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Transcrição:

SESSÃO DE LANÇAMENTO DO MOVIMENTO PARA O EMPREGO FCG (SALA DIRECÇÕES) - 23.05.2013, 15H30 Senhor Ministro da Economia e do Emprego Senhor Secretário de Estado do Emprego Senhores Deputados Senhor Presidente do Conselho Económico e Social e Representantes dos Parceiros Sociais Caros Presidentes da COTEC e do IEFP Caros Representantes das Entidades Promotoras do Movimento para o Emprego Caros Colegas da Fundação Calouste Gulbenkian Minhas Senhoras e Meus Senhores, É hoje lançado o Movimento para o Emprego, uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian e da COTEC em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional. Gostaria de manifestar todo o nosso reconhecimento aos Senhores Ministro da Economia e do Emprego e Secretário

de Estado do Emprego, por todo o apoio que esta iniciativa sempre lhes mereceu. O objectivo imediato deste projecto consiste em assegurar que os nossos jovens qualificados venham a ter, de 2013 para 2014, mais 5.000 oportunidades de estágio profissional em algumas das empresas e instituições de referência do país. Trata-se de oportunidades novas, de vagas que estão para além das que decorrem das normais necessidades das empresas na actual conjuntura económica. Estes estágios irão facilitar a inserção profissional de muitos portugueses altamente qualificados, quer porque irão permitir o reforço da sua formação académica com conhecimentos e competências críticas para o mercado de trabalho, quer porque irão aumentar as oportunidades de contacto com potenciais empregadores futuros, sejam estes a própria empresa de estágio, empresas clientes, fornecedoras ou outras. Gostaria ainda de destacar o compromisso assumido pela Microsoft de lançar um programa de formação e certificação na área das Tecnologias de Informação, de modo a 2

aumentar as competências dos jovens que venham a ser integrados neste programa, permitindo igualmente a reconversão daqueles que queiram enveredar por este sector de atividade. Para o efeito a Microsoft Portugal está já a mobilizar a sua rede parceiros e a definir procedimentos com o Instituto de Emprego e Formação Profissional. Finalmente, também a SAP nos desafiou a integrar a Academy Cube Portugal, a ser criada até ao final do ano e que estará inserida numa rede europeia que visa criar condições para desenvolver e aproximar as competências dos jovens graduados desempregados das necessidades reais de emprego das empresas aderentes ao programa Academy Cube. O Movimento para o Emprego é uma demonstração de responsabilidade social e de compromisso da sociedade civil para com a geração mais qualificada de portugueses. E pretende constituir-se, nestes dramáticos tempos de angústia e incerteza, como um sinal de esperança no nosso futuro colectivo. Só venceremos os desafios de relançamento do país se formos capazes de prosseguir os esforços na qualificação, 3

na investigação e na inovação. Ao mesmo tempo temos que saber criar as oportunidades que mantenham a trabalhar no país aqueles que mais podem contribuir para a modernização da nossa economia: os jovens mais qualificados. Agradeço naturalmente à COTEC que, desde a primeira hora, aceitou com entusiasmo estar ao lado da Fundação no lançamento desta iniciativa. O seu papel como pólo aglutinador do que são hoje as dinâmicas empresariais mais modernas e mais inovadoras é hoje um dos grandes activos do nosso país e um factor crítico para o sucesso deste Movimento. Devo, obviamente, manifestar todo o nosso reconhecimento ao IEFP, que desde o início deu o mais enérgico apoio a esta iniciativa, fazendo-o também com o maior profissionalismo. A forma como em pouco tempo foi possível passar da ideia à prática, ouvir as empresas, adaptar os programas de estágios às suas possibilidades, criar os procedimentos para uma relação rápida e simples são exemplo de uma administração pública moderna, atenta e empenhada. 4

Quero e devo agradecer a todas as empresas que decidiram integrar este Movimento com a oferta de estágios a jovens licenciados, mestres ou doutores. É um prometedor primeiro passo do caminho agora iniciado. Estou convicto que poderemos vir a realizar muito mais. Esta iniciativa constitui, pois, apenas o primeiro andamento de um objectivo mais vasto: constituir uma verdadeira mobilização nacional em favor do emprego. O diagnóstico da situação que enfrentamos é conhecido e profundamente preocupante. Os actuais níveis de desemprego não têm qualquer paralelo na nossa história e são uma ameaça à coesão social e nacional. Mais ainda, constituem uma ameaça seríssima sobre a nossa capacidade de desenvolvimento no futuro. Acresce ainda que estamos perante uma realidade que se pode vir a prolongar muito no tempo. Isto significa que as consequências financeiras, económicas e sociais poderão ser muito profundas, e que podem ser atingidas estruturas fundamentais da nossa vida colectiva. Esta é uma realidade 5

nova e perturbadora, que pode alterar muito do que nos habituamos a ver como adquirido e estabilizado na sociedade portuguesa. É por esta razão que a resposta ao desemprego não é somente a resposta às preocupações do presente dos portugueses. É a resposta a muito do que é essencial para o nosso futuro colectivo. Sabemos que a superação do elevado desemprego só se fará com a recuperação plena da actividade económica e, em especial, do relançamento do investimento privado, e que está em grande medida dependente da política macroeconómica que a nível europeu e nacional vier a ser posta em prática. E sabemos que mesmo no melhor cenário estaremos sempre perante um processo de recuperação lenta e gradual, tamanha a dimensão e complexidade da situação que a Europa e o país enfrentam. Mas sabemos também que é possível fazer mais pela criação de emprego e no combate ao desemprego. O país tem hoje acesso a avultados recursos financeiros que podem ser canalizados para as políticas activas de emprego e dispõe do compromisso da União Europeia em reforçá-los se necessário. O país dispõe de empresas modernas, 6

competitivas e com sentido de responsabilidade social, capazes de serem mobilizadas para este fim. O país conta com instituições de ensino e formação com toda a capacidade para realizar um esforço suplementar na qualificação dos portugueses, transformando o tempo de desemprego num tempo de investimento na melhoria da produtividade. Muito pode ser feito. A tarefa que colectivamente se nos impõe é pois clara: criar uma verdadeira mobilização nacional pelo emprego, capaz de aproveitar todos os recursos e todas as energias no sentido de construir um futuro melhor e mais justo. Este é o objectivo central do Movimento para o Emprego. Artur Santos Silva 7