2. A Medição da Actividade Económica

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Transcrição:

2. A Medição da Actividade Económica Setembro 2007, inesdrum@fep.up.pt Slides baseados no guião disponível no site da cadeira 1

2.1. Agentes, Operações, Fluxos e Stocks A Macroeconomia analisa o comportamento agregado dos agentes económicos Agentes económicos: são classificados por sector institucional, de acordo com o seu comportamento económico, i.e., de acordo com as funções (operações) económicas que desempenham e as fontes de recursos de que dispõem. 2

Sectores institucionais Famílias Empresas Estado (Administrações Públicas) Instituições Financeiras Resto do Mundo Função Principal Recursos Principais Consumir. Remuneração do trabalho, rendimentos (poupar) de propriedade, transferências efectuadas por outros sectores. Produzir bens e serviços mercantis Receitas provenientes da venda da não financeiros. produção. Produzir serviços não mercantis (1) Pagamentos obrigatórios efectuados para a colectividade e efectuar pelos outros sectores: impostos directos operações de redistribuição do (IRS, IRC) e indirectos (IVA, s/ rendimento e da riqueza nacionais. produção, s/ importação) + + contribuições sociais Realizar operações de intermediação Juros e outros recebimentos de serviços financeira. prestados (por ex., comissões). Não é caracterizado por uma função ou recursos principais; agrupa as unidades não residentes que efectuam operações com sectores institucionais residentes. (2) 3

2.1. Agentes, Operações, Fluxos e Stocks Variáveis fluxo: são medidas num dado intervalo de tempo; Variáveis stock: são medidas num dado momento do tempo. 2.2. Contas Nacionais Definição: Contabilidade Nacional é a representação simplificada, quantificada e agregada das operações económicas efectuadas por múltiplos agentes económicos, num país ou região, durante um determinado período de tempo. 4

Funções: tratando-se de uma forma de descrever a realidade económica, fornece evidência empírica no sentido de se: (i) verificar/validar a teoria económica e efectuar previsões; (ii) definir políticas económicas e avaliar a sua eficácia (função que está na base do surgimento da CN); (iii) estabelecer comparações entre diferentes economias (surgimento de sistemas de contas normalizadas; ex.: SEC). Exs: www.ine.pt dados estatísticos bases de dados (tema: contas nacionais e regionais) Bases de dados do Banco Mundial e da OCDE disponíveis na FEP http://www.ggdc.net/maddison/ (historical statistics: PIB, PIB per capita, população) Penn World Table: http://pwt.econ.upenn.edu/php_site/pwt_index.php (dados 1950-2004) 5

(1) (2) PIB Agregação do valor de mercado dos bens e serviços finais criados num território durante um determinado (5) (3) (4) período de tempo. (1) Unidade de medida comum valor monetário Preço de Mercado (produtos transaccionados em mercados formais ) (2) Necessidade de evitar dupla contagem Não se mede a totalidade dos bens e serviços produzidos e trocados, mas apenas o valor acrescentado bruto (VAB) em cada processo produtivo: VAB Produção (ou VBP) Consumos Intermédios Valor dos bens e serviços finais. B&S finais vs B&S intermédios vs Bens de capital 6

(1) (2) PIB Agregação do valor de mercado dos bens e serviços finais criados num território durante um determinado (5) (3) (4) período de tempo. (3) Criados (ou produzidos de novo) Excluem-se as vendas de bens que foram produzidos em períodos anteriores (4) Delimitação espacial: Território de localização dos factores de produção (território económico nacional) PIB Critério de residência dos agentes proprietários dos factores de produção PNB (5) Delimitação temporal Sendo o PIB uma variável fluxo, reporta-se, por definição, a um intervalo de tempo específico. 7

Algumas limitações Dados publicados com desfasamento temporal e sujeitos a revisões; Lacunas e erros Economia informal/paralela/subterrânea Escassez de fontes Erros de medição Neste contexto Prefere-se muitas vezes a análise das taxas de variação percentual à análise dos níveis das variáveis As comparações entre países com estruturas e níveis de desenvolvimento diferentes é muito falível, pois também os erros e lacunas tendem a ser muito distintos Taxa de câmbio 8

Circuito Económico e as Ópticas de Cálculo do PIB Medição da actividade económica: 1) Montante de bens e serviços finais criados (produzidos de novo) óptica da produção; ou 2) Rendimento recebido pelos factores de produção óptica do rendimento; ou 3) Montante da despesa efectuada pelos consumidores finais óptica da despesa. 9

Circuito económico (versão simplificada) Remuneração do trabalho (100) Trabalho Pressuposto: as empresas utilizam apenas o factor trabalho na produção Empresas Famílias Pressuposto: as famílias gastam todo o seu rendimento (não poupam) Produção (100) Despesa em consumo (100) 10

Empresas (função: produção) Exportações (X) Resto do Mundo (X-Q) Σ VABramos C+I+G+X-Q = DI C+I+G-Q Importações (Q) C+I+G Consumo Público (G) C+I Famílias + Venda no mercado e Empresas remuneração dos factores RI Sector Privado RLE + Transf. Impostos Ind. Líq. Subsídios (Ti) Estado T=Ti+Td T-G=Sg Impostos Dir. +Cont. Seg. Soc. Líq. Transf. (Td) Sg Consumo Privado (C) Investimento (I) (empresas, famílias, público, ) Rend. Disponível Sector Privado Poupança (Sp) (sector privado) Intermediação Financeira (Sp-I) Corr. Líquidas Resto do Mundo 11

As três ópticas de cálculo do PIB correspondem a três fases (momentos) distintas do Circuito Económico: PIB ΣVAB ramos (somatório dos valores acrescentados brutos) RI (somatório dos rendimentos dos factores de produção) DI (somatório das vendas finais). De forma mais rigorosa 12

Óptica da produção PIBpm = Σ VAB ramos + Impostos Indirectos líquidos de Subsídios (s/ produtos e s/ importação). Valor de mercado dos bens e serviços finais criados (produzidos de novo) dentro do território económico nacional, durante um determinado período de tempo. VAB = VBP - CI 13

Óptica da despesa PIBpm = C + G + I + X Q ( DI) Conjunto das utilizações de bens e serviços finais criados no território económico nacional, avaliados a preços de mercado, durante um determinado período de tempo. Utilizações finais: empregos de B&S que não implicam a sua revenda durante o período em causa ( CI) 14

PIBpm = C + G + I + X Q Consumo: despesa em bens e serviços para satisfação imediata de necessidades (privadas e colectivas): C (consumo privado): despesa das famílias em bens e serviços finais, incluindo aqueles que são produzidos no exterior Inclui bens duradouros, não duradouros e serviços G (consumo colectivo): utilizações pela Administração Pública para fornecer os serviços não mercantis que proporcionam utilidade às famílias Calculados pelo custo de prestação 15

PIBpm = C + G + I + X Q Investimento (ou Formação Bruta de Capital, FBC): FBCF: bens duradouros adquiridos para serem utilizados em processos produtivos por prazo superior a um ano; Variação de Existências: (S f S i ) de matérias-primas, produtos acabados ou em curso de fabrico que não fazem parte do capital fixo (investimento involuntário) Garante que óptica despesa óptica produção Inclui não só a FBC das empresas (privadas ou públicas), como também as operações de capital da Adm. Pública 16

PIBpm = C + G + I + X Q Exportações e Importações: As exportações são adicionadas à despesa total porque representam despesa (feita pelo RM) em bens e serviços finais criados no país As importações são excluídas porque o consumo (público e privado) e o investimento incluem bens importados PIB inclui apenas despesa em B&S criados no país 17

Óptica do rendimento PIBpm = Rem. do trabalho + EBE + Impostos Indirectos líquidos de Subsídios (s/ produção, s/ produtos, incluindo IVA, e s/ importação). Valor do conjunto dos rendimentos brutos gerados no território económico nacional (pelos sectores institucionais), avaliados a preços de mercado, durante um dado período de tempo. Remunerações do trabalho geradas pela actividade produtiva interna (não incluem remunerações provenientes do Resto do Mundo) 18

EBE (Excedente Bruto de Exploração): Rendimentos gerados pelos factores produtivos na actividade económica interna, à excepção das rem. do trabalho Rendas, Juros e Lucros Rem. + EBE = PIBcf PIB a custo de factores: somatório dos rendimentos devidos pela utilização dos factores produtivos na actividade económica interna PIBpm = PIBcf + Ti Z Ti - Z constituem um rendimento para o Estado proveniente da elevação do preço dos B&S no mercado relativamente ao custo de factores 19

Equivalência entre as 3 ópticas: O valor de mercado dos B&S criados durante um determinado período de tempo é, por definição, igual ao montante que os agentes têm que gastar para os comprar Óptica da produção Óptica da despesa O que os vendedores dos bens e serviços finais recebem tem que ser igual ao que os agentes que compram esses B&S gastam (óptica da despesa). Por sua vez, aquilo que os vendedores dos bens e serviços finais recebem iguala a totalidade do rendimento gerado pela actividade económica, incluindo as remunerações auferidas pelos trabalhadores, os impostos líquidos pagos ao Estado e o EBE (óptica do rendimento) Óptica da despesa Óptica do rendimento 20

Rendimento Disponível Bruto (RDB): Rendimento que cada agente tem para afectar a consumo e poupança, depois de efectuadas todas as operações de distribuição e redistribuição de rendimento. Rendimento Disponível Bruto da Nação (RDBN): 1) Agregado Interno Agregado Nacional': PNBpm = PIBpm + RLE RLE = remunerações do trabalho e rendimentos de propriedade (R,J,L) recebidos do RM - remunerações do trabalho e rendimentos de propriedade pagos ao RM 21

PIB valor acrescentado por todos os factores de produção situados no território económico nacional (mesmo que detidos por não residentes) Território de localização dos factores de produção PNB valor acrescentado pelos factores de produção detidos por residentes (mesmo que estejam situados fora do TEN) Residência dos proprietários dos factores de produção 22

160000 150000 140000 130000 120000 110000 100000 90000 80000 PIBpm vs PNBpm (Portugal, preços correntes, em milhões de euros) PIBpm PNBpm 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Valores calculados com base no Relatório Anual do Banco de Portugal (2006) 23

2) RDBN = PNBpm + Transferências Correntes Líquidas do Exterior (transferências recebidas do RM - transferências pagas ao RM). ou RDBN= PIBpm + RLE +Transferências Correntes Líquidas do Exterior Transferências Correntes: transferências unilaterais de rendimento destinadas a financiar operações correntes (normalmente despesas em consumo) Transferências de Capital: consistem em transferências unilaterais de património destinadas a financiar operações de capital 24

Utilização do Rendimento Disponível Bruto: Consumo Final Nacional (CFN = C+G): consumo final efectuado pelos residentes de um dado país (incluindo o Estado), dentro e fora do território económico nacional Poupança Bruta da Nação (SBN = S p + S g ) = RDBN CFN Recursos da Nação disponíveis para financiar as Operações de Capital: FBC (I) = FBCF + Var. Exist Aquisições Líquidas (de Cedências) de Activos Não Financeiros Não Produzidos ao Resto do Mundo Activos corpóreos Activos incorpóreos 25

Capacidade ou Necessidade de Financiamento da Nação Cap./Nec. Financiamento Nação = SBN + Transferências Capital Líquidas Recebidas do Exterior - Operações de Capital Se > 0 existe Capacidade de Financiamento, a qual representa o montante líquido de recursos que a Nação põe à disposição do RM para financiar operações de capital. Se < 0 existe Necessidade de Financiamento, a qual representa o montante líquido de recursos que o RM põe à disposição da Nação para financiar operações de capital. 26

PIBpm Em resumo RDBN RLE + Transf. Correntes Líq. do Exterior CFN SBN Transf. Capital Líq. do Exterior FBC ALANFNP ao RM Cap/Nec de Financiamento da Nação 27

Contas Correntes com o Resto do Mundo Balança de Bens e Serviços (BBS) = X-Q (inclui BT); Balança de Transferências Correntes = Transf. corr. rec. do RM - Transf. corr. pagas ao RM; Balança de Rendimentos = RLE = [Rendimentos de propriedade e remunerações do trabalho rec. do RM] [Rendimentos de propriedade e remunerações do trabalho pagos ao RM]. Balança Corrente = BBS + B. Transf. Cor + BR Balança Corrente = - Poupança Externa (Sext) 28

Identidade Contabilística Fundamental I=S Se (Sp + Sg) > I Bal. Corrente > 0 Sext < 0 O país vive abaixo das suas possibilidade Se (Sp + Sg) < I Bal. Corrente < 0 Sext > 0 O país vive acima das suas possibilidades Identidade Contabilística versus Relação Económica 29

Poupança, Investimento e Bal. Corrente em Portugal, em % PIB, preços correntes (1995-2005) 35,0% 30,0% 25,0% FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL 20,0% 15,0% POUPANÇA NACIONAL BRUTA 10,0% 5,0% 0,0% -5,0% 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005-10,0% BALANÇA CORRENTE -15,0% 30