A violência doméstica é uma perda de controlo uma questão do controle da ira.

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Transcrição:

MITO Nº 1 MITO Nº 2 A violência doméstica é uma perda de controlo uma questão do controle da ira. A vítima é responsável pela violência porque a provoca. O comportamento violento é uma escolha a violência doméstica nada tem que ver com a ira. Esta é uma ferramenta que os agressores usam para obter o que desejam. Sabemos que de facto os agressores têm bastante controle porque param quando alguém bate à porta ou o telefone toca. Tentam sempre direccionar os murros e os pontapés para as partes do corpo onde os ferimentos têm menor possibilidade de serem vistos e não agridem qualquer pessoa quando estão irados, mas esperam até que não haja testemunhas e então praticam o abuso contra a pessoa a quem dizem que amam. A violência doméstica diz respeito ao agressor usar seu controle, e a não o perder. As suas acções são extremamente deliberadas. Ninguém pede para ser agredido. Ninguém merece sofrer uma agressão, independentemente, daquilo que diga ou faça. Todos têm o direito de viver sem sofrer violência. Ninguém deseja que o cônjuge seja abusivo. As mulheres cujos vários parceiros com quem se relacionem ao longo dos tempos, sejam agressores, muitas vezes serão tidas pelos outros como culpadas pela violência deve ser algo dela. Na verdade, o agressor usa a táctica do charme no início do relacionamento

para descobrir se ela já foi vítima de abuso. Então usa essa informação para a culpar pela violência ou para a silenciar. MITO Nº 3 Se a vitima não gostar, ela As vítimas não gostam do abuso. Elas pode deixar o permanecem no relacionamento por relacionamento. muitos motivos, incluindo o medo. A maioria, por fim acaba por sair dessa situação. As mulheres agredidas muitas vezes fazem repetidas tentativas de deixar o relacionamento violento, mas são impedidas devido ao aumento da violência e das tácticas de controlo da parte do agressor. Outros factores que inibem a capacidade da vítima fugir incluem a dependência económica, poucas opções viáveis de acomodação e apoio, resposta inadequada do sistema jurídico ou de outras agências, isolamento social, impedimentos culturais ou religiosos, compromisso para com o agressor e o relacionamento, e medo de sofrer ainda mais violência. Estima-se que o perigo à vítima aumenta em 70% quando tenta fugir, visto que o agressor intensifica o uso da violência quando começa a perder o controlo. As mulheres que sofrem de violência canalizam as suas energias, diariamente, a tentar sobreviver e a evitar serem mortas. MITO Nº 4 A violência doméstica Estima-se que a violência doméstica

MITO Nº 5 MITO Nº 6 MITO Nº 7 somente ocorre numa pequena percentagem dos relacionamentos. As mulheres da classe média e alta não sofrem agressões com tanta frequência quanto as mulheres pobres. Os agressores são violentos em todos os seus relacionamentos. Bebidas alcoólicas e consumo de drogas provocam o comportamento agressivo. ocorra em ¼ a ½ de todos os relacionamentos íntimos. Isto aplica-se a relacionamentos heterossexuais como homossexuais, casados, namorados, uniões de facto. A violência doméstica ocorre em todos os níveis socioeconómicos. Visto que as mulheres com dinheiro, normalmente, têm mais acesso a outros recursos, as mulheres mais pobres tendem a utilizar as agências comunitárias e, portanto, são mais visíveis. As estatísticas indicam que existam entre 20% e 30% de mulheres vítimas dos seus companheiros ou maridos, que provêm de todos os estratos sociais, de todas as idades, raças e religiões. Os agressores decidem ser violentos com seu cônjuge da forma como jamais considerariam tratar outra pessoa. Muitos agressores não bebem ou consomem drogas. Embora muitos cônjuges abusivos também consumam bebidas alcoólicas e/ou drogas, esta não é a causa subjacente da agressão. Muitos usam essas substâncias como desculpa para explicar sua violência. As substâncias químicas não são a causa da violência, mas podem potenciá-la porque têm um efeito de desinibição. A maior parte dos homens violentos,

MITO Nº 8 Se a mulher sofre agressão uma vez, será sempre agredida. MITO Nº 9 É fácil deixar um relacionamento abusivo, simplesmente juntando os pertences e indo embora. MITO Nº 10 Somente as mulheres são vítimas da violência doméstica. são-no, sem estarem sobre o efeito do álcool ou drogas. Embora algumas mulheres que sofreram agressão tenham passado por mais de um relacionamento abusivo, as mulheres protegidas pelos serviços contra a violência doméstica têm menor possibilidade de entrarem noutro relacionamento abusivo. Isto não é verdade. O agressor tende a isolar a vítima ao não lhe dar dinheiro, impedindo-a de conseguir um trabalho, de estar com a família e amigos. A dificuldade de pagar abrigo para as crianças e a sua sobrevivência tornam quase impossível o simplesmente juntar os pertences e partir. Os homens também são vítimas de violência doméstica, mas muitos têm vergonha de denunciar o abuso. Um estudo, realizado pelo Dr. Murray Strauss, da Universidade de New Hampshire, revelou que as mulheres usam meios violentos para resolver o conflito no relacionamento com tanta frequência quanto os homens. Contudo, o estudo também concluiu que quando o contexto e as consequências de uma agressão são medidos, a maioria das vítimas está no grupo de mulheres. O Departamento de Justiça dos EUA descobriu que 95% das vítimas de abuso praticado pelo cônjuge são

MITO Nº 11 MITO Nº 12 As crianças em lares onde ocorre a violência tendem a se tornarem vítimas ou agressores. Os agressores são sempre pessoas más e cruéis. mulheres. Os homens podem ser vítimas, mas isso é mais raro. Isto, infelizmente, poderá vir a ser verdade. Embora pareça que as crianças estão a dormir, a brincar ou distraídas, e que não comentem a respeito do que vêem e ouvem, elas são afectadas. As crianças reproduzem o que os adultos fazem na sua vida e o ciclo da violência prossegue. Cientificamente está provado que só pelo facto de as crianças estarem expostas a situações de violência é possível observar o impacto dessas vivências através de alterações comportamentais, emocionais e psicológicas das crianças. Contudo, não é condição certa de que crianças que sofram de violência interparental se tornem também elas agressoras, pois o acontecimento traumático vivido na infância, pode desencadear nelas o comportamento oposto, devido ao facto de não querem que os filhos passem pela mesma situação abusiva que eles passaram enquanto crianças. Não é verdade. Algumas das pessoas mais agradáveis que conhecemos podem ser agressores e encontram-se em todas as classes sociais e económicas. Noventa por cento dos agressores não têm antecedentes criminais.

MITO Nº 13 Finalmente, o abuso irá cessar. MITO Nº 14 O ciclo da violência é interrompido quando acaba o relacionamento. MITO Nº 15 A violência doméstica é, normalmente, um caso isolado. MITO Nº 16 Os homens que agridem, geralmente, são bons pais e devem ter a guarda conjunta dos filhos caso o casal se separe. Os agressores são pessoas normais. No entanto, a forma como se comportam nas relações interpessoais pode revelar uma estrutura violenta. Sem ajuda profissional, os agressores irão continuar. O abuso, normalmente, torna-se cada vez mais frequente e mais violento, algumas vezes resultando em morte. Os momentos mais perigosos para a vítima podem ser quando elas deixam o relacionamento sem um plano de segurança. Sem intervenção, os agressores continuarão o abuso. Agredir é uma forma de coerção e controle que uma pessoa exerce sobre a outra. Agredir não é apenas um ataque físico. Isto inclui a repetição de várias tácticas, incluindo intimidação, ameaças, privação económica, isolamento e abuso psicológico e sexual. A violência física é apenas uma das tácticas. As várias formas de abuso utilizadas pelos agressores ajudam a manterem o poder e o controle sobre o cônjuge ou o/a companheiro/a. Os estudos revelam que os homens que agridem a esposa também abusam dos filhos em 70% dos casos. Mesmo quando os filhos não sofrem abuso directo, eles sofrem ao verem um cônjuge agredir o outro. Os agressores, muitas vezes demonstram acentuado

MITO Nº 17 Quando há violência na família, todos os membros participam na dinâmica e, portanto, todos devem mudar o comportamento para que cesse a violência. MITO Nº 18 Os agressores e/ou as vítimas sofrem de baixo auto-estima. interesse pelos filhos aquando da separação, como um meio de manter o contacto, e assim continuar a controlar o cônjuge. Apenas o agressor pode por fim à agressão. Agredir é uma escolha dele e, portanto, deve ser responsabilizado. Muitas mulheres agredidas fazem diversas tentativas de mudar o comportamento na esperança de que isso irá por fim ao abuso. Porém, não funciona. As mudanças no comportamento dos membros da família não irão alterar o comportamento violento do agressor. Os agressores não têm baixa autoestima. Eles crêem que receberam poder e controle sobre seu cônjuge. Eles fingem ter baixa auto-estima se isso levar outros a acreditarem que a violência não é culpa deles. Os sobreviventes do abuso podem ter tido uma excelente auto-estima no início do relacionamento, mas o agressor usa o abuso emocional: usa nomes depreciativos; faz com que a pessoa se sinta inferiorizada; diz que a culpa é dela com a finalidade de destruir a sua auto-estima. Alguns agressores procuram mulheres com baixa autoestima, visto que acreditam que ela terá maior probabilidade de culpar a si mesma e menos hipóteses de denunciar

o abuso. Outros agressores procuram mulheres com elevada auto-estima visto representarem um desafio maior para exercer o controlo ao longo do tempo. Quadro 1: Mitos e sua explicação, segundo Manita (2009).