APRESENTAÇÃO CPI TRABALHO ESCRAVO Laís Abramo 23/5/2012 1. TRABALHO FORÇADO COMO A ANTÍTESE DO TRABALHO DECENTE 2. O trabalho forçado é a antítese do trabalho decente. Constitui uma grave violação dos Direitos Humanos e dos Direitos Fundamentais no Trabalho. 3. Enfrentar suas práticas modernas e contemporâneas exige empenho, determinação e estratégias diversificadas capazes de atacar esse problema nas suas origens. Essas estratégias incluem a prevenção, o resgate e a reabilitação das vítimas, e a promoção de oportunidades de trabalho decente para homens e mulheres para diminuir a vulnerabilidade a essas práticas criminosas. 4. AS CONVENÇÕES DA OIT SOBRE O TEMA 5. Esse crime está previsto na normativa internacional desde 1930, quando foi adotada a Convenção da OIT sobre Trabalho Forçado ou Obrigatório, a Convenção n º 29. A Convenção n. 29 da OIT define o trabalho forçado como todo trabalho ou serviço exigido de uma pessoa sob a ameaça de sanção e para o qual não se tenha oferecido espontaneamente. 6. A Convenção estabelece também que: 1
o trabalho forçado deve ser punido como um crime os Estados-membros da OIT que a ratificarem se comprometem a "abolir a utilização do trabalho forçado ou obrigatório, em todas as suas formas, no mais breve espaço de tempo possível assumem também a obrigação de assegurar que as sanções impostas pela lei sejam adequadas e rigorosamente aplicadas. 7. A ratificação da Convenção nº 29 deveria impulsionar os Estadosmembros a reconhecer o trabalho forçado nos seus territórios, um problema que em geral está oculto, na medida em que: a) são raros os dados estatísticos oficiais sobre o problema; b) as sociedades apresentam um baixo grau de conscientização sobre o mesmo. 8. A Convenção nº 29 foi ratificada pelo Brasil em 1957. 9. A definição ampla da Convenção nº 29 sobre o trabalho forçado busca abarcar a abrangência mundial do fenômeno, que não se restringe a determinadas regiões, podendo ocorrer em países em desenvolvimento e industrializados, em diferentes espécies de economia, bem como podendo ser imposto por agentes estatais ou privados. 10. Essa definição está composta por dois elementos principais: ameaça de uma pena (ou punição), ou seja, a coação; e a ausência de consentimento (um trabalho para o qual o trabalhador não se ofereceu espontaneamente). Ao serem reunidos, eles tipificam as 2
diferentes situações de trabalho forçado abrangidas pela convenção. Tal concepção não procurou referir-se às formas específicas de trabalho forçado existentes nas diferentes regiões do mundo, mas abarcar todas as formas possíveis de trabalho forçado, sejam elas antigas (como a escravidão colonial), ou contemporâneas (como a servidão por dívida e o tráfico de seres humanos) 11. Diante dessa abrangência, cabe a cada país que enfrenta situações específicas de trabalho forçado adotar uma legislação particular que tipifique detalhadamente essa prática, a fim de que ela possa ser penalmente sancionada. 12. É necessário assinalar ainda que o elemento de punição que caracteriza o trabalho forçado não precisa ser uma sanção penal. Pode também representar a perda de direitos e privilégios. A ameaça também pode assumir diferentes formas, como violência, confinamento, ameaças de morte (à vítima ou aos seus familiares) e punições financeiras, como o não-pagamento do salário. 13. Além disso, é necessário entender melhor a questão do consentimento (ou da sua ausência). A Comissão de Peritos da OIT, reunida na Conferência Internacional do Trabalho de 2007, instituiu a respeito: ainda que um trabalho resulte de um acordo livremente estabelecido, as circunstâncias que envolvem esse trabalho podem invalidar o consentimento. 14. No Brasil, por exemplo, o consentimento é característica especialmente constitutiva do trabalho forçado, uma vez que na 3
maior parte das vezes o trabalhador escravizado segue voluntariamente para o trabalho. O consentimento não o impede de acabar submetido à prática de trabalho forçado. O trabalhador consente porque foi enganado. Para que as leis internacionais contemplem essa especificidade, órgãos supervisores da OIT têm abordado aspectos ligados à liberdade de escolha, segundo os quais "o consentimento inicial pode ser considerado irrelevante quando obtido por engano ou fraude". 15. O outro instrumento normativo da OIT relativo ao tema é a Convenção sobre a Abolição do Trabalho Forçado (nº 105), adotada em 1957. A Convenção nº 105 e complementar à Convenção nº 29, e contém a mesma definição de trabalho forçado. 16. Enquanto a Convenção 29 estabelece a proibição geral de incorrer no trabalho forçado em todas as suas formas, a Convenção 105 prevê a proibição do trabalho forçado em cinco casos específicos ligados a situações econômicas e políticas vigentes no período em que ela foi adotada ( o contexto pós-segunda guerra mundial). 17. A Convenção nº 105 dedica especial atenção às seguintes formas de trabalho forçado ou obrigatório: como forma de coerção ou educação política, castigo por expressar determinadas opiniões políticas ou por manifestar oposição ideológica à ordem social, política ou econômica vigente; 4
para fins de desenvolvimento econômico; como meio de disciplina no trabalho; como castigo por haver participado em greve e como forma de discriminação racial, social, nacional ou religiosa. 18. A Convenção nº 105 foi ratificada pelo Brasil em 1965. 19. Em 1998, ambas as convenções foram definidas como fundamentais na Declaração sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento, que também incorpora o tema da eliminação do trabalho infantil, a garantia da liberdade sindical e de negociação coletiva e a eliminação de todas as formas de discriminação no emprego e na ocupação. As convenções nº 29 e n.º 105 foram ratificadas respectivamente por 175 e 172 dos 183 Estados Membros da OIT. 20. AS LEGISLAÇÕES NACIONAIS 21. Cabe aos diferentes países adequar a legislação nacional às circunstâncias da prática de trabalho forçado presentes no seu território. As legislações nacionais devem tipificar a prática levando em conta as particularidades econômicas, sociais e culturais do contexto em que ela se insere. Isso a tornaria passível de sanções penais, correspondendo ao que é estabelecido no artigo 25 da convenção n. º 29: 5
A imposição legal de trabalho forçado ou obrigatório será passível de sanções penais e todo País-membro que ratificar esta convenção terá a obrigação de assegurar que as sanções impostas por lei sejam realmente adequadas e rigorosamente cumpridas 22. Os governos são responsáveis pela estrutura jurídica e política contra o trabalho forçado, a aplicação de leis e a elaboração de mecanismos de coordenação das ações de combate. No entanto, o trabalho de outros atores e instituições, com diferentes mandatos, constitui uma parte importante da resposta repressiva e preventiva, seja para processar os criminosos seja para proteger as vítimas atuais ou potenciais. 23. TRABALHO FORÇADO: UM PROBLEMA GLOBAL E ATUAL (OS RELATÓRIOS GLOBAIS DA OIT) 24.Em 2005, a OIT lançou o Relatório Global Uma Aliança Global Contra o Trabalho Forçado, com provas convincentes de que o trabalho forçado é um problema global, que continua afetando quase todos os países e todos os tipos de economias. Ao fornecer fatos e números, o Relatório mostra como o trabalho forçado moderno é distribuído por região, sexo e nas variadas formas de atividades econômicas. 25-No Relatório de 2005, a OIT calculou que pelo menos 12,3 milhões de pessoas são vítimas de trabalho forçado no mundo anualmente. Destes, 9,8 milhões são explorados por agentes privados, entre os 6
quais 2,4 milhões são resultados do tráfico de seres humanos. Os 2,5 milhões restantes são trabalhadores forçados a trabalhar para o Estado ou por grupos militares rebeldes (Relatório Global, 2005). 26 - A América Latina e o Caribe contam com 1.320.000 vítimas do trabalho forçado, das quais 75% são resultado da exploração econômica de atores privados, 16% de trabalho forçado imposto pelo Estado e 9% de exploração sexual comercial. 27-O Relatório estima também que os lucros obtidos pela prática de tal crime chegavam a US$ 32 bilhões por ano. Ao apresentar este relatório, a OIT lançou um desafio à comunidade internacional: a construção de uma ampla parceria com o objetivo de erradicar o trabalho forçado o mais rapidamente possível. Foi a chamada Aliança Global Contra o Trabalho Forçado. 28-Quatro anos mais tarde, em seu novo Relatório Global, intitulado O Custo da Coerção, a OIT apresentou novas perspectivas sobre o trabalho forçado na economia global, incluindo aquele resultante do tráfico de pessoas. 29.O Relatório chama a atenção para o fato de que esse é um fenômeno em rápida e constante mutação, que tem crescido como resultado de um processo de globalização inequitativo e da desregulamentação dos mercados de trabalho e debilitamento de suas instituições e que poderia experimentar um aumento maior ainda na situação de crise. 30. O Relatório evidencia também que o trabalho forçado está presente 7
não apenas nos setores mais atrasados dos países em desenvolvimento como também nas cadeias produtivas de grandes e modernas empresas, nacionais e multinacionais e que a sua erradicação é possível, desde que: haja um compromisso sustentado da comunidade internacional, trabalhando em conjunto com governos, organizações de empregadores e de trabalhadores sejam enfrentados tanto as suas manifestações mais evidentes quanto as suas causas sistêmicas 31. A mensagem principal da OIT nesse Relatório é que, para evitar a disseminação do trabalho forçado e do tráfico de pessoas, os governos devem dedicar à crise dos mercados de trabalho, a mesma atenção que vêm dando à crise do mercado financeiro. Devem preencher lacunas nas legislações que permitem a alguns empregadores e intermediários do mercado de trabalho lucros consideráveis e indevidos às expensas das vítimas. 32.O relatório também calculou em US$ 21 bilhões dólares o custo da coerção. Ou seja, quanto os trabalhadores deixam de ganhar, ou inclusive tem que pagar nas situações de trabalho forçado: salários inexistentes ou muito inferiores ao minimamente necessário à própria subsistência. preços excessivos para hospedagem, alimentação e outros itens que as vítimas são obrigadas a pagar. 8
horas extras de trabalho não são remuneradas. Custos associados ao processo de recrutamento: honorários de agentes, altos custos de viagens e transporte e outras despesas indevidamente imputadas no caso das vítimas de tráfico de pessoas 33. A IMPORTÂNCIA DA INSPEÇÃO DO TRABALHO 34.Ambos os Relatórios Globais da OIT enfatizam a importância da inspeção do trabalho nas ações contra o trabalho forçado, ao mesmo tempo em que chamam a atenção para as dificuldades que existem, na maioria dos países, para que a inspeção do trabalho cumpra com eficácia esse papel. O Brasil é uma exceção, e os relatórios apontam a ação do Grupo Móvel de Fiscalização como uma boa prática. 35.Com efeito, a maior parte do trabalho forçado ocorre na economia informal, onde os inspetores do trabalho enfrentam grandes desafios no acompanhamento e execução das fiscalizações. 36.A principal preocupação dos inspetores do trabalho é garantir condições justas e seguras para todos os trabalhadores. Atuam sob o estrito cumprimento da lei impondo sanções contra as práticas abusivas. A aplicação do direito do trabalho pode complementar a aplicação da lei penal, ou servir como um canal alternativo para buscar a justiça, especialmente no que se refere à compensação financeira dos trabalhadores sujeitos a trabalho forçado. 9
37.O EXEMPLO DO BRASIL; BRASIL COMO REFERÊNCIA INTERNACIONAL 38.Apesar das dificuldades e obstáculos encontrados, o Brasil é um exemplo a ser seguido na luta contra o trabalho escravo. O primeiro elemento que diferencia positivamente o Brasil no cenário internacional e o posiciona na vanguarda mundial no combate ao trabalho forçado é o reconhecimento da existência do problema em seu território. O segundo é o esforço nacional que vem sendo desenvolvido, em muitos âmbitos, dirigido ao seu combate efetivo. 39.O conceito brasileiro de trabalho análogo ao de escravo, ainda que essencialmente baseado no conceito de trabalho forçado estabelecido nas convenções da OIT sobre o tema, inclui a noção de condições degradantes de trabalho. O arcabouço legal brasileiro, assim como o das políticas governamentais, busca sancionar os empregadores que sujeitam sua força de trabalho a condições degradantes e inaceitáveis, reconhecendo ainda a responsabilidade das autoridades públicas de melhorar essas condições como parte do compromisso brasileiro com a Agenda Nacional do Trabalho Decente. 40.Com efeito, a eliminação do trabalho escravo, transformou-se em prioridade nacional desde 1995, quando o Governo brasileiro reconheceu sua existência no País. Em 27 de junho daquele ano foi instituído o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) e o Grupo Executivo de Repressão ao Trabalho Forçado (GERTRAF), substituído posteriormente em 2003 pela Comissão Nacional para a Erradicação do 10
Trabalho Escravo (CONATRAE). Desde o início da atuação dos Grupos Móveis de Fiscalização do Ministério do Trabalho até os dias atuais, mais de 42 mil trabalhadores foram libertados de condições análogas à escravidão. 41.Nos últimos 17 anos, o Brasil vem dando respostas ao problema com vigor e determinação. Participam desse esforço diferentes instituições governamentais, organizações de empregadores e de trabalhadores, organizações da sociedade civil, a mídia, a academia, entre outros. Muitas das medidas tomadas são criativas e únicas, mostrando a necessidade dar passos ousados para lidar com essa severa violação dos direitos humanos e dos direitos fundamentais no trabalho. 42.Em 1º de agosto de 2003, o Presidente da República criou a Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE). Trata-se de um órgão colegiado, cuja função primordial é monitorar a execução do Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo no país. É integrado por ministros de diversas pastas e por representantes das organizações de empregadores e de trabalhadores e de entidades não-governamentais que possuem atividades relevantes relacionadas ao tema. Atualmente, a articulação desses diferentes atores sociais está objetivada nos Planos Nacionais para a Erradicação do Trabalho Escravo. Segundo avaliação realizada pela OIT em 2006, 68,41% das metas estipuladas no 1º Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo foram alcançadas total ou parcialmente. Os avanços ocorreram, sobretudo, na sensibilização e capacitação dos atores sociais envolvidos no combate ao trabalho escravo e na 11
conscientização dos trabalhadores sobre os seus direitos. A mesma análise aponta que os menores avanços envolveram as medidas voltadas à diminuição da impunidade dos empregadores condenados pela prática de trabalho escravo e à garantia de emprego e reforma agrária nas regiões fornecedoras de mão-deobra escrava. 43.A elaboração do 2º Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo transforma em novas proposições a experiência acumulada entre 2003 e 2007. Lançado em 10 de setembro de 2008 no Ministério da Justiça, em Brasília-DF, e construído pela CONATRAE, o 2º Plano Nacional representa uma ampla atualização do primeiro documento, concentrando esforços nas áreas onde os avanços foram mais modestos. 44.Uma importante inovação apresentada no 2º Plano é o foco nos trabalhadores estrangeiros submetidos a condições análogas à escravidão ou a condições degradantes de trabalho. Para atender a essa demanda, o documento enfatiza a criação de estruturas de atendimento jurídico e social a esses trabalhadores. Isso inclui a emissão dos documentos necessários à legalização da situação dos mesmos, bem como a alteração do Estatuto do Estrangeiro para regularizar a condição de empregados encontrados em condições inadequadas de trabalho. 45.Também vem sendo elaborados estudos que identificam as cadeias produtivas em que estão inseridas as fazendas do cadastro de empregadores da lista suja. Seu objetivo é informar e alertar a 12
sociedade brasileira, a indústria e aos mercados consumidor, varejista, atacadista e exportador da existência de mão-de-obra escrava na origem da cadeia de produção de muitas mercadorias que hoje são comercializadas no país. 46.Esses estudos têm como objetivo também ajudar o setor privado brasileiro a reconhecer dentre empresas que competem em um mesmo setor econômico aquelas que, ao se utilizarem de mão-de-obra escrava, sem o pagamento das devidas contribuições e impostos e muito menos de salários, prejudicam consideravelmente a imagem da economia e dos produtos brasileiros. Praticam com isso, de maneira criminosa e desleal, a pior das concorrências de mercado, ou seja, o dumping social. 47.Após tomar conhecimento das pesquisas realizadas por solicitação da Secretaria de Diretos Humanos da Presidência da República, o setor empresarial, organizado pelo Instituto Ethos, em conjunto com a OIT e a ONG Repórter Brasil, lançou, em maio de 2005, o Pacto Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo. Até agora, mais de 230 grandes e médias empresas e associações, representando uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, assinaram o Pacto, comprometendo-se a adotar medidas para manter suas cadeias produtivas livres do trabalho escravo, com ações preventivas e corretivas. 48.A contínua necessidade da articulação empresarial em torno do Pacto Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo é igualmente ressaltada no 2º Plano Nacional. O objetivo é fortalecer as ações que 13
visam comprometer os signatários a não adquirir produtos cuja produção incorpore o trabalho escravo em sua cadeia produtiva. 49.O 2º Plano também enfatiza a necessidade de acompanhamento das metas dos Planos Estaduais de Combate ao Trabalho Escravo. Nesse sentido, indicadores estão sendo definidos para o monitoramento da execução dos compromissos de combate ao trabalho escravo e do Plano Nacional como um todo, assim como a realização de diagnósticos da situação de trabalho escravo, com a participação da sociedade civil e de institutos de pesquisa. 50.Tomando como exemplo essas iniciativas em nível nacional, o Brasil já mostrou-se comprometido com a idéia de apoiar ações de combate ao trabalho escravo na América Latina, compartilhando a sua experiência. Um exemplo nesse sentido é o acordo assinado entre o Governo Brasileiro e a OIT para promover o intercâmbio de experiências entre países através da Cooperação Sul-Sul, com foco na questão do trabalho escravo. A OIT espera poder continuar cooperando com o Brasil no fortalecimento de ações contra essa grave violação dos Direitos Humanos e dos Direitos Fundamentais no Trabalho, bem como conta com a experiência brasileira para reforçar seu esforço global para resolver os problemas em voga. 51.Outro desafio importante se refere à importância do estabelecimento de estratégias de atuação operacional integradas e à implementação de uma política de reinserção social de forma a assegurar que os trabalhadores libertados não voltem a ser escravizados, com ações 14
específicas voltadas à geração de emprego e renda, reforma agrária, educação formal e profissionalizante, e reintegração do trabalhador. 52.A participação de setores organizados da sociedade e o compromisso do Estado com a contínua promoção dos direitos humanos e dos direitos fundamentais no trabalho são aspectos fundamentais para a superação desse problema. 15
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