AULA 01 1 SUGESTÃO BIBLIOGRÁFICA

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Temos o Mandado de Segurança Individual e o Mandado de Segurança Coletivo, previstos nos arts. 5º, LXIX e LXX, respectivamente.

9. HABEAS DATA Breve introdução Cabimento

Transcrição:

Turma e Ano: Flex B (2014) Matéria / Aula: Mandado de Segurança / Aula 01 Professora: Mauro Luís Rocha Lopes Monitora: Mariana Simas de Oliveira AULA 01 1 CONTEÚDO DA AULA: Introdução. Pressupostos Específicos de Cabimento: Direito Líquido e Certo. Nota da monitoria: a apostila do professor ( Mandado de segurança em tópicos - 2012) foi utilizada como base para o CAM, havendo, inclusive, transcrições. SUGESTÃO BIBLIOGRÁFICA Manual do Mandado de Segurança Alexandre Freitas Câmara Editora Atlas. Comentários do professor: é um livro completo. Atualmente, para o professor, é o mais didático. INTRODUÇÃO (cont.) O mandado de segurança é uma ação civil de rito sumário especial, ainda que impetrado no processo penal, que se destina a afastar lesão a direito subjetivo individual ou subjetivo, por meio de ordem corretiva ou preventiva de ilegalidade ou abuso de poder, dirigida à autoridade pública ou a quem fizer suas vezes ou a ela for equiparada. O remédio tem garantia constitucional fundamental no art. 5º, incisos LXIX e LXX: Art.5º. (...) LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 1 Aula ministrada em 17/07/2014.

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; O mandado de segurança, por integrar o rol de direitos e garantias individuais, é considerado cláusula pétrea ou imodificável, sendo induvidoso que emenda constitucional tendente a aboli-lo sequer poderá ser deliberada (CF, art. 60, 4º, inciso IV). Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: IV - os direitos e garantias individuais. Se o Congresso Nacional decidir deliberar proposta de emenda constitucional que, por exemplo, afaste o cabimento do mandado de segurança contra atos da Presidência da República, um parlamentar pode impetrar mandado de segurança, alegando violação ao art.60, 4º, IV, da CF, para que o Supremo casse a deliberação. O mandado de segurança seria uma figura autônoma na classificação das ações no processo civil brasileiro? R.: Há que sustente a existência dessa figura autônoma, a chamada ação mandamental (o ECA menciona exatamente isso). Todavia, o mandado de segurança não constitui uma espécie autônoma de ação, inserindo-se na tradicional classificação das ações de conhecimento, dependendo do tipo de provimento desejado pelo impetrante a sua caracterização em ação declaratória, constitutiva ou condenatória. O mandado de segurança é assim denominado em razão do rito específico ao qual o processo correspondente está submetido. As ações têm três elementos: partes, causa de pedir e pedido. O fato de ser impetrado um mandado de segurança e outra ação pelo rito ordinário ou sumário não afasta a possibilidade de litispendência, coisa julgada, prevenção e conexão. O mandado de segurança é regido, primariamente, pela Constituição (art.5º, LXIX e LXX) e pela Lei 12.106/2009 e, subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil, naquilo em que não haja confronto com a norma especial ou com a essência jurídica do instrumento. Note-se que existem lacunas na Lei 12.106/2009 que são desejadas, é o chamado silêncio eloquente.

A característica básica do procedimento do mandado de segurança é a celeridade, que irá funcionar como vetor orientador da interpretação de todas as normas da Lei 12.016/09, a qual, em seu art. 20, caput, preceitua que, ressalvado o habeas corpus, os processos de mandado de segurança e os respectivos recursos terão prioridade sobre todos os atos judiciais. O prazo para a conclusão dos autos não poderá superar cinco dias ( 2º). O mandado de segurança só perde na prioridade de julgamento para o habeas corpus. Em se tratando de mandado de segurança com liminar deferida, o art.7º, 4º, da Lei 12.016/09, dispõe: Deferida a medida liminar, o processo terá prioridade para julgamento. Ao contrário do que ocorre na propositura de outras ações constitucionais como o habeas corpus, habeas data e ação popular (salvo má-fé nesse último caso), em relação às quais o postulante faz jus ao benefício da imunidade quanto à taxa judiciária (CF, art. 5º, inciso LXXVII e LXXVIII), a impetração do mandado de segurança se sujeita ao referido tributo.. O impetrante pode ser benefício de Justiça gratuidade, lembre-se. Na Justiça Federal, o mandado de segurança há de ser enquadrado, na tabela de custas estabelecida na Lei no 9.289/96, como uma das ações cíveis em geral a que se refere a alínea a, sendo a taxa correlata cobrada na base de 1% sobre o valor da causa, tendo como limites mínimo e máximo as quantias equivalentes a dez Ufirs e a 1.800 Ufirs. Na Justiça Estadual depende de cada lei; inexistindo especificação quanto ao mandado de segurança aplica-se a previsão de cobrança para as ações cíveis em geral. Isso demonstra a importância de o mandado de segurança apresentar o valor da causa, a teor do art.258, do CPC: A toda causa será atribuído um valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediato. Também é importante a fixação do valor da causa na petição inicial do mandado de segurança, pois ela pode ser utilizada para aplicação da multa prevista no art.14, V, parágrafo único, do CPC. PRESSUPOSTOS ESPECÍFICOS DE CABIMENTO Para a propositura de qualquer ação devem estar presentes os seguintes requisitos: legitimidade, interesse de agir, e possibilidade jurídica do pedido. Como o mandado é uma ação de conhecimento, para impetrá-lo tais requisitos devem estar presentes. No entanto, para que a impetração seja válida não basta o preenchimento das condições genéricas da ação, sendo necessário o preenchimento de condições específicas.

Direito líquido e certo O direito líquido e certo é aquele escorado em fatos evidenciados de plano, mediante prova pré-constituída, uma vez que o rito especial da Lei nº 12.016/2009 não comporta dilação probatória. Isso porque, o rito não seria célere se fosse admitida a produção de provas, sendo vedada a controvérsia sobre fatos no mandado de segurança. Cuidado, pois muitos interpretam equivocadamente a expressão direito líquido e certo: na Constituição de 1934 encontrava-se a exigência para impetração de mandado de que o impetrante detivesse direito certo e incontestável. Assim, deveria ser absolutamente flagrante a ilicitude do ato da autoridade coatora. As Constituições posteriores alteram a exigência para direito líquido e certo. Todavia, algumas pessoas continuaram interpretando como direito certo e incontestável. A complexidade jurídica da matéria não afasta o mandado de segurança, desde que não haja controvérsia sobre o fato, como se observa da leitura da súmula 625 do STF: controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança. Do mesmo modo, a complexidade dos fatos, à evidência, também não exclui a utilização do mandado de segurança, bastando que todos se encontrem comprovados de plano (v. STF-RT 594/248). Exemplo: Pedido de pensão previdenciária instituída por companheiro (a) instrução da petição inicial com robustos elementos de convicção (autos de justificação judicial com termos de depoimento de testemunhas, documentos indicando a coabitação, a existência de prole em comum, etc.) a dispensar a produção de outras provas no curso do processo. Todavia, os casos para cuja solução a perícia judicial seja imprescindível (por exemplo, pretensões envolvendo aposentadoria por invalidez ou de auxílio-doença) não podem ser admitidos em sede mandamental. Nos casos em que a prova do alegado está nas mãos do próprio sujeito passivo da relação processual, cabe a aplicação do 1º, do art. 6º, da Lei nº 12.016/2009, cabendo ao impetrante, em sua peça inicial, requerer ao juiz que ordene, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou cópia autêntica: Art.6º. 1º. No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda via da petição.

Outro caso em que a documentação normalmente não acompanha a petição inicial ocorre quando se trata de prova sobre fato negativo e indeterminado (denominada prova diabólica, de impossível produção). Exemplo: servidor público punido com sanção disciplinar por quebra de hierarquia. Imputação: envio de correspondência apócrifa aos demais servidores da repartição contendo expressões injuriosas dirigidas ao chefe do serviço. Em caso de MS impetrado pelo servidor para impugnar a sanção, caberia à autoridade indicada como coatora apresentar os elementos que levaram a Administração a ter o impetrante como o autor do ilícito funcional, porquanto a produção de tal prova ser-lhe-ia plenamente possível (e até mesmo exigível). Não o fazendo, haveria de se ter como autêntica a alegação do servidor impetrante. Agora, se a prova eventualmente oferecida pela autoridade fosse contestada, aí sim, o caso seria de extinção do processo sem o julgamento do mérito, diante da controvérsia fática instaurada (ausência de direito líquido e certo). Note-se que à autoridade apontada como coatora não se atribui apenas a faculdade de juntar, com as informações, as provas que lhe sejam convenientes, mas também o dever de apresentar aquelas cujo ônus de produzir lhe seja imputado. O art.4º da Lei 12.016/09 permite, em caráter de urgência, que o mandado de segurança seja impetrado por telegrama, radiograma, faz ou outro meio de autenticidade comprovada. A Lei no 9.800/99, que permite às partes a utilização de sistema de transmissão de dados para a prática de atos processuais, exige que, em casos tais, os originais sejam entregues em juízo, necessariamente, até cinco dias da data do término do prazo ou, quando não haja prazo, da recepção do material (art. 2º). Se o juiz considerar que a prova não está pré-constituída pode ele intimar o impetrante para apresentar a prova, aplicando-se subsidiariamente o art.284 do CPC? R.: Não, sendo caso de indeferimento da petição inicial, aplicando-se o disposto no art.10, caput, da Lei 12.106/09: Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a impetração.