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Transcrição:

Meio Ambiente & Sociedade Quinta feira 11 de agosto de 2011

Módulo I SOCIEDADE 1º momento = conteúdo = Modulo I: Sociologia: objeto e problemas. Marx, Durkheim e Weber; Cidadania, Política e Democracia: Constituição Brasileira; 2º momento = apresentação do filme O Último Neandertal. 3º momento = formação dos grupos (continuação). Apresentação dos exercícios definidos na última aula. Indicação de texto para próxima aula e discussão sobre trabalhos e seminários.

Como dito anteriormente, a sociedade é objeto de algumas ciências: as ditas ciências sociais. Entre estas ciências destaca-se a sociologia, que se desenvolve com mais vigor no séc. XIX, em meio à pujança da Revolução Industrial

Sociologia: objeto e problemas. SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA: CENÁRIO HISTÓRICO Séc. XVIII: o cenário político, econômico e social na Europa assiste a uma série de mudanças: o Iluminismo; Revoluções burguesas (Rev. Francesa); e principalmente a Revolução Industrial. http://pt.scribd.com/doc/10081572/surgimento-da-sociologia-aula

Esses acontecimentos criaram um cenário de instabilidade e contradição: aumento da produção; investimento em tecnologia; consolidação do processo de industrialização; ascensão política da burguesia; êxodo rural e conseqüente processo de urbanização; surgimento do proletariado e de sua consciência de classe; surgimento de um grande número de desempregados; miséria; e injustiças sociais.

Era necessário formatar uma ciência capaz de interpretar e compreender os problemas que a sociedade urbano-industrial começava a enfrentar. Era necessário explicar essa nova ordem social, política e econômica.

Os problemas da sociedade não eram exclusividade da Revolução Industrial. Na antiguidade já se percebe um olhar sobre as questões envolvendo a sociedade. Por exemplo, na Grécia, Platão (A República) e Aristóteles (A política) já apontavam problemas no campo político (relacionado com a gestão da pólis).

Na Idade Média vários pensadores Árabes discutiam a religiosidade da época. No início da modernidade os pensadores renascentistas identificavam problemas sociais e políticos, fosse na crise da sociedade feudal, fosse na formação dos Estados Modernos.

As abordagens dos problemas da sociedade propostas pelos pensadores até então não apresentavam uma organização objetiva: não havia uma sistematização; não havia um método específico; não havia um objeto de estudo claro.

Século XVIII: a preocupação com os problemas da sociedade passa a existir como ciência: o saber social é sistematizado. arcabouço teórico + método específico + objeto de estudos definido = SOCIOLOGIA

Sociologia = ciência que estuda a sociedade e seus fenômenos. Reflete sobre os problemas sociais, buscando explicá-los. Utiliza conceitos, técnicas e métodos.

Campo de estudo = toda a organização da sociedade (a estática) e tudo o que acontece com seus membros (a dinâmica). Interessa à Sociologia = Como as relações entre os homens se estruturam, que formas tomam e como se processa seu funcionamento.

Sociologia = FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS estudo do comportamento social, das interações e organizações humanas. Objetiva compreender as interações cotidianas da sociedade de forma sistemática e precisa.

Sociologia = Estuda os símbolos culturais elaborados pelos seres humanos para interagir e organizar a sociedade; Explora as estruturas sociais que se manifestam na sociedade; Examina os processos sociais (crime, divergência, conflito, migrações e movimentos sociais, por ex.); Busca entender as transformações que tais processos provocam na cultura e na estrutura social.

A sociologia tem importância destacada: Na compreensão das mudanças culturais vividas nos últimos tempos; Na busca por respostas para a maneira de ver e se comportar em relação às transformações da atualidade.

Vivemos uma transformação dramática nos dias de hoje: aumento de conflito étnico, desvio de empregos para países com mão de obra mais barata, especulação intensa na atividade econômica e no comércio, dificuldade de serviços de financiamento de governo, mudança no mercado de trabalho, propagação de uma doença mortal (AIDS),

superpopulação e fome, quebra do equilíbrio ecológico, questões de gênero, e tantas outras mudanças.

Enquanto a vida social mantém a rotina ativa, a percepção sociológica é menos intensa. Quando a estrutura básica da sociedade e da cultura sofre alterações, o conhecimento sociológico é mais acionado. A sociologia surge num contexto de grande inquietação social nas primeiras décadas do séc. XIX.

TIPOS DE SOCIEDADES Não há acordo entre os especialistas de quais elementos são imprescindíveis na classificação das sociedades. Observam-se, entretanto, duas grandes tendências: Aquela que adota critérios externos à própria organização (como o estado de conhecimento ou das técnicas de trabalho); e aquela que se fixa em critérios internos (como o grau de simplicidade ou complexidade da organização social). Fonte: http://www.estudantedefilosofia.com.br/conceitos/tiposdesociedades.php

Auguste Comte, Marx e Engels, Herbert Spencer, Talcott Parsons, Émile Durkheim e Max Weber importantes pensadores da sociedade.

ORGANIZAÇÃO SOCIAL = O conjunto das diferentes maneiras de co-adaptação e coordenação das atividades individuais e sociais de um grupo ou da sociedade como um todo. Sistema de relações entre os membros de um grupo ou entre os grupos de uma sociedade. A organização social implica numa estrutura moral e ética; com direitos e deveres reciprocamente aceitos. Fonte: http://www.estudantedefilosofia.com.br/conceitos/organizacaosocial.php

Há uma coordenação social, uma harmonia social. Equivale ao papel que cada membro exerce em cooperação com os demais integrantes do grupo.

As instituições mantêm a organização social de um grupo. Funcionam geralmente em interação com as classes sociais existentes na sociedade, via de regra de acordo com critérios econômicos ou políticos GRUPOS SOCIAIS = conjuntos de pessoas ligadas por interesses e objetivos comuns. INSTITUIÇÕES = formas específicas de organização social (ex. associações religiosas, políticas, financeiras, familiares etc.)

Organização social varia: Na forma, de acordo com os grupos humanos: integrantes adotam comportamentos aceitos pelo conjunto. Aceitam-se variações orientadas pelos padrões estabelecidos pelo grupo (compromisso entre a rigidez do padrão e as circunstâncias do momento).

Há uma hierarquia de valores materiais e não-materiais em cada sociedade. Esta hierarquia difere segundo os grupos. De acordo com a importância que se atribui a cada um dos elementos que integram sua cultura. Observam-se na organização social: diversas formas de casamento, tipos de parentesco, estrutura da família, formas de governo, relações comerciais e de trabalho e muitas outras.

A organização social depende da: conservação das funções sociais permanência e continuidade da vida social: integridade de suas instituições ao longo das gerações, à despeito das modificações naturais introduzidas de modo gradual pelos novos integrantes. divisão social do trabalho. garante que todas as funções necessárias ao funcionamento da sociedade sejam preenchidas.

EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE A sociedade sofreu um processo gradual de transformação ao longo do tempo. O tipo mais primitivo de organização social que se conhece é a ordem comunal ou tribal (os indivíduos viveram juntos para garantir a sobrevivência de todos). Fonte: http://www.colegioweb.com.br/geografia/evolucao-da-sociedade.html

Esses grupos eram nômades e se dedicavam à busca de alimentos. Instalavam-se de forma provisória em cavernas e acampamentos. Na medida em que escasseavam os alimentos ou alteravam as condições climáticas, esses grupos se mudavam para outros sítios mais favoráveis.

O domínio do fogo: uma verdadeira revolução tecnológica. Representou o aperfeiçoamento dos utensílios e sua transformação em armas para a caça. Seguiu-se a domesticação de animais, o que marcou uma etapa importante da evolução da sociedade primitiva: Transição de um estado nômade para uma forma de vida sedentária, em locais geográficos permanentes.

As tribos = Agrupamento de indivíduos ligados por laços de parentesco. A permanência em espaço circunscrito (território) limitou o acesso às fontes alimentares (caça, pesca e coleta de frutos e raízes silvestres).

A necessidade de ampliar os estoques alimentares levou à atividade agrícola. Conversão do pastoreio e da agricultura nas principais fontes de subsistência. Surgiram os primeiros proprietários da terra, dominadores da economia tribal.

A sociedade escravista = Surge quando a propriedade sobre os objetos e a terra ampliou-se para a propriedade sobre seres humanos: os prisioneiros de guerra. Possibilidade dos indivíduos produzirem mais do que o necessário para a própria sobrevivência: um excedente passível de ser apropriado por outrem. A acumulação de riqueza se acentuou. Algumas famílias se tornaram mais ricas com a mão-de-obra escrava: baixo custo e abundante.

O modelo de sociedade baseado no trabalho escravo caracterizava-se pela ausência de um progresso das técnicas. Havia necessidade de maior produtividade, o que alavancou uma revolução nas relações de produção: o trabalho livre, com certa retribuição, foi implantado no sistema feudal.

O feudalismo fundava-se basicamente na existência de três classes: nobreza e o clero = formavam a classe dominante, no topo da pirâmide social; artesãos e comerciantes = segmento intermediário; servos = descendentes dos antigos escravos ou camponeses arruinados. A posição dentro da hierarquia social era determinada pelos costumes e leis, que davam à classe dominante enormes privilégios políticos, econômicos e sociais.

Cultura Juntamente com as mudanças econômicas e sociais dos grupos surgiram novos comportamentos e se desenvolveram novas ideologias.

As manifestações culturais condicionavam as atividades dos indivíduos e do grupo social, como: habitação, hábitos de convivência, papéis sociais, relações dos indivíduos entre si, dos indivíduos com os diferentes grupos,

dos grupos entre si e com o conjunto social, ritos religiosos, alimentação, trabalho, legislação e outras áreas.

Essas mesmas atividades exerceram sobre a cultura uma ação recíproca. Surgiram as artes, a linguagem, os costumes, as leis, as religiões, as concepções filosóficas e ideológicas. Em resumo, tudo o que integra uma cultura e identifica uma sociedade.

Características da sociedade tecnológica moderna O ser humano não vive mais num meio natural. Estabelece-se um meio técnico; interposição de uma rede de máquinas e técnicas apuradas entre o homem e a natureza. Exploração e domínio do ambiente. A expansão dos recursos técnicos modifica a estrutura da sociedade: de tradicional para tecnológica.

Quatro fatores contribuíram para essa mudança social tão profunda: a tecnologia, um avanço no sistema monetário e creditício, uma crescente divisão do trabalho e a migração em massa da mão-de-obra do setor primário de produção (agricultura, caça, pesca e mineração) para os setores secundário (indústria) e terciário (comércio, transportes, profissões liberais etc).

Ruptura entre as funções de produtor e consumidor. Multiplicação artificial das necessidades de consumo: tipo de sociedade, denominada "sociedade de consumo. A organização social desdobrou os papéis sociais atribuídos a uma mesma pessoa. Um indivíduo é ao mesmo tempo pai de família, empregado de uma fábrica e membro de um clube, de um partido político, de um sindicato, de uma igreja etc. Risco de conflito entre os papéis são maiores do que na sociedade tradicional.

Sociedades modernas = extrema divisão de trabalho As profissões se especializam cada vez mais. Forte competitividade como meio de seleção no mercado de trabalho. Burocratização e controle nas empresas, na administração pública e nas inumeráveis instituições (esportivas, políticas, profissionais, religiosas etc.).

Sociedade basicamente urbana (concentração demográfica). Diversidade das profissões e as desigualdades na distribuição de renda. Profunda divisão de classes com interesses conflitantes.

O indivíduo isolado se enfraqueceu, levando à proliferação de grupos de interesse (sindicatos, associações profissionais, sociedades agrárias etc.). A multiplicidade de associações desperta as diversas elites que as representam (ou dizem representar) = etnia, sindicato, partido político etc. Essas elites disputam poder entre os grupos de interesse. Este conflito constitui-se num elemento permanente da organização social fragmentada e diversificada da sociedade tecnológica.

A mentalidade dominante na sociedade tecnológica difere da que predomina na sociedade tradicional. A força da tradição é substituída pela racionalidade e a valorização da instrução. A mentalidade tecnológica prefere a mudança, que associa ao progresso, à permanência de costumes e valores. A racionalidade e a ciência supõe uma profunda transformação da ética e da moral. Isto mina profundamente as crenças religiosas, num processo denominado "secularização".

Cidadania, Política e Democracia: Constituição Brasileira;

CIDADANIA Refletir sobre a cidadania nos leva a pensar sobre as lutas pelos direitos humanos. Cidadania, tal qual da democracia, está permanentemente em construção: é a luta por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas. A cidadania se antepara com dominações arrogantes (pessoas, instituições ou do próprio Estado). Fonte: http://www.advogado.adv.br/estudantesdireito/fadipa/marcossilviodesantana/cidadania.htm

Cidadania implica em cidadãos. Implica na compreensão de ser sujeito de direitos: liberdade e a vida como maior expoentes. Pressupõe também deveres, responsabilidades que cabem a cada cidadão no contexto social (coletividade, nação, Estado). Do confronto entre deveres e direitos chega-se ao objetivo final: a justiça. Em seu sentido mais amplo, ou seja, o bem comum.

A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social (Dallari).

CIDADANIA NA GRÉCIA ANTIGA Eram considerados cidadãos todos aqueles que estivessem em condições de opinar sobre os rumos da sociedade. Era condição ser homem totalmente livre, uma vez que o envolvimento nos negócios públicos exigia dedicação integral. Era pequeno o número de cidadãos. Excluia-se os homens ocupados (comerciantes, artesãos), mulheres, escravos e estrangeiros.

Em regra os proprietários de terras eram livres para ter o direito de decidir sobre o governo. A cidadania grega era compreendida apenas por direitos políticos: participação nas decisões sobre a coletividade. Na Grécia antiga a sociedade dividia-se em cidadão e não-cidadão. A cidadania era um bem, uma forma de realização do homem.

A CIDADANIA EM ROMA Cidadania como capacidade para exercer direitos políticos e civis. Distinção entre os que possuíam essa qualidade e os que não a possuíam. A cidadania romana era atribuída somente aos homens livres. Mas nem todo homem livre era considerado cidadão. Três classes sociais: os patrícios (descendentes dos fundadores), os plebeus (descendentes dos estrangeiros) e os escravos (prisioneiros de guerra e os que não saldavam suas dívidas).

Em princípio a cidadania era reservada aos patrícios, que gozavam de todos os direitos políticos, civis e religiosos. Mais tarde os plebeus tiveram acesso ao serviço militar. Isto assegurou alguns direitos políticos. O Direito Romano regulava as diferenças entre cidadãos e não-cidadãos. O direito civil (ius civile) regulamentava a vida do cidadão, e o direito estrangeiro (ius gentium) era aplicado a todos os habitantes do império que não eram considerados cidadãos.

A CIDADANIA NA IDADE MÉDIA Adentrando a Idade Média ocorrem profundas alterações nas estruturas sociais. A sociedade é com rígida hierarquia de classes sociais: clero, nobreza e servos (também os vilões e os homens livres). A Igreja cristã influencia parte das relações cidadão- Estado. Ao postular a liberdade e igualdade de todos os homens, além da unidade familiar, a igreja provocou transformações radicais nas concepções de direito e de estado, que desembocaram no feudalismo.

A sociedade configura-se numa forma piramidal: no topo o rei e na base o campesinato, em relação de dependência (vassalagem). O vassalo, em troca de proteção e segurança, inclusive econômica, oferecia fidelidade, trabalho e auxílio ao rei. Este investia o vassalo no benefício, elemento real e econômico dessa relação feudal. Nesta época dilui-se o princípio da cidadania. O relacionamento entre senhores e vassalos não permitia esse conceito. O homem medieval jamais foi cidadão.

CIDADANIA NA IDADE MODERNA A idade moderna caracteriza-se pela formação dos Estados nacionais. A sociedade se desloca do eixo organizado entre clero, nobreza e povo. Centralização do poder nas mãos do rei, cuja autoridade abrangia todo o território. O povo reconhecia como legal. Língua, cultura e ideais comuns auxiliaram a formação desses Estados Nacionais.

Adentrando na modernidade observa-se um sério questionamento das distorções e privilégios que a nobreza e clero insistiam em manter sobre o povo. Começam a despontar pensadores (questionadores) que marcam a história da cidadania: Rousseau, Montesquieu, Diderot, Voltaire e outros. Eles defendem um governo democrático, com ampla participação popular e fim de privilégios de classe e ideais de liberdade e igualdade como direitos fundamentais do homem e tripartição de poder.

Essas idéias servem de suporte para a estruturação do Estado Moderno, embora seu embrião venha dos ingleses desde 1215. As modernas nações, governos e instituições nacionais surgiram a partir de monarquias nacionais. Desde que o Estado moderno começa a se organizar surge a preocupação em definir quais são os membros deste Estado.

A idéia atual de nacionalidade e de cidadania é fixada na Idade Contemporânea. Com o advento do Estado liberal a base da cidadania referese à capacidade para participar no exercício do poder político mediante o processo eleitoral. Cidadania ativa liberal derivou da participação dos cidadãos no moderno Estado-nação. Isto implica na condição de membro de uma comunidade política legitimada no sufrágio universal.

POLÍTICA Arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados.

O termo política é derivado do grego: procedimentos relativos à pólis, ou cidade-estado, abrangendo, ainda, a sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana. Tais procedimentos eram exercidos com a participação dos cidadãos, regime denominado democracia.

A aplicação da arte ocorre nos negócios internos (política interna) ou externos (política externa). Em regimes democráticos a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.

DEMOCRACIA Do grego demos, "povo", e kratos, "autoridade". Umas das formas de organização política.

Originou-se da Grécia clássica. Atenas e outras cidades-estados criaram um sistema de governo no qual os cidadãos podiam eleger seus governantes e serem eleitos para governar. Escravos, mulheres e estrangeiros não eram considerados cidadãos.

Na democracia cada um dos membros da comunidade tem o direito de participar amplamente na condução dos assuntos públicos e sociais. A participação direta de todos os cidadãos é mais complexa na sociedade moderna, em vista da quantidade e distribuição da população.

Na maioria dos países democráticos o exercício da democracia é indireto (sistema representativo = voto). A democracia pode ser melhor exercida no âmbito municipal. Normalmente, esse sistema é regulado por uma lei fundamental ou uma constituição.

CONSTITUIÇÃO É um documento geralmente escrito, uma codificação, que apresenta uma espécie de pacto (contrato), um contrato social, um conjunto de dispositivos, que fundamentam e regram a nação e o Estado, tais como a forma de organização e gestão, poderes e limites da entidade política.

Essas regras definem a política fundamental, princípios políticos, além de estabelecer a estrutura, os procedimentos, os poderes e direitos de um governo.

A Constituição limita o alcance do próprio governo, garantindo ao povo - mandatário de todo o poder - o poder de exigir seu cumprimento. O termo é aplicado ao sistema global de leis que definem o funcionamento de um governo e define as formas de participação política.

A Constituição rígida é aquela situada no topo da pirâmide das normas. É conhecida como Lei Fundamental, Lei Suprema, Lei das Leis, Lei Maior ou Magna Carta.

2º momento = Apresentação do filme O Última Neandertal e posterior debate. 3º momento = formação dos grupos (continuação). Apresentação dos exercícios definidos na última aula. Indicação de texto para próxima aula e discussão sobre trabalhos e seminários.