SEMINÁRIO RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
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- Geraldo Caminha Costa
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1 APEMETA APLICAÇÃO DO REGIME DE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL NA INDÚSTRIA DA PASTA E PAPEL ÓSCAR ARANTES 2011/10/11
2 ÍNDICE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL Legislação Aplicável GRUPO PORTUCEL SOPORCEL Fábricas do Grupo Complexo Industrial Setúbal Politica Prevenção Acidentes Graves (PPAG)
3 ÍNDICE PROJECTO SARA-E Monitorização de Impactos Avaliação de Riscos CONCLUSÕES
4 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Directiva 2004/35/CE de 21 de Outubro Decreto-Lei nº 147/2008 de 29 de Julho Decreto-Lei 254/2007 de 12 de Julho (Seveso II)
5 Directiva 2004/35/CE de 21 de Outubro Âmbito de aplicação Todas as actividades económicas que possam constituir risco para: Espécies e habitats naturais Água Solo, com risco significativo para a saúde humana
6 Directiva 2004/35/CE de 21 de Outubro Formas de aplicação As actividades abrangidas deverão prestar garantias financeiras proporcionais aos riscos ambientais por ela induzidos, com as seguintes possibilidades: Seguro; Fundos próprios; Garantias bancárias exclusivas;
7 Decreto-Lei nº 147/2008 de 29 de Julho O Decreto-Lei n.º 147/2008, de 29 de Julho, estabeleceu um regime de responsabilidade civil subjectiva e objectiva, nos termos do qual as actividades poluidoras ficam obrigadas a indemnizar o Estado ou os indivíduos lesados por danos sofridos por uma componente ambiental. Esta forma de transposição cria mais obrigações às Empresas pois, ao contrário da Directiva, prevê a indemnização a indivíduos e a interesses.
8 Opções assumidas pelo Decreto-Lei nº 147/2008 de 29 de Julho - Idênticas às da Directiva 2004/35/CE; - Sem excepções; - Sem regimes simplificados.
9 Decreto-Lei nº 254/2007 de 12 de Julho (Seveso II) Prevenção de Acidentes Industriais Graves Sectores Industriais que apresentam condições específicas de risco elevado. Este decreto é passível de aplicação ao sector de Pasta e Papel, essencialmente pelas capacidades instaladas de armazenagem de produtos químicos perigosos (Clorato de Sódio), as quais muitas vezes não são utilizadas na sua totalidade.
10 Decreto-Lei nº 254/2007 de 12 de Julho (Seveso II) Obrigatoriedade de Política de Prevenção de Acidentes Graves. Notificação da capacidade de armazenamento de substâncias perigosas. Existência de Plano de Emergência Interno (PEI).
11 Decreto-Lei nº 254/2007 de 12 de Julho (Seveso II) Disponibilidade de informação para Planos de Emergência Externa. Relatórios periódicos de Segurança aprovados pela APA. Realização de simulacros periódicos. Auditoria Externa anual ao S. G. Segurança de Prevenção de Acidentes Graves.
12 GRUPO PORTUCEL SOPORCEL
13 Grupo Portucel Soporcel Fábrica Pasta de Cacia - Produção de Tad/ano de Pasta Branqueada - Central termoeléctrica a Biomassa Cacia
14 Grupo Portucel Soporcel Complexo Industrial da Figueira da Foz - Produção de Tad/ano de Pasta Branqueada - Produção de ton/ano de Papel - Central Cogeração a Gás Natural Figueira
15 Grupo Portucel Soporcel Complexo Industrial de Setúbal - Produção de Tad/ano de Pasta Branqueada - Produção de ton/ano de Papel - Central Cogeração a Gás Natural - Central Termoeléctrica a Biomassa Setúbal
16 Nova Fábrica de Papel em Setúbal Investimento : Fábrica de papel : 525 milhões Central de co-geração : 75 milhões Capacidade : 500 mil toneladas papel / ano
17 Envolvente do Complexo Industrial de Setúbal O Complexo Industrial de Setúbal da Portucel está instalado na zona Industrial da Mitrena -Setúbal. Confina a Norte e Sul com a área sob jurisdição da RNES (Reserva Natural Estuário do Sado).
18 Tem como envolvente actividades industriais importantes como: CITRI Tanquisado Lisnave SAPEC Central Termoeléctrica Setúbal (EDP)
19 Política de Prevenção de Acidentes Graves O Complexo Industrial de Setúbal encontra-se abrangido pelo Decreto-lei 254/2007 de 12 de Julho (Seveso II). Capacidade de armazenagem do Clorato de Sódio excede o limite de não inclusão no nível 2 de risco.
20 Política de Prevenção de Acidentes Graves Plano de Emergência Interno (PEI) Relatório de Segurança (Aprovação APA) Auditorias Externas
21 PROJECTO SARA E SARA.E Sistema de Avaliação da Responsabilidade Ambiental de Empresas Objectivo Desenvolvimento de um prototipo operacional que permita: a) caracterização do estado inicial na envolvente à empresa, que servirá como situação de referência e suporte à selecção das medidas de reparação em caso de ocorrência de dano ambiental;
22 PROJECTO SARA E b) avaliação de (eventuais) situações de contaminação histórica e actual, relacionados com a actividade da empresa; c) desenvolvimento de cenários de perigo relacionados com o funcionamento da actividade, e que configurem situações que possam vir a ocorrer no futuro;
23 PROJECTO SARA E d) a avaliação e caracterização de danos ambientais (potenciais) associados aos cenários de perigo considerados mais significativos; e) avaliação e selecção das medidas de reparação adequadas aos danos ambientais identificados ou caracterizados.
24 Entidades participantes no Projecto - E. Value/Critical Software - Portucel Setúbal - APA - APSS Projecto decorreu durante cerca de 2 anos tendo ficado concluído em Novembro 2010.
25 Caso de Estudo Caso de Estudo Fábrica de Pasta de Papel Setúbal Deliverables 1. Custo da exposição da fábrica de pasta de papel da Portucel Setúbal à Responsabilidade Ambiental 2. Medidas para uma resposta eficaz ao Decreto-lei 147/2008, 29 Julho (DL RA): (i) prevenção, controlo e minimização de riscos ambientais e (ii) reparação de danos ambientais 3. Outros deliverables: Caracterização do estado inicial; Análise de risco
26 Metodologia para Avaliação da Responsabilidade Ambiental (preditiva) Inventariação e recolha de informação Caracterização do estado inicial Área de estudo Identificação de Perigos e Cenários de acidentes Avaliação e quantificação de danos ambientais Reparação de danos ambientais e quantificação monetária da RA
27 Informação Objectivo Caracterizar a envolvente à fábrica em termos dos recursos naturais abrangidos pelo DL RA Identificar os processos industriais passíveis de configurarem fontes de perigos com potencial para despoletar danos ambientais significativos na envolvente Informação recolhida Envolvente à fábrica de pasta Actividade ocupacional Escala temporal [ (ou + recente)]
28 Perigos e Cenários de Acidente 1. Identificação de perigos 2. Identificação dos eventos iniciadores e desenvolvimento da sequência de eventos 3. Determinação do nível de risco para cada cenário de acidente desenvolvido 4. Hierarquização dos cenários de acidente com base no seu nível de risco
29 Perigos e Cenários de Acidente Norma espanhola UNE : Análisis y evaluación del riesgo ambiental Sistematização de processo Perigos Causas base Evento iniciad or Factores condicionante s Consequência s Cenários de causas/perigos Cenários de consequências Dados da instalação Literatura Árvores de acontecimentos Cenários de Acidente
30 Derrame de Fuel (e.g. Acidente Simulado) Acidente rodoviário com o veículo cisterna de transporte de fuelóleo na estrada envolvente à FPPS, nas imediações do acesso à instalação (fora do perímetro da instalação) derrame de 24 toneladas de fuel derrame para a baía com baixas profundidades Simulação hidrodinâmica da dispersão do fuel no estuário (modelo MOHID) Pressupostos: direcções de vento dominantes e que potenciam saída do fuel para o Estuário Sado simulação de duas percentagens de fuel que sai da baía para o Estuário Sado: 10% e 50%
31 Derrame de Fuel (Zona de influência Área afectada) Cenário Pressupostos Zona influência (ha) * Área afectada (ha)* 1 vento NE + descarga em BM + 10% fuel sai da baía vento NW + descarga em PM + 10% fuel sai da baía vento de NE + descarga em BM + 50% fuel sai da baía vento NW + descarga em PM + 50% fuel sai da baía * Zona de influência do derrame delimitada com base nos limites de detecção de fuel * Área afectada determinada com base nos limites de espessura fuel
32 Estado Inicial Massas de água Características hidrodinâmicas do estuário contribuem de forma positiva para a qualidade água Dados de monitorização das águas subterrâneas apontam para variação pouco significativa qualidade água Informação insuficiente para águas superficiais/sedimentos na envolvente próxima à FPPS Espécies e habitats protegidos Habitats presentes na área com presença fuel: Sapal, vasa, praias, bancos fanerogâmicas
33 Derrame de Fuel Resposta a Emergência Contenção e limpeza no local do derrame Acções de resposta a emergência Auscultação das entidades com responsabilidade no terreno a nível da contenção e limpeza: APSS, Capitania do Porto de Setúbal, DGAM/SCPMH, ANPC /Protecção Civil Municipal (Setúbal) Identificação das entidades que actuam perante o derrame de fuel simulado, procedimentos de articulação entre as mesmas a nível da respectiva intervenção Suporte ao desenvolvimento de um plano de actuação
34 Derrame de Fuel Reparação Reparação Primária qualquer medida de reparação que restitui os recursos naturais e ou os serviços danificados ao estado inicial, ou os aproxima desse estado (Anexo V do DL RA) Habitats Sapal, Vasa, Praia, Águas profundas, Subtidal Bancos fanerogâmicas Medidas seleccionadas Regeneração natural (Re)plantação
35 Derrame de Fuel Reparação Reparação Compensatória Medidas Reparação de sapal degradado Reparação de salinas degradadas Plantação de bancos fanerogâmicas qualquer acção destinada a compensar perdas transitórias de recursos naturais e ou serviços verificadas a partir da data de ocorrência dos danos até a reparação primária ter atingido plenamente os seus efeitos (Anexo V do DL RA) Habitats compensados Águas profundas, praia, sapal, subtidal Vasa Bancos fanerogâmicas
36 Derrame de Fuel Danos Ambientais Métodos de quantificação do dano Análise de Equivalência de Habitats (Habitat Equivalency Analysis: HEA) Análise de Equivalência de Recursos (Resource Equivalency Analysis: REA) Débitos Dano Fonte: REMEDE Toolkit, 2009 Avaliação do dano Métrica comum Offset Monitorização Créditos Reparação Reparação do dano Taxa de actualização (social): 3 % Tempo de recuperação natural dos habitats Score dos habitats
37 Derrame de Fuel Monitorização das medidas de reparação Objectivos Identificar situações a corrigir Quantificar efectivamente os benefícios Disponibilizar informação a todos os agentes Monitorização associada ao projecto reparação Monitorização anual de aves e vegetação de sapal/salina Monitorização trimestral de pradarias marinhas.
38 Conclusões Com base no Projecto SARA.E, e na quantificação dos diversos cenários de acidentes, foi possível determinar o quantitativo razoável em que poderão incorrer as medidas de reparação e compensatórias, no caso de acidente industrial grave com afectação significativa do meio envolvente.
39 Conclusões Com os dados e quantitativos apurados é possível vir a reduzir significativamente o quantitativo dos riscos seguros nas apólices associadas à responsabilidade ambiental que o grupo Portucel Soporcel tem para as suas Instalações Industriais.
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