Sistemas de Avaliação e sua utilização: uma ferramenta de trabalho para a sua apreciação e para os Exames pelos Pares

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Transcrição:

Rede de Avaliação do CAD Sistemas de Avaliação e sua utilização: uma ferramenta de trabalho para a sua apreciação e para os Exames pelos Pares Os membros da Rede do CAD sobre Avaliação do Desenvolvimento estão empenhados na melhoria contínua das ferramentas, processos e produtos da avaliação. O quadro de apreciação em anexo foi desenvolvido pela Rede para fortalecer a função da avaliação e para promover a transparência e a prestação de contas nas agências de desenvolvimento. Pretende-se que seja utilizado como uma ferramenta de trabalho viva em futuras apreciações dos sistemas de avaliação, como parte dos Exames pelos Pares do CAD o único mecanismo internacionalmente acordado para apreciar o desempenho geral dos programas de cooperação para o desenvolvimento dos membros da OCDE. Além disso, a ferramenta foi concebida como um dispositivo de gestão para os gestores da avaliação do CAD e, de forma mais geral, para todos os que, nos países parceiros e agências de ajuda ao desenvolvimento, estão envolvidos no design, gestão e melhoramento da prática de avaliação. Baseada no quadro normativo estabelecido pelos Princípios da Avaliação da Cooperação para o Desenvolvimento (1991,1998), a ferramenta de apreciação engloba as lições aprendidas no quadro do âmbito alargado de actividades conduzidas pela Rede. Cobrindo oito dimensões, pretende-se que esta ferramenta de apreciação seja utilizada como uma ferramenta flexível que será constantemente actualizada com base nas lições e experiência obtidas pelos membros da Rede e pela sua utilização em futuros Exames pelos Pares. O quadro de apreciação incorpora sugestões e comentários recebidos pelos membros da Rede durante 2005. Os comentários e sugestões para posteriores melhorias ou desenvolvimentos da ferramenta de apreciação feitos por parceiros e agências de ajuda ao desenvolvimento são, igualmente, bem vindos.

A Rede sobre Avaliação do Desenvolvimento é um corpo subsidiário do Comité de Ajuda ao Desenvolvimento (CAD) da OCED. O seu objectivo é aumentar a eficácia dos programas de desenvolvimento internacional apoiando avaliações independentes, documentadas e sólidas. A Rede é um corpo único constituído por 30 doadores bilaterais e agências de desenvolvimento multilateral: Alemanha, Austrália, Áustria, Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Asiático de Desenvolvimento, Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento, Banco Inter-Americano de Desenvolvimento, Banco Mundial, Bélgica, Canadá, Comissão Europeia, Dinamarca, Espanha, EUA, Finlândia, FMI, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, Noruega, Nova Zelândia, PNUD, Portugal, Reino Unido, Suécia e Suíça. Para mais informações sobre o trabalho da Rede de Avaliação do CAD, por favor visite o sítio www.oecd.org/dac/evaluationnetwork ou envie um email para dacevaluation.contact@oecd.org 2

Sistemas de Avaliação e sua utilização: uma ferramenta de trabalho para a sua apreciação e para os Exames pelos Pares UMA FERRAMENTA DE TRABALHO SOBRE OS SISTEMAS DE AVALIAÇÃO E SUA UTILIZAÇÃO 1 1. Política de Avaliação: papel, responsabilidade e objectivos da unidade de avaliação. O ministério/agência de ajuda ao desenvolvimento tem uma política de avaliação? A política descreve o papel, a estrutura de gestão e a posição da unidade de avaliação dentro da estrutura institucional da ajuda? A função avaliação abrange de forma útil todo o programa de cooperação para o desenvolvimento? De acordo com esta política, como contribui a avaliação para a aprendizagem institucional e a prestação de contas? Como é conceptualizada dentro da agência a relação entre avaliação e auditoria? Em países com duas ou mais agências de ajuda ao desenvolvimento, como são definidos e coordenados os papéis das respectivas unidades de avaliação? A política de avaliação é adequadamente conhecida e implementada dentro da agência de ajuda ao desenvolvimento? 2. Imparcialidade, transparência e independência Em que medida a unidade de avaliação e respectivo processo são independentes relativamente aos serviços de gestão? Quais são os factores formais e reais que facilitam/limitam a independência da unidade de avaliação? Qual é a experiência da unidade de avaliação na divulgação dos sucessos e fracassos dos programas de ajuda e da sua implementação? O processo de avaliação é suficientemente transparente de forma a assegurar a sua credibilidade e legitimidade? As constatações das avaliações são tornadas públicas de forma consistente? Como é que o sistema lida com o equilíbrio entre a independência e a necessidade de interacção com os serviços de gestão? Os processos e relatórios de avaliação são considerados imparciais pelos actores não pertencentes à unidade de avaliação dentro e fora da agência? 1 As setas em cada secção indicam questões a serem respondidas pelos funcionários não pertencente à unidade de avaliação dentro do ministério/agência. 3

3. Recursos e pessoal A avaliação dispõe dos recursos financeiros e humanos apropriados? A unidade de avaliação tem um orçamento específico? É anual ou plurianual? O orçamento engloba actividades destinadas à promoção da assimilação de ensinamentos e utilização da avaliação e à gestão do conhecimento da avaliação? O pessoal tem competências específicas em avaliação e, caso não tenha, existem programas de formação disponíveis? Existe uma política para o recrutamento de consultores, em termos de qualificação, imparcialidade e deontologia? 4. Parcerias de Avaliação e criação/reforço de capacidades Em que medida os beneficiários são envolvidos no processo de avaliação? Em que medida a agência confia em avaliadores locais ou, quando não é possível, noutros avaliadores de países parceiros? A agência envolve-se em avaliações lideradas pelos parceiros? A unidade apoia programas de formação e criação de capacidades nos países parceiros? De que forma os parceiros/beneficiários/ong locais entendem os processos e produtos da avaliação promovidos pela agência/país examinado (em termos de qualidade, independência, objectividade, utilidade e orientação para a parceria)? 5. Qualidade De que forma a unidade de avaliação assegura a qualidade da avaliação (incluindo os relatórios e os processos)? A agência possui directrizes para a condução da avaliação, e estas são utilizadas pelos detentores de interesse relevantes? A agência desenvolveu/adoptou normas/padrões de referências para apreciar e melhorar a qualidade dos seus relatórios de avaliação? De que forma é entendida a qualidade dos produtos/processos da avaliação dentro da agência? 6. Planeamento, coordenação e harmonização A agência tem um plano de avaliação plurianual, identificando avaliações futuras de acordo com um calendário definido? Como é desenvolvido o plano de avaliação? Quem, dentro da agência, identifica as prioridades e como? Nos membros do CAD em que a responsabilidade da APD é partilhada entre duas ou mais agências, de que forma é organizada a função de avaliação? A unidade de avaliação coordena as suas actividades de avaliação com outros doadores? 4

Como são coordenadas as actividades de avaliação ao nível local? A função avaliação está centralizada ou descentralizada? A unidade de avaliação envolve-se em avaliações conjuntas/multidoadores? A unidade de avaliação/agência utiliza a informação proveniente de outras organizações doadoras? De que forma a agência aprecia a eficácia das suas contribuições para organizações multilaterais? Em que medida confia nos sistemas de avaliação das agências multilaterais? 7. Disseminação, assimilação de ensinamentos, gestão do conhecimento e aprendizagem Como são disseminadas as constatações da avaliação? Para além dos relatórios, são utilizadas outras ferramentas de comunicação? (comunicados de imprensa, conferências de imprensa, sumários, relatórios anuais com uma síntese das conclusões)? Quais são os mecanismos que asseguram a assimilação de ensinamentos dos resultados da avaliação por parte dos responsáveis políticos, funcionários e público em geral? Quais são os mecanismos que asseguram o acesso ao conhecimento produzido pela avaliação por parte dos funcionários e detentores de interesse relevantes? A avaliação é considerada uma ferramenta de aprendizagem pelos funcionários da agência? 8. Utilização da Avaliação Quais são os principais utilizadores da avaliação dentro e fora da agência de ajuda ao desenvolvimento? A avaliação responde às necessidades de informação expressas pelo Parlamento, Tribunal de Contas, Governo, público? Existem sistemas que asseguram o seguimento e implementação das constatações e recomendações da avaliação? De que forma a agência /ministério promove o seguimento das constatações por parte dos principais detentores de interesse (através, por exemplo, de grupos de acompanhamento, painéis de consultores, grupos de teste)? Estão asseguradas ligações com os processos de tomada de decisão para promover a utilização da avaliação na formulação de políticas? Existem exemplos recentes de grandes operações e mudanças políticas desencadeadas pelas constatações e recomendações da avaliação? Existem exemplos sobre a forma como a avaliação serve enquanto mecanismo de prestação de contas? Quais são as percepções dos actores não pertencentes à avaliação (departamentos operacionais e políticos, gabinetes no terreno, etc.) sobre a utilidade e influência da avaliação? 5

Referências DAC Principles on Evaluation of Development Assistance [OCDE/GD(91)208] Review of the DAC Principles on Evaluation of Development Assistance OECD(1998) Strengthening Evaluation Systems in Member Agencies [DCD/DAC/EV(2004)1] Evaluation systems in DAC Member Agencies; a study based on DAC Peer Reviews, presented at the Second Meeting of the DAC Network on Development Evaluation, Paris 9-10 2004 ooooooooooooooo 6