GRUPO 5.1 MÓDULO 8
Índice 1. O Processo de Organização Escolar...3 1.1. Pensando para a Prática... 3 2
1. O PROCESSO DE ORGANIZAÇÃO ESCOLAR O processo de organização escolar dispõe de etapas a fim de que seus objetivos e seu funcionamento sejam alcançados com sucesso. As etapas da organização e gestão escolar são as seguintes: 1.1. PENSANDO PARA A PRÁTICA O que você, como supervisor escolar, entende por exercício da cidadania em uma sociedade democrática e plural? Que reflexões são necessárias para que sua atuação considere aspectos de natureza social, cultural e política do processo educacional em busca de uma educação pública de qualidade? A escola participativa como local de trabalho coletivo: a ação supervisora e coordenação pedagógica Em uma escola participativa, a ação do supervisor escolar/coordenador pedagógico tem como objeto de trabalho a síntese da relação professor/aluno no que se refere aos processos de ensino e aprendizagem. De acordo com a pesquisa de Medina (1997, p.11-2), dentre as ações, incluem-se as seguintes atividades: elaboração de plano do setor de supervisão, a documentação do referido (regimento, leis, pareceres, regulamentos, normas e instruções), cronograma de atividades para a escola, instrumentos de observação em sala de aula, pautas de reuniões; controle do cumprimento da carga horária dos professores e aulas dadas e previstas na matriz curricular; levantamentos estatísticos de rendimento dos alunos; confecção de material didático para professores; 3
planejamento de calendário escolar; planejamento de eventos culturais e recreativos em conjunto com os demais membros da equipe técnica da escola; planejamento de reuniões de formação e organização do trabalho pedagógico. Para que se realizem as ações da supervisão escolar, seja em uma única escola, atuando como coordenador pedagógico ou em um grupo setorial de escolas, o supervisor escolar deve aparecer como elemento integrante e integrador do trabalho que é realizado na(s) escola(s). Como agente integrante e integrador do trabalho grupal, deve procurar manter uma dinâmica no trabalho da escola como instituição formal e social. Visualizar, refletir e agir na e com a totalidade da produção do processo de ensino e aprendizagem da escola. Assim, em suas ações, o supervisor, por meio de observação, diálogo e formas próprias deve realizar intervenção na qualidade do trabalho realizado na unidade escolar, quando necessário. É certo que, para que tal intervenção aconteça, é necessário que o supervisor tenha formação pedagógica, bem como conhecimentos de outras áreas, como filosofia, sociologia, psicologia, linguística, entre outras e variadas temáticas. Ainda de acordo com o exposto por Medina (1997, p. 29), supervisão é entendida como ação (ação compreendida como um fazer coletivo envolvendo reação) pensada com base na prática cotidiana da escola. Assim, para elaboração da ação supervisora, deve-se ter uma concepção clara: da escola como instituição social fincada numa sociedade que tem sua base no sistema capitalista; do sentido que têm a educação e o ensino para este país; da posição que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos agentes educacionais; da posição que o próprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educação; do objeto específico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de observar o cotidiano para, através dele, transformar sua ação. A escola é lugar de estudo e trabalho coletivo. Portanto, o supervisor escolar deverá atuar em parceria com todos os segmentos e profissionais da escola e participar das ações educativas desenvolvidas na escola, sempre com atuação que incentive e fortaleça a participação coletiva da comunidade escolar na tomada de decisões da unidade escolar. A supervisão escolar tem sua ação em dois âmbitos, quais sejam: atuando na escola articulando, acompanhando e orientando as atividades educativas dos segmentos da comunidade escolar. Trata-se, nesse caso, da supervisão escolar exercendo o papel de coordenação pedagógica; 4
atuando no âmbito interescolar do sistema de ensino público (municipal, estadual) e privado de algum setor (por exemplo, SESI, SENAI) em suas modalidades e níveis de ensino, articulando, acompanhando, orientando ou assessorando as unidades escolares integrantes dos órgãos gestores da educação e as comunidades atendidas pelas escolas em que realiza sua ação supervisora. Portanto, o supervisor escolar atua dentro de uma escola em processo de ensino e aprendizagem escolar específico (coordenador pedagógico) ou num conjunto de escolas articuladas, ação essa exercida em três dimensões: articuladora, formadora e transformadora. Pense um pouco: Como será o trabalho desenvolvido por um supervisor escolar em uma escola? Quais são as tarefas desenvolvidas para possibilitar o trabalho coletivo? E no caso de a ação supervisora ser realizada em órgão central (Diretoria de Ensino/Secretaria de Educação)? Agora é com você... Descreva uma situação imaginária sobre a atuação do supervisor escolar em escola e em órgão central... 5
Assim, nesse contexto, caberá ao supervisor planejar, coordenar, avaliar e aperfeiçoar a trajetória das ações pedagógicas com vistas a propiciar e, quiçá, garantir a eficiência do processo educacional e a eficácia de seus resultados. Eficiência: capacidade de produzir efeito, rendimento. Eficácia: qualidade daquilo que produz resultado esperado. Efetividade: qualidade daquele que é efetivo, que produziu efeito na realidade. (Fonte: Dicionário Aurélio) Em outras palavras: (...) o papel do supervisor escolar se constitui, em última análise, na somatória de esforços e ações desencadeados com o sentido de promover a melhoria do processo ensino-aprendizagem. Esse esforço voltou-se constantemente ao professor, num processo de assistência aos mesmos e coordenação de sua ação (Lück, 1981, p. 20). Em uma escola participativa que desenvolve um trabalho coletivo, torna-se necessária ao supervisor escolar uma nova visão de seu trabalho, cabendo, assim, a este profissional, conhecer a natureza, a organização e o funcionamento da educação escolar, por meio de estudos, pesquisas, conhecimento da legislação pertinente, dos fundamentos e das teorias de ensino e aprendizagem, relacionando-os com sua realidade e identificando modos para promoção do desenvolvimento da autonomia da escola e o envolvimento da comunidade escolar no processo de gestão da unidade escolar. Assim, a supervisão escolar, no contexto que temos no cotidiano, precisa analisar as propostas de renovação, buscando sentido para sua realidade escolar, pois (...) o trabalho dos profissionais da educação (...) em especial da supervisão educacional é traduzir o novo processo pedagógico em curso na sociedade mundial, elucidar a quem ele serve, explicitar suas contradições e, com base nas condições concretas dadas, promover necessárias articulações para construir alternativas que ponham a educação a serviço do desenvolvimento de relações verdadeiramente democráticas (Ferreira apud Rangel, 2008, p. 9). 6