Regulação Semestral do Processo Ensino Aprendizagem - 4º bimestre Ano: 1º ano Ensino Médio Data:

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Transcrição:

Regulação Semestral do Processo Ensino Aprendizagem - 4º bimestre Ano: 1º ano Ensino Médio Data: Disciplina: História Professor: Luis Fernando Caro estudante; Ao longo do bimestre desenvolvemos diversas atividades para um bom aprendizado. Apresentação de trabalhos, avaliações, anotações no caderno, textos complementares, atividades, aulas expositivas, debates. É fundamental que você busque nesse momento todas as suas atividades e anotações, caso tenha algo incompleto aproveite para buscar com um colega e atualizar seus registros. 1º Ano - O mundo medieval: a fé a terra - Islamismo - Expansão ocidental: cruzadas - Cruzadas e a expansão comercial - Formação das monarquias nacionais. Referências: Livro Didático: capítulos 14, 16, 18, 19, 20 e 21 Caderno Atividades complementares

TRABALHO DE HISTÓRIA Ano: 1º ano Ensino Médio Data: Disciplina: História Professor: Luis Fernando Nome: Nº: TRABALHO DE REGULAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM 4º BIMESTRE 1) Leia o texto Durante a alta idade média, que transcorreu entre o século V ao século XI, devido, principalmente a instabilidade política, fruto das invasões bárbaras, a economia feudal caracterizou-se pela auto-suficiência. Isto significa dizer que o feudo buscava produziu tudo que era necessário para a manutenção da comunidade. A quase inexistência de comércio impedia que houvesse um abastecimento externo ao feudo. Assim, as principais atividades econômicas estavam associadas à manutenção das pessoas. Merece destaque a produção agrícola e a criação de animais. Já na baixa idade média notou-se uma ruptura com as características de subsistência que apresentava o feudalismo. Com o fim das invasões e o surgimento de novas técnicas agrícolas foi possível a comercialização do excedente de produção. O aumento do comércio promoveu o desenvolvimento das cidades medievais. Grande parte dessas antigas cidades tinha um núcleo fortificado com muralhas, chamado burgo. a) O texto divide a Idade Média em dois períodos. Quais são esses períodos e quais suas características? 2) Quais os objetivos das cruzadas?

3) De que maneira a estabilidade social e o crescimento econômico verificado na Europa a partir do século XI afetaram a vida dos nobres e servos? Como isso contribuiu para a realização das cruzadas? 4) Segundo o texto de Jacques Le Goff (apresentado na página 129), qual a contribuição das cruzadas para o desenvolvimento do Ocidente? Que argumentos poderiam ser destacados para confirmar a opinião de Le Goff?

5) Refletindo sobre as condições sociais da Europa durante a Baixa Idade Média seria correto afirmar que as cruzadas são ações exclusivamente religiosas? Justifique. 06) Explique como ocorreu a formação dos Burgos.

07) Jacques Le Goff, professor universitário e medievalista é considerado, merecidamente, um dos mais importantes historiadores da atualidade. Munido de sua paixão pela Idade Média, ele lança aqui um novo olhar, indagador e profundamente humano, sobre o período Fonte: http://jamesophia.blogspot.com/ Le Point (LP): Enquanto historiador da Idade Média, o Sr. deve ter estudado bastante as cidades desse período, sua importância e seu papel. A cidade medieval foi uma continuação da cidade antiga? Jacques Le Goff (JLG): Na passagem da Antiguidade para a Idade Média, as cidades se transformaram profundamente. Na Antiguidade, a cidade desempenhava três papéis principais: primeiro, um papel militar, uma vez que, no Império Romano, o recrutamento [déploiement] dos exércitos se apoiava nas cidades. Segundo, uma função administrativa e política. E por fim, uma função econômica, restrita ao consumo e sem ligação com a produção, uma vez que esta estava restrita às grandes propriedades rurais, denominadas villae. Na primeira metade da Idade Média, com o desenvolvimento do feudalismo, as cidades sofreram mutações. A antiga vocação militar declina, suplantada que foi pelo surgimento do castelo fortificado [château-fort], cercado de muralhas e fossos, que se torna o centro do poder, implantado principalmente nos campos do norte da França. A cidade, portanto, não abriga mais, nem a função de recrutamento, nem a de organização militar, papéis que lhe pertenciam. Os exércitos medievais, que por muito tempo foram temporários, eram convocados na primavera e, essencialmente, entre os homens do campo. Do mesmo modo, do ponto de vista administrativo e político, as cidades perdem sua importância. Ao menos por algum tempo. No entanto, a partir do século XII, e sobretudo no século XIII, período em que justamente ocorreu o que estamos chamando de 'gênese do estado moderno', aquele status quo sofreu uma reviravolta. Inicialmente, já desde o reinado de Philippe Auguste, houve a integração das cidades no sistema monárquico nacional. É em seu governo que Paris se torna a capital do reino. Mas, em minha opinião, é logo depois que acontece a principal mudança: ao invés de núcleos essencialmente voltados para o consumo, as cidades se transformam, também, em centros de produção, coisa que não eram na Antiguidade. Foi assim que a Idade Média assistiu ao desenvolvimento do artesanato. Esta é uma das características da cidade medieval. Ainda que ele já existisse nas pequenas aglomerações, irá se difundir principalmente nas cidades e utilizar para moer os grãos e prensar os fardos de lã a primeira máquina desenvolvida no Ocidente: o moinho. Poderosos moinhos hidráulicos, os primeiros a movimentar riachos, rios e grandes cursos d'água. Só mais tarde, a partir do final do século XII, é que aparecem os moinhos de vento. É preciso enfatizar, ademais, que a vocação do moinho está longe de ser predominantemente rural, como imaginamos hoje. Foi o moinho que forneceu a certos artesãos moleiros e espremedores de uvas para a fabricação de vinho a energia necessária ao incremento da produção. LP: Tudo isto em uma perspectiva mercantil e econômica? JLG: Exatamente, mas não apenas isso. O cuidado com a boa administração estava igualmente presente. O mercador medieval é um homem que lê, escreve, calcula, mas também um homem que viaja e se informa. Foi assim que as cidades se tornaram o berço da alfabetização e da instrução. E, veja você, isto escapou, durante muito tempo, aos homens do passado que enxergaram a Idade Média como um período de obscurantismo. Certamente não se pôde realizar tudo, mas foram desencadeados processos essenciais e irreversíveis em direção à Democracia e à instrução generalista, que está na base da vida moderna. Creio que a alfabetização, lançada pelas cidades da Idade Média, foi uma das principais componentes do sucesso e hegemonia do Ocidente, a partir dos séculos XV e XVI.

a) Quais as mudanças entre a cidade antiga e medieval apresentada por Le Goff? b) Jacques Le Goff concorda com a ideia que a Idade Média foi um período obscuro da história europeia? Explique. 8) Segundo o pensamento de Maquiavel porque é legitimo o uso da força do Estado?

9) Leia o texto da pag. 184 do livro didático de História e responda as questões propostas. Questão 1 Questão 2.

Questão 3

10) Dentro do contexto da Formação dos Estados Nacionais na Europa a partir do século XV foi necessário uso da força e justificativas contratuais e divinas para a centralização do poder. Por isso ocorreu?

11) Escreva um breve texto relacionando as cruzadas, o renascimento comercial e o renascimento urbano

12) Leia o texto: A FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS 1. A Formação dos Estados Nacionais e suas características gerais:. Com o enfraquecimento da aristocracia feudal, em virtude, da Crise do século XIV, as monarquias vão conseguir se fortalecer no panorama europeu. As novas monarquias são chamadas de absolutas. Essa monarquia onde aparentemente o rei tem todo o poder do Estado é, na verdade, um Estado com a preponderância do clero e da nobreza, tendo também a presença importante da burguesia. 1.1. Mercado nacional unificado: Interessa ao comércio e à produção dos burgos um estado nacional onde não se precisaria pagar taxas para atravessar os senhorios (como acontecia na Idade Média), onde os pesos e medidas sejam os mesmos em todo o território nacional e a moeda seja a mesma em todo o reino. Tudo isso é cumprido no novo estado que está surgindo. O mercado nacional é unificado pelos interesses do comércio e da produção da burguesia, O Estado absolutista dirigiria a economia através do MERCANTILISMO. 1.2. Língua nacional: É nesse mesmo período que surgem as línguas nacionais européias. Elas são importantes para que todos no país se entendam na fala e na escrita e o Estado se faça presente em todo o território com uma língua comum. O surgimento das línguas nacionais é marcado pela publicação de grandes obras literárias nacionais.. Redução do poder da Igreja e do papa: Se durante a Idade Média, o poder do papa se fazia presente em toda a Europa fragmentada em pequenos senhorios, agora na Era Moderna, o poder papal encontrará dificuldade de se impor diante de poderosos estados nacionais. Há diversos conflitos entre a Igreja e os Estados recém-surgidos. 1.3. Casos particulares: Apesar de haver características gerais ao surgimento dessa nova forma de organização política, o estado nacional, cada país se unificou em condições específicas: Portugal e Espanha se unificaram através das Guerras de Reconquista, ou seja, lutas de várias casas de nobreza contra os muçulmanos que ocupavam a Península. a França fortaleceu a sua monarquia e o seu exército com a guerra dos cem anos contra a Inglaterra. A Inglaterra teve a especificidade de manter forte os poderes regionais através do parlamento durante a Idade Média, que não era completamente submisso ao rei. 2. O ESTADO MODERNO: ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO A época moderna é um período de transição entre o feudalismo medieval para o capitalismo contemporâneo. Apesar de formas de trabalho semelhantes à servidão continuarem comuns no campo, existe uma burguesia mercantil e manufatureira com certo poder. Em função desse quadro social complexo em que coexistem burguesia e nobreza, existe uma forma própria de Estado, o estado absolutista e uma teoria e política econômica de forte intervenção do Estado também restrita a esse período histórico, o mercantilismo. 2.1. O Absolutismo: O termo absolutismo dá a falsa idéia de que o rei tem poderes absolutos, totais. Na verdade, o rei serve como um ponto de equilíbrio entre os conflitos existentes entre as classes sociais daquela sociedade burguesia, nobreza e campesinato. Em função desse quadro contrastante, o rei representava o poder que terminaria com todos os conflitos. Ou melhor, o rei tinha que jogar com as pressões desses grupos sociais. A classe hegemônica daquele meio, no entanto, era a classe que se sustentava a partir do controle da terra, ou melhor, a nobreza e o clero. 2.2. Teóricos do absolutismo: O poder absoluto era legitimado através de discursos. Esses discursos foram importantíssimos para que o regime se consolidasse e fosse aceito por todos. As principais teorias são:

O Direito divino dos reis: Le Bret, Jean Bodin e Jacques Bossuet são teóricos franceses que afirmam que os reis têm uma origem divina e por isso têm a legitimidade para governar. Essa é a principal base de sustentação teórica do regime absolutista. Portanto, a figura do rei nos tempos modernos é sagrada. A Teoria do Contrato Social (O Leviatã:) Hobbes afirma que o homem é o lobo do homem e sem um governo forte e coercitivo, o homem pode se destruir. Diante dessa animalidade humana, é necessário um governo forte na mão de um rei. Maquiavel: Filósofo italiano que no século XVI escreveu O Príncipe, obra que é considerada um dos tratados políticos mais fundamentais elaborados pelo pensamento humano, e que tem papel crucial na construção do conceito de Estado como modernamente conhecemos. Nesta obra, Maquiavel defende a centralização do poder político e não propriamente o absolutismo (como muitos pensam). No capítulo 18 de O Príncipe, Maquiavel argumenta que o governante deve ser dissimulado quando é necessário, porém nunca deixando transparecer sua dissimulação. Não é necessário, a um príncipe, possuir todas as qualidades, mas é preciso parecer ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso já que às vezes é necessário agir em contrário a essas virtudes, porém é necessário que esteja disposto a modelar-se de acordo com o tempo e a necessidade. Adaptado de: http://praxishistoria.no.comunidades.net/index.php?pagina=1465164854 a) Qual o interesse da burguesia e da nobreza na centralização do poder e criação das Monarquias nacionais

b) Diversos teóricos justificavam o poder dos Reis. No texto são apresentadas duas teorias. Quais são? Quais as justificativas de cada teoria para o poder centralizado no Rei? c) Pensando sobre a condição dos servos/camponeses de que forma essas teorias serviam como forma de acalmar esse grupo social e por isso era necessário?