Seminário Internacional de Direito Ambiental Empresarial. Evolução da Política de Gestão de Resíduos em Portugal. José Eduardo Martins

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Transcrição:

Seminário Internacional de Direito Ambiental Empresarial Evolução da Política de Gestão de Resíduos em Portugal José Eduardo Martins Rio de Janeiro, 31 de Maio de 2012 1

Ambiente e Resíduos: Antecedentes No início do processo de construção europeia os principais objectivos ambientais centravam-se na integração económica, não constando qualquer referência à problemática da protecção do ambiente nos Tratados de Paris e Roma. Contudo, o desenvolvimento industrial que marcou os anos 50 e 60 chamou a atenção para o previsível esgotamento dos recursos naturais e consequente deterioração da qualidade de vida, contribuindo para a tomada de consciência quanto à importância de políticas ambientais. Nos anos 70 e 80 a poluição tornou-se demasiado evidente para ser ignorada. Milho e Petróleo Progresso exponencial 2

Evolução do Enfoque das Políticas Europeias de Gestão de Resíduos Fonte: PNGR, 26 de Maio de 2011 3

Evolução da Perspectiva Política Europeia sobre os Princípios de Gestão de Resíduos Controlo da poluição Prevenção da poluição Procurou alterar o foco programático das políticas sobre resíduos (1987-1992) Consagração dos princípios da precaução e do poluidor-pagador; Preocupação na regulação da deposição final dos resíduos e desenvolvimento das tecnologias de tratamento de fim-de-linha para as indústrias mais poluidoras. 4

Evolução Legislativa: UE / Portugal União Europeia Portugal Directiva n.º 75/442/CEE, de 15 de Julho Directiva n.º 91/156/CEE, de 18 de Março Decreto-Lei n.º 488/85, de 25 de Novembro Decreto-Lei n.º 310/95, de 20 de Novembro Directiva n.º 91/689/CEE, de 12 de Dezembro Directiva n.º 2006/12/CE, de 5 de Abril Directiva n.º 2008/98/CE, de 19 de Novembro Decreto-Lei n.º 239/97, de 9 de Setembro Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho 5

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Decreto-Lei n.º 178/2006* Os Princípios e exemplos da sua concretização Princípio da Precaução Adopção de medidas cautelares em caso de emergência ou perigo grave para a saúde ou ambiente que resulte de qualquer operação de gestão de resíduos (mesmo antes da existência de provas científicas) DL 138/96, artigo 18.º, n.º 1 A autorização de transferência, reenvio ou trânsito de resíduos radioactivos fica condicionada à existência de um seguro de responsabilidade civil por danos causados ao ambiente ou à saúde pública, ( ). DL 147/2008 Regime Jurídico da Responsabilidade por Danos Ambientais Responsabilidade objectiva Quem, em virtude do exercício de uma actividade económica ( ) ofender direitos ou interesses alheios por via da lesão de um qualquer componente ambiental é obrigado a reparar os danos resultantes dessa ofensa, independentemente da existência de culpa ou dolo. Responsabilidade subjectiva Quem, com dolo ou mera culpa, ofender direitos ou interesses alheios por via da lesão de um componente ambiental fica obrigado a reparar os danos resultantes dessa ofensa. *Na redacção do DL 73/2011, de 17 de Junho 6

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Decreto-Lei n.º 178/2006* Os Princípios e exemplos da sua concretização Princípio da Prevenção de Resíduos (qualitativa e quantitativa) de Danos (saúde e ambiente) DL 366-A/97, artigo 3.º-A, n.º 1 Todos os intervenientes no ciclo de vida da embalagem ( ) devem contribuir ( ) para o correcto funcionamento dos sistemas de gestão ( ), adoptando as práticas de ecodesign e de consumo sustentável mais adequadas ( ). DL 366-A/97, artigo 7.º, n.º 1, al. e) Até 31 de Dezembro de 2011, reciclagem entre, no mínimo, 55% e, no máximo, 80% em peso dos resíduos de embalagens. *Na redacção do DL 73/2011, de 17 de Junho 7

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Decreto-Lei n.º 178/2006* Os Princípios e exemplos da sua concretização Princípio da Auto-Suficiência Nacional capacidade plena de gestão dos resíduos produzidos Comunitária rede integrada de instalações de eliminação DL 178/2006, artigo 4.º* 1 - As operações de tratamento devem decorrer em instalações adequadas ( ) preferencialmente em território nacional e obedecendo a critérios de proximidade. 2 A Autoridade Nacional dos Resíduos (ANR) pode interditar as transferências de resíduos de e para o território nacional ( ). Princípio da Proximidade eliminação dos resíduos o mais próximo possível do local da sua produção; excepção ao princípio da auto-suficiência; critérios na legislação relativa à deposição em aterro. *Na redacção do DL 73/2011, de 17 de Junho 8

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Decreto-Lei n.º 178/2006* Os Princípios e exemplos da sua concretização Princípio do Planeamento Definição antecipada de objectivos e estratégias de âmbito nacional, multimunicipal, intermunicipal ou municipal; planos de gestão especiais industriais, urbanos, agrícolas e hospitalares DL 178/2006, artigo 13.º, n.º 1* As orientações fundamentais da política de gestão de resíduos constam do plano nacional de gestão de resíduos, dos planos específicos de gestão de resíduos e dos planos multimunicipais, intermunicipais e municipais de acção. *Na redacção do DL 73/2011, de 17 de Junho 9

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Decreto-Lei n.º 178/2006* Os Princípios e exemplos da sua concretização Princípio do Poluidor Pagador o responsável pelos resíduos suporta os seus custos ambientais e sociais (aplicação de taxas com função extra-fiscal) DL 183/2009, artigo 45.º, n.º 2 As tarifas cobrem os custos decorrentes da instalação e da exploração do aterro, incluindo o custo da garantia financeira e as despesas previsíveis com o encerramento e manutenção e controlo na fase pós-encerramento do aterro durante um período de, pelos menos, 30 anos, com excepção dos aterros para resíduos inertes, em que o período mínimo é de 5 anos. Portaria 29-B/98, artigo 7.º, n.º 2, al. d) 2 A transferência de responsabilidade para a entidade gestora é objecto de contrato escrito, com a duração mínima de três anos, e contendo obrigatoriamente: ( ) d) As contrapartidas financeiras devidas à entidade, tendo em conta as respectivas obrigações, definidas na presente portaria. *Na redacção do DL 73/2011, de 17 de Junho 10

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Decreto-Lei n.º 178/2006* Os Princípios e exemplos da sua concretização Prevenção Princípio da Hierarquia de Prioridades de Gestão Valorização Eliminação DL 178/2006*, artigo 7.º, n.º 1* 1 A política e a legislação em matéria de resíduos devem respeitar a seguinte ordem de prioridades no que se refere às opções de prevenção e gestão de resíduos: a) Prevenção e redução; b) Preparação para a reutilização; c) Reciclagem; d) Outros tipos de valorização; e) Eliminação. *Na redacção do DL 73/2011, de 17 de Junho 11

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Decreto-Lei n.º 178/2006 O Conceito de Resíduo e suas Implicações «Qualquer substância ou objecto de que o detentor se desfaz ou tem a intenção ou a obrigação de se desfazer, nomeadamente os identificados na Lista Europeia de Resíduos» Utilidade? Significado de desfazer-se? LER inclusão de uma determinada matéria na lista não significa que constitua resíduo em todas as situações; é resíduo quando preenche requisitos da definição legal. 12

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Decreto-Lei n.º 178/2006 O Conceito de Resíduo e suas Implicações Tribunal de Justiça Conceito objectivo de resíduo: são quaisquer substâncias de que o detentor tem intenção de se desfazer, independentemente de se destinarem a valorização ou eliminação Importância Prática Sujeição do produtor ou detentor de um produto ou substância ao regime legal de gestão de resíduos e, logo, ao dever de obtenção de títulos, pagamento de taxas, realização de registos 13

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Directiva n.º 2008/98/CE, 19/11 Aspectos Principais Clarificação de conceitos (gestão de resíduos, recolha, reutilização e tratamento) Nova hierarquização da gestão de resíduos Princípio da Responsabilidade Alargada do Produtor Estatuto de fim de vida de resíduo Conceito de Subproduto 14

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Nova hierarquização da gestão de resíduos A hierarquia dos resíduos estabelece uma ordem de prioridades do que constitui geralmente a melhor opção ambiental global na legislação e política de resíduos, embora possa ser necessário que certos fluxos específicos de resíduos se afastem dessa hierarquia sempre que tal se justifique por razões designadamente de exequibilidade técnica e viabilidade económica e de protecção ambiental. a) Prevenção e redução; b) Preparação para a reutilização; c) Reciclagem; d) Outros tipos de valorização, por exemplo a valorização energética; e) Eliminação. 15

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Princípio da Responsabilidade Alargada do Produtor Utilização Produção de resíduo Processo produtivo Gestão de resíduo fim de vida 16

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Estatuto de fim de vida de resíduo O fim do estatuto de resíduo pode aplicar-se a determinados resíduos quando tenham sido submetidos a uma operação de valorização, incluindo a reciclagem, e satisfaçam critérios específicos a estabelecer nos termos das seguintes condições: A substância ou objecto ser habitualmente utilizado para fins específicos; Existir um mercado ou procura para essa substância ou objecto; A substância ou objecto satisfazer os requisitos técnicos para os fins específicos e respeitar a legislação e as normas aplicáveis aos produtos; e A utilização da substância ou objecto não acarretar impactes globalmente adversos do ponto de vista ambiental ou da saúde humana; Os critérios podem incluir valores limite para os poluentes e ter em conta eventuais efeitos ambientais adversos da substância ou objecto. Na ausência de definição de critérios a nível comunitário, pode ser decidido, relativamente a determinado resíduo, o fim do estatuto de resíduo, cujos critérios são determinados através de portaria do membro do Governo responsável pela área do ambiente, sob proposta da ANR e tendo em conta a jurisprudência aplicável. 17

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Conceito de Subproduto Podem ser considerados subprodutos e não resíduos quaisquer substâncias ou objectos resultantes de um processo produtivo cujo principal objectivo não seja a sua produção quando verificadas as seguintes condições: Existir a certeza de posterior utilização da substância ou objecto; A substância ou objecto poder ser utilizado directamente, sem qualquer outro processamento que não seja o da prática industrial normal; A produção da substância ou objecto ser parte integrante de um processo produtivo; e A substância ou objecto cumprir os requisitos relevantes como produto em matéria ambiental e de protecção da saúde e não acarretar impactes globalmente adversos do ponto de vista ambiental ou da saúde humana, face à posterior utilização específica. Na ausência de critérios comunitários, para efeitos da aplicação do supra disposto, a ANR pode, depois de ouvidos os operadores económicos directamente interessados ou as suas estruturas representativas, definir os critérios que garantam o cumprimento das condições a verificar para que uma substância ou objecto seja considerado subproduto. 18

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Decreto-Lei n.º 73/2011 Aspectos Principais 1. Clarificação de conceitos-chave: Altera o DL 178/2006 regime geral da gestão de Armazenamento preliminar antes da recolha Armazenamento antes do tratamento resíduos - e transpõe a Directiva 2008/98/CE Os estabelecimentos que produzam resíduos no âmbito das suas actividades não são sujeitos a licenciamento para o armazenamento dos mesmos antes da recolha. Gestão de Resíduos: recolha, transporte, valorização e eliminação de resíduos, incluindo a supervisão destas operações ( ). 19

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Decreto-Lei n.º 73/2011 Aspectos Principais Produtor de Resíduos: qualquer pessoa que desenvolva, fabrique, embale, transforme, trate, venda ou importe produtos para território nacional no âmbito da sua actividade profissional. 2. Responsabilidade pela gestão de resíduos cabe ao produtor inicial dos resíduos (sem prejuízo de poder ser imputada, total ou parcialmente, ao produtor do produto que deu origem ao resíduo, e partilhada pelos distribuidores, se decorrer de lei especial); 3. Metas de Reutilização, Reciclagem e outras formas de valorização até 2020; 4. Criação de uma categoria de subprodutos e fim do estatuto de resíduos para determinados resíduos específicos; 20

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Decreto-Lei n.º 73/2011 Aspectos Principais 5. Alargamento do âmbito do mercado organizado de resíduos aos subprodutos, materiais reciclados e resíduos perigosos; 6. Introdução da guia de acompanhamento de resíduos electrónica em matéria de transporte (e- GAR). 21

Quem? O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Decreto-Lei n.º 73/2011 Gestão de Resíduos Actividades de recolha, transporte, valorização e eliminação de resíduos, incluindo a supervisão dessas operações, a manutenção dos locais de eliminação no pós-encerramento, bem como as medidas adoptadas na qualidade de comerciante ou corrector. (DL n.º178/2006, de 5 de Setembro, na redacção do DL n.º 73/2011, de 17 de Junho) a) Produtor; b) Terceiro operador autorizado para a gestão de resíduos; i) Instalações móveis ii) Instalações fixas Onde? 22

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Decreto-Lei n.º 73/2011 Operações e Licenciamento Estão sujeitas a Licenciamento: A actividade de tratamento de resíduos excepto as descritas no n.º 4 do art. 23.º do DL 73/2011; Tratamento - qualquer operação de valorização ou de eliminação de resíduos, incluindo a preparação prévia à valorização ou eliminação e as actividades económicas referidas no anexo IV do DL 73/2011; Operações de descontaminação dos solos e de valorização agrícola de resíduos, sem prejuízo do disposto em legislação especial. Operações de tratamento de resíduos que se desenvolvam em instalações móveis, devendo o acto de licenciamento, nestes casos, definir os tipos de locais em que o seu desenvolvimento é permitido, de acordo com o tipo de resíduos e de operações de gestão em causa. 23

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Decreto-Lei n.º 73/2011 Operações e Licenciamento Actividades sujeitas a Licenciamento Simplificado: O tratamento de resíduos relativo a situações pontuais, dotadas de carácter não permanente ou em que os resíduos não resultem da normal actividade produtiva; Armazenagem de resíduos, quando efectuadas no próprio local de produção, no respeito pelas especificações técnicas aplicáveis e por período superior a um ano; O armazenamento e a triagem de resíduos em centros de recepção que integram sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos; A valorização de resíduos realizada a título experimental destinada a fins de investigação, desenvolvimento e ensaio de medidas de aperfeiçoamento dos processos de gestão de resíduos, por um período máximo de 6 meses, prorrogável até 18 meses; A valorização de resíduos não perigosos que não seja efectuada pelo produtor dos resíduos, com excepção da valorização energética e da valorização orgânica; Valorização de resíduos inertes, de betão e de betuminosos; Valorização de resíduos tendo em vista a recuperação de metais preciosos; Co-incineração de resíduos combustíveis não perigosos resultantes do tratamento mecânico de resíduos. 24

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Decreto-Lei n.º 73/2011 Operações e Licenciamento As instalações onde sejam exercidas as operações infra descritas, estão também sujeitas a Licenciamento Ambiental, ao abrigo do disposto no regime PCIP - Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de agosto, na redacção actual: Instalações de eliminação ou de valorização de resíduos perigosos listados no anexo iii da Portaria nº 209/2004, de 3 de Março, que realizem as operações de eliminação referidas na parte A do mesmo anexo, excluindo as operações D3 e D11 que são proibidas, ou as operações de valorização R1, R5, R6, R8 e R9 referidas na parte B do mesmo anexo, com uma capacidade superior a 10 t por dia; Instalações de incineração de resíduos urbanos, abrangidas pelo Decreto-Lei nº 85/2005, de 28 de Abril, com uma capacidade superior a 3 t por hora; Instalações de eliminação de resíduos não perigosos, que realizem as operações de eliminação D8 e D9 referidas na parte A do anexo iii da Portaria nº 209/2004, de 3 de Março, com uma capacidade superior a 50 t por dia; Aterros de resíduos urbanos ou de outros resíduos não perigosos, com excepção dos aterros de resíduos inertes, que recebam mais 10 t por dia ou com uma capacidade total superior a 25 000 t. 25

O Regime Geral dos Resíduos de 2006 e a Revisão de 2011: do Decreto-Lei n.º 178/2006 para o Decreto-Lei n.º 73/2011 Decreto-Lei n.º 73/2011 Operações e Licenciamento Estão, ainda, sujeitas a avaliação de impacte ambiental, nos termos do DL n.º 69/2000, na sua redacção actual, as seguintes instalações: Instalações destinadas à incineração, valorização energética, tratamento químico ou aterro de resíduos perigosos. Instalações destinadas à incineração ou tratamento químico de resíduos não perigosos com capacidade superior a 100 t/dia. Perfurações em profundidade, nomeadamente geotérmicas, para armazenagem de resíduos nucleares, para o abastecimento de água, com excepção de perfurações para estudo da estabilidade dos solos. Perfurações em profundidade, nomeadamente geotérmicas, para armazenagem de resíduos nucleares, para o abastecimento de água, com excepção de perfurações para estudo da estabilidade dos solos. Instalações destinadas a operações de eliminação de resíduos perigosos (não incluídos no anexo I). Instalações destinadas a operações de eliminação de resíduos não perigosos (não incluídos no anexo I). 26

Recolha Selectiva: Caminho de Reciclagem e Valorização Modelos de Implantação de Recolha Selectiva de Resíduos Face ao Princípio da Responsabilidade Alargada do Produtor Sistemas Integrados vs Sistemas Individuais O Financiamento dos Sistemas Integrados: ECOVALOR e Concorrência 27

Fluxos Específicos de Resíduos Concretização do Princípio da Responsabilidade Alargada do Produtor Embalagens Fluxo Responsabilidade Entidade Legislação Embalagens e Resíduos de Embalagens Medicamentos Produtos Fitofarmacêuticos Entidade Gestora ou Sistemas Individuais Entidade Gestora ou Sistemas Individuais Entidade Gestora ou Sistemas Individuais SPV Valormed Valorfito Pneus Entidade Gestora Valorpneu Pilhas Veículos Fim de Vida REEE Óleos Entidade Gestora ou Sistemas Individuais Entidade Gestora ou Sistemas Individuais Entidade Gestora ou Sistemas Individuais -Entidade Gestora ou Sistemas Individuais -Municípios/Produtor Ecopilha, Valorcar Valorcar Amb3E, ERP Pt RCD Municípios/Produtor - PT DL 366-A/97 DL 162/2000 DL 92/2006 DL 407/98 Portaria 29-B/98 UE Directiva 94/62/CE Directiva 2004/12/CE DL 111/2001 DL 43/2004 - DL 6/2009 DL 266/2009 DL 196/2003 DL 64/2008 DL 230/2004 DL 174/2005 Directiva 2006/66/CE Directiva 2008/12/CE Directiva 2008/103/CE Directiva 2000/53/CE Directiva 2002/95/CE Directiva 2003/108/CE Sogilub DL 153/2003 Directiva 75/439/CEE DL 46/2008 Portaria 417/2008-28

Reciclagem Fluxos Específicos de Resíduos Objectivos de Recolha, Reciclagem e Valorização do Fluxo Específico das Embalagens Objectivos até 31 de Dezembro de 2011 Valorização 60% Global 55% a 80% Vidro 60% Papel 60% Metais 50% Plásticos 22,5% Madeira 15% 29

Fluxos Específicos de Resíduos Objectivos de Recolha, Reciclagem e Valorização do Fluxo Específico dos Pneus Usados Operação Objectivos desde 2007 Recolha Recauchutagem Valorização 95% dos pneus usados anualmente gerados 30% dos pneus usados anualmente gerados Totalidade dos pneus recolhidos não recauchutados, dos quais 65% deverão ser reciclados 30

Fluxos Específicos de Resíduos Objectivos de Recolha, Reciclagem e Valorização do Fluxo Específico dos VFV Objectivos até 1 de Janeiro de 2015 Reutilização e Valorização 95% Reutilização e Reciclagem 85% 31

Reciclagem (até 26 de Setembro de 2011) Fluxos Específicos de Resíduos Objectivos de Recolha, Reciclagem e Valorização do Fluxo Específico de P&A Operações Reciclagem, em massa, das pilhas e acumuladores de chumbo-ácido Reciclagem, em massa, das pilhas e acumuladores de níquel cádmio Reciclagem, em massa, de outros resíduos de pilhas e de acumuladores Objectivos 65% 75% 50% Recolha até 31 de Dezembro de 2015 45% 32

Fluxos Específicos de Resíduos Objectivos de Recolha, Regeneração, Reciclagem e Valorização do Fluxo Específico de Óleos Usados Operações Recolha Regeneração Reciclagem Valorização Objectivos até 31 de Dezembro de 2006 85% (quantidade gerada/ ano) 25% (óleos recolhidos) 50% (óleos recolhidos não regenerados) 100% (óleos recolhidos não regenerados) 33

Tratamento da Matéria Orgânica nos RSUs Directiva n.º 1999/31/CE, do Conselho, de 26 de Abril, relativa à deposição de resíduos em aterros Objectivos: Prever medidas, processos e orientações que evitem ou reduzam efeitos negativos sobre o ambiente, em especial a poluição das águas de superfície e subterrâneas, do solo e da atmosfera, sobre o ambiente global, incluindo o efeito de estufa e riscos para a saúde humana; Prazo máximo de 15 anos (desde a transposição, em PT - 2009), os resíduos urbanos biodegradáveis destinados a aterros reduzidos para 35% da quantidade total (em peso) produzida em 1995; Definição, em 2 anos (desde a transposição) de estratégia nacional para a redução dos resíduos biodegradáveis destinados a aterros. ENRRUBDA Principais Objectivos: valorização da matéria orgânica e promoção simultânea do o efeito de escala através de soluções conjuntas que abranjam mais de um sistema de gestão de RSU s; estabelecimento de sistema económico-financeiro que privilegie a recolha selectiva e a minimização da deposição de resíduos em aterro. 34

Objectivos e Metas de Gestão de RUBs 35

Tratamento da Matéria Orgânica nos RSUs Soluções: Compostagem (processos aeróbios) Digestão anaeróbia Dificuldades de Concretização da ENRRUBDA Recolha Selectiva de Matéria Orgânica Qualidade e Destino do Produto Final Composto e CDR 36

Resíduos Industriais Resíduos gerados em processos produtivos industriais, bem como os que resultem das actividades de produção e distribuição de electricidade, gás e água (Decreto-Lei n.º 178/2006, na redacção actual). Subdividem-se em Resíduos Industriais Banais (RIB) e Resíduos Industriais Perigosos (RIP). 37

Resíduos Industriais Estudo Caracterização 2003 Fonte: Instituto dos Resíduos (Relatório Síntese do Estudo de Inventariação de Resíduos Industriais) Produção nacional de resíduos industriais 38

Resíduos Industriais Estudo Caracterização 2003 Fonte: Instituto dos Resíduos (Relatório Síntese do Estudo de Inventariação de Resíduos Industriais) Produção regional de resíduos industriais 39

Resíduos Industriais Perigosos O Fluxo Específico dos Óleos Usados As preocupações com a prevenção, produção e gestão de resíduos colocam-se com maior acuidade no caso dos óleos usados, na medida em que são classificados como resíduos perigosos. Regime Geral DL 153/2003, de 11 de Julho Prevenção da produção; Adopção das melhores técnicas disponíveis nas operações de gestão deste tipo de resíduos; Hierarquia de operações: (i) Regeneração (ii) Outras formas de reciclagem (iii) Outras formas de valorização 40

Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos CIRVER Regime jurídico do licenciamento da instalação e da exploração dos CIRVER Decreto-Lei n.º 3/2004, de 3 de Janeiro A actividade de instalação e exploração de um CIRVER depende de licenciamento a conceder após realização de concurso público que compreende 3 fases: (i) fase de préqualificação dos candidatos; (ii) fase de apreciação e selecção de projectos; e (iii) fase de emissão dos respectivos alvarás. 41

CIRVER Os CIRVER permitem intervir na maioria das tipologias dos resíduos industriais perigosos, conduzindo à sua redução e valorização e à sua posterior utilização como matéria-prima no mesmo processo ou em processo de fabrico diferente. 42

CIRVER Descrição da Composição dos CIRVER Unidades de Tratamento Unidade de Classificação, Triagem e Transferência Unidade de Descontaminação de Solos Unidade de Valorização de Embalagens Contaminadas Unidade de Tratamento de Resíduos Orgânicos Unidade de Tratamento Físico-Químico Unidade de Estabilização Aterro de Resíduos Industriais 43

Resíduos Industriais - Incineração e Co-incineração Decreto-Lei n.º 85/2005, de 28 de Abril, estabelece o regime a que fica sujeita a incineração e a coincineração de resíduos, com o objectivo de prevenir ou, tanto quanto possível, reduzir ao mínimo os seus efeitos negativos no ambiente, em especial a poluição resultante das emissões para a atmosfera, para o solo e para as águas superficiais e subterrâneas, bem como os riscos para a saúde humana. Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2000/76/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de Dezembro, relativa à incineração de resíduos. 44

Resíduos Industriais - Incineração e Co-incineração Instalação de co-incineração Instalação fixa ou móvel que tem como principal finalidade a produção de energia ou de materiais e que utiliza resíduos como combustível regular ou adicional, ou na qual os resíduos são sujeitos a tratamento térmico com vista à respectiva eliminação. Instalação de incineração Qualquer unidade e equipamento técnico, fixo ou móvel, dedicado ao tratamento térmico de resíduos, com ou sem recuperação da energia térmica gerada pela combustão, incluindo a incineração de resíduos por oxidação e outros processos de tratamento térmico, como a pirólise, a gaseificação ou os processos de plasma, desde que as substâncias resultantes do tratamento sejam subsequentemente incineradas. 45

Obrigado! José Eduardo Martins jose.e.martins@abreuadvogados.com Sócio da Abreu Advogados www.abreuadvogados.com 46