Sistema Mineiro de Inovação - Simi. inove em Minas



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Transcrição:

Sistema Mineiro de Inovação - Simi inove em Minas

inove em Minas Índice Minas Gerais em Números Introdução Governador do Estado de Minas Gerais Secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Secretário de Desenvolvimento Econômico Por que Inovar em Minas Gerais? Instituições de Ensino e Pesquisa Profissionais Qualificados O Ambiente de Inovação em Minas Gerais O Sistema Mineiro de Inovação Fapemig Propriedade Intelectual Parques Tecnológicos Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica Padrão de Inovação das Empresas Mineiras A Economia Mineira Qualidade de Vida Setores Estratégicos: Oportunidades de Investimentos em Inovação Agronegócio Automotivo Biotecnologia Econegócios Eletroeletrônico Energia Mínero-metalúrgico Tecnologia da Informação O Governo de Minas Gerais: Estado para Resultados Inove em Minas: Programa de Instalação de Centros de P&D em Minas Gerais Como Entrar em Contato com o Estado Glossário de Siglas e Abreviaturas 04 05 06 07 08 08 14 17 19 21 23 25 25 27 29 31 32 35 37 39 42 44 46 48 50 51 53 54 55 3

Minas Gerais em números Brasília Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Composição da atividade econômica (2007) Serviços 60% Indústria 32% Agropecuária 8,4% Fonte: Fundação João Pinheiro Universidade Federais 11 Universidades Estaduais 2 Institutos Tecnológicos 9 Fonte: Ministério da Educação Área territorial 586.648,7 km 2 Capital Belo Horizonte Economia PIB R$237 bilhões 1 PIB per capita R$11.028 1 Crescimento do PIB (termos 5,8% 1 reais) Importações US$10,5 bilhões 2 Exportações US$24,4 bilhões 2 População economicamente 10.696.000 4 ativa 3 População economicamente 2.523.000 5 ativa (Região Metropolitana de Belo Horizonte) Fontes: 1. 2007 - Resultados preliminares Fundação João Pinheiro 2. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) - 2008 3. Pessoas com 10 anos ou mais de idade 4. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Pesquisa Mensal de Emprego (PME) Maio/2009 5. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2007 4

Introdução inove em Minas Introdução Governador do Estado de Minas Gerais Foto: Omar Freire/Imprensa MG A chamada economia do conhecimento, que se estrutura progressivamente no mundo contemporâneo, está deslocando o eixo do desenvolvimento e da Governador Aécio Neves geração de riqueza dos segmentos produtivos tradicionais intensivos em matéria-prima, capital e trabalho para aqueles que geram produtos e serviços com alto conteúdo tecnológico e conhecimento, em geral com muito mais valor agregado. Nesse processo, a inovação, que cada vez mais é o grande desafio, conquistou todas as agendas e tornou-se uma questão de sobrevivência no nosso tempo. A meta é criar as condições necessárias para transformar o conhecimento, uma riqueza potencial, em benefícios representados por mais produtividade, qualidade e competitividade E este desafio é ainda maior e mais decisivo porque, ao avançarmos da sociedade industrial para a pós-industrial, vivemos um momento de mudanças de paradigmas, na qual o conhecimento é o fator decisivo, e a inovação o processo mais importante. Como todo momento de mudanças profundas, há risco e oportunidade. O risco é representado pela velocidade que caracteriza as transformações que vêm ocorrendo, podendo aumentar de maneira inédita o fosso que separa os países líderes dos países emergentes, como o Brasil. Por outro lado, ampliam-se as oportunidades com as novas regras e com a participação crescente dos novos fatores de produção. O Estado de Minas Gerais sintonizado com as exigências da globalização, inclusive com a velocidade possível para não perder o timing está conduzindo esse novo momento com ações concretas para a sociedade. A meta é criar as condições necessárias para transformar o conhecimento, uma riqueza potencial, em benefícios representados por mais produtividade, qualidade e competitividade, resultando em mais emprego e melhores salários, mais renda e mais divisas. Tomamos algumas decisões estratégicas para acelerar a inovação e fazê-la acontecer em nosso estado, entre elas duas consideradas fundamentais: a expansão da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e a determinação de repassar, de forma inédita na nossa história, o que prevê a Constituição Mineira - 1% da receita corrente líquida do Estado - à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Com isso, não só ampliamos muito o nosso apoio à pesquisa mineira, mas investimos também em projetos e programas de inovação com parcerias muito vigorosas, tanto no segmento público, quanto no privado. Com uma política avançada de apoio à ciência, tecnologia e inovação, e de fortalecimento da nossa pós-graduação, estamos convictos de estar trilhando o caminho certo para Minas Gerais contribuir ainda mais para o desenvolvimento do Brasil. 5

inove em Minas Introdução Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Foto: Lucia Sebe/Secom-MG As experiências bemsucedidas de países e regiões ao longo da história nos ensinam que, para evoluir na direção de uma realidade mais rica e menos desigual, é necessário encontrar um equilíbrio entre o crescimento econômico, a Alberto Duque Portugal distribuição de renda e a preservação ambiental. Atingir esse equilíbrio, também chamado de desenvolvimento sustentável, é o maior desafio para todos os Estados modernos, que através do planejamento e da gestão pública procuram estabelecer uma harmonia entre forças aparentemente conflitantes. A experiência histórica nos diz que a força propulsora do desenvolvimento sustentável é a inovação. Desenvolvimento e inovação são dois fenômenos interdependentes, que se influenciam mutuamente e criam as condições para os países atingirem sua maturidade social. Minas Gerais é um Estado cujas vocações produtivas são fortemente conectadas com as principais trajetórias de inovação tecnológica mundiais. As empresas de agronegócio, softwares e metal-mecânica pertencem a setores econômicos extremamente propícios às inovações tecnológicas advindas da biotecnologia, tecnologias da informação e a nanotecnologia. Com a visão de que o sucesso da inovação exige a articulação de diferentes competências, as Secretarias de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e de Desenvolvimento Econômico vem realizando projetos conjuntos com o objetivo de fortalecer o ambiente de inovação do Estado de Minas Gerais. O principal foco da política pública e da atuação do Estado é a construção de uma ponte entre ciência e mercado, que se constitui em elemento decisivo para um sistema de inovação orgânico e interativo. Um desafio constante do governo de Minas Gerais é a consolidação do seu sistema de inovação, que promove a integração entre instituições, pesquisadores e as empresas inovadoras que se instalam em nosso Estado. Instituído com a missão estratégica de proporcionar um ambiente propício à inovação no Estado de Minas Gerais, o Programa Simi (Sistema Mineiro de Inovação) cria uma nova dinâmica entre os atores de inovação locais, aumentando substancialmente sua interação. O Simi promove interações entre pesquisadores, empresas e governo, alinhando demandas, ofertas tecnológicas e recursos de fomento à inovação. O Programa tem foco no desenvolvimento regional e setorial, com a estruturação de Arranjos Produtivos Locais, Polos de Excelência e Polos de Inovação, na formação profissional, com atuação nas instituições de ensino, e na ampliação da capacidade de inovação das empresas mineiras. Entre as ações do Simi, os Encontros de Inovação promovem reuniões presenciais entre empresários e pesquisadores de setores específicos, com o objetivo de fazer o encontro entre demandas técnicas e soluções tecnológicas. Tudo isso suportado por um portal em web 2.0, que já possui mais de 1.000 participantes em sua rede de inovação. Uma das iniciativas mais relevantes que compõe o Simi é o Programa Inove em Minas. Esse programa visa consolidar as pontes entre ciência e mercado em nosso Estado, ressaltando as diversas vantagens competitivas que o sistema de inovação mineiro possui para empresas intensivas em inovação que se interessem em instalar seu centro de P&D no Estado. O programa foi estruturado a partir de um estudo de práticas mundiais, cujo principal objetivo era levantar as características mais relevantes de um ambiente propício à inovação para as empresas, consolidá-los e aplicá-los na forma de uma política pública. Essas características do sistema de inovação mineiro, associadas às políticas de integração universidadeempresa promovidas especialmente pela Fapemig, potencializam a eficiência e o retorno de investimentos privados em pesquisa e desenvolvimento. Esse documento possui o objetivo de apresentar de forma estruturada e objetiva as características e políticas públicas que tornam Minas Gerais atrativo para esses investimentos fundamentais para o desenvolvimento econômico sustentável para orientar a tomada de decisão das empresas e centros de pesquisa. 6

Introdução inove em Minas Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico Foto: Wellington Pedro A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE) está firmemente empenhada em atuar na atração de investimentos que realmente venham agregar valor e conteúdo tecnológico ao parque indus- Sérgio Barroso trial mineiro. Nossa orientação ao Instituto de Desenvolvimento Integrado (INDI), que é a porta de entrada do investidor em Minas Gerais, é trabalhar para buscar investimentos em tecnologia de ponta, no país e no exterior, e nesse sentido já estamos colhendo resultados bastante significativos. A conclusão do Aeroporto Indústria, cujas obras estão em ritmo acelerado, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN), o primeiro no Brasil a obter credenciamento da Receita Federal para operar como aeroporto industrial, vai possibilitar a inserção de Minas Gerais em um novo contexto no comércio exterior. O Estado passará a contribuir para a expansão das exportações e das importações por via aérea, modal de transporte responsável por mais de 40% do comércio mundial em valor, e assim poderá ingressar na chamada Nova Economia. No Aeroporto Industrial, cujos lotes serão licitados pela Infraero em parceria com o Governo de Minas, serão instaladas empresas com atuação na área de tecnologia de ponta, que fabricarão produtos de alto valor agregado para diferentes mercados mundiais ( global supply chain ), desfrutando de regime especial de tributação. Além dessa iniciativa, que integra o Projeto Estruturador Inserção das Empresas Mineiras no Mercado Internacional, estamos apoiando também a expansão de vários Arranjos Produtivos Locais, bem como a Zona de Processamento da Exportação (ZPE) de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. O programa Inove em Minas, sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SECTES), terá, portanto, apoio irrestrito do Sistema Operacional de Desenvolvimento Econômico na disponibilização de toda a infra-estrutura que estiver ao nosso alcance para que possa abrigar iniciativas que visem o cumprimento de suas metas, entre elas a instalação de centros de Pesquisa e Desenvolvimento visando a busca permanente da inovação na cadeia produtiva. Vale lembrar que a SECTES e a SEDE, além da Secretaria de Estado de Educação (SEE) e da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDESE), estão atuando em conjunto na implementação do Pólo de Aviação Civil na Região Metropolitana de Belo Horizonte, programa que conta ainda com a participação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), na formação de profissionais de nível superior e médio para o setor aeronáutico e criação de um Centro de Capacitação Aeroespacial na cidade de Lagoa Santa. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE) está firmemente empenhada em atuar na atração de investimentos que realmente venham agregar valor e conteúdo tecnológico ao parque industrial mineiro. Inúmeras outras iniciativas em curso colocarão Minas em outro patamar de tecnologia, no planejamento da expansão ordenada em termos urbanísticos e ambientais do Vetor Norte da RMBH, com repercussão em todo o Estado, na produção de bens e serviços, no processamento de alimentos, contribuindo para o aumento do PIB estadual, geração de empregos qualificados e melhoria das condições de vida dos mineiros. 7

Por que Inovar em Minas Gerais? Minas Gerais é referência nacional em Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), que são representadas por universidades e institutos tecnológicos. O Estado conta com 11 universidades federais, 2 universidades estaduais e 9 institutos tecnológicos. A excelência na qualificação de pesquisadores e da atividade de pesquisa torna algumas dessas instituições referência para as atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de seu entorno produtivo. A formação de um ambiente competitivo para a inovação tecnológica depende de recursos humanos e infra-estrutura diferenciados. A inovação no século XXI requer a existência de instituições locais com forte capacidade de se conectar aos desenvolvimentos tecnológicos e científicos existentes em todo o mundo, e que consigam transbordar essas conexões para as empresas inovadoras que constituem seu entorno produtivo. O ambiente de inovação em Minas Gerais se destaca nacionalmente devido à qualidade de suas instituições de ensino e pesquisa, de seus institutos tecnológicos e dos profissionais formados no Estado. Entre as 10 melhores instituições de ensino superior do Brasil, 4 são mineiras. Estas instituições obtiveram conceito máximo na avaliação de qualidade realizada pelo Ministério da Educação. Minas é o terceiro Estado em número de pesquisadores doutores, representando 9,6% do total do país e responde, ainda, por 10% das linhas e 9,4% dos grupos de pesquisa, posicionando-se em quarto lugar no cenário nacional nestes quesitos. A presença de ICTs de excelência em Minas Gerais possibilita a realização de diversas formas de interações entre estas instituições e o setor produtivo. Um indicador desse potencial é a elevada representatividade nacional das patentes de universidades mineiras, que correspondem a 17% do total de patentes de universidades brasileiras no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A qualidade da produção científica e dos profissionais mineiros revela um elevado potencial de criação de novos produtos ou melhoria das técnicas produtivas em diversas áreas, o que pode gerar benefícios para as empresas, instituições, pesquisadores e para a sociedade como um todo. Grupos de pesquisa Linhas de pesquisa Pesquisadores* Doutores* Patentes de Universidades Minas Gerais 2.135 8.509 15.842 7.405 462 Brasil 22.797 86.075 159.948 76.936 2.664 MG/BR 9% 10% 10% 10% 17% *Ligados a grupos de pesquisa 8

Instituições de Ensino e Pesquisa As universidades em Minas Gerais A qualidade das universidades mineiras, em relação à pesquisa e à formação de profissionais, é um fator capaz de potencializar o retorno dos investimentos em P&D realizados no Estado. Essas instituições se destacam pela realização de conexões com o setor produtivo local para cooperação no desenvolvimento de novos produtos ou para transferência tecnológica. As patentes de universidades mineiras representam 17% do total nacional, o que indica o potencial de transbordamento do conhecimento científico gerado no Estado para o setor empresarial. A seguir, são apresentadas quatro das universidades de maior destaque em Minas Gerais, de acordo com o número de depósitos e patentes e segundo o ranking das melhores universidades do Brasil realizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), do Ministério da Educação, para o ano de 2008. UFMG Unimontes UFU UFTM UFSJ Unifal Unifei Por que inovar em Minas Gerais? Localizada na cidade de Belo Horizonte, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é a segunda maior universidade federal do país e a terceira melhor instituição brasileira de ensino superior. Na área de biotecnologia a UFMG é reconhecida como um dos mais promissores polos de pesquisa em emergência no mundo. A universidade está localizada a aproximadamente 600 km da cidade de São Paulo e a 450 km do Rio de Janeiro. Pesquisadores 3.417 Pesquisadores Doutores 2.610 Grupos de pesquisa 630 Linhas de pesquisa 2.559 Principais áreas tecnológicas Ufla UFVJM Uemg UFMG Ufop UFV UFJF Aeroespacial Ambiental Ciências Biológicas e da Saúde Ciências Exatas e Computação Ciências Agrárias Engenharias: Civil, de Controle e Automação, de Minas, Elétrica, Mecânica, Metalúrgica e Química. inove em Minas Universidades Mineiras Posição no ranking nacional - 2008* Instituição de Ensino Superior 3 UFMG 5 4 Ufla 5 6 UFTM 5 7 UFV 5 13 Unifal-MG 4 16 Unifei 4 18 UFU 4 20 UFJF 4 24 Ufop 4 26 UFVJM 4 28 UFSJ 4 44 Unimontes 4 75 Uemg 3 IGC (por faixas)** * No total de 178 instituições de ensino superior. ** O Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC) é um indicador de qualidade de instituições de educação superior calculado a partir dos resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), para a graduação, e da nota Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), para a pósgraduação. As faixas do IGC vão de 0 a 5. 9

inove em Minas Por que Inovar em Minas Gerais? UFV A Universidade Federal de Viçosa (UFV) é reconhecida principalmente pela excelência nas áreas de ciências agrárias e exatas, constituindo-se em uma das instituições mais importantes para as atividades de P&D do agronegócio no Estado e no Brasil. Em 2008, a instituição obteve o 7 lugar entre as melhores universidades brasileiras, e o terceiro em Minas Gerais. A universidade está localizada a aproximadamente 230 km de Belo Horizonte, 650 km da cidade de São Paulo e a 340 km do Rio de Janeiro Pesquisadores 1.218 Pesquisadores Doutores 1.016 Grupos de pesquisa 232 Linhas de pesquisa 1.100 Principais áreas tecnológicas Ciências Agrárias Ciências Biológicas e da Saúde Ciências Exatas Ciências Tecnológicas UFLA A Universidade Federal de Lavras (Ufla) é referência em ciências agrárias no Estado de Minas Gerais. Posicionada em 4 lugar entre as melhores instituições de ensino superior brasileiras, a Ufla tem uma produção científica de aproximadamente 3000 publicações por ano. A universidade está localizada a aproximadamente 250 km de Belo Horizonte, 380 km da cidade de São Paulo e 415 km do Rio de Janeiro. Pesquisadores 495 Pesquisadores Doutores 452 Grupos de pesquisa 69 Linhas de pesquisa 393 Principais áreas tecnológicas Ciências Agrárias Ciências Biológicas Medicina Animal Engenharias: Agrícola, Florestal e de Alimentos Ciências Exatas Universidades mineiras com depósitos de patentes Universidade Número de depósitos de patentes* UFMG 278 UFV 63 UFU 37 Ufop 34 Ufla 21 UFJF 17 Unifei 7 Unifal-MG 3 UFSJ 2 * Depósitos de patente no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual INPI. Período: 1992-2009 Patentes com as universidades em questão como depositantes. UFU Posicionada entre as 20 melhores instituições de ensino do Brasil, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) possui excelência na área de Biomédicas e é a terceira Universidade em Minas em depósitos de patentes. A universidade está localizada a aproximadamente 540 km de Belo Horizonte, 590 km da cidade de São Paulo e 940 km do Rio de Janeiro. Pesquisadores 976 Pesquisadores Doutores 700 Grupos de pesquisa 190 Linhas de pesquisa 749 Principais áreas tecnológicas Biologia Ciências Biomédicas Física Química Ciências Agrárias Genética Bioquímica 10

Por que Inovar em Minas Gerais? inove em Minas Outras universidades públicas mineiras Universidades Localização Pesquisadores Linhas de pesquisa Principais áreas tecnológicas Distância das principais capitais Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) Juiz de Fora 798 647 Bioquímica, Engenharias Computacional e Elétrica Uberaba 495 393 Biomedicina, Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Exatas, Engenharias Mecânica, Civil, Ambiental, de Alimentos, Elétrica e Química Ouro Preto 311 270 Ciência da Computação, Engenharia de Minas e Metalúrgica BH: 280 km RJ: 180 km SP: 460 km BH: 300 km RJ: 720 km SP: 850 km BH: 115 km RJ: 400 km SP: 610 km Universidade Federal de São João Del-Rey (UFSJ) São João Del- Rey 261 215 Engenharias Elétrica, Telecomunicações e de Alimentos BH: 200 km RJ: 330 km SP: 470 km Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) Belo Horizonte 260 185 Design RJ: 450 km SP: 600 km Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) Universidade Federal de Itajubá (Unifei) Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) Universidade Federal de Alfenas (Unifal) Montes Claros 238 99 Ciências Biológicas e da Saúde Ciências Agrárias Ciências Exatas Itajubá 214 251 Ciências Exatas, Engenharia Mecânica, Engenharia de Sistemas e Tecnologia da Informação, Sistemas Elétricos e Energia Diamantina 200 217 Engenharias Ambiental, Florestal e Hídrica Alfenas 176 124 Engenharias Ambiental e Química BH: 430 km RJ: 850 km SP: 980 km BH: 450 km RJ: 300 km SP: 260 km BH: 300 km RJ: 720 km SP: 850 km BH: 350 km RJ: 460 km SP: 310 km 11

inove em Minas Por que Inovar em Minas Gerais? Institutos e Centros Tecnológicos Os institutos tecnológicos localizados em Minas Gerais reforçam a conexão entre a pesquisa e a realidade empresarial, com foco em diversas áreas voltadas para o setor produtivo estadual e nacional. A realização de pesquisas aplicadas possibilita redução dos custos de desenvolvimento de novos produtos das empresas instaladas no Estado parceiras dessas instituições. Embrapa (Milho e Sorgo) Embrapa (Gado de Leite) Inatel EMBRAPA A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem um importante papel no desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro, gerando, adaptando e transferindo conhecimento e tecnologias a diversas regiões. A instituição possui duas unidades em Minas Gerais, a Embrapa Gado de Leite e a Embrapa Milho e Sorgo. Além de possuir excelência no desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas à agropecuária, a Embrapa se destaca pela capacidade de estabelecimento de parcerias com o setor privado em projetos conjuntos de inovação e transferência tecnológica. A Embrapa Milho e Sorgo está localizada na cidade de Sete Lagoas, a aproximadamente 60 km de Belo Horizonte. A Embrapa Gado de Leite está localizada na cidade de Juiz de Fora, a 280 km da capital mineira. Pesquisadores 215 Pesquisadores Doutores 147 Grupos de pesquisa 15 Linhas de pesquisa 108 Cetec Epamig Fiocruz CDTN Cefet Funed Principais áreas tecnológicas EPAMIG A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) é a principal instituição de execução de pesquisa agropecuária de Minas. Tem a função de apresentar soluções para o complexo agrícola, gerando capacitação técnica, serviços especializados, alternativas tecnológicas e insumos qualificados compatíveis com a demanda do mercado. A empresa está localizada na cidade de Belo Horizonte, e possui 5 unidades regionais, nas cidades de Lavras, Uberaba, Prudente de Moraes, Viçosa e Nova Porteirinha. Além das unidades, a Epamig possui 25 fazendas experimentais, 2 núcleos de ensino, 4 núcleos tecnológicos e 2 estações experimentais. FIOCRUZ Sistemas de produção de milho e sorgo, Produção Animal, Recursos Forrageiros e Meio Ambiente, Agronegócio do Leite, Saúde Animal e Qualidade do Leite. Pesquisadores 185 Pesquisadores Doutores 114 Grupos de pesquisa 18 Linhas de pesquisa 126 Principais áreas tecnológicas Agroenergia, Aquicultura, Cafeicultura, Floricultura, Fruticultura, Grandes Culturas, Oleicultura, Pesquisa em Bovinos, Processamento Agroindustrial, Silvicultura e Meio Ambiente. O Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR), uma Unidade Regional da Fiocruz, tem como objetivo dar apoio estratégico às atividades do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de atividades integradas de pesquisa na área de saúde, formação de recursos humanos e prestação de serviços à população. A instituição está localizada na cidade de Belo Horizonte. Pesquisadores 203 Pesquisadores Doutores 155 Grupos de pesquisa 15 Linhas de pesquisa 106 12

Por que Inovar em Minas Gerais? inove em Minas Principais áreas tecnológicas INATEL O Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) é o pioneiro na pesquisa nas áreas de Engenharia Elétrica e Telecomunicações no Brasil. A instituição possui parcerias com empresas privadas, realizadas a partir da Lei da Informática. Está localizada na cidade de Santa Rita do Sapucaí, a 410 km de Belo Horizonte. Principais áreas tecnológicas CETEC-MG Biologia Celular e Molecular, Doenças Infecciosas e Parasitárias, e Saúde Coletiva. Pesquisadores 142 Pesquisadores Doutores 14 Grupos de pesquisa 40 Linhas de pesquisa 13 Eletrônica, Controle e Automação, Comunicação Digital, Rádio Freqüência e Microondas, Física e Química, Telefonia, Redes de Computadores, Transmissão Digital, Sistemas Celulares e Desenvolvimento de Software. O Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec-MG), uma fundação vinculada à Sectes, possui pesquisas nas áreas de tecnologia mineral, metalúrgica e materiais, alimentos, ambiental, metrologia e ensaios, e informação tecnológica. A instituição está localizada na cidade de Belo Horizonte. Pesquisadores 105 Pesquisadores Doutores 51 Grupos de pesquisa 13 Linhas de pesquisa 62 Principais áreas tecnológicas CDTN O Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) está localizado na UFMG, em Belo Horizonte. Desenvolve diversas atividades e projetos relativos à aplicação de técnicas nucleares, como o recebimento, tratamento e armazenamento de rejeitos radioativos, gerenciamento de envelhecimento e extensão de vida de instalações nucleares e desenvolvimento de novas tecnologias para recuperação de minerais metálicos e não-metálicos. O CDTN pertence à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia federal diretamente ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Pesquisadores 161 Pesquisadores Doutores 89 Grupos de pesquisa 52 Linhas de pesquisa 199 Principais áreas tecnológicas Tecnologia Mineral, Tecnologia Metalúrgica e de Materiais, Biotecnologia, Tecnologia Ambiental, Metrologia e Ensaios e Informação Tecnológica. Segurança Nuclear e Radiológica, Meio Ambiente, Materiais, Saúde e Tecnologia Nuclear. Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifet) Os Ifets foram criados em 2008 a partir da união entre os centros federais de educação tecnológica, escolas agrotécnicas federais e escolas técnicas vinculadas a universidades. São instituições de educação superior, básica e profissional, pluricurriculares e multicampi, especializados na oferta de educação profissional e tecnológica. O Estado possui cinco institutos, sendo eles: o Instituto Federal de Minas Gerais; Instituto Federal Norte de Minas Gerais; Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais; Instituto Federal Sul de Minas Gerais e o Instituto Federal Triângulo Mineiro. Fonte: Diário Oficial da União, Dezembro de 2008; Site do Instituto Federal Minas Gerais. 13

inove em Minas Por que Inovar em Minas Gerais? CEFET-MG O Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), apesar de ser considerado um instituto tecnológico, também oferece ensino técnico e superior voltados para a formação tecnológica. A instituição, localizada na cidade de Belo Horizonte, é o segundo Cefet brasileiro em número de pesquisadores e grupos de pesquisa, e o terceiro em número de linhas de pesquisa. Pesquisadores 284 Pesquisadores Doutores 148 Grupos de pesquisa 38 Linhas de pesquisa 121 Principais áreas tecnológicas Engenharias de Produção Civil, de Automação Industrial, de Computação,de Controle e Automação, de Materiais, Elétrica, Mecânica, Mecatrônica, Tecnologia em Radiologia e Química Tecnológica. FUNED A Fundação Ezequiel Dias (Funed), localizada em Belo Horizonte, é referência entre as instituições públicas de saúde, ciência e tecnologia do Brasil. A instituição é voltada para a produção de medicamentos essenciais e imunobiológicos, realização de pesquisas no campo da saúde pública, monitoramento das ações da Vigilância Sanitária, Epidemiológica e Ambiental e para a formação e capacitação de recursos humanos para o SUS. Pesquisadores 48 Pesquisadores Doutores 28 Grupos de pesquisa 9 Linhas de pesquisa 41 Principais áreas tecnológicas Bioquímica, Química de Proteínas, Farmacologia, Imunologia, Virologia, Biologia Celular, Microbiologia, Morfologia, Zootecnia e Biotecnologia Fontes: Censo dos grupos de pesquisa Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) 2008; Portais das instituições; INEP: IGC 2008. Grupos e Linhas de Pesquisa em Minas Gerais O número e a diversidade de grupos e linhas de pesquisa são indicadores do potencial de geração de conhecimento científico e do transbordamento deste para o setor produtivo. A formação de grupos de pesquisa garante a produtividade e a qualidade do desenvolvimento Minas Gerais se destaca nacionalmente em números de grupos e linhas de pesquisa. científico e tecnológico, enquanto a diversidade de linhas de pesquisa amplia o leque de oportunidades de geração de novas tecnologias. Minas Gerais se destaca nacionalmente em número de grupos e linhas de pesquisa. O Estado possui mais de 9% dos grupos de pesquisa do Brasil, a maior parte relacionada à área de Ciências da Saúde, seguida pelas Ciências Agrárias e Engenharias. Número de grupos e linhas de pesquisa em Minas Gerais - 2008 Grande área Grupos Linhas de pesquisa MG %BR MG %BR Ciências da Saúde 320 8% 1.253 9% Ciências Agrárias 307 14% 1.582 15% Engenharias 280 9% 1.236 9% Ciências Biológicas 234 9% 1.083 9% Ciências Exatas e da Terra 232 9% 1.119 10% Fontes: CNPq Diretório dos grupos de pesquisa 14

Por que inovar em Minas? inove em Minas Profissionais Qualificados Minas Gerais é destaque no cenário brasileiro em relação ao número e à qualificação de profissionais de ciência e tecnologia. Existem no Estado aproximadamente 52,1 mil mestres e doutores, além de cerca de 1,2 milhões de profissionais graduados, segundo pesquisa de 2008 realizada pelo IBGE. Cerca de 3,3 mil mestres e mais de 900 doutores foram titulados em universidades mineiras em 2008, segundo dados da Capes, e este número tem sido crescente a cada ano. De 2000 a 2008, o número de mestres titulados em MG cresceu a uma taxa média de 10% ao ano, enquanto o número de doutores cresceu a uma taxa média de 14% ao ano. Evolução do número de mestres e doutores titulados por ano em Minas Gerais - 2000 a 2008 3500 3291 3000 2500 2000 1500 1000 928 Mestrado Doutorado A qualificação dos profissionais de ciência e tecnologia em Minas Gerais é beneficiada pela excelência das Instituições de Ensino e Pesquisa presentes no Estado, e pelas ações governamentais voltadas para o incentivo ao empreendedorismo e formação profissional articulada com o setor produtivo. 500 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Minas Gerais também recebe montantes consideráveis de recursos dos órgãos brasileiros de fomento à pesquisa para a formação de mestres e doutores. No ano de 2008, foram concedidos mais de R$160 milhões* em bolsas de ensino e pesquisa para a formação destes profissionais no Estado. O Governo de Minas vem aumentando também o volume de investimentos para a qualificação profissional, tanto no ensino profissionalizante quanto no ensino superior. Investimentos realizados em educação no Estado de Minas Gerais, por subfunção do setor de ensino - 2005 e 2007 (R$ milhões) 17 13 9 4 Profissionalizante 2005 Superior 2007 *Recursos do CNPq e Capes Fonte: Balanço Geral do Estado de Minas Gerais, 2005 e 2007 15

inove em Minas Por que Inovar em Minas Gerais? O número de pesquisadores por milhão de habitantes em Minas Gerais é superior à média do Brasil, e o total representou, em 2008, cerca de 10% do país. A presença de pesquisadores altamente qualificados nos grupos de pesquisa, com a atuação de um elevado número de mestres e doutores nas diversas áreas do conhecimento, é um fator que garante qualidade ao desenvolvimento científico e tecnológico de Minas Gerais. Número de pesquisadores por nível de formação em Minas Gerais - 2008 8449 Número de pesquisadores por área de atuação em Minas Gerais 2008 2090 19351793 1453 1381 1318 1058 825 362 430 2527 Graduação Especialização Mestrado Doutores Ciências Humanas Saúde Ciências Agrárias Engenharias Ciências Sociais Ciências Biológicas Ciências Exatas Artes e Linguagens Fonte: CNPQ Programa Mineiro de Empreendedorismo na Pós-Graduação Programa Mineiro de Empreendedorismo na Pós-graduação Seminários vivenciais que trabalham as características do empreendedor no processo de inovação serão oferecidos para alunos de diversos cursos de pós-graduação de todas as universidades públicas de Minas Gerais. Será realizado também um torneio de planos de inovação, uma competição em que serão escolhidos os melhores projetos de cada curso participante, de cada universidade e, finalmente, o melhor projeto do O Programa tem como objetivo estimular a cultura empreendedora dos estudantes de pósgraduação. Estado de Minas Gerais. Participarão em média 60 alunos de pós-graduação por universidade, e espera-se que cada instituição apresente em torno de 15 projetos de inovação. O Programa Mineiro de Empreendedorismo na Pós-Graduação tem como objetivo estimular a cultura empreendedora, concretizando o transbordamento da pesquisa acadêmica para o mercado através do estímulo ao comportamento empreendedor dos alunos de pós-graduação. Nesse contexto, espera-se ampliar a visão de oportunidades de negócio dos mestrandos e doutorandos de Minas Gerais, para que, a partir dos trabalhos de seus grupos de pesquisa, possam aumentar a interação com as empresas e a realidade do mercado. 16

O Ambiente de Inovação em Minas Gerais O sucesso da inovação tecnológica depende da existência de empresas inovadoras e instituições de ciência e tecnologia e, principalmente, de iniciativas que possam promover a aplicação do conhecimento científico em novos produtos e processos de produção. O fortalecimento de redes de cooperação que possam viabilizar parcerias entre instituições de pesquisa e empresas é um elemento fundamental na estratégia de desenvolvimento científico e tecnológico do Estado de Minas Gerais. Nesse sentido, o governo possui um conjunto de ações consistentes para a prospecção constante das demandas e oportunidades tecnológicas. Respaldado pela Lei Mineira de Inovação, viabiliza projetos conjuntos entre empresas e universidades focados para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras para o mercado nacional e mundial. 17

inove em Minas O Ambiente de Inovação em Minas Gerais O Sistema Mineiro de Inovação O Sistema Mineiro de Inovação (Simi), iniciativa do Governo de Minas Gerais, tem como missão criar um ambiente propício à inovação no Estado, por meio da promoção de interações entre pesquisadores, empresas e governo, alinhando demandas, ofertas tecnológicas e recursos de fomento à inovação. O Governo de Minas Gerais estimula a interação entre os agentes de inovação, com o objetivo de atender as necessidades tecnológicas do mercado. Plataforma Operacional O Simi conta com uma plataforma operacional responsável por elaborar e aprovar as políticas e estratégias de promoção da inovação, propagar a cultura de inovação nos setores econômicos e sociais, divulgar novos conhecimentos e fornecer oportunidade de interatividade entre os atores de inovação no Estado. Uma das estratégias é o Portal web 2.0 do Simi (www. simi.org.br), que permite que, de forma simples e interativa, pesquisadores, empresários e membros do governo possam se conhecer, trocar informações, criar temas de discussão e construir propostas de projetos ou políticas públicas para o Estado. O Foco do Portal Simi é a geração de negócios inovadores entre os participantes do sistema, permitindo um acesso prático e facilitado que favorece a velocidade, atributo fundamental para as empresas que querem inovar. Outra ferramenta é o Observatório de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, que disponibiliza dados e informações para a prospecção, avaliação e monitoramento das políticas públicas e da competitividade de Minas Gerais com base nos avanços da Ciência, da Tecnologia, da Inovação e do Ensino Superior. Projetos Estruturadores O Simi é constituído por Projetos Estruturadores que focam no desenvolvimento regional e setorial, na formação profissional orientada para o mercado e na ampliação da capacidade de inovação das empresas mineiras. O desenvolvimento regional e setorial é estimulado através da estruturação de APLs, Polos de Excelência e Polos de Inovação. Esses tem como objetivo ampliar e melhorar a capacidade competitiva de segmentos econômicos de elevado conteúdo tecnológico e promover o desenvolvimento regional e setorial. Os APLs aumentam a competitividade e a sustentabilidade de negócios de elevado conteúdo tecnológico pelo estímulo à interação com o conjunto de atores econômicos, políticos e sociais locais. Os Polos de Excelência integram competências institucionais para induzir o processo de desenvolvimento sustentável de setores estratégicos. Os Polos de Inovação tem o objetivo de acelerar o processo de desenvolvimento de regiões economicamente menos desenvolvidas. O foco do governo mineiro na formação profissional orientada para o mercado é representada pela implantação, em parceria com o governo federal, de 84 Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) e 487 Telecentros. Esses conferem a Minas Gerais uma infraestrutura de informática e telecomunicações, sendo este considerado o maior programa de inclusão digital do Brasil. A Rede de Inovação Tecnológica (RIT), atua em ações que implementam um ambiente favorável à inovação no Estado, permitem a articulação entre empresas e instituições de ciência e tecnologia e estimulam a cultura de inovação na sociedade. Entre as ações da RIT, descritas neste documento, estão incluídos os Parques Tecnológicos, as Incubadoras de Empresas existentes no Estado, a Lei Estadual de Inovação, o Programa Inove em Minas para atração de centros de pesquisa e desenvolvimento, o Programa de Incentivo à Inovação (PII), os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs), editais induzidos da Fapemig, além de: Parque Industrial Tecnológico (PIT): localizado próximo ao Aeroporto Internacional de Confins, visa à atração de indústrias de alto conteúdo tecnológico, com foco na produção. Funcionará como transbordamento natural do BH-TEC. 18

O Ambiente de Inovação em Minas Gerais inove em Minas 19

inove em Minas O Ambiente de Inovação em Minas Gerais Programa de Incentivo à Inovação em Minas Gerais (PII) Um dos principais objetivos do PII é aumentar a interação entre as instituições de pesquisa e o mercado, com a promoção de transferência de tecnologias. O PII é um instrumento para transformação de projetos de pesquisa aplicada em inovações tecnológicas, melhoria da cultura da inovação nas universidades e ampliação da rede de relacionamento destas com a sociedade e o mercado. Foi criado pelo Governo de Minas, por meio da Sectes, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae- MG), instituições de ensino e pesquisa e governos municipais. Tem o objetivo de gerar patentes e contratos de transferência de tecnologia, investimentos em capacitação de profissionais e empresas de base tecnológica (EBTs) em Minas. Os projetos de pesquisa viáveis são transformados em inovações tecnológicas por meio das atividades de chamada pública para seleção dos projetos de pesquisa da instituição, estudo de viabilidade técnica, econômica e comercial, desenvolvimento dos protótipos comerciais dos produtos gerados e apresentação dos projetos para investidores. O projeto contemplou as universidades federais das cidades de Lavras (Ufla), Itajubá (Unifei), Juiz de Fora (UFJF) e a Belo Horizonte (UFMG). Tecnologia Industrial Básica (TIB): aprimora e certifica laboratórios e escritórios para ofertarem serviços de TIB ao setor empresarial/industrial. A ação é desenvolvida em parceria com o IPEM, Cetec, IEL/Fiemg, Rede Metrológica de Minas Gerais e Sebrae. Centro Minas Design (CMD): principal iniciativa em Minas destinada a inserir efetivamente o design na indústria como recurso estratégico para incremento da competitividade e da agregação de valor aos produtos e serviços. Operando em rede de cooperação, aglutina parceiros e estruturas afins. Contempla ainda ações de ensino, pesquisa e desenvolvimento. Cultura Empreendedora: estimula o surgimento e o desenvolvimento do perfil empreendedor nos cidadãos. Focado nos potenciais empresários e em jovens alunos do ensino fundamental, com a realização de três ações básicas: Curso de Empreendedorismo e Plano de Negócios; Projeto Jovens Empreendedores; e os Núcleos de Apoio ao Empreendedor (NAEs), presentes em todas as regiões do Estado. Projeto Tecnologia Empreendedorismo e Inovação Aplicados (Teia): capacita prestadores de serviços que atuarão no desenvolvimento de novos negócios e criação de oportunidades de interação por meio de ferramentas de Web 2.0 e redes sociais. Focado em empresas, autarquias, órgãos públicos, instituições de ensino, sindicatos e associações, tem como meta abranger todos os municípios mineiros. Projeto C5: Centro de Competência em Comunidades de Cooperação e Conhecimento, formado por uma equipe multidisciplinar da UFMG (Ciências da Computação, Ciências Econômicas e Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas). O Projeto C5 analisa, de forma quantitativa e qualitativa, a evolução e os resultados do Projeto Teia e o impacto da economia digital na sociedade. Entre as ações mais relevantes do Simi, os Encontros de Inovação promovem reuniões presenciais entre empresários e pesquisadores, com o objetivo de efetivar transferências de tecnologias ou a realização de parcerias para a solução de problemas do setor produtivo. A equipe responsável pelos Encontros procura conhecer as necessidades das empresas instaladas no Estado e alinhá-las com os trabalhos de pesquisadores ou institutos de pesquisa que tenham competência técnica ou tecnologias já desenvolvidas para atendêlas. Por meio de ações presenciais ou em ambiente virtual, o Simi configura-se como um verdadeiro sistema onde seus participantes possuem autonomia de ação, mas podem criar relações de interdependência para o desenvolvimento e fortalecimento de suas estratégias. 20

O Ambiente de Inovação em Minas Gerais inove em Minas Inovatec Feira de Inovação Tecnológica A Inovatec é uma feira anual, considerada o maior evento brasileiro de divulgação e incentivo às inovações tecnológicas. O objetivo é promover a interação, a troca de experiências e a transferência de tecnologia entre pesquisadores, inventores, órgãos públicos, instituições de ensino e pesquisa e empresas, garantindo assim o avanço tecnológico e produtivo nos vários segmentos da economia brasileira. Após a realização da Inovatec 2009, mais de 90% dos empresários participantes dos Encontros de Inovação apresentaram interesse em firmar parceria com pesquisadores. O resultado demonstra o sucesso das 181 reuniões promovidas pelo Simi com o intuito de integrar mercado e academia para impulsionar a inovação no Estado. Em três dias da Inovatec foram realizados 11 Encontros dos setores automotivo, eletroeletrônico, mineral e metalúrgico, de leite e derivados, de biotecnologia e de café. Fapemig A existência de recursos para o financiamento dos projetos inovadores é um elemento importante na estratégia de viabilização das redes de inovação. A Fapemig é a agência mineira de fomento à pesquisa, que opera com recursos advindos diretamente do orçamento do governo estadual, correspondentes a 1% da arrecadação de Imposto sobre Circulação Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado. Ela é a principal agente indutora do desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação em Minas e possui autonomia para a gestão de seus recursos, sempre em concordância com a política governamental de Ciência e Tecnologia. Como é mostrado a seguir, entre 2005 e 2008, o montante de recursos da Fapemig aumentou mais de três vezes em relação ao valor inicial. Fapemig Evolução Financeira: Recursos do Tesouro Estadual (R$ milhões) - 2005-2008 61 85 172 208 2005 2006 2007 2008 A Fapemig se destaca no cenário nacional pelo intenso apoio e fomento à interação entre universidades e empresas, especialmente através de Programas como Mestres e Doutores na Empresa e o Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas Pappe. Além desses programas, a Fapemig também financia pesquisa e desenvolvimento de empresas mediante a apresentação de projetos que possuam forte conteúdo inovador. Além disso, a Fapemig possui um programa de apoio a inventores independentes, que não possuem vínculo com instituições de pesquisa, e possuem idéias criativas e inovadoras para solucionar problemas tecnológicos das empresas. A Fapemig é uma agência de fomento à pesquisa científica e tecnológica em Minas Gerais, responsável pelo intenso apoio às interações entre instituições de pesquisa e empresas. A Gerência de Propriedade Intelectual da Fapemig é responsável pela promoção e fortalecimento dos NITs de universidades e institutos de pesquisa, que são os agentes responsáveis pela execução da política de propriedade intelectual e transferência tecnológica dessas instituições. Entre 2004 e 2008, os recursos investidos pela Fapemig na área de propriedade intelectual passaram de R$50 mil para mais de R$3 milhões. A política de propriedade intelectual no Estado é beneficiada pelas ações e recursos da Fapemig, que apóiam NITs e inventores independentes, estimulando a transferência de tecnologias para o setor empresarial. 21

inove em Minas O Ambiente de Inovação em Minas Gerais Exemplos de programas e projetos especiais da Fapemig Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (Pappe) Edital Mestres e Doutores na Empresa Editais Induzidos Programa de Redes de Pesquisa Programa de Implantação de Pólos de Excelência e Pólos de Inovação Programa executado em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do MCT, e a Fiemg. Através do Pappe são disponibilizados recursos para apoiar a inovação em EBTs que possam melhorar a competitividade dos produtos fabricados no Estado. Em 2008, contemplou projetos que somaram R$ 20 milhões e atenderam 71 empresas. Financia propostas conjuntas entre empresas e ICTs para o desenvolvimento de projetos de inovação, com a contratação de mestres e doutores. Estimula a transferência de tecnologia e a consequente fixação de pesquisadores no setor empresarial. São elaborados em consonância com as políticas do Estado. Eles abrangem áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento de Minas Gerais, como Recursos Hídricos, Agronegócios, Biotecnologia, Eletroeletrônica, entre outros. Incentivo à criação de redes de pesquisa formadas por universidades e centros de pesquisa, que se unem para estudar um tema específico. O programa é pautado na articulação entre pesquisadores e instituições, na otimização do uso de recursos e na formação de parcerias com órgãos federais que vêem nas redes uma oportunidade de financiamento articulado. Por meio desse edital, foram disponibilizados R$10 milhões em 2008. A Fapemig é responsável pelo apoio financeiro ao projeto da Sectes de implantação de Polos de Excelência e Polos de Inovação em Minas Gerais. Foram criados Polos de Excelência em cinco áreas Café, Leite, Mínero- metalúrgico, Florestas e Recursos Hídricos e Polos de Inovação em regiões mineiras que possuem mais dificuldade de desenvolvimento. Editais Induzidos Case Fiat Powertrain Uma parceria entre a Fapemig e a FPT foi realizada por meio do edital Mestres e Doutores na Empresa, destinou, em 2009. Foram destinados R$ 1,1 milhão em recursos para financiar projetos inovadores de mestres e doutores na área de eficiência energética em produtos e processos (metade proveniente da Fapemig e a outra parte da empresa). Os principais objetivos são proporcionar o desenvolvimento de novos produtos e processos inovadores, estruturar o processo de pesquisa e desenvolvimento em parceria com ICTs ou Instituições Privadas de Inovação Tecnológica (IPITs) localizadas no Estado de Minas Gerais, e, principalmente, estimular a contratação de mestres e doutores como agentes do processo de inovação nas empresas. Case Whirlpool A Fapemig lançou em 2009, em parceria com a empresa Whirlpool S.A, um edital Mestres e Doutores na Empresa voltado para o financiamento de projetos inovadores em produtos de linha branca (refrigeradores, freezeres, fogões, lavadoras, secadoras, fornos, coifas, climatizadores, condicionadores e depuradores de ar), nos quais a empresa é especializada. O montante de recursos destinado às propostas aprovadas é de R$2 milhões, sendo R$1 milhão proveniente da Fapemig e R$1 milhão da Whirlpool. O termo de cooperação assinado entre a Fundação e a empresa prevê um investimento total de R$10 milhões, realizado por meio de editais a serem lançados nos próximos cinco anos. 22

O Ambiente de Inovação em Minas Gerais inove em Minas Exemplos de mecanismos nacionais de fomento para a inovação Finep Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) Inova Brasil Constitui-se em financiamento com encargos reduzidos para a realização de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação nas empresas brasileiras.esse programa permite a utilização, em um mesmo contrato de financiamento, de outros instrumentos da Finep, como a subvenção econômica (aporte de recursos não reembolsáveis, inclusive para a contratação de mestres e doutores). A Finep participa com até 90% do valor total do projeto. Subvenção Econômica para Inovação Aplicação de recursos públicos não-reembolsáveis diretamente em empresas que desenvolvam projetos de inovação estratégicos para o País. Pode ser aplicada no custeio de atividades de pesquisa, de desenvolvimento tecnológico e de inovação. A concessão da subvenção econômica é operacionalizada pela Finep através dos instrumentos de convocação de empresas. Por meio deste instrumento, foram disponibilizados R$ 510 milhões de 2006 a 2008. Projeto Inovar A Finep apóia e estimula a criação de fundos especializados em pequenas e médias empresas de base tecnológica brasileiras, especialmente de capital de risco, que tem como exemplo o Programa Finep Inovar Semente. Neste sentido a Finep se dispõe a participar com 40% do capital, que deve estar entre R$ 10 e R$ 12 milhões. Linha Capital Inovador (Foco na empresa) Apoio a empresas no desenvolvimento de capacidade para empreender atividades inovativas em caráter sistemático, por meio de investimentos tanto nos capitais intangíveis quanto nos tangíveis, incluindo a implementação de centros de pesquisa e desenvolvimento. O valor mínimo para financiamento é de R$ 1 milhão, e o máximo, de R$ 200 milhões por grupo econômico. Linha Inovação Tecnológica (Foco no projeto) Apoio a projetos de inovação de natureza tecnológica que busquem o desenvolvimento de produtos e/ ou processos novos ou significativamente aprimorados (pelo menos para o mercado nacional) e que envolvam risco tecnológico e oportunidades de mercado. O valor mínimo para financiamento é de R$ 1 milhão e o nível de participação pode chegar até 100% dos itens financiáveis. Linha Inovação Produção Apoio a pesquisa e desenvolvimento ou inovação que apresentem oportunidade comprovada de mercado ou a projetos de investimentos que visem à modernização da capacidade produtiva necessária à absorção dos resultados do processo de pesquisa e desenvolvimento ou inovação. O valor mínimo para financiamento é de R$ 3 milhões. Fundo Tecnológico (Funtec) Destina-se a apoiar financeiramente projetos de estímulo ao desenvolvimento tecnológico e à inovação de interesse estratégico para o País, em conformidade com os programas e políticas públicas do governo federal. Os clientes do Funtec são as instituições tecnológicas e as instituições de apoio, para o desenvolvimento de projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, com a interveniência de empresas participantes da pesquisa. CNPq MCT Programa Rhae Pesquisador na Empresa São concedidas a empresas ou instituições que executam atividades de desenvolvimento científico e/ou tecnológico bolsas para empregar especialistas pesquisadores ou gestores de projetos e programas de pesquisa e desenvolvimento. As bolsas são de Desenvolvimento Tecnológico Industrial (DTI), em diversos níveis, aprovadas pela Finep e operadas pelo CNPq. O Programa Rhae Inovação é acionado por meio de editais e chamadas públicas divulgadas na página do CNPq (www.cnpq.br). Fundos Setoriais Criados pelo MCT e operados pela Finep e pelo CNPq, apóiam o desenvolvimento e a consolidação de parcerias entre Universidades e Centros de P&D, públicos e privados, sem fins lucrativos. Visa induzir o aumento dos investimentos das empresas em ciência e tecnologia e impulsionar o desenvolvimento tecnológico dos setores considerados, além de incentivar a geração de conhecimento e inovações que contribuam para a solução dos grandes problemas nacionais. São 16 Fundos Setoriais, 14 relativos a setores específicos¹ e dois transversais². ¹ Setores específicos: Aeronáutico, Agronegócio, Aquaviário, Biotecnologia, Energia,Tecnologia Espacial, Recursos Hídricos, Tecnologia da Informação, Mineral, Petróleo, Saúde, Transportes e Telecomunicações e Fundo Setorial para o desenvolvimento da Amazônia. ² Setores transversais: um voltado à interação universidade-empresa (FVA - Fundo Verde-Amarelo), e outro destinado a apoiar a melhoria da infra-estrutura dos ICTs. 23