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Transcrição:

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Casa de Câmara e Cadeia Já se planejava na antiga Vila Rica a construção de uma casa de câmara e cadeia, de pedra e cal, para substituir a antiga prisão de pau-a-pique. Sua edificação se inicia em 1785 com a planta do governador Luis Menezes que sofreu algumas alterações como a substituição na fachada da varanda de balaústres de pedras pela de ferro, sua conclusão se dá em 1855. O frontispício, apresenta características inovadoras como a adoção de três colunas, em vez de quatro, para os dois vãos da porta, em contraposição ao rigor da composição neoclássica. O chafariz da fachada é o antigo da ponte de Ouro Preto, tendo sido inaugurado no seu novo destino, a 2 de dezembro de 1846, como indica a placa existente. A casa de Câmara e cadeia junto com três prédios auxiliares se transformaram no Museu da Inconfidência que conta com um vasto acervo como: documentos históricos de grande relevância para a história nacional, objetos pessoais de Tiradentes, memorial aos Inconfidentes, recibos, comprovantes dos processos de contratação dos serviços de artistas como Aleijadinho, arte religiosa,mobiliário e etc.

O relógio que se encontra atualmente na torre foi adquirido pelo senador Rocha Lagoa para a Igreja São Francisco de Paula, da mesma cidade, não se tratando portanto do primitivo relógio da cadeia velha demolida de autoria de Manuel Neto. A construção da Casa de Câmara e Cadeia determinou a duplicação da atual praça Tiradentes, não só com a demolição da primitiva cadeia mas ainda de diversas casas que comprometiam a visibilidade do edifício mais importante da capital. A casa de Câmara e cadeia é sem dúvida um marco na Praça Tiradentes, tem sua fachada voltada para a praça, e fica numa parte elevada dos eixos das ruas Conde Bobadela e Cláudio Manuel, chama atenção por sua imponência e visibilidade. Trechos retirado do site do Iphan: http://www.iphan.gov.br/ans. net/tema_consulta.asp?linh a=tc_hist.gif&cod=1387 Fonte das imagens: http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br

A desvalorização de Ouro Preto no século XIX Após a consolidação urbana e a presença efetiva da Coroa Portuguesa que se deu em meados do século XVIII, a cidade passa no final do século XIX a ser considerada uma cidade arcaica, com um traçado irracional que marcava o caos e a desordem da época. Para fugir desse cenário, Ouro Preto deveria passar por transformações urbanísticas para garantir a prosperidade social. O atraso da infra estrutura, o padrão arquitetônico setecentista e o traçado irregular não condizia com o status de Capital. Para atingir o ideal republicano de modernização foi projetado entre 1894 e 1897, pelo engenheiro Aarão Reis, o primeira cidade moderna Brasileira Planejada com malha perpendicular de ruas cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares e uma avenida em torno de seu perímetro Fonte: http://belo-horizonte.fotoblog.uol.com.br

Foto: Arquivo Pessoal Foto: Arquivo Pessoal Valorização da identidade local Com a transferência da capital para Belo Horizonte várias famílias, setores da economia e da administração deixam a histórica cidade de Ouro Preto em busca da nova capital. Perder o papel administrativo de sede do Estado foi fundamental para que a cidade mantivesse suas feições originais antiga Vila Rica - já que não havia necessidade de crescimento, imposto às capitais brasileiras do séc XX. Em 1897 inicia-se o processo de defesa a relevância da cidade como centro de cultura, como representação da história do Brasil Em 1924, com a vinda de Oswald de Andrade, Mário de Andrade, e Tarsila do Amaral, que valorizavam o barroco como estilo nacional, desperta o interesse do Aleijadinho no país e no mundo. Há uma forte preocupação com a preservação de Ouro Preto. Em 1931 o prefeito João Batista Ferreira Velloso proíbe construções que alterem o aspecto colonial da cidade. Em 1938, Ouro Preto é uma das cidades que mais tem bens tombados propostos pelo IPHAN e recebe o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela Unesco em 1980. Igreja de São Francisco de Assis Estátua de Aleijadinho em Congonhas

Foto: Arquivo Pessoal O crescimento desordenado Ouro Preto continua passando por um processo de crescimento desordenado, com a ocupação de encostas e áreas de risco, além da invasão de espaços públicos, áreas verdes e sítios arqueológicos. Com a descaracterização do entorno, que é parte do patrimônio tombado pelo Iphan e pela Unesco, pode-se considerar que Ouro Preto vem sofrendo um processo sistemático e permanente de destruição pelas bordas, caracterizando o seu terceiro ciclo de declínio físico. Poucas construções foram feitas no séc XX, já que o intuito é preservar o caráter colonial da cidade.

Arquitetura do séc XX O Grande Hotel O prefeito Washington Dias, com o apoio de Rodrigo Franco, (diretor do Sphan) decide construir um hotel de turismo na cidade em 1938. Rodrigo confia o projeto a Carlos Leão que sugeriu diversos projetos, todos em estilo barroco. Oscar Niemeyer desenhou à mão livre a silhueta de um prédio para o desejado hotel, que chamou a atenção de todos, especialmente do SPHAN, principalmente pela autenticidade do projeto que ao invés de imitar o barroco, propôs um estilo diferente do padrão. Fonte: http://vitruvius.com.br Citação de Lúcio Costa À proposta de Niemeyer O arquiteto Oscar Niemeyer foi formado pela Escola de Belas Artes - ENBA em 1934. É um arquiteto modernista, prima pela leveza em suas obras em concreto armado. Nesse projeto percebemos, o caráter da surpresa, conforme fomos descendo a ladeira da rua fomos vendo pouco a pouco sua obra, que não imita o estilo neoclássico do local. Prima pela implantação e pela integração com o espaço. Podemos citar esse trecho em que Lúcio Costa traduz a negação da cópia do estilo local: A reprodução do estilo das casas de Ouro Preto só é possível hoje em dia, a custa de muito artifício. Teríamos ou uma imitação perfeita e o turista desprevenido correria o risco de... tomar por um dos principais movimentos da cidade uma contrafação, ou...um arremedo neocolonial sem nada de comum com o verdadeiro espírito das velhas construções. (...) não deverá estranhar a vizinhança de outras obras de arte, embora diferentes, porque a boa arquitetura de um determinado período vai sempre bem com a de qualquer período anterior. `

Foto: Arquivo Pessoal Foi idealizado a construção de um grande bloco sobre pilotis com laje coberta por vegetação. Após algumas mudanças o projeto passou a ter telhado inclinado com telhas de barro, não até a fachada. O pavimento inferior é completamente vazado, existindo apenas os pilotis. O térreo e o primeiro pavimento alternam entre pilotis e volumes fechados, o andar duplex dos apartamentos é recuado para dar lugar ao plano de treliças de madeira. Enquanto a volumetria do entorno é básica, a volumetria do Grande Hotel possui um jogo compositivo.

Imagens retiradas do site http://vitruvius.com.br O grande hotel é marcado pela altura resultante dos pilares junto a implantação, o que faz com que a edificação fique em destaque, caracterizando certa imponência sentida por quem passa pela rua. O bloco superior é um entablamento marcadamente horizontal o que contrapõe com as colunas que dominam o campo de visão e introduzem a verticalidade. O projeto dos jardins é feito por Burle Marx em 1942.

O modernismo de Alcides da Rocha Miranda Em Ouro Preto vemos um casario de dois andares com alterações de Alcides da Rocha Miranda, formado em arquitetura pela ENBA em 1932, período de reforma na Escola e de influência do Modernismo. Alcides nas décadas de 30 e 40 se dedica a pintura, onde teve professores como Portinari e Guignard. Na arquitetura aprendeu com personalidades como Emílio Baumgart, Frank Lloyd Wright e Le corbusier e também com Lucio Costa, e foi arquiteto do SPHAN. Rocha Miranda em suas obras, vincula o passado com o futuro, e assume o antigo como caráter de identidade e tradição, valorizando a arquitetura produzida sem tentar imitar. Ele busca nos elementos coloniais inspiração para a nova arquitetura, como o Pátio - em que ele incorpora em seu projeto em Petrópolis. Ele une também o contrário como elemento novos como o vidro da janela com sutileza, sem pesar na composição, num casario colonial. Foto: Arquivo Pessoal

Arquitetura Contemporânea de Éolo Maia Éolo Maia nasceu em Ouro Preto e fez faculdade na Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais onde se formou em 1967. Influenciou a arquitetura mineira com seu estilo contemporânea irreverente. Avaliava em seus projetos sua relação com o lugar, tipo de construção, o uso e o aspecto estético. Prezava pela criatividade e pela composição de elementos antigos com novos assim como Rocha Miranda, mas de forma particular no trato da imaginação e no fato do elemento colocado causar uma sensação forte e/ou impressionar quem está o vendo. Sua intervenção numa casa na mesma rua onde esta a casa de Alcides Rua Senador Rocha Lagoa. Podemos observar um elemento que está presente no portão e nas portas que é um desenho de um losango em que dois de seus vértices se ligam através de linhas. No portão ele marca a horizontal nas portas a vertical. Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal Casa do Arcebispo Projetado por Éolo Maia, Jô Vasconcellos e Sylvio Podestá, a Casa do Arcebispo - 1982/1987 - adota elementos e técnicas contemporâneas, e propõem um volume que se integra no conjunto histórico com cobertura em telha e beiral. As janelas, são recuadas do plano da fachada e repetem o compasso dos cheios e vazios da cidade em uma linguagem atual. Para marcar a contemporaneidade e, ao mesmo tempo, evocar a tradição, os arquitetos utilizam, materiais como o aço corten para marcar os cunhais, quadros e marcos, representando a estrutura de madeira autônoma das construções antigas....a novidade não está no cunhal metálico que denota contemporaneidade e evoca a tradição da arquitetura erudita colonial, mas na utilização do imaginário popular sincrético, híbrido, exuberante, ingênuo, eclético, festivo da cidade interiorana de hoje como fonte de inspiração arquitetônica... (Site Vitruvius, 029.06, ano 03, out 2002)

Fonte das imagens: http://podesta.arq.br Essa volumetria compreende os seguintes níveis: pavimento semi-enterrado (garagem, serviços e capela), primeiro piso (hall principal, auditório, recepção, refeições, cozinha, biblioteca, clausto, estar e jardins) ocupando a área periférica da quadra e um segundo piso (quartos e biblioteca privada) ocupando apenas a ala do quadrilátero frontal da praça. Os ritmos dos vãos estão de acordo com a proporcionalidade dos cheios e vazios da cidade. Um pátio interno amplo e generoso complementa internamente a construção Trecho do site www.podesta.arq.br Título 1982/83: Casa Arquiepiscopal de Mariana; publicado em Quarta, 16 de Julho de 2008.

Integração Barão de Camargo Fonte : http://www.googlemaps.com.br Em nossa visita passamos rapidamente pelo Terminal de integração Barão de Camargo localizado próximo a Praça Tiradentes que é uma obra super recente de 2009- é feito em estrutura metálica e permeada por vidros, a obra é polêmica por apresentar elementos tão modernos. É a primeira obra do centro de Ouro Preto que apresenta essas visíveis características. Os materiais utilizados foram analisados por profissionais da Secretaria Municipal de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano junto ao IPHAN. O Terminal possui uma área construída de 300m², abriga dois banheiros, masculino e feminino, para atendimento ao público, um banheiro exclusivo a funcionários da limpeza e uma lanchonete, no andar inferior. No pavimento nivelado com a rua, foram implantadas duas lojas. O terminal deve receber em média de 300 mil pessoas por mês.

Liceu de Artes e Ofício Apesar da edificação não ser construída no séc XX, sua alteração no telhado e seu novo uso foram considerados importantes pois demonstrava o processo de modernização que a cidade estava passando. O Liceu de Artes e Ofícios foi criada em 1886, em estilo eclético, seu objetivo era ensinar um ofício às camadas mais pobres da população. Funcionou até 1957 quando foi desativado e entrou em leilão. Seu comprador iria transformá-lo em um moderno cinema, o Cine Vila Rica, que em 1985, foi fechado. Sua localização privilegiada demonstrava o interesse de inserir o Liceu como parte do processo de modernização em curso na cidade. O Cine-Teatro Vila Rica é uma construção eclética em linhas neoclássicas do fim do período imperial. O arquiteto Lúcio Costa modificou sua fachada, suprimindo a platibanda que é típica do ecletismo. A edificação foi pintada de um rosa bem claro que contrasta com o desenho das colunas e os detalhes em branco. Em seu que antes era envolto por platibanda agora aparecem as telhas. As postas e esquadrias brancas foram pintadas de cor escura que contrasta com as outras cores claras. Vista externa do liceu de artes e ofícios 1898. Fontehttp://www.siaapm.cultura.mg.gov.br Fonte: Google Maps

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