MAPEAMENTO DA FRAGILIDADE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE UBATUBA/SP. G.S. Oliveira, G.A.M. Asciutti, M. Dantas-Ferreira

Documentos relacionados
Debora Cristina Cantador Scalioni Jessica Villela Sampaio

Fragilidade Ambiental Método auxílio multicritério à tomada de decisão

MAPEAMENTO DA INSTABILIDADE GEOMORFOLÓGICA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PEQUENO/PR

CARACTERIZAÇÃO DA FRAGILIDADE AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA GI8, PE

Atividades. As respostas devem estar relacionadas com o material da aula ou da disciplina e apresentar palavras

ANÁLISE DA FRAGILIDADE AMBIENTAL NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO PORECATU NO MUNICÍPIO DE MANDAGUAÇU-PR

ANÁLISE DA FRAGILIDADE AMBIENTAL DE FRANCA/SP UTILIZANDO SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS

A IMPORTÂNCIA DO ESTADO AMBIENTAL PARA O PLANEJAMENTO AMBIENTAL O CASO DO LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL

ORDENAMENTO TERRITORIAL E GESTÃO DE RISCOS NA REGIÃO DO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO - BRASIL

Fragilidade Ambiental Método: Processo Hierárquico Analítico (AHP)

Utilização de Técnicas de SIG e de Campo para Identificação de Áreas Sensíveis com Intuito de Regularização Fundiária

EIXO TEMÁTICO: TÉCNICA E MÉTODOS DE CARTOGRAFIA, GEOPROCESSAMENTO E SENSORIAMENTO REMOTO, APLICADAS AO PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAIS

UNIDADES ECODINÂMICAS DA PAISAGEM DO MUNICÍPIO DE JEREMOABO- BA.

Orogênese (formação de montanhas): o choque entre placas tectônicas forma as cordilheiras.

Figura 1 Altimetria média de Minas Gerais. (Autor: Carlos Wagner G A Coelho)

FUNCIONAL DO MUNICÍPIO DE SÃO VICENTE-SP

GEOMORFOLOGIA E PLANEJAMENTO AMBIENTAL: MAPEAMENTO DO RELEVO E DELIMITAÇÃO DAS CLASSES DE DECLIVIDADE NO MUNICÍPIO DE CAMPOS GERAIS - MG

GEOGRAFIA DO BRASIL Relevo e Solo

Compartimentação Geomorfológica

Gilberto Cugler sigrb Prof Dr. Arlei Benedito Macedo Instituto de geociências-usp Prof Dr. Vilmar Antonio Rodrigues Unesp-Registro

Geografia. Relevo. Professor Thomás Teixeira.

UNIDADE DE CONSERVAÇÃO E ZONA DE AMORTECIMENTO

Diretrizes para mapeamento de inundações no Estado do Rio de Janeiro PATRICIA R.M.NAPOLEÃO CARLOS EDUARDO G. FERRIERA

APLICAÇÃO DA GEOTECNOLOGIANAANÁLISE GEOAMBIENTAL DA GRANDE ROSA ELZE NO MUNICÍPIO DE SÃO CRISTÓVÃO-SE

AULÃO UDESC 2013 GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA PROF. ANDRÉ TOMASINI Aula: Aspectos físicos.

Relevo da Bacia do Rio das Antas (GO): Revisão Bibliográfica

MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE ARAXÁ MG, UTILIZANDO TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO ROCHA, M. B. B. 1 ROSA, R. 2

GEOGRAFIA REVISÃO 1 REVISÃO 2. Aula 25.1 REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE IV

1 INTRODUÇÃO. PALAVRAS-CHAVE: Erosão, Carta de Suscetibilidade, Geoprocessamento, SIG.

Dinâmica da paisagem e seus impactos em uma Floresta Urbana no Nordeste do Brasil

ANÁLISE DA ENERGIA DO RELEVO E DO USO DA TERRA NO MUNICÍPIO DE MONGAGUÁ (SP) SATO, S.E. 1 CUNHA, C.M.L. 1

UNIDADES GEOMORFOLÓGICAS E PROBLEMAS AMBIENTAIS NA BACIA DO RIO JACARÉ, MUNICÍPIO DE NITEROI-RJ

RELAÇÃO SOLO-PAISAGEM EM TOPOSSEQUÊNCIA NA REGIÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO, MINAS GERAIS (BR).

ASPECTOS ESTATÍSTICOS DO CICLO ANUAL DA PRECIPITAÇÃO E SUAS ANOMALIAS: SÃO PAULO E REGIÃO SUL DO BRASIL

ÁREAS DE RISCO AO USO/OCUPAÇÃO DO SOLO NA SUB-BACIA DO CÓRREGO DO SEMINÁRIO, MUNICÍPIO DE MARIANA MG. COSTA, R. F. 1 PAULO J. R. 2

IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS SUSCEPTÍVEIS A EVENTOS DE ALAGAMENTO NO MUNICÍPIO DE NITERÓI RJ

ANÁLISE MORFOMÉTRICA DA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ESPINHARAS-PB

Imagens disponíveis em: < Acesso em: 26 set

UNIDADES DE RELEVO DA BACIA DO RIO PEQUENO, ANTONINA/PR: MAPEAMENTO PRELIMINAR

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO PORTO ORGANIZADO DE ÓBIDOS

DINÂMICA GEOMORFOLÓGICA DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS SERRA NEGRA E TAGAÇABA LITORAL PARANAENSE CUNICO, C. 1 OKA-FIORI, C. 2

Uso da terra na bacia hidrográfica do alto rio Paraguai no Brasil

ECO GEOGRAFIA. Prof. Felipe Tahan BIOMAS

MAPEAMENTO DE SUSCEPTIBILIDADE À EROSÃO EM ZONA DE AMORTECIMENTO DE ÁREAS PROTEGIDAS BRASILEIRAS, ULTILIZANDO TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO

Planos de Manejo INSTITUTO FLORESTAL. Estação Ecológica de Itapeva

Tempo & Clima. é o estado físico das condições. atmosféricas em um determinado momento e local, podendo variar durante o mesmo dia.

MAPEAMENTO DE SUSCEPTIBILIDADE À EROSÃO EM ZONA DE AMORTECIMENTO DE ÁREAS PROTEGIDAS BRASILEIRAS, ULTILIZANDO TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

CLASSES DE DECLIVIDADE DA SUB-BACIA HIDROGRAFICA DO RIACHO DO SANGUE CE: AUXILIO A GOVERNANÇA TERRITORIAL

V SIGA Ciência (Simpósio Científico de Gestão Ambiental) V Realizado dias 20 e 21 de agosto de 2016 na ESALQ-USP, Piracicaba-SP.

GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL Profº Gustavo Silva de Souza

IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS SUSCEPTÍVEIS AOS PROCESSOS EROSIVOS NA REGIÃO DO VALE DO PARAÍBA

ANÁLISE DE IMAGENS COMO SUBISÍDIO A GESTÃO AMBIENTAL: ESTUDO DE CASO DA BACIA DO RIO JUNDIAÍ-MIRIM

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

DETERMINAÇÃO DA FRAGILIDADE POTENCIAL A EROSÃO LAMINAR NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO AREIAS

CARACTERIZAÇÃO DA DINÂMICA DA PAISAGEM GEOMORFOLÓGICA SOBRE A PORÇÃO SUL DA BACIA DO ALTO PIABANHA DO DISTRITO SEDE DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS-RJ

Caracterização da Ecorregião do Planalto Central

1. Considere os climogramas e o mapa a seguir.

Rozely Ferreira dos Santos

NOTAS SOBRE OS SOLOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO JOÃO LEITE

Análise da Susceptibilidade a Processos Erosivos, de Inundação e Assoreamento em Itajobi-SP a Partir do Mapeamento Geológico- Geotécnico

9º SINAGEO - Simpósio Nacional de Geomorfologia 21 à 24 de Outubro de 2012 RIO DE JANEIRO / RJ

Figura 42 Imagem de satélite mostrando a presença de floresta junto as drenagens. Fonte Google Earth de 2006

HIDROGRÁFICA DO MAUAZINHO, MANAUS-AM.

ANÁLISE DAS INTRUSÕES ANTRÓPICAS NAS FISIONOMIAS VEGETAIS EM ÁREA DE FLORESTA ATLÂNTICA

MAPEAMENTO DAS FORMAS E DA DISSECAÇÃO DO RELEVO

Fragilidade Ambiental Potencial e Emergente da Região Administrativa Nordeste da Sede do Município de Santa Maria RS - Brasil

RELAÇÃO ENTRE EXPANSÃO URBANA E O RELEVO LOCAL O CASO DO MUNICÍPIO DE SOROCABA (1)

ANÁLISE DO USO E OCUPAÇÃO DA TERRA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO MÉDIO-BAIXO CURSO DO RIO ARAGUARI

EXPANSÃO DA MANCHA URBANA DO LITORAL PAULISTA

Mapeamento espaço-temporal da ocupação das áreas de manguezais no município de Aracaju-SE

Área: ,00 km², Constituído de 3 distritos: Teresópolis (1º), Vale do Paquequer (2 ) e Vale do Bonsucesso (3º).

ANÁLISE DO USO E OCUPAÇÃO DA TERRA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO TABOCA, TRÊS LAGOAS/MS COM AUXILIO DAS GEOTCNOLOGIAS

USO DE GEOTECNOLOGIAS PARA O MAPEAMENTO DA FRAGILIDADE AMBIENTAL DA SUB-BACIA DO RIO PIANCÓ, PB.

Biomas / Ecossistemas brasileiros

Geologia e conservação de solos. Luiz José Cruz Bezerra

ENCARTE 5 UNIDADE DE CONSERVAÇÃO E ZONA DE AMORTECIMENTO A 5.83

APLICAÇÃO DO MODELO SHALSTAB PARA A DEMARCAÇÃO DE ÁREAS SUSCETÍVEIS A ESCORREGAMENTOS NO MUNICÍPIO DE ITATIAIA-RJ

UTILIZAÇÃO DO SIG PARA ELABORAÇÃO DE MAPAS DA BACIA DO SERIDÓ E DO PERIMETRO IRRIGADO DE SÃO GONÇALO.

ELEMENTOS GEOMORFOLÓGICOS E ANTRÓPICOS NA AVALIAÇÃO DA FRAGILIDADE DA REGIÃO NORDESTE DA SEDE DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA-RS

SÍNTESE. AUTORES: MSc. Clibson Alves dos Santos, Dr. Frederico Garcia Sobreira, Shirlei de Paula Silva.

ARTIGO COM APRESENTAÇÃO BANNER - MONITORAMENTO AMBIENTAL

Disciplina: Introdução ao Geoprocessamento Docentes Resposáveis: Dr. Antônio Miguel Vieira Monteiro Dr. Claudio Barbosa

Preparo de Solo em Áreas de Implantação Florestal Ocupadas por Pastagens

ANÁLISE ALTIMÉTRICA DA BACIA HIDROGRÁFICA DE CAMARATUBA-PB

WESTPHALEN, Laiane Ady 1 SANTOS, Leonardo José Cordeiro 2. Palavras Chaves: Bacia Hidrográfica, Mapeamento, Fragilidade Potencial

Geoprocessamento na delimitação de áreas de conflito em áreas de preservação permanente da sub-bacia do Córrego Pinheirinho

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 07 ESTRUTURA GEOLÓGICA BRASILEIRA

Escolha da área para plantio Talhonamento Construção de aceiros e estradas

GEOMORFOLOGIA E ADEQUABILIDADE DO USO AGRÍCOLA DAS TERRAS NO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ

Mapeamento de Risco de Incêndios na Bacia Hidrográfica do Ribeirão Rio João Leito-GO

Geografia. Aspectos Físicos e Geográficos - CE. Professor Luciano Teixeira.

¹ Estudante de Geografia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), estagiária na Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP).

MAPEAMENTO DA VULNERABILIDADE À DESERTIFICAÇÃO DAS TERRAS DA BACIA DO TAPEROÁ-PB

DIAGNÓSTICO DO MEIO FÍSICO DO ASSENTAMENTO RURAL FLORESTA, ALEGRE, ES: UMA CONTRIBUIÇÃO AO PLANEJAMENTO DO USO DA TERRA

7. o ANO FUNDAMENTAL. Prof. a Andreza Xavier Prof. o Walace Vinente

Estéfano Seneme Gobbi. Francisco Sérgio Bernardes Ladeira. Marcelo da Silva Gigliotti

MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE RISCO À INUNDAÇÃO NA CIDADE DE GUARAPUAVA-PR

OS COMPARTIMENTOS DE RELEVO E A OCUPAÇÃO URBANA EM SÃO SEBASTIÃO NO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO

2 Área de Estudo Meio Físico Localização e características gerais

Transcrição:

MAPEAMENTO DA FRAGILIDADE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE UBATUBA/SP G.S. Oliveira, G.A.M. Asciutti, M. Dantas-Ferreira RESUMO Este trabalho tem o presente objetivo de elaborar um Mapa de Fragilidade Ambiental do município de Ubatuba, São Paulo, conforme a metodologia proposta por Ross em 1994. Foram necessários os layers com informações do Mapa Pedológico do Estado de São Paulo (IAC,2002), a declividade foi gerada pelas imagens Topodata e o Uso e Ocupação do Solo do município gerado através da imagem de satélite Landsat8, datada de 19 de janeiro de 2015. Os mapas foram convertidos para o formato Raster, onde os layers foram cruzados por álgebra de mapas no Software ArcMap 10.2 (ESRI) com auxílio da ferramenta Raster Calculator. Todos os dados obtidos foram classificados de 1 Muito Fraca a 5 Muito Forte, indicando as áreas de maior fragilidade ambiental. Através do mapa e dos resultados obtidos constatou-se que 96,57% da área total do município encontra-se em área de fragilidade classificada como Alta (34,80%) e Muito Alta (61,77%). Isto ocorre devido à combinação dos altos valores de declividade das encostas da Serra do Mar e do solo arenoso encontrado na planície costeira. Outro fator a ser levado em consideração, é a alta pluviosidade encontrada no município, aliada ao relevo e pedologia pode potencializar a susceptibilidade de ocorrência de processos erosivos extremos ocasionando deslizamentos de terras por desagregação das partículas de solo, transporte de construções em áreas com alta fragilidade, alteração na paisagem cênica, uma vez que o ambiente é preocupação de todos. Portanto, com o auxílio do programa SIG para análise espacial recomenda-se que a ocupação humana no município de Ubatuba deve ser bem regulamentada, planejada e controlada para evitar a ocupação de áreas de riscos ambientais. Palavra-chave: Ubatuba, fragilidade, ambiental, pedologia, erosão, risco, mapeamento, geoprocessamento. 1 INTRODUÇÃO A ocupação antrópica desordenada e sem planejamento ambiental e territorial frequentemente é tema de grandes discussões, pois os desastres causados pela natureza aumenta consideravelmente e as vezes de forma imprevisível. Neste sentido torna-se indispensável estudar a susceptibilidade do ambiente frente a expansão das construções em área urbana. Segundo Oliveira, et al. (2015) o uso de técnicas de geoprocessamento aliadas ao sistema de informações geográficas (SIG) comprovam ser extremamente viáveis para determinar o potencial natural da ocorrência de processos geológicos e visualização espacial de áreas exposta a riscos ambientais, permitindo a adoção de práticas conservacionistas para planejar de forma sustentável a urbanização e construções. De acordo com Ross (1994) a fragilidade dos ambientes, dada uma intervenção antrópica, depende de suas características genéticas. É que todo ambiente se encontra naturalmente

em um estado de equilíbrio dinâmico e as alterações diferentes componentes da natureza podem quebrar esse equilíbrio. Portanto, este trabalho tem como objetivo mapear espacialmente a fragilidade ambiental natural do município de Ubatuba/SP, conforme a metodologia proposta por Ross em 1994, correlacionando o meio físico encontrado e o uso e ocupação do solo. Já que o município tem 80% do seu território como área de conservação. 1.1 Caracterização da Área de Estudo O município de Ubatuba/SP localiza-se no litoral norte do Estado de São Paulo, fazendo limite com os municípios de Cunha e São Luiz do Paraitinga ao norte, Caraguatatuba e Natividade da Serra a oeste e Parati/RJ a leste. Está distante aproximadamente 250km da capital São Paulo/SP. A Fig. 1 apresenta o croqui de localização da área de estudo. Fig. 1: Mapa de localização do Município de Ubatuba/SP De acordo com o censo do IBGE de 2010 (IBGE, 2013) Ubatuba ocupa área de 723,883 km 2, com população estimada em 2015 de 86.392 habitantes, densidade demográfica de 108,87 habitantes/km 2 e índice de desenvolvimento humano municipal IDHM de 0,751. A intensificação da ocupação humana no Litoral Norte do Estado de São Paulo ocorreu a partir da década de 1950, principalmente após a inauguração da Rodovia BR-101 em 1970. Atualmente, há uma perspectiva elevada do aumento da ocupação devido aos projetos de grande magnitude que estão sendo implantados na região, voltados à exploração de gás e petróleo (GALLO JR., 2014). Devido às características do meio físico, como substrato rochoso predominantemente de rochas ígneas e metamórficas nas zonas serranas e sedimentares nas Planícies, associada a declividades altas, extensos comprimentos de rampas e alta pluviosidade da região da Serra do Mar, tornam o município de Ubatuba naturalmente uma zona de alta suscetibilidade a

escorregamentos (JORGE, 2004). Em regiões de maior densidade populacional como a região da praia da Enseada existe uma muito alta (42%) e alta (16%) de susceptibilidade a ocorrência de escorregamento segundo a pesquisa desenvolvida na região por TOMINAGA (2007). 1.2 Uso e ocupação do Solo O Município de Ubatuba apresenta 62.055,12ha de seu território recoberto por vegetação nativa (IF, 2010), predominantemente pertencente à fisionomia Floresta Ombrófila Densa do Bioma Mata Atlântica (SMA, 2012). Por sua importância ecológica, Ubatuba está inserido em quatro unidades de conservação integral, sendo: Floresta Nacional da Serra da Bocaina, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual da Ilha Anchieta, Estação Ecológica Tupinambás, e de uma demarcação de Terras Indígenas da Boa Vista e da área natural tombada, representadas no mapa abaixo. (Fig. 2). (SMA,2000). Fig. 2: Mapa das Unidades de Conservação Inseridas no Município de Ubatuba/SP (SMA,2000) A agricultura é pouco representativa no município, ocupando cerca de 1.703,7 hectares, onde as principais culturas são a Banana (425,9ha), Pastagens (289,5ha), Mandioca (207,7ha) e Cacau (122,0ha), conforme o Projeto LUPA (CATi, 2007). Em Ubatuba as áreas mais urbanizadas estão assentadas sobre os terraços marinhos, mas começam a avançar em direção aos fundos de vale e ao Parque Estadual Serra do Mar, começando a gerar problemas ambientais. Porém segundo o zoneamento ambiental elaborado por (JORGE, 2004) os maiores problemas ambientais são registrados em zonas de maior densidade populacional.

1.5 Clima Conforme o Mapa de Clima do Brasil (IBGE, 2002), o município apresenta três subdivisões do Clima Tropical Brasil Central, sendo as áreas costeiras classificadas como quente super úmido e subquente super úmido, já nos pontos de maior altitude, mesotérmico brando super úmido. Isto significa que na parcela litorânea, próximo ao nível do mar, as temperaturas médias mantem-se acima dos 15 o C, já nas parcelas de maior altitude varia entre 10 e 15 o C. De acordo com os dados pluviométricos históricos registrados no ponto E2-052, localizado em Ubatuba (SIGRH, 2016), a quantidade média de chuvas varia de aproximadamente 300mm à 120mm durante o ano, sendo os meses de junho a agosto os mais secos. Devidos esses altos índices pluviométricos o município torna-se naturalmente muito suscetível a processos geológicos. Na Fig. 3 abaixo consta o gráfico das médias mensais de pluviometria compreendidos entre os anos de 1945 a 2015. Fig. 3: Hietograma das médias históricas dos dados de pluviometria em Ubatuba/SP (SIGRH, 2016) 1.3 Pedologia Conforme o Mapa Pedológico desenvolvido pelo IAC em 2002, na área de estudo ocorrem duas classificações principais de tipos de solo, os Cambissolos, nos pontos de maior declividade da Serra do Mar e os Espodossolos, localizados nas planícies próximas à costa. Os Cambissolos ocorrem geralmente em terrenos forte ondulados a montanhosos, não apresentando horizonte A húmico e de uso restrito decorrente a sua pequena profundidade, ocorrência de pedras e pelo relevo com declividade acentuada. Os Espodossolos são solos geralmente ácidos, de textura predominantemente arenosa, originários de materiais arenoquartzosos, sob condições de clima tropical e subtropical, em relevo plano, suave ondulado ou ondulado. Este tipo de solo não apresenta aptidão agrícola, sendo indicados para áreas de conservação ambiental (EMBRAPA, 2016). A Fig. 4 apresenta um exemplo de área com predominância de Espodossolos.

Fig. 4: Vista geral de área e vegetação com predominância de Espodossolos (EMBRAPA, 2016) 1.4 Geomorfologia Na área de estudo, a geomorfologia é caracterizada pelas unidades: Província Costeira e Zona de Baixadas Litorâneas. A Província Costeira funciona como um rebordo do Planalto Atlântico delimitado por escarpas abruptas com forma quase linear da Serra do Mar, onde são apresentadas cotas que variam de 1200m até a cota zero (MAZZOCATO, 1998). A Serra do Mar inclusa na província costeira apresenta um frontão serrano que limita as planícies formando uma extensa escarpa erosiva com perfis mais ou menos retilíneos de grandes declives e altitudes de até 1000m (Cruz, 1974). As planícies costeiras são descontínuas formadas por colmatagem flúvio-marinha recente que se desenvolvem nas reentrâncias dos sopés das escarpas de falhas de recuo. Pequenos maciços e morros litorâneos isolados podem atingir diretamente o oceano dominando costas altas e jovens (AB'Saber, 1954). A Planície Flúvio-Marinha faz parte da baixada litorânea com uma altitude entre 4 e 12m, sendo sujeita a inundações periódicas em função do regime pluviométrico. A Planície Marinha faz parte das baixadas litorâneas com altitudes entre 1 e 8 m e sofre influência das marés, erosão costeira e da dinâmica marinha. Estas duas planícies são ameaçadas por agentes exógenos (IG, 1996). O relevo elevado aliado à proximidade do oceano é responsável pelo favorecimento da ocorrência de chuvas orográficas na região, ocasionando o aumentando da umidade do ar, do escoamento superficial e do fluxo fluvial e, consequentemente, os escorregamentos e movimentos de massas nas encostas íngremes (ROCHA, 2011). As Fig. 5 e 6 abaixo apresentam imagens que ilustram as características da geomorfologia da área de estudo.

Figuras 5 e 6: à dir.: Imagem ilustrando as escarpas da Serra do Mar em primeiro plano e ao fundo a cidade de Ubatuba e a Planície Costeira (fonte: arquivo pessoal); à esq.: Escorregamento de terra em Caraguatatuba (fonte: Rocha, 2011) De acordo com os resultados obtidos no Zoneamento Ambiental feito na região as áreas que devem ser preservadas são às planícies Flúvio-marinha, às desembocaduras de rios e às áreas de escarpas e morros (JORGE, 2004). 2 METODOLOGIA 2.1 Elaboração do Mapa de Fragilidade Ambiental O Mapa de Fragilidade Ambiental Natural do município de Ubatuba/SP foi elaborado seguindo a classificação desenvolvida por Ross em 1994. Este método baseia-se no conceito de ecodinâmica definido por TRICART em 1977 e, segundo Ross, a fragilidade ambiental exige a correlação das características dos elementos do estrato geográfico que dão suporte à vida. As unidades de fragilidade dos ambientes naturais devem ser resultantes dos levantamentos básicos de geomorfologia, solos, cobertura vegetal/uso da terra e clima. No fluxograma (Figura 6) abaixo é possível visualizar os documentos cartográficos que foram utilizados para gerar o documento final Modelo de Elevação Digital Imagem Landsat Declividade Uso e Ocupação do Solo Pedologia Mapa de Fragilidade Ambiental Natural Fig. 6: Fluxograma da metodologia para análise da fragilidade ambiental Este modelo propõe que as variáveis Declividade, Pedologia e Uso e Ocupação do Solo sejam hierarquizadas em cinco classes de acordo com sua vulnerabilidade, variando de 1 (mais estável) a 5 (menos estável), conforme tabelas abaixo.

Tabela 1: Classificação da declividade segundo ROSS (1994) Nome da Intervalo de declividade 1 Muito Fraca até 6% 2 Fraca de 6 a 12% 3 Média de 12 a 20% 4 Alta de 20 a 30% 5 Muito Alta acima de 30% Tabela 2: Classificação de solos adaptada de ROSS (1994) 1 Nome da Muito Fraca 2 Fraca 3 Média 4 Alta Muito 5 Alta Tipo de solo Latossolo Roxo, Vermelho Escuro e Vermelho Amarelo textura argilosa Latossolo Amarelo e Vermelho Amarelo textura média/argilosa Latossolo Vermelho Amarelo, Terra Roxa, Terra Bruna Podzólico Vermelho Amarelo, textura média/arenosa e Cambissolos Podzolizados com Cascalho, Litólicos e Areias Quatzozas, Espodossolos Tabela 3: Classificação de uso e ocupação do solo segundo ROSS (1994) Nome da Uso e Ocupação do Solo Muito 1 Fraca Florestas e Mata/ Área Urbana 2 Fraca Capoeira e Pastagem 3 Média Silvicultura 4 Alta Culturas de Ciclo Curto Muito 5 Alta Áreas Desmatadas, de queimadas e solo exposto Da combinação dos algarismos (ex: 111, 123, 245, 423, 555) citados acima, é possível hierarquizar os graus de fragilidade natural. Nesta convenção, o conjunto numérico 111 representa todas as variáveis favoráveis (fragilidade muito baixa), e o conjunto numérico 555 apresenta todas as variáveis desfavoráveis (fragilidade muito forte). Para elaboração do mapa é considerando o dígito de maior valor como o predominante para a classificação da Fragilidade Ambiental. A tabela 4 apresenta a descrição das classificações quanto à metodologia de ROSS.

Tabela 4: Classificação da fragilidade segundo ROSS (1994) Nome da Muito 1 Fraca 2 Fraca 3 Média 4 Alta 5 Muito Alta Descrição Pouco dissecadas a planas, pouca drenagem e baixo potencial erosivo. Dissecação baixa, pouca drenagem e baixo potencial erosivo. Dissecação média a alta, densidade de drenagem de média a alta, sujeitas a fortes atividades erosivas. Muito dissecadas, alta densidade de drenagem, sujeitas a processos erosivos agressivos. Dissecação muito intensa, densidade de drenagem alta em vales muito entalhados, processos erosivos intensos. O mapa de declividade foi elaborado utilizando imagens de altitude do satélite TOPODATA, número 23s45_zn e 23s465_zn que compreendem toda a área de estudo. Foi gerado de forma automatizada utilizando-se o software QGis. Já para elaborar a mapa de Uso e Ocupação utilizou-se o método de Classificação Supervisionada da imagem do Satélite LandSat8, datada de 19 de janeiro de 2015, em cor verdadeira e fusionada à banda Pancromática, aumentando a resolução espacial de 30 para 15 metros. Os dados gerados foram validados através da comparação das imagens do software Google Earth. O mapa pedológico foi elaborado utilizado nesta pesquisa foi o Mapa Pedológico do Estado de São Paulo desenvolvido pelo IAC em 2002 na escala 1:500.000. 3 RESULTADOS O relevo constitui no primeiro dígito da Carta de Fragilidade Ambiental. A declividade foi escolhida como a variável de maior representatividade do relevo. Na tabela 5 e figura 7 pode-se visualizar as classes de declividades área de estudo, onde ocorre o predomínio da classe 5 que corresponde a áreas acima de 30% e 404,3566 km². Tabela 5: Declividade e área da Carta de Fragilidade Ambiental Declividade Área (Km²) Área (%) 1 0-6% 84,9081 11,96% 2 6-12% 46,2768 6,52% 3 12-20% 68,5023 9,65% 4 20-30% 105,7730 14,90% 5 Acima de 30% 404,3566 56,97% Total Geral 709,8167 100,00%

Com relação a pedologia foram encontradas três classificações de solo, conforme tabela 6 e figura 7, sendo os Cambissolos (93,50%) e os Espodossolos (6,48%) em praticamente todo o território e Latossolo Vermelho-amarelo em uma pequena porção (0,02%) no planalto acima da Serra do Mar. Os Espodossolos não estavam contemplados nas classes de Ross, porém, de acordo com suas características arenosas e de baixa estabilidade (EMBRAPA, 2016), o mesmo foi considerado neste estudo como Muito Forte. Tabela 6: Tipo de solo e área da Carta de Fragilidade Ambiental Tipo de Solo Área (Km²) Área (%) 3 Latossolo 0,1411 0,02% 4 Cambissolo 643,0793 93,50% 5 Espodossolo 44,5662 6,48% Total 687,7865 100,00% Quanto ao uso e ocupação, conforme Tabela 7 e Fig. 7, a área que correspondente a cobertura é vegetação e área urbana com 612,37 Km², sendo (86,14%), Capoeira e pastagem (96,63 Km² e 6,48%) predominando em maior parte do território e áreas desmatadas, queimadas e solo exposto (1,87 Km² e 0,26%) em menor quantidade, porém estas áreas favorecem a degradação do ambiente aumentando a fragilidade ambiental. Tabela 7: Uso e ocupação territorial Uso e Ocupação Área (Km²) Área (%) 1 Vegetação e área urbana 612,37 86,14% 2 Capoeira e pastagem 96,63 13,59% 3 Silvicultura 0,00 0,00% 4 Culturas de ciclo curto 0,00 0,00% 5 Áreas desmatadas, queimadas e solo exposto 1,87 0,26% Total 710,87 100,00%

Fig. 7: Mapas de Declividade, Pedologia e de Uso e Ocupação do Solo reclassificados conforme a fragilidade ambiental 3.4 Mapa de Fragilidade Ambiental Utilizando-se dos mapas elaborados conforme descrito nos itens acima, elaborou-se o Mapa de Fragilidade Ambiental apresentado na Fig. 8 abaixo. Fig. 8: Mapa de Fragilidade Ambiental do Município de Ubatuba/SP

Através do mapa de fragilidade ambiental elaborado, calculou-se que 96,57% do município de Ubatuba encontra-se em áreas de Fragilidade Ambiental Forte (34,80%) e Muito Forte (61,77%), conforme apresentado no gráfico abaixo (Figura 9).. Estes resultados estão relacionados principalmente às características do meio físico do município, entre eles o relevo acidentado, que apresenta 56,97% da área total do município com declividade superior a 30%, e a predominância da ocorrência de Cambissolos (93,5%) e Espodossolos (6,48%), representando respectivamente áreas de Fragilidade Ambiental Forte e Muito Forte. A Fig. 9 apresenta um gráfico mostrando a classificação das áreas de fragilidade. Figura 9: Áreas calculadas conforme o Mapa de Fragilidade Ambiental 4 CONCLUSÕES O município de Ubatuba apresenta a maior parte de seu território classificada como de Fragilidade Ambiental Muito Forte e Forte em 61,77% e 34,80% respectivamente de sua área. Estes resultados mostram que quase a totalidade do munícipio tem potencial de ocorrência de processos erosivos agressivos a intensos, devido em grande parte aos valores elevados de declividade encontrados nas encostas da Serra do Mar e dos tipos de solo predominantes. O potencial erosivo encontrado, aliado aos os altos índices pluviométricos apresentados na área de estudo pode agravar a estabilidade geológica e aumentar o risco de ocorrência de processos geológicos. Devido à alta fragilidade ambiental e o potencial erosivo encontrados principalmente nas encostas da Serra do Mar, a expansão da ocupação humana deverá respeitar os fatores limitantes impostos pelo terreno e evitar a remoção da vegetação nativa que recobrem as áreas de instabilidade. Essas recomendações já deveriam estar sendo aplicadas, pois apenas 20% do município não é considerado área de conservação. Porém a especulação imobiliária vem pressionando a ocupação desses terrenos frágeis ambientalmente.

5 BIBLIOGRAFIA AB'Saber, A. N. (1954). Geomorfologia do Estado de São Paulo. Aspectos Geográficos da Terra Bandeirante. Rio de Janeiro, RJ, Brasil: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. CATi. (2007). Coordenadoria de Assistência Técnica Integral. Levantamento das Unidades de Produção Agrícola. Campinas, São Paulo, Brasil: Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. Cruz, O. (1974). A Serra do Mar e o Litoral na Área de Caraguatatuba, contribuição à Geomorfologia Litorânea e Tropical. São Paulo, SP, Brasil: IGEOG - USP. EMBRAPA. (05 de 04 de 2016). EMBRAPA. Fonte: EMBRAPA: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/solos_tropicais GALLO Jr., H.; Olivato, D. (2014) Ordenamento Territorial e Gestão de Riscos na Região do Litoral Norte de São Paulo Brasil Multidimensão e territórios de risco. Presented at the 2014. Coimbra, 2014. Disponível em <https://digitalis.uc.pt/handle/10316.2/34939>. IAC. (2002). Instituto Agronômico de Campinas. Mapa Pedológico do Estado de São Paulo. Campinas, SP, Brasil. IBGE. (2002). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mapa de Clima do Brasil - Escala 1.500.000. Brasilia, Distrito Federal, Brasil. IBGE. (2013). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas do Censo Demográfico de 2010. Brasilia, Distrito Federal, Brasil. IF. (2010). Instituto Florestal do Estado de São Paulo. Inventário Florestal do Estado de São Paulo. São Paulo, São Paulo: Secretaria de Estado do Meio Ambiente. IG. (1996). Instituto Geológico do Estado de São Paulo. Mapa Geomorfológico do Município de São Sebastião - Projeto Carta de Risco a Movimentos de Massa e Inundação do Município de São Sebastião. São Paulo, SP, Brasil: Secretaria de Estado do Meio Ambiente. JORGE, M. C. O. (2004) Zoneamento Ambiental do Município de Ubatuba SP. Rio Claro, São Paulo Brasil. Tese de Doutorado: Universidade Estadual Paulista UNESP; Departamento de Planejamento Territorial e Geoprocessamento. MAZZOCATO, M. E. (1998). Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento aplcados ao zoneamento urbano da Bacia do Rio Una. São José dos Campos, São Paulo, Brasil: (INPE- 6820-TDI/641) Dissertação Mestrado em Sensoriamento Remoto. OLIVEIRA, G. S., COSTA, B. O., LIRA, T. A. M., SANTOS, R. P. e VANZELA, L. S. (2015) Geotecnologias Aplicadas Ao Potencial Natural De Erosão Em Bacia Hidrográfica - SP, Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA, São Pedro. Resumos... São Paulo: CONBEA. ROCHA da, K. N. D; (2011) Relações entre a vulnerabilidade social e a fragilidade ambiental do Litoral Norte Paulista: O caso dos municípios de Ilhabela, São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba. Campinas, São Paulo Brasil. Dissertação de Mestrado: Universidade de Campinas UNICAMP: Instituto de Geociências. ROSS, J. L. (1994). Análise Empírica da Fragilidade dos Ambientes Naturais e Antropizados. Revista do Departamento de Geografia numero 8. SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE - SMA. Atlas das Unidades de Conservação Ambiental do Estado de São Paulo. São Paulo: SMA, 2000. 64 p. mapas. SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE SMA/COORDENADORA DE PLANEJAMENTO AMBIENTAL CPLA. Zona Costeira Paulista: Relatório de Qualidade Ambiental 2012. São Paulo: SMA/CPLA, 2012 SIGRH. (05 de 04 de 2016). Sistema Informação para Gestão de Recuroso Hídricos do Estado de São Paulo. Fonte: SIGRH: http:/www.sigrh.sp.gov.br