MELHORA DO EQUILÍBRIO E REDUÇÃO DA POSSIBILIDADE DE QUEDA EM IDOSAS APÓS OS EXERCÍCIOS DE CAWTHORNE E COOKSEY



Documentos relacionados
Vestibular system is the absolute referential for the

A EFETIVIDADE DA REABILITAÇÃO VESTIBULAR NA SÍNDROME LABIRÍNTICA PERIFÉRICA IRRITATIVA

EFEITOS DO MÉTODO HALLIWICK NA REABILITAÇÃO VESTIBULAR 1

Patrícia Zambone da Silva Médica Fisiatra

CARACTERÍSTICAS POSTURAIS DE IDOSOS

LEIA ATENTAMENTE AS SEGUINTES INSTRUÇÕES:

EQUILÍBRIO FUNCIONAL DE IDOSOS DO CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS) DE JATAÍ, GOIÁS

& EXERCÍCIOS DE REABILITAÇÃO VESTIBULAR EM IDOSOS

A RELAÇÃO ENTRE ALTERAÇÕES DE EQUILÍBRIO E A QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS

Fundação Cardeal Cerejeira. Acção de Formação

Humberto Bia Lima Forte

CURSO DE FISIOTERAPIA Autorizado pela Portaria nº 377 de 19/03/09 DOU de 20/03/09 Seção 1. Pág. 09 PLANO DE CURSO

O que é Fisioterapia Vestibular?

PROPOSTA REABILITAÇÃO VESTIBULAR NA VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA CRÔNICA

Global Training. The finest automotive learning

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO ASSOCIADO À AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO DE IDOSOS COM HIPERTENSÃO EM UM PROGRAMA DE HIDROTERAPIA

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida

PHYSIOSENSING. Equilíbrio. Transferências de Carga. Biofeedback Visual

MASSA CORPORAL E EQUILÍBRIO CORPORAL DE IDOSOS

SISTEMA VESTIBULAR E MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO

Dados Pessoais: História social e familiar. Body Chart

PROFESSOR CÉLIO SOUZA/

INTERVENÇÃO DA FISIOTERAPIA NAS ALTERAÇÕES DE CONTROLO POSTURAL EM INDIVÍDUOS PÓS AVC

Carolina Menezes da Cunha¹; Lorena Lomeu Vargas²; Thiara Fumiere G. Lemos 3 Geane Alves Dutra 4

Treinamento Personalizado para Idosos. Discentes: Dulcineia Cardoso Laís Aguiar

FACULDADE DE MEDICINA/UFC-SOBRAL MÓDULO SISTEMA NERVOSO NEUROANATOMIA FUNCIONAL. Ataxias. Acd. Flora Paz. w w w. s c n s. c o m.

Fisioterapia nas Ataxias. Manual para Pacientes

ENVELHECIMENTO, SUBJETIVIDADE E SAÚDE: EXPERIÊNCIAS DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA POR MEIO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

NÍVEIS DE PREVENÇÃO. Ana Catarina Peixoto R. Meireles. Médica Interna de Saúde Pública Unidade Operativa de Saúde Pública P

EFEITOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL NA MELHORA DAS ATIVIDADES DA VIDA DÍARIA DE IDOSOS. Renan Motta Cruz, Ms. Henrique Touguinha

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

A ACTIVIDADE FÍSICA F PREVENÇÃO DA IMOBILIDADE NO IDOSO EDNA FERNANDES

Vertigem na emergência. Dra. Cristiana Borges Pereira

Tratamento Fisioterápico para as Doenças Alzheimer e Parkinson

COLÉGIO VICENTINO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio Rua Rui Barbosa, 1324, Toledo PR Fone:

TÍTULO: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FISIOTERAPIA

METODOLOGIAS DE ENSINO SINTÉTICA E ANALÍTICA APLICADA AOS FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO TOQUE E SAQUE NO VOLEIBOL

Profa Silvia Mitiko Nishida Depto de Fisiologia SENTIDO VESTIBULAR

hidratação ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DAS BEBIDAS REFRESCANTES NÃO ALCOÓLICAS

JOGOS ELETRÔNICOS NA RECUPERAÇÃO FUNCIONAL DE IDOSOS COM VESTIBULOPATIA CRÔNICA

Feedback. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

ENVELHECER COM SABEDORIA Actividade física para manter a independência MEXA-SE MAIS!

Área I : Fisioterapia Neurofuncional

PROCESSO DE PRESCRIÇÃO E CONFECÇÃO DE ÓRTESES PARA PACIENTES NEUROLÓGICOS EM UM SERVIÇO DE TERAPIA OCUPACIONAL

ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO MÉDICA: UM ESTUDO NA CIDADE DE JOÃO PESSOA/PB.

Definições. Classificação. Atendimento educacional especializado - Educação Especial. Escolas especializadas Escolas da rede regular de ensino

ANÁLISE DE ASPECTOS NUTRICIONAIS EM IDOSOS ADMITIDOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Dra. Sandra Camacho* IMPORTÂNCIA DA ACTIVIDADE FÍSICA

ANS Longevidade - Custo ou Oportunidade. Modelos de Cuidados à Saúde do Idoso Rio de Janeiro/RJ 25/09/2014

Posturografia Dinâmica Computadorizada: Avaliação Quantitativa de Pacientes com Vestibulopatia Tratados por Meio de Reabilitação Vestibular

A Influência da instrução verbal e da demonstração no processo da aprendizagem da habilidade parada de mãos da ginástica artística.

Doença de Alzheimer: uma visão epidemiológica quanto ao processo de saúde-doença.

VELOCIDADE, AGILIDADE, EQUILÍBRIO e COORDENAÇÃO VELOCIDADE

Prevalência, Conhecimento, Tratamento e Controle da Hipertensão em Adultos dos Estados Unidos, 1999 a 2004.

CURSO DE FISIOTERAPIA Autorizado pela Portaria nº 377 de 19/03/09 DOU de 20/03/09 Seção 1. Pág. 09 PLANO DE CURSO

SÃO CONSIDERADAS COMO QUEDAS AS SEGUINTES SITUAÇÕES: FATORES QUE PREDISPÕEM AO RISCO PARA QUEDA

Circuito de exercícios sensoriais para o treinamento do equilíbrio funcional e possibilidade de quedas em pessoas idosas

AIDS e envelhecimento: repercussões na saúde pública

PHYSIOSENSING. Equilíbrio. Transferências de Carga. Biofeedback Visual

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV)

O treino invisível para aumento do rendimento desportivo

REQUERIMENTO DE INDICAÇÃO Nº... DE (Do Sr. Francisco Praciano)

TREINO COGNITIVO E ENVELHECIMENTO: na busca da autonomia dos idosos

Alongamentos para a Parte Inferior das Costas e Quadril para Fazer em sua Mesa

CURSO DE REABILITAÇAO VESTIBULAR: FUNDAMENTOS E PRÁTICA

O QUE É TREINAMENTO FUNCIONAL? Por Artur Monteiro e Thiago Carneiro

A EVITABILIDADE DE MORTES POR DOENÇAS CRÔNICAS E AS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS AOS IDOSOS

Apresentadoras: Ana Paula Corrêa Julia Tognozzi Orientação: Profa. Dra. Mariza R. Feniman Co-orientação: Maria Renata José

Plano Local de Saúde Amadora

PLANO DE CURSO. EMENTA: Disciplina específica que visa embasar a avaliação fisioterápica nos aspectos teóricos e práticos.

Atividade física: pratique essa ideia.

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

TESTE DO QUADRADO REALIZADO EM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA ESTADUAL DO MUNICÍPIO DE BARRETOS-SP 1

Faculdade da Alta Paulista

GINÁSTICA FUNCIONAL: IMPACTOS NA AUTOESTIMA E AUTOIMAGEM DE IDOSOS DA UNIVERSIDADE ABERTA À MATURIDADE

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA DA FEFD/UFG 1 NA ÁREA DO ENVELHECIMENTO

Balance and walk alterations and the risk of falls in elderly people

Controle do Equilíbrio

Design Web - Percepção. Elisa Maria Pivetta

HISTÓRICO MÉTODO THERASUIT HISTÓRICO O MÉTODO THERASUIT PRINCIPAIS OBJETIVOS. Profa. Ms. Daniela Vincci Lopes Ruzzon

Análise sobre projeto Passo Certo

MESTRADO E DOUTORADO EM FISIOTERAPIA

por que franquias? O Mercado de franquias é um dos mais rentáveis no Brasil.

A co-responsabilização da equipe de saúde na prevenção de quedas da população idosa do bairro Jardim Soares - Guaianases

Programas Seleção Conteúdo Vagas com bolsas Vagas sem bolsa Data da seleção

NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS ENFERMEIROS SOBRE A SAÚDE DO HOMEM NO MUNICÍPIO DE CAJAZEIRAS-PB.

O IMPACTO DA DOR CRÔNICA NA VIDA DAS PESSOAS QUE ENVELHECEM

BOLAS AO ALTO - MALABARISMO COM BOLINHAS DE PAINÇO PARA ADOLESCENTES

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

PROGRAMA DE ENSINO NA HIDROTERAPIA PARA LESADOS MEDULARES PARAPLEGIA

MANUAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE FISIOTERAPIA

DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÕES DE TRABALHO PRECOCE

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A.

Intervenção em adultos num centro de cuidados de saúde mental projeto de educação clínica

C2 NERVEMONITOR. Identificar - Proteger - Detectar

1. CONSIDERAÇÕES SOBRE A MARCHA EM CASOS DE FRATURAS DO MEMBRO INFERIOR.

Fisioterapia no Acidente Vascular Encefálico (AVE)

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3.

Comparação da força da musculatura respiratória em pacientes acometidos por acidente vascular encefálico (AVE) com os esperados para a idade e sexo

Guia de Orientação a concussão para o público geral

Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO MELHORA DO EQUILÍBRIO E REDUÇÃO DA POSSIBILIDADE DE QUEDA EM IDOSAS APÓS OS EXERCÍCIOS DE CAWTHORNE E COOKSEY Angela dos Santos Bersot Ribeiro1 João Santos Pereira2

1 Fisioterapeuta e Mestre em Ciência da Motricidade Humana pela UCB, professora do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Barra Mansa. 2 Doutor em Medicina pela UNIFESP, Professor Titular do PROCIMH UCB - Universidade Castelo Branco (UCB) Rio de Janeiro Brasil. REVISTA BRASILEIRA DE OTORRINOLARINGOLOGIA JANEIRO/FEVEREIRO 2005

INTRODUÇÃO Horak et al. consideram o equilíbrio como a habilidade do SN em detectar a instabilidade e de gerar respostas coordenadas que tragam de volta para a base de suporte o centro de massa corporal, evitando a queda. Manutenção Eq. Inúmeras estruturas SNC SNP Woollacott, o sistema vestibular é uma das estruturas fundamentais na manutenção do equilíbrio, é considerado como referencial absoluto em relação ao visual e ao somatossensitivo. Informações visuais Labirínticas Proprioceptivas AVD s Redundância sensorial A habilidade de sopesar Selecionar as diversas informações não é integrado corretamente no SNC Prevenção de Quedas Desequilíbrio corporal QUEDA

SN capacidade de reorganização Neuroplasticidade Com o envelhecimento, as reservas estão, porém não depletadas A criação de um ambiente ideal de aprendizado motor Melhora Função Pohl e Winstein, A prática melhora a capacidade de processamento neural também em idosos. Exercícios vestibulares Cawthorne Cooksey poderiam implementar subsídios para que novos rearranjos das informações sensoriais periféricas aconteçam padrões de estimulação vestibular necessários em novas experiências automática

Caracterizam-se Programa de reabilitação vestibular Movimentos de Cabeça, Pescoço Olhos; Exercícios cios de controle postural Sentado, Em apoio bipodal e unipodal, Andando; Uso de superfície de suporte macia proprioceptivo; do input Exercícios cios com olhos fechados abolição da visão.

OBJETIVO Verificar se a abordagem terapêutica específica para o Sistema Vestibular, pela aplicação dos exercícios de Cawthorne e Cooksey, gera aprendizado motor e contribui para a melhora do equilíbrio e a diminuição na possibilidade de queda em idosos.

MATERIAL E MÉTODOS

População e amostra Associação de moradores do município de Barra Mansa/RJ Sexo feminino Aleatoriamente Idade: 60 e 69 anos A idade faz parte da 1 década do envelhecimento, quando as respostas às intervenções terapêuticas e à atividade física são + intensas. Ordem de chegada 15 primeiras G experimental 15 últimas G controle.

Os critérios de exclusão Presença de distúrbios Neurológicos; Otorrinolaringológicos; Vasculares; Metabólicos; Degenerativos; Neoplásicos. O período de realização da pesquisa foi entre março e junho de 2003.

Instrumentos de medida Equilíbrio Escala do Equilíbrio de Berg (EEB) Avaliar Equilíbrio Risco de quedas Efeito do ambiente na função. Segundo Gill et al., a maior parte das quedas em idosos ocorre em situações corriqueiras, especialmente em situações onde as condições ambientais não são favoráveis. 14 testes Habilidade do indivíduo de: Sentar Ficar de pé Alcançar Girar em volta de si mesmo Olhar por cima de seus ombros Ficar sobre apoio unipodal Transpor degraus Pontuação total = 56 Índice =/< 36 está associado a 100% de risco de quedas.

Este instrumento mostra excelente confiabilidade (0.96) Moderada boa correlação com outros instrumentos de avaliação funcional do equilíbrio, como: 1. Escala de Mobilidade de Barthel, 0.67; 2. Teste do Up and Go, 0.76; 3. Escala do Equilíbrio de Tinetti, 0.9115. Excelente objetividade de teste-reteste (ICC = 0,98) Na história de instabilidade é atribuído o valor 0 quando não há relato de história de instabilidade, e o valor 1, quando há.

PROCEDIMENTOS 45 INDIVÍDUOS 33,3% (15 indivíduos) não participaram da pesquisa 1. Enquadrarem nos critérios de exclusão 2. Falta de interesse. 46,6% (07 indivíduos) distúrbios metabólicos (diabetes mellitus); 6,6% (1 indivíduo) vascular (hipertensão arterial não controlada); 13,3% (2 indivíduos) neurológicos (seqüela de AVE); 40% (6 indivíduos) otorrinolaringológicos (labirintite); 13,3% (2 indivíduos) déficit visual 13,3% (2 indivíduos) não tiveram interesse. Assim, foram selecionados 30 indivíduos aptos a participarem da pesquisa.

Todos foram avaliados pela EEB Após 9 semanas reavaliados G experimental: Exercícios de estimulação vestibular Cawthorne e Cooksey 3 x/semana 60 min. Este intervalo representa o tempo médio recomendado de assiduidade ao programa =/> a 75%

EXERCÍCIOS DE CAWTHORNE E COOKSEY A) Movimentos de olhos e cabeça, sentado primeiro lentos, depois rápidos: 1) Olhar para cima e para baixo; 2) Olhar para a direita e para a esquerda; 3) Aproximar e afastar o dedo, olhando para ele; 4) Mover a cabeça (lentamente e depois rapidamente) para a direita e para a esquerda, com olhos abertos; 5) Mover a cabeça (lentamente e depois rapidamente) para cima e para baixo, com olhos abertos; 6) Repetir 4 e 5 com olhos fechados. B) Movimentos de cabeça e corpo, sentado: 1) Colocar um objeto no chão. Apanhá-lo e elevá-lo acima da cabeça e colocá-lo no chão novamente (olhando para o objeto o tempo todo); 2) Encolher os ombros e fazer movimentos circulares com eles; 3) Inclinar para frente e passar um objeto para trás e para frente dos joelhos.

C) Exercícios em pé: 1) Repetir A e B2; 2) Sentar e ficar em pé; sentar e ficar em pé novamente; 1) Sentar e ficar em pé; sentar e ficar em pé novamente com olhos fechados; 2) Ficar em pé, mas girar (dar uma volta para a direita) enquanto de pé; 3) Ficar em pé, mas girar (dar uma volta para a esquerda) enquanto de pé; 4) Jogar uma bola pequena de uma mão para a outra (acima do nível do horizonte); 5) Jogar a bola de uma mão para a outra embaixo do joelho, alternadamente.

Outras atividades para melhorar o equilíbrio: 1) Subir e descer escadas (corrimão, se necessário); 2) Enquanto de pé faça voltas repentinas de 90 graus (com olhos abertos e, depois, com olhos fechados); 3) Enquanto caminhando, olhe para a D e para E (como num mercado lendo rótulos); 4) Pratique ficar em um pé só (com o pé D E), com olhos abertos fechados; 5) Em pé, em superfície macia; a) Ande sobre a superfície para se acostumar; b) Andar pé-antepé (olhos abertos olhos fechados); c) Pratique o exercício 4 em superfície macia; 6) Circular ao redor de uma pessoa que está no centro, que joga uma bola grande (que lhe deve ser devolvida); 7) Andar pela sala com os olhos fechados. Fonte: Herdman SJ, Whitney SL. Tratamento da hipofunção vestibular in Herdman SJ. Reabilitação Vestibular. São Paulo: Manole; 2002. Barbosa MSM et al. Reabilitação Labiríntica: o que é e como se faz. Rev Bras Med Otorrinolaringol 1995; 2(1):

Tratamento e análise dos dados Os dados iniciais e finais foram Analisados Comparados 2 testes estatísticos de significância 1. Teste TStudent Variáveis tenham distribuição de probabilidade normal. 2.Teste de Wilcoxon. Para a verificação de tal pressuposto foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov. O nível de significância (a) 5%.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Idade média: G experimental = 64,8 anos (±2,95) G controle = 65,46 anos (±2,85). O processo de envelhecimento, por si só, determina uma falência gradativa dos sistemas, independentemente da presença de distúrbios, portanto, um mínimo decremento na pontuação geral na EEB, é significativo, dada a sua progressão não-linear. Shumway-Cook et al. citam que 25% a 35% da população com mais de 65 anos tende a sofrer quedas.

2 avaliação dif significativas entre os 2 grupos (p<0.005), Melhora significativa no equilíbrio e na possibilidade de sofrer quedas, no G experimental, após a intervenção.

As diferenças entre o G controle e o experimental para a PQ tanto na 1 como na 2 avaliação não foram significativas, apesar de ser observada uma tendência em direção ao aumento da diferença entre os dois grupos na 2ª avaliação, o que significa que as melhoras significativas obtidas no grupo experimental, não podem ser extrapoladas para outros grupos.

Importância clínica A queda é um dos fatores de > morbidade e mortalidade entre os idosos, portanto, sua prevenção, através da melhora do equilíbrio, traz condições básicas à manutenção da independência física.

CONCLUSÕES Segundo a EEB idosos saudáveis possuem alterações no equilíbrio correm risco de sofrer quedas. Os exercícios de: Cawthorne Cooksey capazes de melhorar o equilíbrio diminuir a possibilidade de quedas Confirmam as expectativas de diversos autores Exercícios de estimulação vestibular em idosos saudáveis Fácil aplicação Baixo custo Caráter preventivos e curativos alterações do equilíbrio e ao risco de quedas.

Queda é um evento que modifica a qualidade de vida do idoso e a expectativa de vida da população em geral tem aumentado, fazendo com que a % de população idosa aumente a cada ano, condutas terapêuticas gerais voltadas ao idoso e especialmente aquelas que visem a prevenção da queda pela melhora da estabilidade postural na melhora da qualidade de vida desta parcela da população PRIORIDADE EM TODA E QUALQUER POLÍTICA DE SAÚDE.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Horak FB, Henry SM, Shumway-Cook A. Postural perturbations: new insights for treatment of balance disorders. Phys Ther 1977; 77(5): 517-32. 2. Thoumie P. Posture,équilibre et chutes. Bases théoriques de la prise en charge en rééducation. In: Encycl. Méd. Chir. Kinésithérapie Médecine physique-réadaptation. Paris-France: Elsevier; 1999. 26(452-A-10): 12 p. 3. Woolacoot MH. Systems contributing to balance disorders in older adults. J Gerontol: Medic Scienc 2000; 55A(8): M424-M428. 4. Barbosa SM, Arakaki J, da Silva MF. Estudo do equilíbrio em idosos através da fotogrametria computadorizada. Fisioterapia Brasil 2001; 2(3): 189-96. 5. Hu MH; Woollacott MH. Multisensory training of standing balance in older adults: I. Postural Stability and One-Leg Stance Balance. J Gerontol 1994; 49(2): M52-M61. 6. Bergado-Rosado JÁ, Almaguer-Melian W. Mecanismos celulares de la neuroplasticidad. Rev Neurol 2000; 31(11): 1074-95. 7. Piovesana AMSG. Plasticidade cerebral - aspectos clínicos. Arq Neuropsquiatr 2001; (59 Suppl 1): 17-9. 8. Umphred D, Lewis RW. O envelhecimento e o sistema nervoso central. In: Kauffman TL. Manual de reabilitação geriátrica. Tradução de Telma Lúcia de Azevedo Hennemann. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001: 14-20. 9. Pohl, PS, Winstein CJ. Age-related effects on temporal strategies to speed motor performance. J Aging Physical Activity 1998; 6(1): 45-61. 10. Goldberg ME, Hudspeth AJ. O Sistema Vestibular. In: Kandel ER, Schwartz JH, Jessel TM. Princípios da Neurociência. São Paulo: Manole; 2003: 802-15. 11. Moura RN, Santos FC. Quedas em idosos: fatores de riscos associados. Gerontol 1999; 7(2): 15-21.

12. Gill J et al. Trunk Sway Measures of Postural Stability During Clinical Balance Tests: Effects of Age. J Gerontol 2001; 56A(7): M438-M447. 13. Berg KO, Wood-Dauphinee SL, Williams JI, Maki B. Measuring balance in the elderly: validation of an instrument. Can J Public Health 1992; (83 Suppl 2): S7-S11. 14. Berg KO, Maki BE, Williams JI, Holliday PJ, Wood-Dauphinee SL. Clinical and laboratory measures of postural balance in an elderly population. Arch Phys Med Rehabil 1992; 73: 1073-80. 15. Shumway-Cook A, Baldwin M, Polissar NL, Gruber W. Predicting the probability for falls in community-dwelling older adults. Phys Ther 1997; 77(8): 812-9. 16. Berg KO. Measuring balance in the elderly: preliminary development of an instrument. Phys Canada 1989; 41: 304-8. 17. Caovilla HH, Ganança MM, Munhoz MSL, Silva MLG. Equilibriometria clínica. São Paulo: Atheneu; 1999: 158 p. 18. Thomas JR, Nelson JK. Métodos de Pesquisa em Atividade Física. Tradução de Ricardo D.S. Petersen. 3 ed. Porto Alegre: Artmed; 2002: 419 p. Título original: Research Methods in Physical Activity. 19. Belal A, Glorig A. Dysequilibrium of ageing (presbyastasis). J Laryngol Otol 1986; 100: 1037-41. 20. Barbosa MSM, Ganança FF, Caovilla HH, Ganança MM. Reabilitação Labiríntica: o que é e como se faz. Rev Bras Med Otorrinolaringol 1995; 2(1): 24-34. 21. Sémont A, Vitte E. Reéducation vestibulaire. En: Encyclo. Méd. Chir. Kinésithérapie- Rééducation fonctionelle. Paris-France: Elsevier; 1996. 26(451 B-10): 6p. 22. Shepard N, Asher A. Tratamento dos Pacientes com Tontura e Desequilíbrio. In: Herdman S. Reabilitação Vestibular. Tradução de Maria de Lourdes Giannini. 2 ed. São Paulo: Manole; 2002: 529-39. Título original: Vestibular Rehabilitation.

As rugas são hereditárias, os pais recebem-nas dos filhos." Helen Hayes

OBRIGADA PELA ATENÇÃO!!!!