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Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:

Transcrição:

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO TERCEIRA CÂMARA CÍVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2009.002.37792 AGRAVANTES: CLYMENE LIMA GONÇALVES E OUTROS AGRAVADO : ANA MARIA NASCIMENTO DAS NEVES RELATOR: Desembargador RONALDO ROCHA PASSOS DECISÃO ALVARÁ JUDICIAL. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. PRETENSÃO DEDUZIDA POR PESSOA INTITULANDO-SE COMO COMPANHEIRA E HABILITADA NO INSS ANTERIORMENTE À VIUVA. CONCUBINATO CONCOMITANTE COM O CASAMENTO. RECONHECIMENTO PELA PRÓPRIA INTERESSADA DE QUE O SEGURADO JAMAIS SE SEPAROU DA FAMÍLIA E FALECEU EM COMPANHIA DA MESMA. LITÍGIO QUE DEVERÁ SER SOLUCIONADO EM SEDE DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA. Art. 557, 1º-A, DO CPC. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO DETERMINANDO O DEPÓSITO CAUTELAR DO VALOR DISPUTADO À DISPOSIÇÃO DO JUÍZO DO INVENTÁRIO.

fls. 2/6 RELATÓRIO Trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de efeito suspensivo contra a decisão de fls. 14 proferida pelo Juízo de Direito da 3ª Vara Cível de Niterói que, nos autos de pedido de expedição de alvará judicial, indeferiu pedido formulado pelos Requeridos, ora Agravantes, de transferência dos valores referentes ao crédito de atrasados do benefício de aposentadoria de Maurício Lima Tavares Gonçalves, cônjuge falecido da primeira Agravante, retido junto ao INSS, para uma conta judicial à disposição do Juízo onde tramita o inventário dos bens deixados pelo mesmo, justificando para tanto que o desejo do falecido era beneficiar a Requerente, ora Agravada, eis que esta foi habilitada como sua companheira para receber pensão por morte junta ao INSS, considerando-a parte legítima para requerer o alvará. Sustentam os Agravantes que o falecido Maurício Lima Tavares Gonçalves nunca inscreveu a Agravada como sua companheira junto ao INSS e que o falecido era casado com a primeira Agravante, sua única dependente legal, já devidamente habilitada naquele órgão na qualidade de viúva, conforme documento anexo. Afirma que o que se extrai do documento de fls. 35 (82 destes autos) é que a Agravada foi quem se habilitou naquele órgão na qualidade de companheira, logrando êxito, o que está sendo averiguado pelo referido órgão. Requerem, a final, a concessão do efeito suspensivo. 13/129. O presente recurso foi instruído com os documentos de fls. Informações prestadas a fls. 135, noticiando o cumprimento do Art. 526 do CPC e a manutenção da decisão agravada. 141/147. Contrarrazões a fls. 138/140 com os documentos de fls. O pedido de efeito suspensivo foi indeferido a fls. 149.

fls. 3/6 mérito. Manifestação do MP a fls. 155 deixando de emitir parecer de É o Relatório, passo ao voto, eis que o presente feito comporta julgamento monocrático. O presente recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade, razão pela qual, dele conheço. Como se vê do exame dos autos, a matéria não deve ser tratada com a simplicidade, com que foi proferida a decisão que nos autos de mero alvará judicial indeferiu requerimento de depósito judicial da quantia em discussão, denotando o objetivo de deferir o levantamento em favor da Agravada dos valores atrasados da aposentadoria concedida ao segurado Mauricio Lima Tavares Gonçalves, após o seu falecimento, sob o fundamento de haver ela sido habilitada no INSS na qualidade de companheira do falecido, sendo, pois, parte legítima para requerer o alvará. A partir de fls. 77 destes autos encontram-se cópias do procedimento do pedido de alvará e, no corpo da petição inicial, a requerente, ora Agravada, silencia a respeito do estado civil de casado do segurado Mauricio Lima Tavares Gonçalves. Instrui, todavia, essa inicial com a certidão do óbito do referido segurado onde se lê a fls. 54 destes autos (fls. 08 do procedimento de alvará) que o falecido era casado com Clymene Lima Gonçalves, ora primeira Agravante, deixando dois filhos maiores, e bens. Vê-se a fls. 74 destes autos cópia de petição da Agravada, respondendo a uma determinação do juízo de que viesse a concordância dos herdeiros, afirmando claramente que na qualidade de companheira não tinha qualquer contato com a família do de cujus. Encontra-se a fls. 77 destes autos, a cópia do documento de fls. 31 dos autos do requerimento de alvará, um ofício do INSS informando

fls. 4/6 estar a ora Agravada, Ana Maria Nascimento das Neves, habilitada na qualidade de companheira do falecido Maurício Lima Tavares Gonçalves, como recebedora da Pensão por Morte Previdenciária e foi com base nesse documento que o juiz entendeu ser a ora Agravada legitimada a receber o valor objeto do alvará e indeferiu o requerimento dos ora Agravantes, cuja cópia está a fls. 94/95 destes autos, instruído com os documentos cujas cópias estão a fls. 97 a 107, havendo sido apresentados por eles, ainda, os documentos de fls. 117/123. Entre esses documentos ganham relevo as peças do procedimento administrativo que tramitou perante o IPERJ, onde também era segurado o falecido Mauricio Lima Tavares Gonçalves e onde a ora Agravada também postulou o benefício previdenciário sob idêntica alegação de que era companheira do segurado, sendo-lhe indeferida a pretensão (fls. 118/121). Nesse procedimento foi prestado depoimento pessoal da ora Agravada, cuja cópia se encontra a fls.43 destes autos e por ela foi dito, com todas as letras que afirma que o justificado nunca se desvinculou da família e conviveu com a esposa até a data do óbito, simultaneamente com seu relacionamento. Tal circunstância sugere que a Agravada não terá sido companheira do falecido, e, sim, concubina adulterina, o que, em princípio, não a legitimaria para o recebimento, quer de pensão por morte quer de quantias atrasadas da aposentadoria concedida após a morte do segurado. Vale lembrar que é jurisprudência pacífica do Egrégio STJ, no sentido de que a concomitância entre casamento e concubinato adulterino impede a união estável para fins previdenciários. Confiram-se REsp 674176, julgado em 17/03/2009 e REsp 1104316, julgado em 28/04/2009: RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. RATEIO ENTRE VIÚVA E CONCUBINA. SIMULTANEIDADE DE RELAÇÃO MARITAL. UNIÃO ESTÁVEL NÃO CONFIGURADA. IMPOSSIBILIDADE. 1. Em razão do próprio regramento constitucional e infraconstitucional, a exigência para o reconhecimento

fls. 5/6 da união estável é que ambos, o segurado e a companheira, sejam solteiros, separados de fato ou judicialmente, ou viúvos, que convivam como entidade familiar, ainda que não sob o mesmo teto, excluindo-se, assim, para fins de reconhecimento de união estável, as situações de concomitância, é dizer, de simultaneidade de relação marital. 2. É firme o constructo jurisprudencial na afirmação de que se reconhece à companheira de homem casado, mas separado de fato ou de direito, divorciado ou viúvo, o direito na participação nos benefícios previdenciários e patrimoniais decorrentes de seu falecimento, concorrendo com a esposa, ou até mesmo excluindo-a da participação, hipótese que não ocorre na espécie, de sorte que a distinção entre concubinato e união estável hoje não oferece mais dúvida. 3. Recurso especial conhecido e provido. (REsp 674176/PE; Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO; Sexta Turma; DJe 31/08/2009) PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. COMPARTILHAMENTO DA PENSÃO ENTRE A VIÚVA E CONCUBINA. IMPOSSIBILIDADE. CONCOMITÂNCIA ENTRE CASAMENTO E CONCUBINATO ADULTERINO IMPEDE A CONSTITUIÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL, PARA FINS PREVIDENCIÁRIOS. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. Para fins previdenciários, há união estável na hipótese em que a relação seja constituída entre pessoas solteiras, ou separadas de fato ou judicialmente, ou viúvas, e que convivam como entidade familiar, ainda que não sob o mesmo teto. 2. As situações de concomitância, isto é, em que há simultânea relação matrimonial e de concubinato, por não se amoldarem ao modelo estabelecido pela legislação previdenciária, não são capazes de ensejar união estável, razão pela qual apenas a viúva tem direito à pensão por morte. 3. Recurso especial provido. (REsp 1104316/RS; Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA; Sexta Turma; DJe 18/05/2009) Como este é um procedimento de jurisdição voluntária e está claramente configurada a existência do litígio, entendo que a questão deve ser objeto de jurisdição contenciosa, mediante a propositura de ação

fls. 6/6 própria, com exercício do contraditório e dilação probatória para que seja, a final, proferida justa solução da lide, não podendo, assim, ser deferido desde logo o alvará requerido pela Agravada. Torna-se, desta forma, imperioso, o acolhimento parcial, com caráter cautelar, do requerimento dos Agravantes no sentido de que seja depositada a quantia em disputa à disposição do juízo do inventário. onde, em ação própria, em sede de jurisdição contenciosa, poderão as partes discutir a questão para final solução do litígio, ficando prejudicado o requerimento de alvará. Nos termos e para os fins acima e na conformidade do Art. 557, 1º-A, do CPC, dou parcial provimento ao recurso. Rio de Janeiro, de de 2010 Desembargador RONALDO ROCHA PASSOS Relator Certificado por DES. RONALDO ROCHA PASSOS A cópia impressa deste documento poderá ser conferida com o original eletrônico no endereço www.tjrj.jus.br. Data: 08/07/2010 13:05:14Local: Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro - Processo: 0045261-71.2009.8.19.0000 (2009.002.37792) - Tot. Pag.: 6