Relatório de Inteligência Comercial México. Flexible Intermediate Bulk Containers (big-bags) PROGRAMA EXPORT PLASTIC

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Transcrição:

Relatório de Inteligência Comercial México Flexible Intermediate Bulk Containers (big-bags) PROGRAMA EXPORT PLASTIC Coordenação: Ricardo Ubiraci Sennes Ricardo Camargo Mendes Equipe Técnica: Débora Miura Juliana Cozar Fernando Ribeiro Hélio Camargo Andrea Nehr Paula Santesteban Assistência Administrativa: Maria Lúcia Ottati Julho/Agosto - 2007 São Paulo

Índice RESUMO EXECUTIVO Flexible Intermediate Bulk Containers (big-bags) 3 1. Introdução 5 2. Aspectos Geográficos 7 2.1. O México 7 2.2. Principais Províncias, Suas Capitais e Números de Habitantes 8 2.3. Principais Portos e Aeroportos 9 2.4. Companhias de Navegação do Brasil ao México 10 2.5. Companhias Aéreas Servindo a Rota Brasil-México-Brasil (vôos diretos) 11 3. Aspectos Econômicos 13 3.1. Panorama geral 13 3.2. PIB/GDP 13 3.3. Composição do PIB 13 3.4. Taxa de Câmbio e Regime Cambial 14 3.5. Indicadores Econômicos e Sociais 14 3.6. O Setor Industrial 15 3.7. Comércio Exterior 16 4. A Cadeia do Plástico 19 5. Legislação 22 5.1. Acordos Comerciais 22 5.2. Programas de Promoção às Exportações 27 5.3. Preferências em Acordos e Restrições à Importação das FIBCs 29 5.4. Regimes Alfandegários 29 5.5. Trâmite Aduaneiro 32 5.6. Impostos Internos 33 5.7. Licenças e/ou Depósitos Prévios de Importação 34 5.8. Importações em Zonas Livres: Portos Livres e/ou Zonas Francas 34 5.9. Normas e Regulamentações sobre: Qualidade, Certificados Sanitários, Embalagem de Transporte, Segurança e Meio Ambiente 34 5.10. Disposições sobre marcas e patentes 35 5.11. Regulamentações sobre Etiquetagem, Embalagem e Marking 36 5.12. Legislação Anti-Dumping e Medidas Compensatórias 36 5.13. Disposições para o Envio de Amostras Comerciais Originárias do Brasil 37 6. Mercado 38 6.1. Descrição do Produto 38 6.2. Posição Classificatória do Produto 38 6.3. Produção, Preços e Consumo Aparente 38 6.4. Fluxos e Preços Médios do Comércio Exterior 39 6.5. Parceiros Comerciais 41 6.6. Sazonalidade 41 7. Comercialização 43 7.1. Canais de distribuições utilizados 43 7.2. Modalidade de compra 43 7.3. Condições de pagamento 43 7.4. Prazos de Entrega 44 7.5. Programações Antecipadas 44 8. Aspectos Promocionais 45 8.1. Feiras e Exposições 45 8.2. Revistas Especializadas 46 8.3. Portais 47 9. Concorrência 48 9.1. Concorrência Internacional 48 9.2. Principais Concorrentes Internacionais 48 9.3. Concorrência Doméstica 50 9.4. Principais Concorrentes no Mercado Doméstico 50 10. Aspectos Interpessoais nas Relações Comerciais 51 11. Entidades e Associações 52 12. Relação de Contatos 53 13. Agentes Comerciais 59 14. Conclusões e recomendações 60 15. Referências e Links 62 2

RESUMO EXECUTIVO Flexible Intermediate Bulk Containers (big-bags) Por que o México O México ocupa a 12ª posição entre os países que mais consomem plásticos no mundo, ficando atrás apenas do Brasil na América Latina. O México é uma das mais importantes plataformas de reexportação, possuindo a segunda maior rede de Acordos de Livre Comércio (ALCs) no mundo (43 países). Embora a capacidade instalada nominal de produção plásticos transformados no México ultrapasse 8 milhões de toneladas, de modo geral a produção é insuficiente para atender a demanda do mercado. As embalagens são as principais aplicações dos produtos plásticos transformados consumidos no México (46%). O mercado mexicano de FIBCs é de US$ 16,8 milhões e apresenta uma taxa de crescimento importante. O consumo mexicano aparente de FIBCs é de 14,5 mil toneladas/ano, para uma produção de 18,1 mil toneladas com forte direcionamento para as exportações (4,8 mil toneladas). O México importa 1,2 mil toneladas e essas importações vêm apresentando crescimento significativo. As exportações brasileiras de FIBCs para o México têm crescido em valor e volume. Não há necessidade de licenças prévias para importação de FIBCs no México. As restrições não-tarifárias são fáceis de serem cumpridas. FIBCs provenientes da China estão agora sujeitos a uma tarifa compensatória de 379%. Essa sobretaxa pode representar uma oportunidade para produtores brasileiros ocuparem espaço no mercado mexicano. Desafios para os Exportadores Brasileiros As preferências tarifárias do Brasil são limitadas. Os FIBCs são onerados por alíquota de 20 % de imposto de importação. Diversos programas de promoção das exportações no México permitem que a importação livre de impostos de insumos utilizados no processamento produtivo de produtos de exportação, mas esses programas não são aplicáveis às FIBCs do Brasil. O NAFTA e o Acordo de Livre Comércio do México com a União Européia proíbem que insumos utilizados na embalagem de produtos destinados aos países membros desses acordos sejam isentos dos impostos de importação. 3

O frete de Santos Vera Cruz demanda 25 dias, enquanto fornecedores dos EUA entregam seus produtos em 24 horas, via terrestre. Características do Mercado Mexicano As FIBCs costumam ser distribuídas diretamente pelos fabricantes (mexicanos ou estrangeiros). As operações com intermediação representam menos de 5% das vendas. Os agentes comerciais são fundamentais para empresas localizadas no exterior. Poucas empresas mexicanas conseguem obter garantias de crédito nas instituições bancárias locais, o que dificulta a obtenção de financiamento pelos principais canais brasileiros. A exportação é freqüentemente financiada pelo próprio exportador ou pelo importador. As empresas brasileiras devem conhecer bem seus parceiros comerciais para evitar riscos de inadimplência e atrasos de pagamento, além de estar preparadas para operar com empresas de cobrança mexicanas. Os prazos médios para o pagamento no México são de 120 dias, existindo clientes que demandam prazos de até 180 dias. Os intermediários costumam trabalhar com prazos de pagamento menores (cerca de 30 dias). As relações pessoais são muitas vezes mais importantes que outros diferenciais competitivos no México. Vários negócios são fechados em restaurantes, clubes e outros espaços sociais. As empresas estrangeiras costumam gastar recursos significativos com relações públicas. Conclusões e Recomendações As chances de penetração dos produtos brasileiros podem ser consideradas médio-baixas. É importante conhecer as regras de origem dos diferentes acordos de livre comércio assinados pelo México para exportar FIBCs utilizados como embalagens para produtos de exportação mexicanos. Recomenda-se presença de um agente comercial no México que possa responder por eventuais problemas no produto. Diferenciação para empresas brasileiras: qualidade superior aos produtos fabricados no México e preços menor que os produtos fabricados nos EUA. Manter estoques em território mexicano para reduzir problemas com prazo de entrega. Outros fatores de diferenciação: condições de pagamento e proximidade cultural entre brasileiros e mexicanos. 4

1. Introdução O Relatório de Inteligência Comercial México é um guia para as empresas brasileiras transformadoras de produtos plásticos fazerem negócios no México, apontando tendências de mercado, diretrizes e oportunidades para associações setoriais e formuladores de políticas tomarem decisões estratégicas. Este relatório apresenta a pesquisa de inteligência de mercado encomendada à Prospectiva Consultoria Brasileira de Assuntos Internacionais pelo Programa Export Plastic Nacional, iniciativa conjunta da APEX (Agência para Promoção da Exportação do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior), da Petrobrás, de Produtores de Resinas Termoplásticas e das Empresas Transformadoras de Plástico. O objetivo deste relatório é apresentar um estudo sistemático e confiável sobre o mercado mexicano de produtos acabados e semi-acabados com base em resinas termoplásticas, especificado pela Carta- Convite nº 006/2007 do Instituto Nacional do Plástico no dia 25 de maio de 2007 e de acordo com a proposta comercial elaborada pela Prospectiva Consultoria. Tais informações se referem à identificação da demanda potencial para produtos brasileiros considerando barreiras tarifárias e não-tarifárias, regulamentações e normas legais, assim como aspectos mercadológicos, como preços, logística, distribuição, etc. O escopo do estudo abrange seis produtos plásticos transformados, tendo como foco todo o território mexicano. A título de organização, para cada um dos seis produtos foi elaborado um relatório independente, que também contêm informações gerais aplicáveis a todos os produtos (informações horizontais). As informações horizontais aparecem na primeira parte dos relatórios e são subdivididas em questões geográficas e econômicas. São também compiladas informações referentes à legislação, incluindo preferências tarifárias, regime alfandegário, restrições à importação, impostos internos, licenças e depósitos prévios de importação, importação em zonas livres, normas e regulamentações (qualidade, certificados sanitários, segurança, meio ambiente, etiquetagem, etc.), disposições sobre marcas e patentes, legislação antidumping e preços mínimos, disposições para o envio de amostras comerciais originadas do Brasil, entre outras. As fontes de informações utilizadas são publicações e websites de diversas instituições, assim como bancos de dados (abertos e restritos). As informações específicas por produto também foram pesquisadas em diversas fontes primárias e secundárias, incluindo bancos de dados estatísticos, estudos e artigos de revistas especializadas, conversas com especialistas do setor no México e entrevistas com empresas interessadas em fazer negócios com fornecedores brasileiros de produtos plásticos transformados. Além de informações tarifárias, regulatórias e econômicas, para cada produto foram arroladas no mínimo trinta empresas interessadas em obter maiores informações sobre o projeto das exportações brasileiras. A relação dessas empresas é resultado de um trabalho minucioso de pesquisa em bancos de dados, préseleção de alvos e contato telefônico com cerca de 150 empresas para cada produto. Nos contatos telefônicos os consultores da Prospectiva apresentaram o Programa Export Plastic, questionaram sobre o interesse das empresas em fazer negócios com o Brasil e solicitaram o preenchimento de um questionário, posteriormente enviado para profissionais encarregadas de compras, via e-mail. Foram excluídas da listagem as empresas que não demonstraram interesse em desenvolver contato com exportadores brasileiros. 5

As respostas obtidas nos questionários e nas conversas telefônicas foram cruzadas com as demais informações obtidas em fontes secundárias e em conversas com especialistas do setor. Com base nessa matriz, foi possível avaliar a existência de oportunidades de exportação para produtos brasileiros. 6

2. Aspectos Geográficos 2.1. O México Localizado no extremo sul da América do Norte, tendo ao norte sua divisa com os Estados Unidos ao longo de 3.117,9 km de fronteira e ao sul com Belize e Guatemala em uma fronteira total de 1.107,8 km, o México figura-se no grupo dos países da América Latina. As suas costas para o oceano Pacífico, o Golfo do México e o mar do Caribe possuem uma longitude total de 11.592,7 km (incluindo costas insulares) e constituem o segundo litoral mais longo da América depois do Canadá. Sua extensão territorial é de 1.972.550 km 2 (superfície continental 1.923.040 km 2 e superfície insular 49.510 km 2 ), o que o situa em 23 lugar no mundo em superfície. O terreno mexicano é muito acidentado. Atravessam-no duas cadeias montanhosas principais, a Sierra Madre Ocidental e a Sierra Madre Oriental, que se reúnem à altura do Istmo de Tehuantepec, tendo como resultado o fato deste país apresentar um grande número de montanhas, planícies, vales e planaltos. O vulcão Citlaltépetl (Pico de Orizaba) é o mais alto de seu território, com 5.610 m acima do nível do mar. Constitui, no conjunto, um país de terras altas, pois o altiplano mexicano domina grande parte do país. Está limitado em seus extremos leste e oeste por estas cadeias montanhosas que descem de maneira abrupta até as estreitas planícies costeiras. As duas principais cadeias montanhosas mexicanas são interceptadas pelo eixo Neovulcânico transversal, que contém os picos mais altos da República. Ao sul, está a Sierra Madre do Sul. Entre esta e a Sierra Madre Oriental, encontra-se o Entroncamento Mixteco. À oeste, uma brusca queda termina no istmo de Tehuantepec, que separa o oceano Pacífico do golfo do México. O elemento topográfico mais marcante do país é o altiplano, a continuação das planícies do sudoeste dos Estados Unidos, e que ocupa mais de um quarto de sua área total. Os rios mais importantes são o rio Bravo, Lerma-Santiago, Balsas, Pánuco, Papaloapan, Coatzacoalcas, Usumacinta, Yaqui, Mayo e Conchos. O lago de Chapala é o maior do país. O México é dividido pelo trópico de Câncer e, portanto, a metade sul está incluída na zona intertropical e em geral o clima varia com a altitude, sendo um país de clima predominantemente quente, que oscila entre o tropical marítimo, ao sul, e o desértico ao norte. A população mexicana é composta por 108,7 milhões de habitantes (2007), sendo: 60% eurameríndios, 30% ameríndios, 9% europeus ibéricos e 1% de outras etnias. As altas bacias, que serviram de berço ao império asteca, concentram metade da população mexicana, geralmente em grandes cidades (Cidade do México, Guadalajara, Puebla, Léon, etc), enquanto as imensas regiões semi-áridas do Norte possuem apenas um quinto. A capital é a Cidade do México, com mais de 8 milhões de habitantes (incluída a região metropolitana). Superam os cinco milhões de habitantes Guadalajara e Puebla, incluídas as zonas 7

metropolitanas. O catolicismo é a religião de 75% dos mexicanos. O idioma oficial é o espanhol, mas se falam outros 54 dialetos e línguas indígenas, das quais as principais são o náhuatl, as línguas maias, o otomi, o mixteco e o totonaca. O México é uma república representativa, democrática, federal, composta por 32 entidades políticoadministrativas, 31 estados livres e o Distrito Federal, onde se localiza a Cidade do México, capital da República Mexicana. A Constituição Política dos Estados Unidos Mexicanos, de 5 de fevereiro de 1917, estabeleceu um sistema presidencialista de governo com três Poderes independentes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Os governos estaduais dispõem de uma estrutura semelhante à federal, gozando de todos os poderes - definidos na Constituição local - que não estejam especificamente reservados ao âmbito federal ou a cargo das autoridades municipais. O Poder Executivo Estadual é exercido pelo Governador, eleito por voto direto por um período de seis anos. Existe também um Poder Legislativo e um Poder Judiciário Estadual, que seguem os padrões federais e têm sua jurisdição previamente definida para evitar qualquer conflito com as cortes federais. Na esfera municipal o Poder Executivo é exercido por um presidente municipal, que também é eleito por voto direto por um período de três anos. O México conta com 2.400 municípios. As principais cidades mexicanas são: Acapulco, Chihuahua, Cidade do México, Guadalajara, Mexicali, Mérida, Puebla, Monterrey, León, Juarez, Toluca, Vera Cruz. 2.2. Principais Províncias, Suas Capitais e Números de Habitantes Província Capital População Estimada (milhares) Aguascalientes Aguascalientes 944 Baja California Mexicali 2.487 Baja California Sul La Paz 424 Campeche Campeche 690 Chiapas Tuxtla Gutiérrez 3.920 Chihuahua Chihuahua 3.052 Coahuila de Zaragoza Saltillo 2.298 Colima Colima 542 Distrito Federal Cidade de México 8.605 Durango Durango 1.448 Estado de México Toluca 13.096 Guanajuato Guanajuato 4.663 Guerrero Chilpancingo 3.079 Hidalgo Pachuca 2.235 Jalisco Guadalajara 6.322 Michoacán Morelia 3.985 Morelos Cuernavaca 1.555 Nayarit Tepic 920 Nuevo Léon Monterrey 3.834 Oaxaca Oaxaca 3.438 Puebla Puebla 5.076 Querétaro Santiago de Querétaro 1.404 Quintana Roo Chetumal 874 8

San Luis Potosi San Luis Potosi 2.299 Sinaloa Culiacán 2.536 Sonora Hermosillo 2.216 Tabasco Villahermosa 1.891 Tamaulipas Ciudad Victoria 2.753 Tlaxcala Tlaxcala 962 Veracruz Xalapa 6.908 Yucatán Mérida 1.658 Zacatecas Zacatecas 1.353 Obs: Dados de 2005 2.3. Principais Portos e Aeroportos A infra-estrutura portuária mexicana é composta por 52 portos públicos e privados que atendem tanto o transporte da costa Pacífica como a Atlântica do país. Dentre eles, podemos encontrar os seguintes portos de controle Federal: Portos Altamira Coatzacoalcos Dos Bocas Ensenada Guaymas Lazaro Cardenas Manzanillo Mazatlán Progreso Puerto Chiapas Puerto Vallarta Salina Cruz Tampico Topolobampo Tuxpam Vera Cruz Websites http://www.puertoaltamira.com.mx/ http://www.apicoatza.com/ http://www.apidosbocas.com/ http://www.puertoensenada.com.mx/ http://www.puertodeguaymas.com/ www.puerto-lazarocardenas.com.mx http://www.apimanzanillo.com.mx/ http://www.apimazatlan.com.mx/ http://www.puertosyucatan.com/ http://www.puertochiapas.com.mx/ http://www.apivta.com/ http://www.puertochiapas.com.mx/ http://www.puertodetampico.com.mx/ http://www.apitopo.com.mx/ http://www.puerto-de-tuxpan.com.mx/ http://www.apiver.com/ Portos com Maior tráfego de Mercadorias 2007 Portos Participação no Movimento de Cargas Cayo Arcas 22,7% Pajaritos 10,3% Manzanillo 7,7% Dos Bocas 6,8% 9

Lazaro Cardenas 6,7% Veracruz 6,3% Salina Cruz 5,0 Altamira 4,7 Outros 29,9 Com relação aos aeroportos, a DGAC (Dirección General de Aeronáutica Civil) é o órgão governamental responsável pelo trânsito aéreo e gestão de aeroportos do México. Ao final de 2006, o país contabilizava 85 aeroportos, sendo 26 nacionais e 59 internacionais. Aeroportos Internacionais do México Acapulco Durango Mérida San Luis Potosí Aguascalientes Guadalajara. Mexicali Tampico Campeche Guanajuato Minatitlán Tamuín Cancun Guaymas Monterrey Tapachula Cd. del Carmen Hermosillo Morelia Tehuacan Cd. Juarez Huatulco Nogales Tepic Cd. de México Ixt./Zihuataneco Nuevo Laredo Tijuana Cd. Obregon La Paz Oaxaca Toluca Cd. Victoria León Pachuca Torreón Chetumal Loreto Poza Rica Tuxtla Gutiérrez Chihuahua Los Cabos Puebla Uruapan Colima Los Mochis Pto. Escondido Veracruz. Cozumel Manzanillo Pto. Vallarta Villahermosa Cuernavaca Matamoros Querétaro Zacatecas Culiacan Mazatlán Reynosa Principais Aeroportos de Passageiros e Cargas 2007 Aeroportos Cidades Websites Cancun Airport (CUN) Cancun http://www.cancun-airport.com/ Miguel Hidalgo Airport (GDL) Guadalajara http://guadalajara.aeropuertosgap.com.mx/ Juarez International Airport (MEX) Cidade do México http://www.aicm.com.mx/ 2.4. Companhias de Navegação do Brasil ao México Libra Agência Marítima Internacional Website: www.libra.com.br Frequências: semanal Saídas: Itajaí, Santos, Rio de Janeiro 10

Portos de destino: Altamira, Veracruz Tempo de trânsito: 42 dias Aliança Hamburg Sud Website: www.alianca.com.br Frequências: semanal Saídas: Suape, Rio Grande, Itajaí, Santos, Rio de Janeiro, Salvador Portos de destino: Altamira, Veracruz Tempo de trânsito: 20 dias HAPAG-Lloyd Website: www.hapag-lloyd.com Frequências: semanal Saídas: Suape, Itajaí, Santos, Rio de Janeiro Portos de destino: Altamira, Veracruz Tempo de trânsito: 11 a 27 dias (dependendo do porto de saída e de destino) APL Website: www.apl.com Frequências: semanal Saídas: Rio Grande, Imbituba, Santos, Rio de Janeiro Portos de destino: Altamira, Veracruz Tempo de trânsito: 10 a 18 dias (dependendo do porto de saída e de destino) Limar Shipping Services MP Line Website: www.limar.com.br Frequências: semanal Saídas: Itajaí, Santos, Rio de Janeiro Portos de destino: Altamira, Veracruz Tempo de trânsito: 20 dias 2.5. Companhias Aéreas Servindo a Rota Brasil-México-Brasil (vôos diretos) Vôos diretos Atualmente apenas a Aeroméxico realiza vôos diretos do Brasil para a Cidade do México. A VARIG é detentora de licença para voar nessa rota e deve retomar esse vôo em breve. Aeroméxico Rota: São Paulo (GRU) Cidade do México (MEX) Freqüência: Diário www.aeromexico.com.mx promocaobr@aeromexico.com Av. Paulista 777-13 cj 131 São Paulo Brasil (5511) 3253-3888 Além da Aeroméxico, as seguintes companhias são utilizadas para vôos com conexão para a Cidade do México: Avianca Rota: São Paulo Bogotá Cidade do México www.avianca.com American Airlines Rotas: São Paulo/Rio/Manaus Miami Cidade do México www.aa.com TACA Rota: São Paulo Lima Cidade do México www.taca.com COPA Rota: São Paulo Panamá Cidade do México www.copa.com 11

LAN Rota: São Paulo Santiago Cidade do México www.lan.com 12

3. Aspectos Econômicos 3.1. Panorama geral Considerada uma economia de livre mercado e orientada às exportações, o Produto Interno Bruto (PIB) do México totalizou US$ 841 bilhões em 2006 (em preços correntes), o que tornou o país a 12ª economia mundial e a primeira da América Latina. Conforme dados do Banco Mundial de 2005, a renda média per capita foi de US$ 10.627, a maior da América Latina, classificando o México como país de renda média alta. Além disso, o México é o único país latino-americano membro da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). No que se refere ao crescimento econômico, entre o período de 1996 a 2005 o México apresentou percentuais de crescimento moderados, com variação média de 2% a.a. Entretanto a economia mexicana apresentou um crescimento mais expressivo nos últimos anos, 4,2% em 2004, 2,8% em 2005 e 4,8% em 2006. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estadística, Geografia y Informática (INEGI), entre 1996 a 2006, o PIB mexicano aumentou quase três vezes, passando de US$ 332 bilhões em 1996 para US$ 840 bilhões em 2006. 3.2. PIB/GDP Produto Interno Bruto do México US$ bilhões 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte: Inegi. Sistemas de contas nacionais Obs: Valores nominais em preços correntes 3.3. Composição do PIB O PIB dos principais setores produtivos indica que a se concentra em serviços (63%) e, secundariamente, na indústria (16%). O setor primário corresponde a 11,3% do PIB, com base em 2006. Os recursos naturais mais importantes para a economia mexicana são: petróleo; prata; cobre; ouro; zinco; gás natural e madeira. 13

Setores 2002 2003 2004 2005 2006 Agricultura, silvicultura e pesca 21.958,97 21.629,21 24.192,27 26.680,04 29.239,78 Mineração, construção e energia 43.769,93 43.493,50 50.944,67 57.089,79 65.717,03 Indústria 103.647,24 100.018,97 111.638,90 123.857,94 136.225,44 Serviços 395.489,23 397.988,16 439.079,84 496.848,28 533.395,92 TOTAL 607.902,42 614.012,20 685.061,81 776.806,41 841.419,91 Setores 2002 2003 2004 2005 2006 Agricultura, silvicultura e pesca 3,61% 3,52% 3,53% 3,43% 3,48% Mineração, construção e energia 7,20% 7,08% 7,44% 7,35% 7,81% Indústria 17,05% 16,29% 16,30% 15,94% 16,19% Serviços 65,06% 64,82% 64,09% 63,96% 63,39% Fonte: INEGI Valores convertido em dólares utilizando o câmbio médio do FMI Unidade: Milhões de dólares (preços correntes) 3.4. Taxa de Câmbio e Regime Cambial A política monetária mexicana foi alterada logo após a crise financeira que assolou o país em 1994, sendo adotado o regime de livre flutuação da moeda, o peso mexicano. Sob este regime não são estabelecidos níveis de paridade fixa para o câmbio, o Banco Central acumula reservas internacionais para evitar a volatilidade da moeda. Reservas Internacionais do México (1995-2005) (Milhões de dólares) 80.000 60.000 40.000 20.000 0 68.669 57.435 40.880 28.003 30.733 15.741 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Fonte: Banco de México A comissão responsável pela política cambial é composta por seis membros, três da Secretaria da Fazenda e Crédito Público e três do Banco de México. Abaixo são fornecidas as taxas de câmbio médias de 2006 e de abril de 2007 do peso mexicano em relação ao dólar americano, ao real, à libra esterlina e ao euro. Taxa de Câmbio México (Peso) Estados Unidos (US$) Brasil (R$) Reino Unido (Libra) União Européia (Euro) 2006 (média) 1 peso 0,09 0,20 0,05 0,07 Abril 2007 mexicano 0,09 0,18 0,05 0,07 Fonte: FMI e Banco de México 3.5. Indicadores Econômicos e Sociais Índices Macroeconômicos PIB PPP (bilhões de US$ - preços correntes) 2001 2002 2003 2004 2005 918,47 951,17 984,94 1055,03 1119,07 14

PIB PPP per capita (US$) 9.180,02 9.380,52 9.589,74 10.144,62 10.627,45 Taxa de crescimento do PIB (%) -0,03 0,77 1,39 4,16 2,95 Investimento externo direto (fluxo US$ milhões) 27.150,89 18.274,65 14.183,80 18.674,34 18.054,81 Taxa de investimento bruto (% do PIB) 20,00 19,25 18,93 19,64 19,31 Taxa de investimento bruto: máquinas e equipamentos (% do PIB) 9,66 8,91 8,48 8,70 ND Taxa de investimento bruto: moradias (% do PIB) 4,73 4,66 4,59 4,69 ND Taxa de inflação 5,82 6,97 8,53 7,38 5,44 Produção de aço (milhões de toneladas) 11,13 12,04 12,98 14,3 14,3 Agregação de valor (agricultura, pesca e extração florestal) (%) 4,04 3,81 3,78 3,80 ND Agregação de valor (indústria, incluindo energia) (%) 21,75 21,09 20,33 20,59 ND Agregação de valor (construção) (%) 5,04 5,02 5,16 5,39 ND Agregação de valor (transporte, comércio, hotéis e restaurantes) (%) 31,43 30,25 30,32 30,88 ND Agregação de valor (bancos, seguros, imóveis e outros serviços empresariais) 11,97 13,21 13,04 12,84 ND (%) Agregação de valor (governo, saúde, educação e outros serviços pessoais) 25,74 26,59 27,34 26,48 ND Fonte: OCDE Energia 2001 2002 2003 2004 2005 Fornecimento primário (milhões de toneladas de petróleo equivalentes) 152.19 155.61 159.97 165.48 173.26 Fornecimento primário per capita (toneladas de petróleo equivalentes) 1.521 1.535 1.557 1.591 1.645 Geração de eletricidade (TWh) 209.16 214.63 217.87 224.08 233.71 Produção total de energia (milhões de tonelada de petróleo equivalente) 230.34 230.02 242.51 253.86 252.86 Produção de petróleo cru (milhões de toneladas) 175.5 178.3 189.29 191.37 187.63 Fonte: OCDE 3.6. O Setor Industrial O setor industrial no México corresponde a aproximadamente um quarto do produto interno bruto do país e é bastante diversificado. No entanto, o PIB industrial está concentrado em 3 segmentos industriais específicos, a indústria de alimentos, bebidas e tabaco (29%), a indústria máquinas e equipamentos (28%) e a indústria produtos químicos (15%). Os pólos industriais mexicanos estão localizados no Distrito Federal (15,8%), Estado do México (11,8%), Nuevo Leon (7,9%) e Jalisco (6,1%). PIB por Setor /Unidade Federativa Total Primário Industrial Serviços Distrito Federal 21,8 % 0,4 % 15,8 % 25,3 % México 9,5 % 3,6 % 11,8 % 8,9 % Nuevo Leon 7,4 % 2,5 % 7,9 % 7,5 % Jalisco 6,3 % 9,7 % 6,1 % 6,2 % Fonte: Inegi. Dados de 2004 O PIB industrial compreende os seguintes segmentos: PIB por Segmento Industrial US$ Bilhões % 15

Alimentos, bebidas e tabacos 32,62 29,2% Produtos metálicos, máquinas e equipamentos 31,70 28,4% Produtos químicos derivados do petróleo, borracha e plástico 16,45 14,8% Minerais não metálicos, exceto derivados do petróleo 7,21 6,5% Têxtil, confecção e couro 7,02 6,3% Indústrias metálicas básicas 6,93 6,2% Papel, edição e artes gráficas 3,95 3,5% Indústrias manufatureiras diversas 3,25 2,9% Madeira e seus produtos 2,42 2,2% TOTAL 111,59 100% Fonte: Inegi. Sistema de cuentas nacionales de México. Obs: Os valores em dólares foram convertido com base no câmbio médio do ano de 2004 (1US$ - 11,26) 3.7. Comércio Exterior Balança Comercial do México 2002-2006 (Milhões de dólares) 300,000 250,000 200,000 150,000 100,000 50,000 0 2002 2003 2004 2005 2006 0-1,000-2,000-3,000-4,000-5,000-6,000-7,000-8,000-9,000 (Milhões de dólares) Exportações Importações Saldo Fonte: Banco de México O comercio internacional mexicano vem crescendo nos últimos, tanto as exportações como as importações. As exportações registraram 56% de crescimento de 2002 a 2006, passando de US$ 160 bilhões para US$ 250 bilhões. As importações também acompanharam este crescimento no período, evoluindo de US$ 168 bilhões para US$ 256 bilhões. O crescimento equilibrado das importações e das exportações permitiu que o saldo comercial do país se mantivesse estáveis nesse período, oscilou entre déficits de US$ 5,6 bilhões e US$ 8,1 bilhões. O principal parceiro comercial do México são os Estados Unidos. Em 2006 as exportações destinadas aos Estados Unidos corresponderam a 85% das exportações totais do México, em valores absolutos significando US$ 212 bilhões. Essa concentração é resultante do acordo de livre comércio NAFTA, firmado com os Estados Unidos e o Canadá, que permite a entrada de produtos mexicanos com isenção de tarifas alfandegárias. O restante das exportações mexicanas é distribuído entre Canadá, alguns países europeus, países da América Latina, China e Japão. Uma particularidade importante do mercado mexicano são os diversos acordos de livre comércio estabelecidos, destacando-se o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA). Por conta desses acordos a demanda mexicana para produtos plásticos transformados é na realidade muito maior do que o indicado exclusivamente pelo mercado doméstico, agregando a exportação para outros países. 16

Os fabricantes brasileiros devem portanto estar atentos às oportunidades de venda para empresas maquiladoras mexicanas, que exportam para os Estados Unidos e outros países com os quais o México tem acordos de livre comércio. A pauta de exportação mexicana abrange principalmente produtos industrializados como equipamentos elétricos e eletrônicos, automóveis, máquinas e equipamentos, bem como equipamentos médicos, ópticos e fotográficos. Também assumem importância os combustíveis, móveis, plásticos, metais, têxteis e produtos agrícolas. Os dez itens mais importantes totalizam mais de 80% das exportações do México. Em 2006, os produtos plásticos aparecem em 7º lugar pauta de exportação mexicana, com vendas de quase US$ 5 bilhões de dólares. Pauta de Exportação do México em 2006 Produtos exportados US$ bilhões Destino US$ bilhões Equip. elétrico e eletrônico 61,71 Estados Unidos 212,27 Veículos 39,49 Canadá 5,18 Combustíveis 38,74 Espanha 3,36 Máquinas e equipamentos 32,66 Alemanha 2,97 Equip. óptico, medico e fotográfico 8,66 Colômbia 2,13 Móveis 5,89 Venezuela 1,78 Plásticos 4,98 China 1,69 Obras de ferro fundido, ferro ou aço 3,83 Japão 1,60 Vestuário e acessórios 3,76 Aruba 1,46 Produtos hortícolas 3,54 Países Baixos 1,33 Fonte: Comtrade/ONU Na importação os Estados Unidos também são o principal parceiro comercial, entanto com menor concentração, fornecendo 61% das compras totais do México. Os países asiáticos (China, Japão e Coréia do Sul) representam 23% das importações mexicanas, enquanto a Alemanha, o Canadá, o Brasil, a Malásia, a Itália e a Espanha, em conjunto participam em 16%. Pauta de Importação do México em 2006 Produtos importados US$ bilhões Procedência US$ bilhões Equipamento elétrico e eletrônico 56,52 Estados Unidos 130,80 Máquinas e equipamentos 39,86 China 24,44 Veículos 25,04 Japão 15,29 Plásticos 15,94 Coréia do Sul 10,61 Combustíveis 14,47 Alemanha 9,43 Equip. óptico, medico e fotográfico 9,91 Canadá 7,37 Ferro e aço 6,97 Brasil 5,55 Obras de ferro fundido, ferro ou aço 6,25 Malásia 4,47 Produtos químicos orgânicos 6,07 Itália 4,11 Papel 4,51 Espanha 3,63 Fonte: Comtrade/ONU A pauta de importação mexicana tem perfil semelhante à de exportação, sendo entretanto mais marcante a presença de produtos plásticos (4º posição ), que atingiram US$ 15,94 bilhões em 2006. Saldo da Balança Comercial 2002 2003 2004 2005 2006 Exportações 160.762,70 165.355,20 189.200,40 213.994,70 250.461,30 Importações 168.678,90 170.958,20 197.303,23 221.414,38 256.204,73 Saldo -7.916,20-5.603,00-8.102,83-7.419,68-5.743,43 17

Unidade: Milhões de dólares Fonte: Banco de México O déficit comercial em produtos plásticos atingiu cerca de US$ 11 bilhões em 2006. Saldo da Balança de Pagamentos 2002 2003 2004 2005 2006 Conta Corrente -14.109-8.820-6.691-4.908-1.853 Conta de capital 27.039 22.249 11.930 12.785 379 Unidade: Milhões de dólares Fonte: Banco de México 18

4. A Cadeia do Plástico O México ocupa a 12ª posição entre os países que mais consomem plásticos no mundo, ficando atrás apenas do Brasil na América Latina. O consumo estimado anual do México é de 4,5 milhões de toneladas, contra um consumo de 7 milhões de toneladas do Brasil. Por outro lado, o consumo per capita do México é de 43 kg/ano, enquanto o brasileiro é de 38 kg/ano (fonte Centro Empresarial de México, 2006). A cadeia do plástico no México pode ser assim representada: Fabricantes de Suprimentos 30 empresas Distribuidores de Suprimentos 430 empresas Manufaturas 4.000 empresas Comércio 20.000 empresas Onde: Fabricantes de Suprimentos Distribuidores de Suprimentos Manufaturas Comércio 12 fabricantes de termoplásticos 8 fabricantes de termofixadores 2 fabricantes de aditivos 10 de máquinas e equipamentos 150 distribuidores de matérias primas 25 distribuidores de compostos 80 distribuidores de aditivos 130 distribuidores de máquinas e equipamentos 50 distribuidores de moldes 60 prestadores de serviço 3.500 transformadoras 400 maquiladoras 200 usuárias de plástico integradas 50 recicladores 20.000 empresas não integradas 87 cadeias: o 37 de supermercados o 16 de lojas de departamento o 36 de lojas especializadas A produção doméstica de matérias primas para a cadeia do plástico é insuficiente para atender a demanda do mercado mexicano. Das 5.330 milhões de toneladas de matérias primas consumidas no México em 2005, cerca de 2.930 milhões de tonelada foram produzidas domesticamente e o restante, 2.400 milhões de toneladas, importados principalmente dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo foram exportadas apenas 750 mil toneladas. Cerca de 56% das empresas produtoras de matérias primas estão concentradas no estado de Tamaulipas. As demais estão distribuídas nos seguintes estados: Veracruz (24%), Querétaro (8%), Estado do México (7%), Tlaxcala (3%) e outros (2%). Embora a capacidade instalada nominal de produção plásticos transformados no México ultrapasse 8 milhões de toneladas, a produção é insuficiente para atender a demanda do mercado. De um total de 7 19

milhões de toneladas consumidas em 2005 no México, cerca de 4,6 milhões foram produzidas domesticamente e o restante (2,4 milhões de toneladas) foram importadas, também predominantemente dos Estados Unidos. As exportações mexicanas de produtos plásticos transformados totalizaram 1,2 milhões de toneladas em 2005. Essa dependência de produtos importados apesar da capacidade instalada deve-se à obsolescência tecnológica dos transformadores locais (o que se reflete em produtos de qualidade aquém da exigida por diversos segmentos), assim como à falta de promoção e o desconhecimento do mercado por parte de empresários locais. O Distrito Federal é a unidade federativa com maior número de transformadores de plástico, concentrando cerca de 800 empresas, localizadas nas redondezas da Cidade do México. O Estado do México, muito próximo da capital federal reúne cerca de 650 empresas transformadoras. Na terceira posição aparece o estado de Jalisco com 420 empresas, seguido de Nuevo León com 320 e Guanajuato com 280. Das 3500 empresas transformadoras mexicanas, cerca de 60% são consideradas micro-empresas (entre 1 e 15 empregados, com vendas anuais inferiores a US$ 150 mil), 24% de pequeno porte (entre 16 e 100 empregados, com vendas anuais entre US$ 150 mil e US$ 1 milhão), 12% são de médio porte (entre 101 e 250 empregados, com vendas anuais entre US$ 1 milhão e 2 milhões) e apenas 4% (cerca de 140 empresas) são de grande porte (mais de 250 empregados e vendas anuais superiores a US$ 2 milhões). Por outro lado, a distribuição dos produtos plásticos transformados pode ser visualizada do seguinte modo: Consumo Nacional de Produtos Plásticos Consumo Global de Produtos de Plástico 2% 4% 4% 6% 11% 23% 1% 1% Embalagens Consumo Construção Eletro-eletrônicos Móveis 48% Automotivo Industrial Agrícola Médico Base 2005 Fonte: Centro Empresarial del Plástico Quanto à competitividade das indústrias domésticas, o Centro Empresarial do Plástico no México classifica no topo as empresas que fornecem produtos plásticos para a indústria automotiva e para o setor eletro-eletrônico. Um degrau abaixo na escala de competitividade, as empresas que fornecem produtos para o setor de embalagens e para a indústria (partes para todo tipo de maquinas). A competitividade dos produtos para o setor de construção aparece uma escala abaixo. Já a competitividade das produtoras de utensílios domésticos, móveis e materiais para maquila variam conforme a empresa. Na escala utilizada pelo Centro Empresarial do Plástico, há empresas fabricantes desses itens classificadas abaixo dos 20

artigos voltados para a construção, ao mesmo tempo em que há empresas classificadas no mesmo nível que as fornecedoras de materiais para o setor automotivo e eletro-eletrônico. Ainda segundo o Centro Empresarial do Plástico e em 2005, 80% do consumo de plásticos ou 3,6 milhões de toneladas foram integrados aos seguintes produtos: Películas 26% Descartáveis 3% Garrafas de 2ml a 3l 16% Fibras 2% Tintas e Vernizes 7% Linha Branca 2% Ráfia 6% Caixas 2% Tubos 5% Mangueiras 2% Cabos e Fios 5% Brinquedos 2% Utensílios Domésticos 4% Tampas 2% Partes e Componentes 4% Colchões de Amortecimento 2% Contêineres > 5l 4% Calçados 2% Plásticos Bolha 3% 21

5. Legislação 5.1. Acordos Comerciais O México é hoje o segundo país com a maior rede de Acordos de Livre Comércio (ALCs) no mundo, tendo estabelecido acordos com 43 países, em três continentes diferentes. O primeiro é o Chile, com acordos enveolvendo 49 países. A estratégia mexicana por trás da assinatura desses tratados é tornar o México o hub de produção e comércio para toda a América Latina. A rede de acordos mexicanos representa boas oportunidades para empresas brasileiras que tenham como objetivo acessar de forma indireta os mercados como o dos EUA, dos países europeus e do Japão. É importante, no entanto, que o exportador brasileiro de FIBCs esteja atento às regras de origem aplicadas a cada um desses acordos. Por outro lado, o fato do Brasil não desfrutar de preferências tarifárias especiais, como as de alguns países, pode produzir uma desvantagem competitiva para as empresas brasileiras que visem o mercado interno mexicano. Abaixo são apresentados os acordos comerciais do México, em ordem cronológica de assinatura. 1992 - Acordo Bilateral México-Chile Países membros: México e Chile Assinatura (versão revisada): 17 de abril de 1998 Aprovação pelo Senado (versão revisada): 23 de novembro de 1998 Promulgação (versão revisada): 28 de julho de 1999 Entrada em vigor (versão revisada): 1 de agosto de 1999 Primeiro acordo comercial do México. Originalmente o acordo tinha foco apenas em comércio internacional de bens. Em 1999 o acordo foi complementado por tópicos adicionais como comércio internacional de serviços, compras governamentais, soluções de controvérsias e propriedade intelectual. O acordo proporcionou um crescimento de 12 vezes no fluxo de comércio entre os dois países no período 1991-2005, totalizando mais de US$ 2,2 bilhões. 1994 Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) Países membros: México, Canadá e Estados Unidos Assinatura: 17 de dezembro de 1992 Aprovação pelo Senado: 22 de novembro de 1993 Promulgação: 20 de dezembro de 1993 Entrada em vigor: 1 de janeiro de 1994 O NAFTA tem sido um dos principais instrumentos para incrementar o comércio entre os três países membros. Entre 1994 e 2005, o total do fluxo de comércio entre os três países cresceu 128, alcançando as cifra de US$ 772 bilhões. Em 2005, o comércio bilateral entre os Estados Unidos e o México totalizou US$ 288 bilhões, ao passo que o fluxo comercial entre o México e o Canadá foi de US$ 18 bilhões nesse mesmo ano. O NAFTA estabelece as seguintes regras de origem para produtos plásticos para embalagem (Artigo 409): As embalagens e os materiais de embalagem em que um bem se apresente para a venda, não serão consideradas para decidir se todos os materiais não originários utilizados na produção do bem sofrem a 22

mudança tarifária correspondente de classificação arancelária estabelecida no Anexo 401. Quando o bem estiver sujeito ao requisito de conteúdo de valor regional, o valor das embalagens e materiais de embalagem serão levado em conta como originário e não originário, conforme seja o caso, para calcular o valor de conteúdo regional do bem. 1995 Grupo dos 3 (G3) Países membros: México e Colômbia Assinatura: 13 de junho de 1994 Aprovação pelo Senado: 13 de junho de 1994 Promulgação: 31 de dezembro de 1994 Entrada em vigor: 1 de janeiro de 1995 Acordo originalmente assinado entre o México, a Colômbia e a Venezuela, passou a ser um acordo bilateral México-Colômbia, com a saída da Venezuela no dia 19 de novembro de 2006. O G3 vem tendo um papel importante no fortalecimento do comércio entre o México e os países da América do Sul. O fluxo comercial entre os três países cresceu 271% entre 1994 e 2005. A perda do acesso ao mercado mexicano livre de tarifas aduaneiras dos produtos venezuelanos pode significar uma importante oportunidade para os fornecedores brasileiros, sobretudo para os produtos que desfrutam de preferência tarifária no México. As únicas preferências tarifárias que os venezuelanos ainda desfrutam no mercado mexicano são as estabelecidas no Acordo de Preferências Tarifárias Regional número 04 da ALADI (APTR 4). 1995 Acordo Bilateral México-Costa Rica Membros: México e Costa Rica Assinatura: 5 de abril de 1994 Aprovação pelo Senado: 21 de junho de 1994 Promulgação: 10 de janeiro de 1995 Entrada em vigor: 1 de janeiro de 1995 Primeiro acordo do México com um país da América Central. O acordo proporcionou um incremento de dez vezes no fluxo comercial entre os dois países entre 1994 e 2005, alcançando um total de US$ 1,2 bilhão em 2005. 1995 Acordo Bilateral México-Bolívia Membros: México e Bolívia Assinatura: 10 de setembro de 1994 Aprovação pelo Senado: 28 de dezembro de 1994 Promulgação: 11 de janeiro de 1995 Entrada em vigor: 1 de janeiro de 1995 O acordo com a Bolívia ajudou o comércio entre os dois países a crescer 130% entre 1995 e 2005. 1998 Acordo Bilateral México-Nicarágua Membros: México e Nicarágua Assinatura: 18 de dezembro de 1997 Aprovação pelo Senado: 30 de abril de 1998 Promulgação: 29 de junho de 1998 Entrada em vigor: 1 de julho de 1998 23

Logo após a entrada desse acordo em vigor, 45% das exportações mexicanas passaram a acessar o mercado da Nicarágua sem tarifas e 77% dos produtos da Nicarágua passaram a acessar o mercado do México nesta mesma situação. Em 2005 o total do comércio entre os dois países foi de US$ 465 milhões. 2000 Acordo México - União Européia Membros: México, Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Romênia e Suécia. Assinatura: 23 de março de 2000 Aprovação pelo Senado: 20 de março de 2000 (Acordo Global) Promulgação: 26 de junho de 2000 Entrada em vigor: 1 de julho de 2000 (bens) e 1 de março de 2001 (serviços e investimentos) O acordo criou a primeira área de livre comércio entre a Europa e o Continente Americano. O acordo engloba diversas questões de interesse de empresas européias e mexicanas, como o acesso a mercados livre de tarifas para bens e serviços, além de proteção ao investimento. Em 2005, o comércio bilateral entre o México e a União Européia totalizou US$ 34 bilhões. Esse acordo foi visto como estratégico para diversificar as exportações do México, demasiadamente concentradas nos Estados Unidos. A nota 3.4. do Apêndice I do Anexo III do Acordo do México com a União Européia prevê que a unidade de classificação para a determinação de origem é o produto classificado conforme a nomenclatura do Sistema Harmonizado. As embalagens classificadas com a mercadoria devem ser incluídos como parte do produto ao determinar a origem dos mesmos. As embalagens desenhadas apenas para a transformação das mercadorias da para a Parte de importação não serão consideradas. 2000 Acordo Bilateral México-Israel Membros: México e Israel Assinatura: 10 de abril de 2000 Aprovação pelo Senado: 28 de abril de 2000 Promulgação: 28 de junho de 2000 Entrada em vigor: 1 de julho de 2001 Em 2005 o fluxo comercial entre o México e Israel totalizou US$ 456 milhões. 2001 Acordo México Associação Européia de Livre Comércio (EFTA) Membros: México, Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça Assinatura: 27 de novembro de 2000 Aprovação pelo Senado: 30 de abril de 2001 Promulgação: 29 de junho de 2001 Entrada em vigor: 1 de julho de 2001 Acordo negociado com os países membros do EFTA nas mesmas bases que o acordo do México com a União Européia. Em 2005 o total de comércio entre o México e os países do EFTA foi de US$ 2,3 bilhões. 2001 Acordo México - Triângulo do Norte (CA3) Membros: México, El Salvador, Guatemala e Honduras Assinatura: 28 de junho de 2000 Aprovação pelo Senado: 19 de janeiro de 2001 24

Promulgação: 14 de março de 2001 Entrada em vigor: 15 de março de 2001 Em 2005 o fluxo comercial entre o México e os países do Triângulo do Norte totalizou US$ 1,8 bilhão. 2002 Acordo de Complementação Econômica 54 (ACE 54) / México - Mercosul Trata-se de um acordo entre o México e os países do Mercosul com o objetivo de implementar uma zona de livre comércio por meio de negociações periódicas, Com exceção do setor automotivo, o ACE 54 não estabelece preferências tarifárias para produtos originários do Mercosul e do México, mas serve de guarda-chuvas para outros acordos celebrados entre o México e os demais países do bloco. O acordo possibilita a condução de negociações futuras, a fim de ampliar e aprofundar as preferências, de acordo com os interesses de cada um dos países. Com base no ACE 54 o México e o Uruguai assinaram um TLC. Foram mantidos também os ACES 6 com a Argentina e o ACE 53 com o Brasil. Ficou estabelecido também a criação do ACE 55 definindo quotas anuais para importação livre de tarifas para automóveis fabricados no México, Brasil, Argentina e Uruguai. 2003 Acordo de Complementação Econômica 53 (ACE 53) / Brasil - México O acordo firmado entre Brasil e México estabelece margens de preferência tarifárias mútuas para cerca de 800 linhas tarifarias de produtos originários dos dois países. Essas margens de preferência podem variar de 20 a 100%, distribuído da seguinte forma: 363 linhas tarifária margem de preferência de 100% 180 linhas tarifárias margens de preferência entre 60 e 80% 103 linhas tarifárias margens de preferência de 50% 250 linhas tarifárias margens de 20 e 45% Informações sobre o enquadramento de produtos específicos nas margens de preferência tarifária podem ser obtidas no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior pelo link: http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivo/secex/bramexico/ace53anexo1.pdf Informações sobre as regras de origem específicas podem ser encontradas no mesmo site pelo link: http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivo/secex/bramexico/ace53anexo2.pdf Informações gerais sobre o acordo, incluindo as regras de origem gerais e atualizações podem ser encontradas no link: http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/secex/neginternacionais/acocomerciais/acobramexico.p hp 2004 Acordo México - Uruguai Membros: México e Uruguai Assinatura: 15 de novembro de 2003 Aprovação pelo Senado: 28 de abril de 2004 Promulgação: 25 de junho de 2004 Entrada em vigor: 15 de julho de 2004 Esse acordo faz parte do ACE 54, México - Mercosul. Ao contrário do acordo assinado com o Brasil, também dentro do escopo do ACE 54, o acordo com o Uruguai elimina, desde a sua entrada em vigor, as tarifas para a maior parte dos bens comercializados entre as duas partes. Em 2005 o fluxo de comércio internacional entre o México e o Uruguai foi de US$ 899 milhões. 25

2005 Acordo para o Fortalecimento da Associação Econômica México - Japão Membros: México e Japão Assinatura: 17 de setembro de 2004 Aprovação pelo Senado: 18 de novembro de 2004 Promulgação: 31 de março de 2005 Entrada em vigor: 1 de abril de 2005 Trata-se do primeiro acordo de livre comércio assinado com o Japão. O acordo prevê margens de preferência tarifárias recíprocas para diversos produtos. Desde a entrada em vigor do acordo até 2005, o fluxo comercial entre as duas partes cresceu 21,5%. Além desses acordos bilaterais, o México também tem um papel ativo em diversos fóruns multilaterais: Organização Mundial do Comércio (OMC) O principal acordo multilateral de comércio aplicável aos produtos plásticos transformados é o Acordo Geral de Comércio e Tarifas (GATT), do qual o México é membro. O GATT estabelece, entre outros princípios, as tarifas consolidadas pelos países membros, assim como quotas, regras para barreiras nãotarifárias, subsídios e dumping. As tarifas do México consolidadas para bens industriais são relativamente altas, 34,9%. Na prática as tarifas médias para bens industriais aplicadas pelo México são mais baixas, 13,3%. Ainda assim, se comparado aos demais países membros da OCDE as tarifas médias mexicanas são elevadas, sendo bastante clara a estratégia mexicana de reduzir tarifas bilateralmente com parceiros selecionados. A média das tarifas para produtos químicos é 35%,2 (consolidada) e 9,8% (aplicada). Dentro do setor químico há picos tarifários que chegam a 54% (aplicada). Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC) A APEC foi criada em 1989 como um diálogo informal entre os países da Ásia e do Pacífico, região responsável por 47% do comércio internacional. Um dos principais objetivos da APEC é contribuir para o desenvolvimento de seus países membros, assim como apoiar um sistema de livre comércio internacional liberalizado. Um dos objetivos pontuais da APEC é promover a conclusão da Rodada Doha de negociações multilaterais na Organização Mundial do Comércio. Associação para Integração da América Latina (ALADI) e o Acordo de Preferências Tarifárias Regional 4 (ATPR 4) A ALADI foi criada em 1980 com o objetivo de reestruturar e dar continuidade aos esforços de integração da América Latina lançados em 1960 com a assinatura da Associação Latino-americana de Livre Comércio (ALALC). Esse processo de integração visa a implantação, de forma gradual e progressiva, de um mercado comum latino-americano, caracterizado principalmente pela adoção de preferências tarifárias e pela eliminação de restrições não-tarifárias. Na prática a ALADI estabelece uma rede de preferências tarifárias entre os países membros, estabelecidas por diversos acordos bilaterais com diversas densidades e escopos. Há também um acordo horizontal (aplicável a todos os membros) conhecido como o Acordo de Preferências Tarifárias Regional número 4 (APTR 4). O APTR 4 estabelece preferências tarifárias mútuas para os países membros da ALADI, conforme seu nível de desenvolvimentos. Com exceção dos produto especificados, todos os demais se enquadram dentro das margens de preferências estabelecidos pelo APTR 4. A lista de exceções pode ser consultada no seguinte link do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior: http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivo/secex/neginternacionais/lisexcptr.xls 26