Fiéis em cristo Direitos e deveres dos fiéis leigos Paróquia São Francisco de Assis Ribeirão Preto 05/08/2015
A igreja Necessidade de se fazer a distinção quando usamos o termo IGREJA. Quando falamos em IGREJA, de que igreja estamos falando? Quando falamos em IGREJA, podemos estar nos referindo à Igreja de Deus (Ecclesia Dei). A Igreja de Deus é composta pelas três grandes religiões monoteístas que têm Abraão como pai: Judaísmo Cristianismo (que se constitui na IGREJA DE CRISTO) Islamismo
A igreja A IGREJA DE CRISTO (ECCLESIA CHRISTI) Formada por TODOS os batizados, independente da comunidade cristã a que pertença. Por isso, a Igreja de Cristo é formada pelas seguintes comunidades de fiéis: Igreja católica (Ecclesia Catholica) Igrejas ortodoxas (surgidas do Cisma do Patriarca de Constantinopla, Celulário 1054). Igrejas protestantes (surgidas da Reforma de Lutero, no século XVI: Luteranos, Batistas, Presbiterianos, Metodistas, Calvinistas, Anglicanos). Igrejas pentecostais (surgidas nos Estados Unidos nos séculos XIX e XX e que chegaram ao Brasil no século XX). Igrejas neopentecostais (surgidas nos Estados Unidos e no Brasil nos séculos XX e XXI e que batizam de modo válido, segundo a Igreja Católica).
A igreja Por sua vez, a Igreja Católica é composta por seis ritos diferentes: Latino, ao qual nós pertencemos Constantinopolitano ou bizantino Sírio-caldaico Antioqueno Alexandrino Armênio Rito: patrimônio litúrgico, teológico, espiritual e disciplinar, distinto da cultura e da circunstâncias históricas de cada povo, e que se expressa no modo próprio de viver a fé própria de cada Igreja (cân. 28, 1, do Código dos Cânones das Igrejas Orientais).
PERTENÇA À IGREJA Cânon 204 diz: São fiéis cristãos aqueles que: 1. Pelo Batismo são incorporados a Cristo, 2. Integrados ao povo de Deus, 3. Por isso, participantes do tríplice munera de Cristo: sacerdote, profeta e rei, 4. Cada um, segundo sua própria condição, a desempenhar sua missão que Deus encarregou a Igreja neste mundo. Por sua vez, o cânon 205 afirma: Esta Igreja subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele. Cânon 206: Encontram-se em plena comunhão com a Igreja católica, nesta terra, os batizados que se unem a Cristo dentro da estrutura visível daquela; quer dizer, pelos vínculos da profissão de fé, dos sacramentos e do regime eclesiástico.
PERTENÇA À IGREJA NÓS, cristãos católicos: Fomos batizados, Incorporados a Cristo, Tornados pessoas na Igreja (sujeitos de direitos e deveres), Que subsiste plenamente na Igreja católica, De Rito Latino, no nosso caso. Pertencemos a ela enquanto mantivermos os vínculos da comunhão visível com ela, pela profissão de fé, pelos sacramentos e pelo regime, sob a autoridade do Romano Pontífice e dos Bispos.
Os fiéis em Cristo Na Igreja TODOS os batizados são fiéis em Cristo, portadores de uma mesma dignidade fundamental: TODOS somos filhos de Deus. Esta igualdade fundamental é que faz com que TODOS sejamos membros de um único corpo. Na Igreja não há nem maior e nem melhor. O que nos distingue uns dos outros são as FUNÇÕES que exercemos, onde umas trazem responsabilidades diferentes das outras e, por isso, responsabilidades maiores que outras. No exercício dessas responsabilidades, a Igreja reconhece duas categorias de fiéis: os clérigos (diáconos, presbíteros e bispo, marcados com o Sacramento da Ordem)e os leigos. Os religiosos e religiosas compõem um universo à parte.
Direitos e deveres de todos os fiéis Cânones 208 223 do Código de Direito Canônico, de 1983 (CIC/83). Para levar ao bom termo a missão de cada um, segundo a sua condição, é necessário jamais perder de vista a íntima relação entre os Pastores e o seu povo. Num primeiro aspecto é preciso reconhecer o status do Pastor e consequentemente fazer-se obediente a ele. Num segundo momento, porém, é necessário abrir um profundo diálogo, se preciso propor ideias, mas sobretudo, estar sempre disposto a ouvira voz do Magistério, pois uma vez que estes guardam a lei e os costumes da Igreja, tendem sempre a orientá-la rumo aos caminhos que levam a Cristo. É direito dos fiéis receber de seus pastores os bens espirituais da Igreja, sobretudo o anúncio da Palavra e os sacramentos. A participação dos fiéis nessa profunda relação exige por sua vez uma íntima comunhão à doutrina da Igreja. Afinal, a consonância entre os Pastores e seu povo deve ser vivida dentro dos mesmos ideais, de modo que a unidade doutrinal e espiritual favoreça uma participação mais autêntica na vida da Igreja.
Direitos e deveres de todos os fiéis A Igreja reconhece aos seus filhos e filhas: 1) o direito de reunião e o direito de fundar e dirigir livremente associações para conseguir em comum os fins de culto e apostolado próprios de sua missão (cân. 215); 2) o direito a uma educação cristã, que os capacite a atingir a maturidade da pessoa humana e para conhecer e viver o mistério da salvação cristã(cân.217); 3) o direito a pesquisar e a manifestar a sua opinião, nas matérias em que são peritos (cân. 218). Nas suas relações com as autoridades da Igreja, os fieis têm o direito: 1) de manifestar a própria opinião sobre o que se refere ao bem da Igreja, com o devido respeito aos seus pastores; 2) de manifestar essa opinião aos outros fiéis; 3) de expor as próprias necessidades, principalmente as espirituais, e os próprios anseios (cân. 212 2-3).
Direitos e deveres de todos os fiéis O Código faz também uma série de referências a questões mais restritas, como: O dever da obediência das ovelhas aos pastores da Igreja. Pelo que diz respeito aos seus bens pessoais, os fiéis têm: 1) o direito à imunidade de coação na escolha do estado de vida (cân. 219); 2) o direito a proteger a sua intimidade e a própria fama (cân. 220); 3) o direito a reivindicar os seus direitos pessoais no foro eclesiástico; 4) direito à formação e à livre pesquisa nas áreas da exegese, moral e teologia dogmática, sob a supervisão do Magistério; 5) o direito a serem julgados de acordo com as prescrições do direito, a ser aplicadas com equidade; 6) o direito a não ser punidos, a não ser de acordo com a lei (cân. 221). Código ressalta a importância da participação dos fiéis na manutenção material da Igreja, de modo que ela possa dispor do que é necessário para a realização do culto divino; assista à caridade; e sustente honestamente os seus ministros.
Os Direitos e Deveres dos Fiéis Leigos Cânones 224 231 CIC/83 LEIGOS: seu estatuto fundamental, portanto, é o dos fiéis cristãos, com especial responsabilidade nos deveres e direitos que os clérigos, por diversas razões, não podem exercer diretamente. Consequentemente, o estatuto fundamental do Leigo em sentido estrito presta especial atenção ao direito dos apostolados que somente eles podem desenvolver: o da cristianização da ordem temporal, social, política, econômica e o do estado da vida matrimonial. Também é obviamente exclusivo dos Leigos o poder cooperar com os clérigos, com a hierarquia da Igreja, em seus ministérios específicos. Em virtude do batismo, podem tomar parte ativa no exercício do ministério hierárquico: por exemplo, na presidência do culto público (cf. cân. 517 2; 1248 2), na evangelização com missão canônica (cân. 766; decreto geral da CNBB), e na direção do povo de Deus (cân. 129 2). Possuem, portanto, capacidade para exercer ofícios eclesiásticos e encargos em que cooperam mais estavelmente no exercício do poder eclesial de regime; os Leigos, homens e mulheres, podem, em determinadas circunstâncias, ser nomeados juízes que formem parte de um tribunal colegial (cân. 1421 2) e também se lhes pode confiar uma participação no exercício do cuidado pastoral de uma paróquia, sob a direção de um presbítero (cân. 517 2).
Os Direitos e Deveres dos Fiéis Leigos Especialmente, podem ser peritos e conselheiros dos Conselhos que assessoram a hierarquia eclesiástica; assim, por exemplo, formam parte de alguns dicastérios da Cúria romana, dos conselhos pastorais, diocesanos, paroquiais, etc. Obviamente, a participação dos Leigos é plena e paritária com os clérigos nas atividades da Igreja e da sua hierarquia enquanto sociedade terrena, para cuja capacitação o sacramento da ordem não aporta nada. Por isso, em toda a necessária atividade econômica da Igreja, os Leigos podem ter as mesmas competências que os clérigos: podem ser ecônomos diocesanos (cân. 494), membros dos conselhos econômicos diocesanos (cân. 492) e paroquiais (cân. 537), administradores de quaisquer bens eclesiásticos (cf. cân. 1282).