Circuitos Curtos de Comercialização Maria Raquel Lucas (mrlucas@uevora.pt) CEFAGE-UE e Departamento de Gestão
Antecedentes Conceito de Circuito Curto Formas de Comercialização Estrutura da Apresentação Legislação Comunitária Situação na Europa Iniciativas Internacionais Situação e Iniciativas em Portugal Importância e Desafios para o Alentejo
Antecedentes Na Europa e em Portugal
Crescente Interesse Europeu nos Circuitos Curtos - Resultante Flutuação Preços de 2007/2009: problemas no funcionamento da cadeia de abastecimento alimentar na Europa COM (2009) Melhor funcionamento da cadeia de abastecimento alimentar na Europa Antecedentes Parlamento Europeu, Resolução ( 7/9/2010) rendimentos justos para os agricultores: melhor funcionamento da cadeia de abastecimento alimentar na Europa estudo 2011 Petits Agriculteurs et Marchés Locaux dans le Contexte de la Politique Européenne de la Qualité Comité das Regiões, estudos 2010 Marketing on local markets e 2011 Sistemas alimentares locais Estudo 2011 Short Food Supply Chains and Local Food Systems in the EU. A State of Play of their Socio-Economic Characteristics publicado 2013 COM (2011) Proposta de Regulamento relativo ao apoio ao desenvolvimento rural pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) Bruxelas,abril 2012 Conferência: Local agriculture and short food supply chains. Nicosia,outubro 2012: 2nd Med.Macro Regional Network Cluster meeting.
Crescente Interesse Europeu nos Circuitos Curtos Regulamento (UE) n.º 1305/2013, relativo ao apoio ao desenvolvimento rural pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) Medida Cooperação, Artigo 35º do FEADER- CCA e mercados locais: Antecedentes A cooperação horizontal e vertical entre todos os intervenientes da cadeia de abastecimento para a criação e desenvolvimento de cadeias de abastecimento curtas e os mercados locais (Artigo 35º (2) (d)); As atividades de promoção num contexto local relacionadas com o desenvolvimento de cadeias de abastecimento curtas e de mercados locais (Artigo 35º (2) (e)). O artigo 7º do FEADER abre a possibilidade de incluir Subprogramas temáticos nos Programas de Desenvolvimento Rural, figurando os CCA nas temáticas a que podem dizer respeito tais subprogramas, beneficiando as operações apoiadas de uma taxa de apoio adicional de 10% (Artigo 7º (1) (d); (3)). Parlamento Europeu: Criação, em 2013, do portal Local agriculture and short food supply chains.
Crescente Interesse Europeu nos Circuitos Curtos Como consequência Espanha: O Observatório de Preços dos Alimentos aprovou a realização de um estudo de canais curtos de comercialização (CCC). Antecedentes Itália: Anterior (Lei Finanças de 2000 obrigou à utilização produtos BIO; DOP/IGP nas cantinas públicas.): Istituto di Servizi per il Mercato Agricolo Alimentare ISMEA -entidade pública responsável pela elaboração de instrumentos de apoio à venda direta e pela gestão do portal do Servizi e opportunità per vendita diretta en agricoltura VeDi onde estão disponíveis um vasto conjunto de elementos de apoio à venda direta. O Istituto Nazionale di Economia Agraria INEA realiza atividades a análise dos CCA:em 2013: FARMERS AND SHORT CHAIN - Legal profiles and socioeconomic dynamics. Portugal Rede Rural Nacional 2013: Seminário Valorizar os produtos agroalimentares locais através de circuitos de proximidade Estudo Circuitos Curtos Agroalimentares : produzir e consumir localmente / Rede Rural Nacional. Revista em Rede, n.º 3, 2013. 52 p. Iniciativas da Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local (ex. dia Mundial Alimentação 16 Out)
Conceito de Circuito Curto de Comercialização Várias Interpretações Número limitado de intermediários. Associados ao desenvolvimento económico local. Valorização da relação Produtor/Consumidor. Proximidade Geográfica e Relacional Circuito Curto de Comercialização Quando o número de intermediários é igual ou inferior a 1.
Formas de Comercialização Mercados de Produtores Feira de Produtos Locais
Formas de Comercialização Mercados de Produtores Feira de Produtos Locais
Formas de Comercialização Mercados de Produtores BIO
Formas de Comercialização Venda Direta na Exploração Venda na Horta Pontos de Venda Coletiva
Formas de Comercialização Entrega ao Domicílio Cabaz de Produtos Agroalimentares
Formas de Comercialização Lojas Próprias (Venda Direta) Mercados Municipais
Formas de Comercialização Grupos de Consumo
Formas de Comercialização Venda à Restauração, a Cantinas e Refeitórios
Formas de Comercialização Distribuição Retalhista de Produtos Locais Lojas Bairro
Formas de Comercialização Plataformas On-Line
Formas de Comercialização Vendas On-Line
Legislação Âmbito da Regulação
Normas de Higiene e Segurança Alimentar Promoção de Produtos Locais Âmbito da Regulação Cantinas/Refeitórios Comercialização de Pequenas Produções Venda Direta
Legislação Comunitária Legislação Norma 2011/C 104/01 do Comité das Regiões Diretiva 97/7/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 20 maio de 1997 Regulamento (CE) Nº 1169/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho de 25 outubro de 2011 Regulamento (CE) Nº 178/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 28 janeiro de 2002 Regulamento (CE) Nº 852/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho de 29 abril de 2004 Regulamento (CE) Nº 853/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho de 29 abril de 2004 Regulamento (CE) Nº 853/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho de 29 abril de 2004 Âmbito Sistemas de Alimentos Locais Proteção dos Consumidores em relação aos Contratos à Distância Informação ao Consumidor Segurança Alimentar Higiene de Produtos Alimentares Higiene de Produtos Alimentares (Origem Animal) Higiene de Produtos Alimentares (Controlo)
País Legislação Âmbito Alemanha Regulamento para execução da legislação comunitária (9 agosto 2007) Higiene de Produtos Alimentares Áustria Cumprimentos da Regulamentação Comunitária Higiene Produtos Alimentares Reino Unido Normativa Restrictive Trade Practice Act de 1956 e a Resale Practice Act de 1964 Outros Tipos Legislativos Legislação em alguns Países Europeus Itália Decreto Legislativo 18 maio 2001 (nº228) e Decreto Legislativo nº 99/2004 Lei 27 dezembro 2006 (nº 296) e Decreto Ministerial 20 novembro 2007 Comercialização Venda Direta Mercados de Produtores Eslovénia Modificação da Lei de Contratação Pública Refeitórios/Cantinas Polónia Reg. Ministro Sanidade sobre Produtos Origem Vegetal (6 junho 2007) Reg. Ministro Agricultura sobre Produtos Origem Animal (29 dezembro 2006) Reg. Ministro Agricultura de 15 dezembro 2006 Venda Direta Hungria Portugal Decreto Ministro Desenvolvimento Rural FVM 52/2010 (IV.3) Modificação da Lei de Contratação Pública Decreto Ministro Desenvolvimento Rural VM 51/2012 (VI.8) Diário da República, 2ª Série Nº67 3 de abril de 2012. Despacho Nº 4680/2012 Pouca Flexibilização Regulamentos higio-sanitários aplicados aos circuitos curtos Comerc. Pequenas Produções Cantinas/Refeitórios Segurança Alimentar Promoção de Produtos Locais
Presença dos CCC na Europa É muito variada O grau de implementação varia segundo o país Existem distintos tipos de Iniciativas Predominam diferentes produtos segundo os países Existem distintas formas de Comercialização É um setor emergente na economia alimentar europeia
Iniciativas Internacionais
Iniciativas Internacionais (UE, EUA, Japão) Venda na própria Exploração Mercados de Produtores Vendas ao Domicílio Lojas de Venda Direta Refeitórios e Cantinas Grupos de Consumo Comércio Eletrónico Plataformas On-line Cooperativas Outras Iniciativas
Situação em Portugal Diagnóstico Existencia de Elevado número de Modalidades CCC Importância Económica varia em função das Localidades/Concelhos, Tipo Produtores e Produtos e do Envolvimento Institucional Muitas formas Venda associadas ao Dinamismo dos Produtores e Iniciativas Institucionais e da Avaliação/Valorização do consumidor Não existe Informação sobre Volume e Valor Vendas (mercados e feiras provavelmente os mais importantes) Meios de difusão, Iniciativas, Perspectivas de Futuro, Recomendações 1 2 Dois tipos de Circuitos Curtos: Circuitos OFF-LINE, sem intervenção do comércio eletrónico Circuitos ON-LINE, exclusivamente pela Internet
Situação em Portugal Iniciativas Recomendações
Facilitar Adesão dos Produtores aos CCC ( Medidas Apoio - Fiscais, Financeiras, Técnicas) Situação em Portugal Iniciativas Melhorar Organização e Funcionamento CCC (Apoios, Pontos Venda Colectivos, Marca, Inovação, Imagem) Melhorar a Oferta Produtos Agroalimentares (Criar Mecanismos para Facilitar Abastecimento Restauração Certificação Restaurantes Guias Boas Práticas, Regras Segurança Alimentar, Conformidade, Rastreabilidade, Informação Consumidor) Melhorar o Acompanhamento e Funcionamento dos CCC (Instrumentos apoio, observatório, Recolha informação específica pelo INE, Criar Base Dados, Laboratório Agricultura Familiar Ensino-Pesquisa Extensão).
Situação em Portugal Fortalecer Sistema de Aconselhamento Técnico e de Investigação especialização inteligente Incentivar a Cooperação entre Produtores e os outros membros da Cadeia de Valor Importância e Desafios no Alentejo Gerir a Cadeia de Valor sem esmagar a Agricultura Familiar, os Pequenos Produtores e as PME s Garantir a Existência Programas especiais que canalizem apoios a iniciativas locais (medidas promoção dos CCA com o co-financiamento da EU - suporte para infra-estruturas e transporte, armazenamento, marketing, processamento, rotulagem dos produtos agro-alimentares ).
Conclusão Importância e Desafios Importância dos Circuitos curtos de comercialização como forma de promover o desenvolvimento económico da agricultura familiar e de pequena escala e a sua orientação para o mercado local; Temática com relevância nas propostas da PAC 2014-2020 e de outras iniciativas de âmbito europeu e mundial - Insuficiência de estratégias territoriais; Desafio conseguir usar os instrumentos políticos para facilitar o acesso aos mercados, no reforço dos vínculos entre agricultores e consumidores, na valorização do potencial económico da agricultura local e, numa melhor aplicação da legislação em matéria de higiene, sanidade e segurança alimentar a estes circuitos curtos. Importa revigorar o conhecimento destas formas de comercialização e de redescobrir e divulgar as suas vantagens, legitimidade e benefícios económicos, ambientais e sociais.
Muito Obrigada Maria Raquel Lucas (mrlucas@uevora.pt) CEFAGE-UE e Departamento de Gestão