As áreas de pastagem estão sob uma condição climática que determina estresse térmico calórico para os animais sem proteção e estacionalidade de produção das forrageiras, a ocorrência de geadas em algumas regiões é um agravante para a estacionalidade de produção das forrageiras. Ambos os aspectos constituem um importante problema da pecuária brasileira. Questões como a produção de forragem e bem-estar animal são influenciadas pelo microclima local e determinam reflexos no desempenho animal. A presença de árvores, dispostas de forma adequada, favorece o bem-estar animal bem como promove melhorias e proteção à produção forrageira. 3. METODOLOGIA O trabalho foi realizado por uma pesquisa exploratória, onde foram pesquisados, livros periódicos, artigos publicados e grifos da internet, e um levantamento técnico das práticas de manejo do sistema silvipastoril da fazenda Kamurá Estado do Pará, que tem 306 hectares de extensão do bioma cerrado. A propriedade tem uma reserva legal de 48 hectares de mata preservada, onde existem animais silvestres, no restante da mesma é praticada a agropecuária e a produção de cacau, cupuaçu e açaí, a finalidade dessa atividade e obter a conservação do solo e da água da propriedade e manter a sustentabilidade do bioma Cerrado. Segundo Santos (2002), a pesquisa exploratória é tipicamente a primeira aproximação de um tema que visa criar familiaridade em relação a um fato ou fenômeno. 7

A pesquisa exploratória é quase sempre feita através levantamento bibliográfico entrevista com profissionais que estudam e atuam na área. Antes da implantação do sistema silvipastoril, a área estava sendo desmatada, por atividades antropicas e naturais. A utilização do sistema veio para preservar, e recupera essa área sendo utilizada para cobertura do solo o capim Brachiaria, sendo que a cultura denominada na área era a pecuária de engorda de boi e produção de leite da fazenda Com a criação do sistema silvipastoril a fazenda passou a trabalhar de forma correta com um manejo de pastagem sem prejudica seu desenvolvimento de produção que é em media 1200 cabeça de gado, e assim preservando o meio ambiente a dando abrigo a varias espécies da fauna brasileira que hoje habita na área. As mudas utilizadas na implantação do sistema foram provenientes de mudas nativas da Fazenda Kamurá, e por dispersão Nemocaria, sementes de varias árvores chegou na fazenda de diferentes regiões. Este sistema utilizado na fazenda Kamurá pode ser considerado como sistemas silvipastoris extensivos, adaptados às características peculiares do ambiente em que se desenvolveram, respeitando sua dinâmica temporal e espacial. Por estar localizado em áreas com restrições à agricultura, o estabelecimento de sistemas de criação de gado de corte e gado leiteiro, associado com árvores frutíferas ajudam na econômica e no uso multifuncional, parece ser a opção mais sustentável sem prejudicar o meio ambiente e valorizando a fazenda. Dada a sua importância econômica e adequação ao ambiente, há a necessidade do resgate das experiências existentes, incentivos e estudos que valorizem e programem a utilização e manejo sustentável do sistema, para possibilitar a produção de madeira, lenha, forragem, frutos, construções, entre outras. A conservação das unidades de paisagem com a manutenção das espécies arbóreas fornece sombra e alimento complementar para os animais domésticos; alimento e abrigo para a fauna silvestre e promove a conservação de solos e reciclagem de nutrientes. Segundo o proprietário o sistema foi introduzido a 6 anos, uma das primeiras atividades foi o plantio do açaí, cupuaçu e o cacau. Ao perceber o crescimento das plantas, pois o auxiliava na conservação do solo e água da propriedade. Quando começou a colocar em prática o sistema, não teve dificuldades com custos, com correção do solo, ou irrigação só mesmo com a mão de obra assim reduzindo em custos. Depois de perceber que estava tudo dando certo, surgiu o interesse de introduzir espécies de animais silvestres para melhorar na estrutura da fazenda, e assim atraindo animais exóticos, e aumentando a biodiversidade. As considerações finais feita pelo proprietário foram às seguintes não ouve desvantagem e o manejo e de fácil aceso e econômico, o ciclo que o sistema compõe já desenvolve todas as atividades que poderiam ser feitas por maquinas, ou fertilizantes, adubação, construção de ranchos de apoio aos animais, e alimento o consorcio trabalha em conjunto, com os recursos naturais. 8

Figura 01: visão aérea da sede da fazenda Kamurá Figura 02: Sistemas silvipastoris que caracteriza se pela introdução de espécies forrageiras, com arbóreas frutíferas e agropecuárias. Figura 03: Fauna nativa da fazenda 9

Figura 04: Criação de Bovinos Figura 05: Espécies de cacau foram introduzidas, para auxiliar na conservação do solo e água da propriedade implantada como sistema silvipastoris. Figura 06: Espécie de cupuaçu foi introduzida, para complementar o sistema e auxiliar na manutenção de alimentos para os animais silvestres e para consumo Humano. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A utilização dos sistemas silvipastoril como formas de manejo e de conservação do solo e água é adquirida através de um desenvolvimento das árvores, pastagem e o conforto dos animais da propriedade rural, o sistema e cada vez mais reconhecidas pelos produtores rurais que tem interesse de um desenvolvimento sustentável. Em consequencia da interação das árvores e pastagens que trás um bem estar muito grande aos animais como sobra e eficiência para conferir o conforto térmico ao gado, e enriquecimento do solo, redução de erosão, redução na utilização de fertilizante, na fixação de carbono no solo, melhoria do leite, e da carne do gado. As principais vantagens de implantar os sistemas silvipastoris é a melhoria da capacidade produtiva e o custo que é mais em conta, e o bem dos animais e a melhoria das pastagens, aumentando da fertilidade, e diminuindo a compactação do solo, e redução de erosões dentre outros. No levantamento da pesquisa em estudo foi observado que essa pratica de manejo do sistema silvipastoril é de fácil aceso para os produtores, fácil de introduzir, e podendo ter fins lucrativos em casos se área extensa a produção pode ser maior para a os frutos e podendo ser comercializados, no caso em estudo o proprietário busca 10

conforto aos animais de fins lucrativos do leite e carne bovina, e a conservação do solo da agua, e a minimização de impactos ambientais. 5. REFERENCIAL DANIEL, O; COUTO, L.; GARCIA, R.; PASSOS, C. A. M. Proposta para padronização da terminologia empregada em sistemas agroflorestais no Brasil. Revista Árvore, Viçosa, v.23, n.3, p.367-370, 1999. Embrapa, Sistema agroflorestal perspectivas para o sistema silvipastoris. Disponível em < http://www.cnpf.embrapa.br/pesquisa/safs/index.htm>, acesso em 11 de março de 2011. Embrapa. Experiência em sistemas agroflorestais. Disponível em < http://www.embrapa.br/imprensa/noticias/2007/julho/foldernoticia.2007-07- 05.5605721790/noticia.2007-07-09.5706021132/> acesso 16 de março CE 2011. Jean C. L. Dubois, Virgilio Mauricio Viana, Anthony B. Anderson.- Manual agroflorestal para a Amazônia. Volume 1, Rio de Janeiro: Rebraf 1996. p:9, 20, 73 a 77. SANTOS, A. R. dos. Metodologia Científica: a Construção do Conhecimento. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2002. Sistema Agroflorestal, O que significa o sistema Agroflorestal, Disponível em http://www.cpaa.embrapa.br/portfolio/sistemadeproducao/prosiaf/sisafpagina/websis af/sisaf1.php> acessado em 02 de Março de 2011. Vanderley, P. Sistema silvipastoris, Disponível em < http://www.cnpf.embrapa.br/pesquisa/safs/index.htm> acesso em 03 de Março de 2011, publicado em 2004. 11