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Transcrição:

Fls. 2 1 Coordenação Geral de Tributação Solução de Consulta nº 46 Data 19 de fevereiro de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL SIMPLES NACIONAL. INTERMEDIAÇÃO DE NEGÓCIOS. A Atividade de fornecimento de carga de vale presente não é forma de intermediação de negócios e, portanto, cumpridos todos os demais requisitos legais, não constitui, por si só, atividade impeditiva à opção pelo regime de tributação do SIMPLES NACIONAL. Dispositivos Legais: Lei Complementar, nº 123, de 2006, art. 17, XI. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL INEFICÁCIA PARCIAL. ENQUADRAMENTO NO CNAE FISCAL. É ineficaz a consulta que não visa à interpretação da legislação tributária. Dispositivos Legais: Decreto nº 70.235, de 1972, art. 52, I; Decreto nº 7.574, de 2011, art. 94, I; e Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013, art. 18, I. Relatório 1. A consulente supra qualificada formulou consulta, autuada por meio do processo em referência, solicitando esclarecimentos com relação à interpretação da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2007, que instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, com relação à parte final do inciso XI do seu art. 17, caso a consulente passe a executar o fornecimento de carga para cartão presente (vale presente) por conta e ordem de terceiro. 2. Informa que seu objeto social consiste no comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal, além de outras atividades secundárias previstas no seu Contrato Social (às fls. 12 a 20). Acrescenta que se trata de uma franqueada e que fora orientada pela sua franqueadora a promover uma alteração no seu contrato social, a fim de incluir em seu objeto social nova atividade como atividade secundária, no Código de Atividade 1

Fls. 3 Fiscal CNAE Fiscal nº 8299 7 99 outras atividades de serviços prestados principalmente às pessoas jurídicas não especificadas anteriormente. 3. Esclarece que essa alteração contratual teria como objetivo passar a abranger a atividade de fornecimento de Carga para Cartão Presente (vale presente) por conta e ordem de terceiro. Esse Cartão Presente consistiria em um cartão magnético distribuído para toda rede de franquias (as franqueadas, como a consulente) e que seria administrado pela empresa franqueadora, responsável pela sua emissão e manutenção. 4. Registra que promoverá a venda desses cartões aos consumidores (pessoas físicas e jurídicas), carregando neles o valor em moeda recebido e que uma vez carregado, o cartão, que será ao portador, poderá ser utilizado em qualquer franqueada, sendo vedada a transferência de valores para outro cartão, tampouco a entrega de troco. Pelo serviço de carga do cartão presente, a consulente diz que será remunerada pela franqueadora, por meio de uma percentual incidente sobre o valor carregado no cartão. A franqueada, por sua vez, que receber o cartão como forma de pagamento, posteriormente, solicitará o reembolso à franqueadora do respectivo valor. 5. Em função do exposto e da vedação à opção pelo SIMPLES NACIONAL prevista na parte final do inciso XI do art. 17 da Lei Complementar nº 123, de 2006, qual seja, a que veda o ingresso no SIMPLES NACIONAL quando a empresa desempenhe qualquer atividade de intermediação de negócios, questiona, ao final, o seguinte: 5.1. A inclusão da atividade de fornecimento de carga para cartão presente, nos moldes explicitados na consulta, implica a exclusão da consulente do SIMPLES NACIONAL? 5.2. Essa nova atividade de fornecimento de carga para cartão presente, deve ser identificada pelo código de atividade fiscal CNAE fiscal nº 8299 7/99 outras atividades de serviços prestados principalmente às pessoas jurídicas não especificadas anteriormente? caso negativo, em qual código CNAE essa atividade se enquadraria? 5.3. A alteração de dados no CNPJ afeto a inclusão dessa nova atividade no CNAE FISCAL nº 8299 7/99, em função das características detalhadas sobre o fornecimento de carga para cartão presente, seria condição impeditiva da permanência da consulente no SIMPLES NACIONAL? 5.4. Caso a resposta ao primeiro questionamento (item 5.1. acima) seja afirmativa, a simples alteração no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), incluindo essa nova atividade econômica de fornecimento de carga para cartão presente equivaleria à comunicação obrigatória de exclusão? 6. Juntamente com a consulta, constam os seguintes documentos: documento de identidade e procuração (às fls. 8 e 9), cartão do CNPJ (à fl. 10), alteração contratual (à fl. 11), consolidação do contrato social (às fls. 12 a 20) e declaração da consulente (à fl. 21). 7. Em síntese, é o relatório. Fundamentos 2

Fls. 4 8. Preenchidos os requisitos de admissibilidade da consulta, ainda que em parte, como será examinado mais adiante, passa se a análise do mérito. 9. A questão principal em exame é saber se o serviço de fornecimento de carga para cartão presente realizado pela consulente (uma franqueada) à sua franqueadora pode ser considerado uma forma de intermediação de negócios. O que impediria a consulente de optar pelo regime de tributação previsto na Lei Complementar nº 123, de 2006 ou de nele permanecer, tendo em vista a vedação prevista no inciso XI do art. 17, do citado diploma legal, abaixo transcrito (sem grifos no original): Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte: [...] XI que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios; [...] 10. Para analisar o caso, faz se necessário compreender melhor a sistemática apresentada pela consulente afeta ao cartão presente. Com efeito, nos contornos delineados na consulta, trata se, tal sistemática, de uma inovação da franqueadora, muito utilizada no comércio em geral, implementada em toda a rede de franquia, incluindo a consulente, consistente em nova modalidade de pagamento, disponibilizada aos clientes da rede, similar a um título de crédito ao portador. 11. Esse cartão magnético, emitido pela franqueadora, é colocado em circulação pela franqueada, quando esta realiza o creditamento ou carregamento de determinado valor no cartão e o entrega ao seu cliente, recebendo em troca, o valor equivalente em moeda. Essa mesma franqueada ou qualquer outra da rede de franquia se tornam, com isso, obrigadas a aceitar esse cartão presente carregado, como forma alternativa de pagamento, em futuras vendas. 12. Esse serviço de carregamento dos cartões realizado pela consulente é remunerado pela franqueadora. Consiste, portanto, em um serviço prestado por uma pessoa jurídica a outra (franqueada x franqueadora), com o intuito de incrementar as vendas da franqueada e, por conseguinte, aumentar as receitas da franqueadora, uma vez que ao trocar a moeda pelo cartão presente, a franqueada substitui o meio de pagamento mais amplo existente (moeda de curso forçado R$) por uma forma de pagamento válida exclusivamente na rede das empresas franqueadas, tornando o cliente que adquiriu o cartão ou a quem ele o transferir, um consumidor cativo dessa rede. 13. Percebe se, portanto, que a franqueada, quando carrega o cartão presente em exame, não atua como intermediadora de negócios, uma vez que na intermediação, a pessoa jurídica intermediária se interpõe entre as partes, aproximando as, para que elas realizem o negócio ou ajustem o contrato, não concluindo o negócio em nome da contratante, como ocorre no caso da corretagem e da representação comercial. 3

Fls. 5 14. No caso em exame, a consulente (franqueada) ao carregar o cartão, além de não aproximar as partes (consumidor final e franqueadora), sequer realiza o negócio, ou seja, a venda dos seus produtos, pois o objetivo desse serviço é apenas efetuar a troca do dinheiro (recebido do cliente) pelo cartão (ofertado pela franqueada), criando uma nova forma de pagamento (de crédito) exclusiva da rede, que permite ao portador ampla liberdade de escolha do local, onde pretende adquirir os produtos da rede, e dos próprios produtos comercializados pela(s) franqueada(s). Assim, somente a posteriori, quando o cartão for efetivamente utilizado pelo seu portador (o consumidor final), o negócio será concretizado, no caso, pela fraqueada em seu próprio nome. 15. Com isso, respondendo aos questionamentos encontrados nos itens 5.1 e 5.3 supra, que se equivalem, o serviço de fornecimento de carga para cartão presente não é forma de intermediação de negócios. Dessa forma, a prática desse serviço pela consulente, por si só, não impede, desde que cumpridos todos os demais requisitos legais, a consulente de permanecer no regime de tributação do SIMPLES NACIONAL. 16. Com isso, fica prejudicado o questionamento constante no item 5.4, uma vez que a resposta ao primeiro questionamento é negativa. Todavia, vale ressaltar que, partindo da premissa que o CNAE fiscal 8299 7/99, proposto pela consulente, é o código correto a ser incluído no cartão do CNPJ da empresa, como atividade econômica secundária apta a contemplar o serviço de fornecimento de carga de cartão presente, o que já foi realizado (conforme documento à fl. 10), a consulente passou, pelo que preconiza o art. 8º, 2º, e seu anexo VII, todos da Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011, a desempenhar uma atividade econômica cujo código CNAE é considerado ambíguo, ou seja, código que compreende concomitantemente atividade impeditiva e permitida ao SIMPLES NACIONAL. Veja se (sem grifos no original): Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011 Art. 8º Serão utilizados os códigos de atividades econômicas previstos na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) informados pelos contribuintes no CNPJ, para verificar se a ME ou EPP atende aos requisitos pertinentes. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput ) 1º O Anexo VI relaciona os códigos da CNAE impeditivos ao Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput ) 2º O Anexo VII relaciona os códigos ambíguos da CNAE, ou seja, os que abrangem concomitantemente atividade impeditiva e permitida ao Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput ) Anexo VII da Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011. (art. 8º, 2º) Códigos previstos na CNAE que abrangem concomitantemente atividade impeditiva e permitida ao Simples Nacional Subclasse CNAE Denominação 2.0 8299 7/99 OUTRAS ATIVIDADES DE SERVIÇOS PRESTADOS PRINCIPALMENTE ÀS EMPRESAS NÃO ESPECIFICADAS 4

Fls. 6 Subclasse CNAE 2.0 ANTERIORMENTE Denominação 17. Nesse caso, como a alteração no cartão do CNPJ já foi implementada, a consulente deve atentar para o que determina o 3º do art. 8º da citada Resolução, cujo teor segue transcrito abaixo (sem grifos no original): Art. 8º [...] 3º A ME ou EPP que exerça atividade econômica cujo código da CNAE seja considerado ambíguo poderá efetuar a opção de acordo com o art. 6 º, se: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput ) I exercer tão somente as atividades permitidas no Simples Nacional, e; II prestar a declaração que ateste o disposto no inciso I. 18. Tal dispositivo, embora permita a empresa com código CNAE ambíguo optar pelo SIMPLES NACIONAL (ou continuar fazendo parte dele), condiciona a validade dessa opção (e da sua manutenção), a entrega de Declaração, na qual se registre que a empresa exercerá tão somente atividades permitidas no SIMPLES NACIONAL. 19. O que não ocorreria, caso a atividade econômica incluída no cartão do CNPJ não fosse ambígua, mas sim, vedada (somente impeditiva) à sistemática do SIMPLES NACIONAL. Hipótese em que, a simples alteração de dados no CNPJ, informada à Secretaria da Receita Federal do Brasil RFB, para nele incluir uma atividade econômica impeditiva, equivaleria, por si só, à comunicação obrigatória de exclusão do SIMPLES NACIONAL, conforme determinam o art. 30, II, da Lei Complementar nº 123, de 2006 e o art. 74, II, da Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011, abaixo reproduzidos (sem grifos no original): Lei Complementar nº 123, de 2006: Art. 30 [...] 3 o A alteração de dados no CNPJ, informada pela ME ou EPP à Secretaria da Receita Federal do Brasil, equivalerá à comunicação obrigatória de exclusão do Simples Nacional nas seguintes hipóteses: [...] II inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo Simples Nacional; Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011 Art. 74. A alteração de dados no CNPJ, informada pela ME ou EPP à RFB, equivalerá à comunicação obrigatória de exclusão do Simples Nacional nas seguintes hipóteses: (Lei Complementar n º 123, de 2006, art. 30, 3 º ) [...] II inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo Simples Nacional; [...] 5

Fls. 7 Parágrafo único. A exclusão de que trata o caput produzirá efeitos a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da ocorrência da situação de vedação. (Lei Complementar n º 123, de 2006, art. 31, inciso II) 20. Com relação ao questionamento 5.2 supra, o qual busca ratificar a correção do enquadramento do serviço de fornecimento de carga de vale presente no código CNAE Fiscal nº 8299 7/99, impõe se dizer que, nessa parte, a consulta não possui aptidão para produzir os efeitos que lhes são típicos, pois a dúvida formulada não se refere à interpretação da legislação tributária, que é o objetivo precípuo do processo administrativo de consulta. 21. Dessa forma, conforme determinam os arts. 46 e 52, I, do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, o art. 94, I, do Decreto nº 7.574, de 29 de setembro de 2011 e o art. 18, I, da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013, a consulta, nessa parte, há que ser declarada ineficaz. 22. Ademais, o órgão competente para solucionar dúvidas de enquadramento da atividade econômica da empresa no CNAE é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE (e não a RFB), vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, conforme se depreende do art. 5º, inciso IV, da Resolução Concla (Comissão Nacional de Classificação) nº 1, de 5 de abril de 2012 (alterada pela Resolução Concla nº 2, de 16/05/2007, publicada no DOU de 22/05/2007), que aprova e divulga, nos termos do seu Anexo único, o Regimento Interno da Subcomissão Técnica para a CNAE, conforme preconiza o seu texto abaixo (sem grifos no original): Anexo à Resolução Concla nº 1, de 05/04/2012 Regimento Interno da Subcomissão Técnica para a CNAE Subclasses Art. 5º Cabe ao IBGE, como componente da Subcomissão: I Implementar as atualizações da CNAE Subclasses, aprovadas pela CONCLA, nos instrumentos automatizados de apoio à atribuição dos códigos; II Divulgar e promover a CNAE Subclasses conjuntamente com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas CNAE; III Orientar os trabalhos da Subcomissão no que se refere aos aspectos de classificação, de forma que conciliem as necessidades dos registros administrativos do País com os padrões adotados nas estatísticas nacionais; IV Dirimir as dúvidas dos usuários ; V Preparar e ministrar os treinamentos para o uso da CNAE Subclasses, com apoio dos membros da Subcomissão, no que se refere ao estabelecido nas alíneas "c" e "d" do inciso II, do artigo 11 deste Regimento. Parágrafo único Para atender ao disposto no item IV, será criada a Central Nacional de Atendimento para a CNAE Subclasses. 23. A Central de Dúvidas, que pode ser acionada pela consulente, opera por meio do endereço cnae@ibge.gov.br, desde 1998, como mecanismo de apoio ao usuário e de 6

Fls. 8 padronização na interpretação da CNAE. Sua gestão é feita pela Coordenação de Estatísticas Econômicas e Classificação da Diretoria de Pesquisas do IBGE (informações disponíveis no endereço http://concla.ibge.gov.br/central de duvidas). Conclusão 24. Ante o exposto, soluciona se a presente consulta, informando que o serviço de fornecimento de carga de vale presente, nos termos delineados pela consulente, não é forma de intermediação de negócios e, portanto, cumpridos todos os demais requisitos legais, não constitui, por si só, atividade econômica impeditiva à opção ou manutenção no SIMPLES NACIONAL. Alex Assis de Mendonça Auditora Fiscal da RFB De acordo. À consideração superior. Paulo José Ferreira Machado Silva Auditor Fiscal da RFB De acordo. Encaminhe se à Coordenadora da Cotir. José Carlos Sabino Alves Auditor Fiscal da RFB Chefe da Disit07 Chefe da Divisão de Tributação SRRF07 De acordo. Ao Coordenador Geral da para aprovação. Ordem de Intimação Cláudia Lucia Pimentel Martins da Silva Auditora Fiscal da RFB Coordenadora da Cotir Aprovo a Solução de Consulta. Publique se e divulgue se nos termos do art. 27 da IN RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013. Dê se ciência ao interessado. 7

Fls. 9 FERNANDO MOMBELLI Coordenador Geral da 8