CONCEITOS E PRINCÍPIOS DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS

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1 CONCEITOS E PRINCÍPIOS DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS AMBIENTE Conjunto dos sistemas físicos, químicos, biológicos e suas relações, e dos factores económicos, sociais e culturais com efeito directo ou indirecto, mediato ou imediato, sobre os seres vivos e a qualidade de vida do homem. (Lei nº 11/87, Lei de Bases do Ambiente, Artigo 5º, nº 2) Políticas Ambientais

2 DANO AMBIENTAL Dano ambiental é qualquer prejuízo causado pelas actividades humanas às pessoas, aos animais, às plantas e aos outros recursos naturais (água, ar e solo) e às coisas, de forma directa ou indirecta, que se traduz por uma alteração adversa mensurável dos recursos naturais ou qualquer deterioração mensurável dos serviços dos recursos naturais Políticas Ambientais 3 DANO AMBIENTAL Dano ambiental é o prejuízo trazido às pessoas, aos animais, às plantas e aos outros recursos naturais (água, ar e solo) e às coisas, que consiste numa ofensa ao direito do ambiente, traduzindo-se numa violação, em concreto, das normas de qualidade ambiental. Políticas Ambientais

3 UTILIZAÇÕES DO AMBIENTE As actividades sócio-económicas utilizam o ambiente e os recursos naturais sob múltiplas formas, que se podem agregar nos seguintes tipos: provisão de bens e serviços; suporte de actividades; meio receptor de resíduos. Políticas Ambientais 5 RECURSOS NATURAIS Recursos naturais são bens naturais (matérias-primas), que ocorrem na natureza, que podem ser usados para a produção económica ou para consumo Políticas Ambientais

4 SERVIÇOS DOS RECURSOS NATURAIS Serviços dos recursos naturais ou serviços ambientais são as funções naturais qualitativas dos recursos naturais, da terra, da água, do ar e do biota, incluindo os ecossistemas relacionados, que não são produzidos pelas actividades humanas. Políticas Ambientais 7 EXAUSTÃO DE RECURSOS Os bens e serviços providos pelo ambiente, em particular os recursos naturais, podem ser utilizados até um determinado limite, sem risco de exaustão, desde que a capacidade de regeneração dos recursos seja superior à sua utilização. Políticas Ambientais

5 CAPACIDADE DE CARGA O ambiente tem capacidade para funcionar como suporte de infra-estruturas sócio-económicas produzidos pelas actividades humanas desde que os processos físicos, químicos e biológicos não sejam significativamente afectados por forma a afectar ulteriores utilizações do meio. Políticas Ambientais 9 CAPACIDADE DE ASSIMILAÇÃO O ambiente tem capacidade para absorver os resíduos e emissões produzidos pelas actividades humanas desde que os processos físicos, químicos e biológicos não sejam significativamente afectados por forma a afectar ulteriores utilizações do meio. Políticas Ambientais

6 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Compatibilização das infra-estruturas e das actividades humanas com o ambiente e os processos naturais, por forma a não exceder os limites da capacidade de regeneração dos recursos naturais e a não exceder a capacidade de carga e a capacidade de assimilação do meio. Políticas Ambientais 11 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL caminhos de progresso económico, social e político que permitem satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações satisfazerem as suas necessidades. (Relatório da Comissão Mundial do Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, 1987 Relatório Brundtland) Não comas hoje as sementes que precisas para as sementeiras de amanhã Políticas Ambientais

7 O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PRESSUPÕE A preservação do equilíbrio global e do valor das reservas do capital natural. A redefinição dos critérios e instrumentos de avaliação de custo-benefício a curto, médio e longo prazos, de forma a reflectirem os efeitos sócio-económicos e os valores reais do consumo e da conservação. A distribuição e utilização equitativa dos recursos entre as nações e as regiões a nível global e à escala regional. Políticas Ambientais 13 DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ECONÓMICA SOCIAL AMBIENTAL eficiência. equidade e pluralismo. resiliência. Políticas Ambientais

8 UTILIDADE DOS PRINCÍPIOS Padrão para aferir a validade das disposições legais e regulamentares e dos actos administrativos. Auxiliar de interpretação de normas jurídicas. Capacidade de integração de lacunas. Políticas Ambientais 15 PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO Em vez de avaliar os danos e tentar repará-los, deve-se evitar a ocorrência de danos, controlando as respectivas causas. Fundamentos: Impossibilidade de remover os danos (irreversibilidade) É demasiado oneroso a reconstituição das condições anteriores à ocorrência do dano. Em regra é mais dispendioso remediar os danos do que preveni-los. Políticas Ambientais

9 PRINCÍPIO DA CORRECÇÃO NA FONTE Quem? a correcção na fonte dos danos ambientais redunda na imposição ao poluidor enquanto «fonte subjectiva» da poluição do dever de modificar a sua conduta expurgando-a das acções lesivas do ambiente ou, quando tal não for possível ou não seja exigível, rectificando-a de modo a reduzir ao mínimo as agressões ao ambiente. Onde? os produtos nocivos para o ambiente devem ser tratados no local onde são produzidos. Quando? tomar as medidas necessárias para evitar a produção de substâncias perigosas, em vez de medidas de tratamento de «fim de linha». Políticas Ambientais 17 PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO No caso de uma determinada acção poder provocar danos, mas não havendo a certeza sobre a relação de causalidade entre os danos que se podem verificar e a acção, devem ser tomadas as medidas para evitar a ocorrência dos danos com uma relação benefício-custo favorável, não devendo ser invocada a incerteza sobre a relação de causalidade para não tomar essas medidas. O ambiente deve ter a seu favor o benefício da dúvida. O ónus da prova da inocuidade de uma acção em relação ao ambiente é do agente da acção. Políticas Ambientais

10 PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO Situações em que é aplicado o princípio da precaução. a) quando não se verificaram danos mas se receia que possam vir a ocorrer, apesar da falta de provas científicas sobre a relação causa-efeito. b) quando, havendo já danos provocados ao ambiente, não há conhecimento científico de qual a causa que está na origem dos danos. c) quando, havendo já danos provocados ao ambiente, não há provas científicas do nexo de causalidade. Políticas Ambientais 19 PRINCÍPIO DO POLUIDOR- PAGADOR Os poluidores têm de suportar os custos económicos, a favor do Estado, da poluição que causam. Fixação dos custos económicos: Combater a poluição residual ou acidental. Auxiliar as vítimas da poluição. Custear as despesas públicas de reparação dos danos, Custear as despesas públicas de administração, planeamento e execução das políticas de protecção do ambiente Políticas Ambientais

11 PRINCÍPIO DO POLUIDOR- PAGADOR 1. O princípio do poluidor-pagador não é o mesmo que responsabilidade civil por danos ambientais. 2. O princípio do poluidor-pagador permite, com maior eficácia ecológica, maior economia e equidade social, realizar o objectivo de protecção do ambiente. Políticas Ambientais 21 PRINCÍPIO DA SUBSTITUIÇÃO Substâncias e produtos que representam perigo para a saúde ou que causem danos ambientais devem ser substituídas por outras que satisfaçam os mesmos objectivos mas que causem menos danos. Políticas Ambientais

12 PRINCÍPIO DA INTEGRAÇÃO Consideração das consequências para o ambiente das diversas acções As exigências em matéria de protecção do ambiente devem ser integradas na definição e aplicação das demais políticas Comunitárias Políticas Ambientais 23 PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO Transparência e intervenção no funcionamento da Administração Pública Políticas Ambientais

13 PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO Colaboração entre entidades públicas, entre entidades públicas e privadas, internacional, entre indivíduos. Políticas Ambientais

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