FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA VITÓRIA, MARÇO DE Bruno Brandão Departamento das Américas

Transcrição

1 FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA VITÓRIA, MARÇO DE 2017 Bruno Brandão Departamento das Américas

2 TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL Fundada em 1993 por Peter Eigen (Banco Mundial) Rede de capítulos em mais de 100 países e um Secretariado em Berlim Atuação apartidária e com enfoque sistêmico Definição de corrupção: Abuso do poder confiado para fins privados (The abuse of entrusted power for private gain)

3 UMA REDE GLOBAL Americas Argentina Brazil* Canada Chile Colombia Dominican Republic El Salvador Guatemala Haiti Mexico Nicaragua Panama Peru Trinidad & Tobago USA Venezuela Presença em mais de 120 países no mundo e 16 nas Américas

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5 ENTENDENDO O IPC Mede a percepção de especialistas 175 países e territórios Apenas setor público Formado através de um agregado de índices (Banco Mundial, Banco de Desenvolvimento da África, Freedom House, etc.) Mudança de metodologia em 2012: possibilidade de análise histórica Medição da corrupção mais usada no mundo

6 CONVENÇÕES INTERNACIONAIS Convenção Interamericana contra a Corrupção OEA (Caracas, 1996) 33/35 membros exceto Barbados e Cuba Convenção sobre o Combate da Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais OCDE (Paris, 1997) 35 membros da OCDE + 6 não membros (África do Sul, Argentina, Brasil, Bulgária, Colômbia, Rússia) Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção (Mérida, 2000) 181 estados partes

7 CONVENÇÕES INTERNACIONAIS Escopo variado OCDE: escopo restrito (criminalização do suborno transnacional) OEA: escopo mediano (prevenção, criminalização e aplicação da lei, cooperação internacional, recuperação de ativos) UNCAC: escopo ampliado (prevenção, criminalização e aplicação da lei, cooperação internacional, recuperação de ativos, apoio técnico e troca de informações) Mecanismos de apoio e monitoramento da implementação Conferências das Partes Grupos de Trabalho Mecanismos de monitoramento por pares e independentes

8 EXPORTANDO CORRUPÇÃO Aplicação ativa: Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e Suíça Aplicação moderada: Áustria, Austrália, Canadá, Finlândia, Itália e Noruega Aplicação limitada: África do Sul, Corêia do Sul, França, Grécia, Holanda, Hungría, Nova Zelândia, Portugal e Suécia Aplicação mínima ou nula: Argentina, Bélgica, Brasil, Bulgária, Chile, Colômbia, República Tcheca, Dinamarca, Eslovênia, Espanha, Estônia, Irlanda, Israel, Luxemburgo, Japão, México, Polônia, República Eslováquia, Rússia, Turquia

9 OUTROS ATORES RELEVANTES INTERNACIONAIS UNODC FATF/GAFI Grupo de Trabalho Anticorrupção do G20 Stolen Asset Recovery Initiative (StAR) Aliança pelo Governo Aberto Transparência Internacional

10 BENEFICIÁRIO FINAL PESSOA FÍSICA QUE EXERCE O CONTROLE FINAL SOBRE UMA EMPRESA Lançar luz sobre quem se beneficia das empresas é uma ferramenta fundamental no combate à corrupção. Essa informação ajuda a eliminar um porto seguro para esconder os ganhos provenientes da corrupção e contribui para revelar o rastro do dinheiro por trás dela.

11 UNMASK THE CORRUPT

12 PRINCÍPIOS DO G20 1. Definição de beneficiário final 2. Análise de riscos relacionados à lavagem de dinheiro 3. Informação sobre o beneficiário final de empresas 4. Acesso à informação sobre o beneficiário final de empresas 5. Informação sobre o beneficiário final de trusts 6. Acesso à informação sobre o beneficiário final de trusts 7. Responsabilidade das instituiçðes financeiras e prestadores de serviços 8. Cooperação doméstica e internacional 9. Informação sobre o beneficiário final e evasão fiscal 10. Açðes ao portador e mandatários

13 JUST FOR SHOW? 15 dos 20 países analisados tem regras fracas ou medianas

14 INTERNACIONALIZAÇÃO DA LAVA JATO Impacto direto em pelo menos 12 países Atuação limitada das autoridades brasileiras Sweatheart deals Equipes Conjuntas de Investigação

15 LAVA JATO: COOPERAÇÃO INTERNACIONAL (I)

16 LAVA JATO: COOPERAÇÃO INTERNACIONAL (II) Equipes Conjuntas de Investigação (ECIs) Referências legais: UNCAC, art. 49 Conv. da ONU contra o Tráfico de Narcóticos (1988), art. 9.1 Conv. da ONU contra o Crime Organizado Transnacional (2000), art. 19 Ato do Conselho Europeu (2000) e 2º Protocolo Adicional (2001) da Convenção Europeia de Assistência Mútua em Assuntos Criminais (1959) Acordo Marco de Cooperação entre Estados Partes e Associados do Mercosul para Criação de ECIs (2010 ratificação pendente) Declaração do RJ para um Futuro Convênio Iberoamericano sobre ECIs (Conferência de Min. de Justiça Iberoamericanos, 2012) Convênio de Cooperação em Matéria de ECIs (XVIII Conf. Iberoam. de Min. de Just., 2013) Ganhos de eficiência Controle entre pares Externalidades positivas (troca de experiências) Riscos

17 TENDÊNCIAS E DESAFIOS Legislações cada vez mais severas e abrangentes Avanço tecnológico Maior controle social Maior cooperação internacional Cooperação x Litigância Jurisdição universal dos Estados Unidos (FCPA) Reação da classe política (Des)mobilização popular Disputas corporativas e mau desenho institucional Crescimento do crime organizado Legalização da corrupção

18 TI MEETING IN BRAZIL A LUTA CONTRA A CORRUPÇÃO É DEVER DE TODOS Marcha contra a Corrupção e pela Vida (Estado do Piauí, Brasil)

19 Seja parte da luta do Brasil e do mundo contra a corrupção. Apoie nossa causa e a vinda da TI ao país. Entre em contato: brazil@transparency.org facebook.com/transparencyinternational twitter.com/anticorruption blog.transparency.org 2014 Transparency International. All rights reserved Transparency International. All rights reserved.