A experiência portuguesa - PARCA
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- Maria das Neves Salazar de Andrade
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1 Como melhorar o posicionamento dos produtores na cadeia alimentar A experiência portuguesa - PARCA 16 de junho de 2017 CNEMA, Santarém David Gouveia Diretor de Serviços de Competitividade
2 Índice Antecedentes PARCA Agricultores na cadeia de valor Futuro 2
3 Antecedentes 3
4 4 Explicitação do problema ( )
5 Explicitação do problema ( ) A volatilidade mais acentuada (excessiva) apresentava-se como um fenómeno recente Fonte: OCDE. Montly commodity price indices ( =100) 5
6 Explicitação do problema ( ) Evolução dos preços na cadeia alimentar (UE ) Preço ao produtor não acompanhava aumento de preço de fatores e preço ao consumidor evoluía a taxa de aumento inferior Fonte: CE, DG Agri, 6 CAP reform impact assesment, 2011
7 Explicitação do problema ( ) Índice de Preços dos Meios Produção na Agricultura versus Índices de Preços no Produtor de Produtos Agrícolas (2005=100) Preço ao produtor não acompanhava aumento do preço dos fatores de produção 7 Fonte: INE. Cálculos SIMA/GPP
8 Explicitação do problema ( ) Preço Porco classe E versus Preço Alimentos Compostos versus Margens versus Abates Margens negativas persistentes na produção Fonte: SIMA/GPP 8
9 Especificidade do sector agrícola Explicitação do problema ( ) 9
10 Explicitação do problema ( ) Iniciativas Globais linhas de trabalho (1) OCDE Declaração Ministerial (Agricultura) Fevereiro 2010 LT - Food Chain Analysis Network distinguish areas where farmers and the agrofood sector can address challenges and exploit opportunities on their own from areas where government policy responses might be required LT - Structural Change in Agricultural Commodity Markets to analyse the functioning of markets and the extent to which the changing physical and market environment is generating new or increased risk and volatility affecting the agriculture and food system, and defineappropriate individual, market or public responses to manage risk; and ensure transparency and efficient functioning of markets. FAO Global Food Price Monitor, AMIS (e outros) 10
11 Explicitação do problema ( ) Iniciativas Globais linhas de trabalho (2) G20 Cimeira de CANNES (Nov.2011) Declaração Final ( 40 e ss.) (FAO, OECD, The World Bank Group, IFAD, UNCTAD, WFP, WTO, IMF, IFPRI, UN HLTF) Endossou o Plano de Ação adotado na 1ªreunião dos Ministros da Agricultura G20 em Paris (22-23 Junho 2011) sobre a volatilidade dos preços nos alimentos e na agricultura Aumentar a produção agrícola e a produtividade Aumentar informação e transparência de mercado Reduzir efeitos da volatilidade nos mais vulneráveis Reforçar a coordenação política internacional Melhorar o funcionamento dos mercados de derivados agrícolas AMIS Agricultural Market Information System (FAO) 11
12 Explicitação do problema ( ) Iniciativas Europeias (1) Grupo Alto Nível para a Capacidade Concorrencial da Indústria Agroalimentar Comunicação da Comissão Preços dos Géneros Alimentícios na Europa Comunicação da Comissão Melhor Funcionamento da Cadeia de Abastecimento Alimentar na Europa Papel central no debate político UE para soluções de aumento de transparência, incentivo da concorrência e aumento da resistência à volatilidade dos preços Grupo de Alto Nível para o sector do Leite e Produtos Lácteos Relatório com 7 recomendações Conclusões do Conselho Agricultura de 29 de Março 2010 sobre o Melhor Funcionamento da Cadeia Alimentar Fórum para a Melhoria do Funcionamento da Cadeia de Abastecimento Alimentar Assiste Comissão Europeia para política industrial no sector agroalimentar Comunicação da Comissão A PAC no Horizonte 2020 (Reforma da PAC pós-2013) Objetivos PAC de produção alimentar viável e reforço equilíbrio da C.A. 12
13 Explicitação do problema ( ) Iniciativas Europeias (2) Parlamento Europeu A cadeia de abastecimento dos produtos agrícolas: estrutura e implicações (Relatório de iniciativa - MEP José Bové; Verdes/DE) Os desequilíbrios na cadeia alimentar (Moção PPE/PT) 13
14 Explicitação do problema ( ) Justificação para a atuação nacional Conflituosidade crescente entre os agentes da cadeia alimentar Iniciativas europeias em curso a nível de outros EM (FR, ES, RU) e sem resposta comunitária Relatório Final sobre Relações Comerciais entre a Distribuição Alimentar e os seus Fornecedores (Autoridade da Concorrência, 2010) Recomendações relativas a: Autorregulação (incluindo código de conduta) Regulamentação de práticas comerciais problemáticas Informação estatística de preços ao longo da cadeia de abastecimento alimentar 14
15 PARCA 15
16 PARCA PARCA Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Alimentar Criada em novembro de 2011 por despacho conjunto dos Ministros da Agricultura e da Economia (Despacho nº 15480/2011 de 15 de Novembro) Missão: promover a análise das relações entre os sectores de produção, transformação e distribuição de produtos agrícolas, com vista ao fomento da equidade e do equilíbrio na cadeia alimentar Reconhecida enquanto fórum de debate privilegiado na procura de consensos e equilíbrio de interesses diversos entre os agentes da cadeia alimentar 16
17 PARCA Administração Produção Indústria Comércio 17
18 18 PARCA
19 PARCA Diagnóstico Temas Ações 19
20 PARCA Diagnóstico Temas Ações 20
21 PARCA Limite máximo de 30 dias para prazos de pagamento de contratos de compra e venda ou fornecimento de produtos alimentares, exclusivamente destinados ao consumo humano, envolvendo uma micro ou pequena empresa Reforço do poder negocial dos produtores e transformadores do setor alimentar face à distribuição mais concentrada Práticas Individuais Restritivas do Comércio - PIRC Reforço da competitividade de todas as partes envolvidas em negociações Maior regulação das práticas abusivas e aumento das sanções aplicáveis por incumprimento Avaliação em curso (3 primeiros anos de aplicação) 21
22 Código de Boas Práticas Nacional PARCA 22
23 Agricultores na cadeia de valor 23
24 24 Porquê regular?
25 Porquê regular? Ainda não assumida atuação UE COM remete para a iniciativa B2B o esforço de autorregulação e para os EM a iniciativa legislativa Conclusões Conselho Agricultura dezembro 2016 Reconhecimento do setor agrícola como o elo mais fraco e exposto aos riscos de mercado Fonte: EU Agricultural Markets Briefs No 4 June
26 Porquê regular? Fonte: relatório da Comissão ao PE e ao CONS sobre as PCD nas relações entre empresas da cadeia de abastecimento alimentar Problema das PCD está identificado PCD não são a causa de preços baixos, mas os preços baixos tornaram os agricultores mais vulneráveis a potenciais comportamentos desleais dos seus parceiros Vários EM com iniciativas para combater PCD Falta um quadro regulador que constitua uma base comum de atuação, para garantir correto funcionamento do mercado único
27 Porquê regular? Melhorar as relações na cadeia alimentar: um desafio permanente na agenda atual HLF for a better functioning of the food supply chain ( ; 3º mandato) Plano de trabalho (clusters): i) Melhorar as práticas comerciais entre empresas (práticas justas e eficientes) ii) Competitividade/novas oportunidades iii) Transparência ao longo da cadeia alimentar Combate às PCD integrado no ponto i), referindo o relatório da Comissão de janeiro de 2016, que por sua vez propôs dar mais tempo ao HLF para avaliar a SCI Necessidade de atuação comunitária foi discutida pela primeira vez de forma autónoma na reunião Sherpa de 6 de março de 2017, com muitos membros a favor de ação a nível UE, mas referindo que essa ação deve respeitar as iniciativas jáem curso nos EM
28 Porquê regular? Melhorar as relações na cadeia alimentar: um desafio permanente na agenda atual Supply Chain Initiative SCI (desde 2011) Reconhecido esforço de autorregulação B2B UE Ainda com pouca expressão ao nível de PME e do setor agrícola Relatório da Comissão ao PE e ao CONS sobre as PCD nas relações entre empresas da cadeia de abastecimento alimentar (janeiro 2016) Identifica principais PCD e reconhece o problema Avalia impacto da SCI e iniciativas dos EM Não aponta para soluções legislativas ao nível UE
29 Porquê regular? Melhorar as relações na cadeia alimentar: um desafio permanente na agenda atual Relatório de iniciativa do PE sobre PCD na cadeia alimentar (junho 2016) Adotadocom 600 votos a favor, 48 contra e 24 abstenções Sistematiza um conjunto de práticas que existem na cadeia alimentar que promovem disparidades no poder negocial nas relações entre empresas e afetam o elo mais fraco, produção agrícola Enfatiza lacunas da SCI na resolução dos problemas da cadeia alimentar Reconhece a necessidade de um quadro regulamentar europeu uniforme Agricultural Markets Task Force Vermeer report (novembro 2016) Identifica PCD como ameaça ao desenvolvimento de agricultores e PME transformadoras Propõe a criação de um quadro regulador comum para base harmonizada de atuação
30 Porquê regular? Melhorar as relações na cadeia alimentar: um desafio permanente na agenda atual Conclusões do CONSELHO Agricultura (dezembro 2016) Necessidade de um quadro regulamentar comumaos diversos EM no combate às PCD, mas sem comprometer os sistemas já em funcionamento nos diferentes EM Reconhecimento do setor agrícola como o elo mais fraco e mais exposto aos riscos de mercado Promoção voluntária de boas práticas e desenvolvimento generalizado de contratos-tipo Apoio às organizações de produtores e à cooperação vertical (interprofissional) PRES SK dinamizou discussão sobre PCD: Conferência Bratislava (junho 2016) Conselho informal (setembro 2016)
31 Porquê regular? Melhorar as relações na cadeia alimentar: um desafio permanente na agenda atual PAC 2013 Aprofundou a orientação para o mercado, com o reforço de instrumentos potenciadores da melhoria do poder negocial da produção (organizações de produtores, organizações interprofissionais, contratação obrigatóriaem todos os setores, novas derrogações a regras da concorrência) Concretização no terreno está longe produzir resultados que possam reequilibrar a relação de forças no contraste com a forte integração de grupos do retalho alimentar OMNIBUS Mais de 30 alterações propostas pela COMAGRI em artigos da OCM dirigidos às relações na cadeia alimentar
32 Porquê regular? Melhorar as relações na cadeia alimentar: um desafio permanente na agenda atual Iniciativa regulamentar UE para breve
33 FUTURO 33
34 Conclusões Cadeia de valor alimentar é um assunto transversal. Objetivos da PAC, política industrial, inovação e bem estar do consumidor dependem do seu correto funcionamento Mercado Único. Trabalho a nível UE é essencial para um plano nivelado de trabalho entre os vários agentes da cadeia, em todos os EM Diálogo e transparência. Demonstrou eficácia no estreitar de diferenças, na cosntrução de confiança e na aplicação de quadros legislativos quando necessário. Para combater PCD, autorregulação é importante, quer a nível UE quer nacional, mas face a limitações da legislação da concorrência neste domínio, uma moldura reguladora comum deve ser uma opção efetiva Confiança. Importância do diálogo entre parceiros para o entendimento dos problemas de cada um e dos comuns a todos os intervenientes, que são os problemas de toda a cadeia de valor no longo prazo 34
35 Outras pistas para o futuro Melhorar o poder negocial da produção não se esgota nas PCD. É fundamental aumentar concentração da oferta e capacidade de organização que permita melhor capacidade e profissionalismo na comercialização dos produtos, assim como capacidade para procurar alternativas de produtos e mercados PARCA. Concluído o ciclo da equidade, com legislação em vigor e CdBP assinado, futuro será mais centrado em temas como inovaçãoe internacionalização Clima mais propício a um debate por todos os stakeholders que leve ao desenvolvimento de novos produtos e novos mercados para o setor agroalimentar nacional 35
36 Outras pistas para o futuro Internacionalização Cadeias mais curtas mercados locais dimensão alternativa mercado digital Maior Organização negociadores profissionais equilíbrio de forças 36
37 Obrigado
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