Resolução SMA 45/2015 Logística reversa estadual. Câmara Ambiental da Indústria Paulista (CAIP/Fiesp) Julho de 2015

Documentos relacionados
Decisão de Diretoria CETESB nº 120/2016/C, de 01 de junho de 2016

INFORMATIVO AMBIENTAL

Seminário: Responsabilidade Compartilhada no Gerenciamento dos Resíduos Sólidos

A Logística Reversa e a Política Estadual de Resíduos Sólidos

DIREITO AMBIENTAL. Sustentabilidade A sustentabilidade na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº de 2010) Parte 2 Prof.

DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL GESTÃO DE RESÍDUOS : INTERFACE DOS MUNICÍPIOS COM A LOGÍSTICA REVERSA

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB) Decisão de Diretoria - 120/2016/C, de (DOE 03/06/2016)

RESÍDUOS SÓLIDOS : as responsabilidades de cada Setor

Política Nacional de Resíduos Sólidos. Sistema de Logística Reversa de Embalagens. Fabricio Soler

EDITAL DE CHAMAMENTO Nº 01/2012. Convoca os setores empresariais a apresentar propostas de LOGÍSTICA REVERSA conforme Lei /10 e Decreto 7404/10

EDITAL DE CHAMAMENTO Nº 01/2012 Convoca os setores empresariais a apresentar propostas de LOGÍSTICA REVERSA conforme Lei /10 e Decreto 7404/10

AJUDE O PLANETA A PRESERVAR VOCÊ

(a que se refere o artigo 1º da Decisão de Diretoria 076/2018/C de )

Painel IV: Os Acordos Setoriais e PMGIRS Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Logística Reversa no Brasil Cenário atual e futuro

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Politicas Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos

DECISÃO DE DIRETORIA Nº 076/2018/C, de 03 de abril de 2018

PLATAFORMA ITUIUTABA LIXO ZERO

Logística reversa no Brasil. Tasso A. R. P. Cipriano

PNRS e a Logística Reversa. Free Powerpoint Templates Page 1

Política Estadual de Resíduos Sólidos: Logística reversa Embalagens pós consumo

Responsabilidade do Produtor na Política Nacional de Resíduos Sólidos do Brasil

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Lei Nº / Decreto Nº 7.404/2010

Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas CONSIMARES. Área de atuação: Resíduos Sólidos

0 7 / F a b r i c i o D o r a d o S o l e r f a b r i c i o s o l e f e l s b e r g. c o m. b r

Política Nacional de Resíduos Sólidos

Logística reversa de embalagens de lubrificantes

Influência dos Fertilizantes Organominerais sobre os organismos do solo. João Cezar M. Rando 05/04/2017

Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Logística Reversa. 21 de Setembro de 2018

Política Estadual de Resíduos Sólidos: Ações do Governo do Estado em Logística Reversa

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS : PNRS - A Visão da Indústria no Estado de São Paulo

PLATAFORMA ITUIUTABA LIXO ZERO

Política Nacional de Resíduos Sólidos Responsabilidades Fabricantes, Importadores e Comerciantes (Lei /2010 e Decreto 7.

RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA E LOGÍSTICA REVERSA: IMPLEMENTAÇÃO NO CONTEXTO BRASILEIRO

Recolhimento e Destinação de Embalagens de Sementes Tratadas Edivandro Seron

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

A Implantação da Logística Reversa no Estado de São Paulo

Departamento de Meio Ambiente DMA/FIESP. Política Nacional de. Agosto de 2010

Contexto: A Implantação da Logística Reversa em São Paulo

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PALESTRA DE SENSIBILIZAÇÃO E FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES

Carlos R V Silva Filho

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Zilda Maria Faria Veloso

Ações do Estado de São Paulo na PERS

LOGÍSTICA REVERSA: DESAFIO DA IMPLEMENTAÇÃO EM SISTEMA METROFERROVIÁRIO

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Política Nacional de Resíduos Sólidos

DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE PROJETO PILOTO DE ECONOMIA CIRCULAR DE EMBALAGEM

Panorama da PNRS no Estado de São Paulo

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS LEI Nº /2010 DECRETO Nº 7.404/2010

Seminário GVcev Gestão de Resíduos e Pós-Consumo no Varejo. Reciclagem no setor de Informática Fabiola A. Vizentim

PLATAFORMA ITUIUTABA LIXO ZERO

Política Nacional de Meio Ambiente e Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Henrique Ferreira Líder de Meio Ambiente - Intertox Julho

Hsa GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS. Resíduos Sólidos. PROFa. WANDA R. GÜNTHER Departamento Saúde Ambiental FSP/USP

Resíduos Sólidos Desafios da Logística Reversa. Zilda M. F. Veloso 08abril2014

Política Nacional de Resíduos Sólidos. Responsabilidade Compartilhada. Seguro Ambiental. José Valverde Machado Filho

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Política Nacional de Resíduos Sólidos Breves Considerações Núcleo de Meio Ambiente CIESP Regional Jaú/SP

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS A VISÃO DO SETOR DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS

Logística Reversa para Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados

Implantação da Logística Reversa no Estado de São Paulo

Prof. Me. Fábio Novaes

DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E DEPARTAMENTO DO AGRONEGÓCIO SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA DE EMBALAGENS

A legislação de resíduos sólidos no Brasil

CHAMAMENTO PARA A ELABORAÇÃO DE ACORDO SETORIAL PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA DE EMBALAGENS EM GERAL EDITAL N O 02/2012

Projeto piloto de logística reversa de embalagens

Seminário A Evolução da Limpeza Pública

2ª Oficina de Esclarecimento sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS. São Paulo, 23 de Setembro de 2010

III EXPERIÊNCIA DA PRIMEIRA ETAPA DE IMPLEMENTAÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA NO ESTADO DE SÃO PAULO

Implementação da Logística Reversa: Ações do Governo do Estado de São Paulo

COMITÊ ORIENTADOR PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE LOGÍSTICA REVERSA DELIBERAÇÃO Nº 11, DE 25 DE SETEMBRO DE 2017

"Estabelece que a implementação de sistemas de logística reversa deve buscar atender as diretrizes que especifica".

III SEMINÁRIO ESTADUAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL

Sementes Tratadas não Comercializadas e suas Embalagens. Proposta de Destinação Ambientalmente Adequada

Aula nº. 36. Política nacional de resíduos sólidos.

XII CONFERÊNCIA DAS CIDADES

Lima, J. C. F a ; Avoleta, A. b ;Lima, O. F. c ; and Rutkowski, E. W. d

Implantação da Logística Reversa no Estado de São Paulo

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo

Lei / PNRS. São Paulo, 30 de Agosto de 2010

PNRS Logística Reversa de Resíduos Eletroeletrônicos

Seminário Internacional de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (SIREEE) dias 22 e 24 de Fevereiro de 2011, em Recife- Pernambuco, Brasil

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Lei /2010. Flávia França Dinnebier

Proposta de Acordo Setorial Lâmpadas Inservíveis FIESP - CAMARA AMBIENTAL - 22/07/2014

PLATAFORMA ITUIUTABA LIXO ZERO

Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Departamento de Engenharia Civil. CIV 640 Saneamento Urbano

Atualidades jurídicas sobre o setor de lubrificantes: conjuntura atual acerca da logística reversa e revisão da norma de penalidades

PRODUTOS INSERVÍVEIS DO PÓS CONSUMO Encaminhamento para os produtos que no final da vida útil tornam-se resíduos sólidos, devendo retornar a cadeia pr

Simulado de Noções de Sustentabilidade para o TJPE.

PROJETO DE LEI Nº 183/2013

Resíduos eletro-eletrônicos. Identificação de Gargalos e Oportunidades na Gestão Adequada

CONSIDERANDO a Lei nº , de 31 de dezembro 2010, que institui a Política Estadual de Educação Ambiental no Estado do Rio Grande do Sul;

Prefeitura do Recife - EMLURB

Aula 06 PRINCÍPIO DO CONSERVADOR-RECEBEDOR

CIESP DR Americana e 4 Reunião do Grupo Regional de Estudos Jurídicos / Consórcio PCJ. Eng. Jorge Rocco CIESP/Diretoria de Meio Ambiente

A LO L GÍS Í T S I T C I A R EV E E V R E SA

Regulamentação de Coleta e Descarte de. Gilberto Albertini MANN+HUMMEL Reunião Abrafiltros - Mai/2010 Guarulhos, SP

BOLETIM DO LEGISLATIVO Nº 15, DE 2012

Transcrição:

Resolução SMA 45/2015 Logística reversa estadual Câmara Ambiental da Indústria Paulista (CAIP/Fiesp) Julho de 2015

RESOLUÇÃO SMA Nº 45, DE 23 DE JUNHO DE 2015 Define as diretrizes para implementação e operacionalização da responsabilidade pósconsumono Estado de São Paulo, e dá providências correlatas. 2

Artigo 1º - Ficam definidas as diretrizes para o aprimoramento, implementação e operacionalização da responsabilidade pós-consumo no Estado de São Paulo, conforme dispõe o artigo 53 da Lei Estadual nº 12.300, de 16 de março de 2006, e o artigo 19 do Decreto Estadual nº 54.645, de 05 de agosto de 2009. Parágrafo único - A logística reversa, conforme definida no inciso XII, do artigo 3º, da Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, integra e operacionaliza a responsabilidade pós-consumo para fins desta Resolução. 3

Artigo 2 - São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos e embalagens após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos que, por suas características, exijam ou possam exigir sistemas especiais para acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento ou destinação final, de forma a evitar danos ao meio ambiente e à saúde pública, mesmo após o consumo desses itens. 4

Parágrafo único - Fica inicialmente estabelecida a seguinte relação de produtos e embalagens comercializados no Estado de São Paulo sujeitos à logística reversa: I - Produtos que, após o consumo, resultam em resíduos considerados de significativo impacto ambiental: a) Óleo lubrificante usado e contaminado; b) Óleo comestível; c) Filtro de óleo lubrificante automotivo; d) Baterias automotivas; e) Pilhas e Baterias portáteis; f) Produtos eletroeletrônicos e seus componentes; g) Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; h) Pneus inservíveis; e i) Medicamentos domiciliares, vencidos ou em desuso. 5

II - Embalagens de produtos que componham a fração seca dos resíduos sólidos urbanos ou equiparáveis, exceto aquelas classificadas como perigosas pela legislação brasileira, tais como as de: a) Alimentos; b) Bebidas; c) Produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos; d) Produtos de limpeza e afins; e e) Outros utensílios e bens de consumo, a critério da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, ou da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB. III - As embalagens que, após o consumo do produto, são consideradas resíduos de significativo impacto ambiental, tais como as de: a) Agrotóxicos; e b) Óleo lubrificante automotivo. 6

Artigo 3 - A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB poderão, a seu critério, celebrar Termos de Compromisso visando ao acompanhamento e implementação dos sistemas de logística reversa. 1º - Os Termos de Compromisso em vigência devem obrigatoriamente ser renovados, conforme modelo padronizado disponibilizado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB, de modo a contemplar o disposto nesta Resolução. 2º - A homologação de Acordo Setorial Federal, ou outro instrumento legal equivalente, implicará, respeitadas as medidas de proteção ambiental, conforme garantidas no 2º, do artigo 34, da Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, na revisão dos respectivos Termos de Compromisso visando à sua compatibilização ou complementação. 3 - Os sistemas de logística reversa deverão ser, preferencialmente, implementados por meio de entidade representativa do setor contemplando conjuntos de empresas, ou por pessoa jurídica criada com o objetivo de gerenciar o respectivo sistema. 7

(Plano de gerenciamento de resíduos sólidos) Artigo 4º - Para atendimento ao disposto no artigo 24, da Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010; no artigo 19, da Lei Estadual nº 12.300, de 16 de março de 2006; e no artigo 11, do Decreto Estadual nº 54.645, de 05 de agosto de 2009, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB exigirá o cumprimento desta Resolução como condicionante para a emissão ou renovação da licença de operação. 1º - A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB, nos termos do inciso XVIII, do artigo 4º, da Lei Estadual nº 12.300, de 16 de março de 2006, definirá, em até 6 (seis) meses, as diretrizes e a progressividade das metas estruturantes e quantitativas para aplicação dessa exigência. 8

(Plano de gerenciamento de resíduos sólidos) Artigo 4º... continuação 2º - O acompanhamento e a comprovação do cumprimento a esta Resolução pelas empresas signatárias ou aderentes de Termos de Compromisso firmados com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB se darão conforme definidos nos próprios instrumentos. 3º - Para as empresas não signatárias ou aderentes de Termos de Compromisso com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB, o acompanhamento e comprovação do cumprimento ao disposto nesta Resolução serão regidos pelas regras e metas a serem definidas e divulgadas oportunamente pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB. 4 - As metas às quais se refere o parágrafo anterior deverão ser, no mínimo, proporcionais àquelas dos Termos de Compromissos renovados, conforme previsto no 1º, do artigo 3º, desta Resolução, para a respectiva categoria de resíduos pós-consumo, em relação à quantidade, em peso, de produto ou embalagem colocada no mercado paulista no ano anterior pela empresa ou conjunto de empresas em questão, bem como às estruturantes. 9

Artigo 5 - A Comissão Estadual de Resíduos Sólidos deverá, segundo calendário próprio e por meio de seu Grupo de Apoio Executivo, coordenar a elaboração de propostas de regulamentação para: I - Formas de interação e participação dos Municípios, distribuidores e comerciantes nos sistemas de logística reversa dos produtos e embalagens a que se refere esta Resolução; II - Estímulo à eliminação, redução, reutilização e reciclagem de resíduos, principalmente embalagens; III - Tratamento tributário e fiscal específico para os resíduos objeto dos sistemas de logística reversa e para os produtos originados da reutilização e reciclável desses resíduos; e IV - Restrição de venda de produtos de empresa instalada em outro estado da federação e não signatária ou aderente a um sistema de logística reversa que atenda o Estado de São Paulo. 10

Artigo 6 - A observância ao disposto nesta Resolução é considerada obrigação de relevante interesse ambiental para os efeitos da Lei Federal n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Artigo 7 - O não cumprimento a esta Resolução ensejará a aplicação das penalidades previstas na legislação ambiental, em especial as da Lei Estadual nº 9.509, de 20 de março de 1997; da Lei Estadual nº 12.300, de 16 de março de 2006; do Decreto Estadual nº 54.645, de 05 de agosto de 2009, e do Decreto Federal n 6.514, de 22 de julho de 2008, alterado pelo Decreto Federal n 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Artigo 8 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as Resoluções SMA nº 38, de 02 de agosto de 2011; n 11, de 09 de fevereiro de 2012, e n 115, de 03 de dezembro de 2013. 11

Departamento de Meio Ambiente - DMA DMA / FIESP Av. Paulista, 1313 São Paulo/SP Brasil Tel.: + 55 (11) 3549-4675 Site: www.fiesp.org.br e-mail: cdma@fiesp.org.br twitter.com/fiespambiental 12