Topografia: planimetria para Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos IX - INSPEÇÃO DE PLANTAS TOPOGRÁFICAS

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Transcrição:

Topografia: planimetria para Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos IX - INSPEÇÃO DE PLANTAS TOPOGRÁFICAS A inspeção tem como objetivo o controle da qualidade de plantas topográficas ou seja, assegurar o desenvolvimento do levantamento segundo as prescrições e recomendações das normas. O plano de amostragem e o grau de rigor da inspeção devem ser de conhecimento antecipado por condicionarem métodos e instrumentos, ou seja, devem fazer parte dos termos de referência dos editais de licitações ou das especificações para contratação (NBR 13133). A obrigação da inspeção é do contratante, exceto quando expresso em cláusula contratual específica. 1- INTRODUÇÃO O controle de qualidade de uma planta, assim como de todo e qualquer trabalho de engenharia, deve ser feito em três diferentes níveis: Na escolha e no estabelecimento dos profissionais habilitados, o que, por lei, é feito pelo sistema CONFEA/CREAs; No estabelecimento de normas para execução, o que pode ser feito pela ABNT, CONCAR, IBGE, INCRA, IGA, prefeituras ou até mesmo pelo contratante e Na inspeção, onde se verifica o cumprimento das leis e normas. Especificamente, devem ser inspecionados em um levantamento topográfico: a) Levantamento dos pontos de apoio: Deve-se verificar o método (poligonação, triangulação, trilateração ou GPS), instrumentos empregados, equipe técnica, metodologia, existência de pontos do SGB, qualidade da materialização dos pontos de apoio, visibilidade entre os marcos. b) Levantamento dos pontos temáticos: Deve-se verificar principalmente a quantidade de detalhes levantados, se estão de acordo com a finalidade da planta e os métodos e instrumentos utilizados no levantamento. c) Cálculos: Verifica-se o método e o software empregados, os erros angular, linear e altimétrico ou os resultados do ajustamento. d) Desenho final: 155

Rodrigues, D. D. Inspeção de plantas topográficas Verifica-se principalmente a qualidade do desenho (espessura dos traços, tamanho das letras, orientação dos nomes, etc. Consultar normas de desenho), a escala, a orientação da planta, a precisão do reticulado, as informações marginais (legenda, convenções, escala gráfica, data). e) Acurácia da planta: Devem ser avaliadas as acurácias planimétrica e altimétrica. O roteiro a seguir está de acordo com a NBR 13133, porém pode ser adaptado para considerar a norma cartográfica. 2- VERIFICAÇÃO DA ACURÁCIA PLANIMÉRICA 2.1- Cálculo do desvio padrão resultante das distâncias medidas no terreno e na planta d i = D Terreno 2 di m = + n 1 D Planta onde, D Planta são distâncias medidas na planta, empregando um escalímetro confiável, entre pontos perfeitamente identificáveis no terreno; DTerreno são distâncias homólogas às DPlanta igual ou superior ao utilizado no levantamento; n é o número de distâncias medidas., medidas no terreno, empregando aparelho A amostragem deve ser aleatória, abrangendo toda planta e, de acordo com a norma, devem ser amostradas as seguintes quantidades de distâncias: N o de pontos levantados N o de alinhamentos a serem conferidos Até 500 3% (mínimo de 10) De 501 a 1000 2% (mínimo de 15) Acima de 1000 1% (mínimo de 20) 2.2- Desvio padrão admissível para as discrepâncias entre as distâncias (ma) De acordo com a NBR 13133, ma = 0,2mm 2 M K 0,283 M K (mm) 156

Topografia: planimetria para Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos onde 0,2mm é o erro de graficismo comentido na leitura, com escalímetro ou régua, de um ponto, 2, uma vez que a distância é a diferença entre a leitura final e inicial, seu desvio será o desvio da leitura multiplicado pela raiz de dois, M é o módulo da escala da planta e K é uma constante que depende do equipamento empregado no levantamento das distâncias: K = 1 quando se empregou distanciômetros eletrônicos, K = 1,5 quando se empregou trena de aço e K = 2,5 quando se empregou taqueometria. 2.3- Cálculo do Padrão de Acurácia Planimétrica (PAP) Tanto a norma 13133 quanto o decreto lei 89817/84 empregam o termo exatidão planimétrica, mas se tratando de informação posicional ou geométrica, não se conhece o valor verdadeiro e o termo correto seria acurácia. Trata-se de comparar valores mais prováveis de distâncias medidas na planta com valores mais prováveis (naturalmente não exatos) obtidos por outro método sabidamente sem (ou com menos) erros sistemáticos. Para um nível de confiança de 90%, PAP = 1,6449 ma 2.4- Critério de aceitação ou rejeição Noventa porcento das distâncias testadas não podem ter discrepâncias superiores ao PAP e m deve ser menor ou igual a ma. 3- VERIFICAÇÃO DA ACURÁCIA ALTIMÉRICA 3.1- Cálculo do desvio padrão resultante das discrepâncias entre as cotas ou altitudes medidas no terreno e na planta h i = H Terreno 2 hi m = + n 1 H Planta onde, H Planta são cotas ou altitudes de pontos perfeitamente identificáveis no terreno, obtidas a partir da interpolação das curvas de nível, empregando um escalímetro confiável, 157

Rodrigues, D. D. Inspeção de plantas topográficas HTerreno são cotas ou altitudes homólogas às HPlanta, obtidas no terreno, empregando o nivelamento geométrico simples, apoiado em pontos com cotas ou altitudes conhecidas; n é o número de distâncias medidas. A amostragem deve ser aleatória, abrangendo toda planta e de acordo com a norma devem ser amostradas as seguintes quantidades de cotas ou altitudes: N o de cotas ou N o de pontos altitudes a serem levantados conferidas Até 500 3% (mínimo de 10) De 501 a 1000 2% (mínimo de 15) Acima de 1000 1% (mínimo de 20) 3.2- Desvio padrão admissível para as discrepâncias (ma) De acordo com a NBR 13133, 1 ma = do valor da eqüidistância entre as curvas de nível na planta 3 3.3- Cálculo do Padrão de Acurácia Altimétrico (PAA) Para um nível de confiança de 90%, PAA = 1,6449 ma 0,55 vezes o valor da eqüidistância entre as curvas de nível ou seja, aproximadamente, a metade da eqüidistância. 3.4- Critério de aceitação ou rejeição Noventa porcento das cotas ou altitudes testadas não podem ter discrepâncias superiores ao PAA e m altimétrico deve ser menor ou igual ao ma altimétrico. 4- DECRETO Nº 89.817 DE 20 DE JUNHO DE 1984 Além da NBR 13133 há o decreto 89817/84 que estabelece as Instruções Reguladoras das Normas Técnicas da Cartografia Nacional. O teor completo desse decreto pode ser encontrado encontrado em http://www.concar.ibge.gov.br. Na Seção 1: Classificação de uma Carta Quanto a Exatidão encontra-se o seguinte texto: Art.8º 158

Topografia: planimetria para Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos As cartas quanto à sua exatidão devem obedecer ao Padrão de Exatidão Cartográfica - PEC, segundo o critério abaixo indicado: 1. Noventa por cento dos pontos bem definidos numa carta, quando testados no terreno, não deverão apresentar erro superior ao Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico - estabelecido. Seção 2 Classes de Cartas 2. Noventa por cento dos pontos isolados de altitude, obtidos por interpolação de curvasde-nível, quando testados no terreno, não deverão apresentar erro superior ao Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico - estabelecido. 1º Padrão de Exatidão Cartográfica é um indicador estatístico de dispersão, relativo a 90% de probabilidade, que define a exatidão de trabalhos cartográficos. 2º A probabilidade de 90% corresponde a 1,6449 vezes o ErroPadrão - PEC = 1,6449 EP. 3º O Erro-Padrão isolado num trabalho cartográfico, não ultrapassará 60,8% do Padrão de Exatidão Cartográfica. 4º Para efeito das presentes Instruções, consideram-se equivalentes as expressões Erro-Padrão, Desvio-Padrão e Erro-Médio-Quadrático. Art.9º As cartas, segundo sua exatidão, são classificadas nas Classes A, B e C, segundo os critérios seguintes: a- Classe A 1. Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico: 0,5 mm, na escala da carta, sendo de 0,3 mm na escala da carta o Erro-Padrão correspondente. 2. Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico: metade da eqüidistância entre as curvas-de-nível, sendo de um terço desta eqüidistância o Erro-Padrão correspondente. b- Classe B c- Classe C 1. Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico: 0,8 mm na escala da carta, sendo de 0,5 mm na escala da carta o Erro-Padrão correspondente. 2. Padrão de Exatidão Cartografica - Altimetrico: três quintos da eqüidistância entre as curvas-de-nível, sendo de dois quintos o Erro-Padrão correspondente. 1. Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico: 1,0 mm na escala da carta, sendo de 0,6 mm na escala da carta o Erro-Padrão correspondente. 2. Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico: três quartos da eqüidistância entre as curvas-de-nível, sendo de metade desta eqüidistância o Erro-Padrão correspondente. Art.10 É obrigatória a indicação da Classe no rodapé da folha, ficando o produtor responsável pela fidelidade da classificação. Parágrafo único Os documentos cartográficos, não enquadrados nas classes especificadas no artigo anterior, devem conter no rodapé da folha a indicação obrigatória do Erro-Padrão verificado no processo de elaboração. 159

Rodrigues, D. D. Inspeção de plantas topográficas Em síntese o decreto 89.817/84 estabelece que as cartas podem ser classificadas da seguinte forma: Classe das cartas Desvio Admissível ou Erro Padrão(EP) Planimétrico (mm) na escala da carta Altimétrico Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC) Planimétrico (mm) na escala da carta Altimétrico A 0,3 1 3 equid. 0,5 1 2 equid. B 0,5 2 5 equid. 0,8 3 5 equid. C 0,6 1 2 equid. 1,0 3 4 equid. EXERCÍCIO: A tabela abaixo se refere à inspeção planimétrica de uma planta classe B distâncias medidas por com trena de aço (K=1,5) - na escala 1/1000. Calcular: o O desvio padrão admissível e o padrão de exatidão planimétrica (PAP); o O desvio padrão da planta; o A planta pode ser aprovada? por que? Seguimento D Planta D Terreno 1 23,00 22,90 Discrepâncias (di = D P D T ) 2 10,00 10,15 3 16,45 16,20 4 6,80 7,55 5 19,40 19,60 6 19,00 18,75 7 18,50 18,35 8 25,55 25,75 9 7,05 7,30 10 7,95 8,70 160

Topografia: planimetria para Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos INSPEÇÃO PLANIMÉTRICA PROJETO: LOCALIDADE: RESPONSÁVEL TÉCNICO: DATA: / / Escala da planta = Desvio Admissível (ma) = PAP = Segui mento Pontos Descrição D Planta D Terreno Discrepâncias Desvio padrão decorrente das discrepâncias = Resultado final da inspeção: ( ) APROVADO - m ma e 90% das discrepâncias inferiores ao PAP ( ) REPROVADO, de de 20 RT: 1

Rodrigues, D. D. Inspeção de plantas topográficas INSPEÇÃO ALTIMÉTRICA PROJETO: LOCALIDADE: RESPONSÁVEL TÉCNICO: DATA: / / Eqüidistância entre curvas de nível = Desvio altimétrico admissível (ma) = PAA = Alinha mento Pontos Descrição H Planta H Terreno Discrepâncias Desvio padrão decorrente das discrepâncias = Resultado final da inspeção: ( ) APROVADO - m ma e 90% das discrepâncias inferiores ao PAA ( ) REPROVADO, de de 20 RT: 2