Conteúdo: Demanda: Funções, Requisitos e Efeitos. Citação: Conceito, Funções, Natureza Jurídica, Espécies e Efeitos. Revelia: Conceito e Efeitos.

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Transcrição:

Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Civil / Aula 19 Professor: Edward Carlyle Conteúdo: Demanda: Funções, Requisitos e Efeitos. Citação: Conceito, Funções, Natureza Jurídica, Espécies e Efeitos. Revelia: Conceito e Efeitos. 3) Fase Instrutória: A produção de provas é requerida na fase postulatória, especificadas na fase ordinatória e efetivamente produzidas na fase instrutória. Na fase instrutória, teremos a produção das provas, bem como a apresentação de memoriais nas demandas de maior complexidade ( alegações finais no processo civil ). Destaca-se que os memoriais não são obrigatórios, ou seja, o juiz não está obrigado a deferir ou determinar de ofício a apresentação de memoriais. Para outra parte da doutrina, a fase instrutória abrangeria apenas a produção de provas, sendo denominada de fase de instrução probatória. 4) Fase Decisória: Na fase decisória teremos o julgamento do pedido formulado pelo autor. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Elementos Estruturais do Procedimento I) DEMANDA: O direito de ação é abstrato. A demanda é a materialização do direito de ação (concreta), que se instrumentaliza pela petição inicial. Demanda Petição Inicial (Instrumento) Funções: A demanda (petição inicial) possui uma dupla função: 1. Iniciar o processo, apresentando ao Estado-juiz a sua pretensão (pedido); 2. Identificar a demanda - partes, pedido e causas de pedir.

Evita a litispendência e a coisa julgada, bem como possibilita a identificação de casos de conexão e continência. Requisitos da Petição Inicial: Requisitos Estruturais: Os requisitos estruturais da petição inicial são aqueles definidos no art. 282 CPC e 39, I CPC: Art. 282. A petição inicial indicará: I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida; II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido, com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII - o requerimento para a citação do réu. + Art. 39. Compete ao advogado, ou à parte quando postular em causa própria: I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço em que receberá intimação; Requisitos de Modo: É importante destacar que no RJ alguns doutrinadores (Alexandre Câmara) denominam de requisitos formais da petição inicial. Porém, para a doutrina em geral, os requisitos formais também são conhecidos como requisitos de modo da petição inicial: Ato escrito - Não existe petição inicial verbal, pois embora em alguns casos seja possível a sua apresentação verbalmente (Juizados), ela será reduzida a termo. Vernáculo língua portuguesa

Ato Assinado a falta de assinatura caracteriza a petição inicial como um ato inexistente. Porém, o juiz poderá conceder um prazo para que a parte regularize a petição inicial mediante a assinatura do advogado. Nesta hipótese peculiar, teremos um ato inicialmente inexistente dando ensejo a um ato existente, válido e eficaz. Requisitos Extrínsecos (art. 283 CPC): São os documentos que acompanham a petição inicial. São chamados de requisitos extrínsecos porque estão fora da petição inicial, apenas a acompanhando. Efeitos da Petição Inicial: 1) Delimitar o objeto litigioso do processo (pedido) O juiz fica restrito ao pedido formulado pelo autor na petição inicial, sob pena da caracterização da sentença ultra, infra ou citra petita. 2) Identificação da litispendência, coisa julgada e conexão/continência (reunião das causas para julgamento simultâneo) 3) Auxilia na definição da competência (partes envolvidas, pedido formulado, valor) 4) Verificar se estão presentes as condições da ação e os pressupostos processuais de existência e validade na ausência destes, o juiz deverá determinar a regularização ou extinção do processo sem resolução do mérito II) CITAÇÃO: Art. 213 CPC. Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender. Há quem defenda que o conceito de citação previsto no art. 213 CPC está mais ligado à ideia de intimação. Funções: A citação possui uma dupla função: 1. Dar conhecimento ao réu da existência de uma demanda contra ele proposta, bem como de seu respectivo teor.

2. Trazer o réu para o processo, angularizando a relação processual. Antes da citação, o réu é somente parte da demanda e, somente a partir da citação, o réu passa a integrar a relação processual Formação gradual do processo: Juiz Autor Distribui a petição inicial Ou despacho com o juiz (art. 263 CPC) Réu Citação (art. 319 CPC) Parte do processo Natureza Jurídica da Citação: Há divergência sobre a natureza jurídica da citação: 1. Escola Clássica/Tradicional - Pressuposto processual de existência a citação seria o principal ato processual. Sem a citação do réu não existiria processo. 2. Pressuposto processual de validade o processo existe sem a citação, mas não será considerado válido, nos termos do art. 214 CPC. 3. Doutrina Moderna (Marinoni, Alexandre Câmara, Dinamarco) a citação não é pressuposto processual de existência nem de validade, pois existe processo sem a citação se o réu comparecer voluntariamente, assim como em alguns casos já existe processo antes da citação do réu (antecipação da tutela inaudita altera parte, regularização da petição inicial). O problema dessa corrente é que ela não define o que seria a citação. Fredie Didier Jr. tenta elucidar a questão defendendo que a citação seria uma condição de eficácia do processo para o réu e requisito de validade dos atos processuais posteriores. Recorribilidade do cite-se? A citação é passível de recurso? 1. Cite-se possui caráter decisório com natureza de decisão interlocutória, sendo cabível agravo. Isso porque para determinar a citação, o juiz deverá realizar uma análise dos requisitos da petição inicial. 2. Cite-se tem caráter de mero despacho, sendo portanto irrecorrível (art. 504 CPC).

Espécies de Citação: a) Citação Postal b) Citação por mandado c) Citação por edital d) Citação eletrônica a) Citação Postal. A citação postal é cabível, desde que autorizada pela lei. É preciso diferenciar: Citação postal de pessoa física necessária a assinatura do réu para a validade da citação. Súmula 429 STJ: recebimento. A citação postal, quando autorizada por lei, exige o aviso de Citação postal da pessoa jurídica Teoria da Aparência - basta que alguém receba citação no endereço da pessoa jurídica para que ela seja considerada válida e eficaz. b) Citação por mandado: É aquela realizada por oficial de justiça. É a mais comum das espécies de citação, pois o oficial de justiça tendo fé pública poderá descrever o ato e informar se conseguiu ou não realizar a citação do réu. Citação por hora certa é possível nos casos em que o oficial de justiça se dirigir por 3 vezes ao endereço do réu, não localizá-lo e desconfiar que ele está se ocultando. Destaca-se que a citação por hora certa não é uma espécie autônoma de citação, mas sim uma espécie de citação por mandado. c) Citação por edital: É realizada somente em situações excepcionais, quando não houver possibilidade de citação por outro modo. É considerada uma modalidade de citação ficta, pois presumese que o réu tomou conhecimento da demanda e de seu teor. d) Citação Eletrônica: Originalmente, a citação eletrônica foi criada com o objetivo de acelerar o processamento, porém, o grande problema é que não há uma certeza sobre a validade da eficácia da mesma. Diante disso, normalmente, ela vem sendo utilizada em questões incidentais (ex: oposição, denunciação da lide, ação declaratória incidental, etc).

Efeitos da Citação (art. 219 CPC): Efeitos Processuais Torna prevento o juízo (Juízos com competências territoriais diferentes Comarcas diversas) Efeitos Materiais Constitui em mora o devedor (Obrigação líquida sem vencimento certo interpelação judicial) Induz litispendência: Pendência da lide (acepção mais utilizada) Identidade entre as demandas Faz litigiosa a coisa existe uma lide acerca da coisa ou relação jurídica. É muito importante principalmente para fins de fraude à execução, que pressupõe a coisa litigiosa, ou seja, o alienante deve saber que existe contra ele uma demanda proposta acerca daquele bem, o que ocorre com a citação. Antes da citação, o ato poderia caracterizar apenas a fraude contra credores. Interrompe a prescrição (# art. 202, I CC interrupção da prescrição ocorre pelo despacho do juiz) Obsta a decadência Não interrompe a decadência, pois esta cuida de direitos potestativos. Obs1: Mora do devedor Obrigação Contratual - Obrigação líquida: Vencimento certo o simples descumprimento no vencimento da obrigação caracteriza a mora; Não possui vencimento certo interpelação ou comunicação extrajudicial ou judicial. Uma das hipóteses de interpelação judicial é o ajuizamento de uma demanda, o que leva à citação do réu. Portanto, a citação é uma das hipóteses através da qual é possível comunicar ao devedor que ele está em mora diante de uma dívida sem vencimento. Obrigação Extracontratual - normalmente oriunda da prática de atos ilícitos a mora ocorre desde o momento da prática do ato. Obs2: Interrupção da Prescrição despacho do juiz ou citação válida? Prepondera o entendimento de que deve ser respeitado o art. 202, I CC, segundo o qual o despacho do juiz de citação é que interrompe a prescrição. Argumentos: Código Civil é posterior ao

CPC; se coaduna com as normas novas acerca de prescrição - Lei de Execução Fiscal, CTN e LC). Obs3: Art. 219, 1º CPC - Para que ocorra a retroatividade da interrupção da prescrição é necessário que o 1º ato após a propositura da ação seja o despacho de cite-se. Caso contrário, a interrupção da prescrição não retroagirá. Obs4: Art. 219, 5º CPC Natureza Jurídica da Prescrição: 1. Questão de ordem pública - Em razão da possibilidade de pronúncia de ofício da prescrição pelo juiz, alguns autores defendem que a prescrição passou a ser questão de ordem pública. 2. Defesa de mérito indireta - o juiz precisa da manifestação das partes para saber se há alguma causa suspensiva ou interruptiva ou se a parte renunciou à prescrição. Sendo assim, o juiz poderia examinar a prescrição de ofício, mas não poderia decretá-la antes de ouvir as partes. III) REVELIA (art. 319 CPC): Art. 319. Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor. Há controvérsia acerca do alcance da revelia: 1. CPC e Doutrina Majoritária - Revelia consiste na ausência de contestação. 2. Minoritária (Dinamarco) revelia = ausência de resposta (mais amplo). Natureza Jurídica: Estado de fato a parte está revel em virtude da ausência de contestação.

Efeitos: Efeito Material Presunção de veracidade dos fatos afirmados pelo autor (art. 319 CPC) Efeitos Processuais Desnecessidade de intimação do réu dos demais atos processuais, desde que não possua patrono nos autos. Se houver advogado constituído, ele deverá ser intimado de todos os atos processuais, ainda que a parte seja revel (não apresentou contestação). Induz o julgamento antecipado da lide (art. 330, II CPC) não é automático, pois não há óbice que o juiz determine a produção de provas pelo autor para o seu convencimento.