Enquadramento Legal. Famalicão 14 de Julho de Luis Fragoso. Responsabilidade Ambiental
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1 Enquadramento Legal Famalicão 14 de Julho de 2010 Luis Fragoso
2 Directiva 2004/35/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 e Abril Decreto-Lei nº 147/2008, de 29 de Julho (+ DL 245/2009, de 22 Setembro) Objectivo Prevenir e assegurar a reparação de danos ambientais através da reposição, sempre que possível, do estado anteriorà ocorrência dos danos
3 Dano ambiental vs. Dano ecológico Até ao DL 147/2008 o dano ecológico não existia no ordenamento jurídico português A responsabilidade ambiental era avaliada na perspectiva do dano causado às pessoas e às coisas reparação dos danos subsequentes às perturbações ambientais. O dano a ressarcir era apenas o individual, não o colectivo tutela reflexa
4 Justificação Dilação temporal entre o facto e o dano ecológico Muitas vezes o dano surge na sequência de situações de poluição difusa Convergência de causas (naturais e humanas) para a produção do dano ou seu agravamento Dificuldade na criação de critérios para avaliação do dano Destino das compensações monetárias quando o dano não possa ser ressarcido pela reposição do estado anterior à ocorrência
5 Princípio do Poluidor-Pagador Pilar do regime da responsabilidade ambiental A responsabilização financeira dos operadores induz à adopção de medidas e ao desenvolvimento de práticas que conduzirão à redução dos riscos de ocorrência de danos ambientais
6 Principais novidades Tónica nas acções de prevenção e reparação de danos ambientais Autonomização do conceito de dano ecológico dano causado aosbensnaturaisemsi. Fixação de um regime de responsabilidade administrativa destinado a assegurar a prevenção e reparação dos danos ambientais Alargamento do regime da responsabilidade civil Imposição da obrigação de constituição de garantias financeiras
7 Dano toda a alteração adversa mensurável de um recurso natural ou a deterioração mensurável do serviço de um recurso natural que ocorram directa ou indirectamente (art. 11º nº 1 d) Recursos naturais LBA Ar, Luz, Água, Solo vivo e Subsolo, Flora, Fauna
8 Tipos de danos ambientais Danos às espécies e habitats protegidos (DL 142/2008, de 24 de Julho Regime da conservação da natureza e da biodiversidade) Todos os exemplares de fauna e flora abrangidos por instrumentos de protecção do Sistema Nacional de Áreas Classificadas (Áreas Protegidas, Rede Natura 2000, outras áreas classificadas) Danos às águas Danos ao solo Apenas enquanto fonte de risco para a saúde humana
9 Características do dano Significativo Concreto Quantificável Imputável estabelecimento de um nexo de causalidade entre o facto e dano
10 Regimes de responsabilidade Responsabilidade Objectiva aplica-se aos operadores que desenvolvam actividades económicas definidas no Anexo III (sob este regime poderá haver responsabilização independentemente da existência de dolo ou culpa Responsabilidade Subjectiva - aplica-se a todas as actividades profissionais que com dolo ou culpa, causem dano ou ameaça de dano; Responsabilidade Administrativa: aplicável a todos os operadores sempre que causem um dano ambiental ou uma ameaça eminente de dano.
11 Âmbito da responsabilidade Eventuais indemnizações a lesados Reposição do ambiente e demais condições naturais no seu estado inicial Limpeza Descontaminação Reparação Compensação As obrigações decorrentes desta responsabilidade incidem solidariamente sobre os directores, gerentes ou administradores da pessoa colectiva
12 Actividades abrangidas Princípio: qualquer actividade económica Pública ou privada Com ou sem carácter lucrativo Mas, há actividades em que se verifica um reforço da responsabilidade (as enumeradas no Anexo III) e Actividades que são excluídas
13 Anexo III Realizadas em instalações sujeitas a licenciamento ambiental PCIP (DL 137/2008, de 26 Agosto) Natureza actividade e/ou capacidade de produção Designadamente nos sectores: Energia Produção e transformação de metais Indústria mineral Indústria química Gestão resíduos
14 Anexo III Operações de gestão de resíduos (incluindo aterros) Actividades realizadas em instalações sujeitas a autorização para a libertação para a atmosfera de substâncias poluentes Actividades que originem descargas para águas (superfície e subterrâneas) que requeiram autorização prévia Actividades que requeiram captações ou represamento de águas sujeitos a autorização prévia
15 Anexo III Fabrico de substâncias e preparações perigosas, produtos fitofarmacêuticos, produtos biocidas Transporte de materiais perigosos Actividades envolvendo organismos geneticamente modificados
16 Garantias financeiras Este quadro legal impõe a determinados operadores a constituição de garantias financeiras a partir de 01 Janeiro de 2010 Tipos de garantia financeira: Apólices de seguro Garantias bancárias Participação em fundos ambientais Constituição de fundos próprios reservados para o efeito A inexistência da garantia constitui contra-ordenação muito grave
17 Muito Obrigado Luis Fragoso
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