CONTINUAÇÃO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO CAUSAS DE RETIRADA DO SUMARÍSSIMO PARA O SUMÁRIO:

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Transcrição:

1 PROCESSO PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL PONTO 1: CONTINUAÇÃO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO PONTO 2: RETIRADA DO SUMARÍSSIMO PARA SUMÁRIO PONTO 3: PRINCÍPIOS E DEMAIS IMPLICAÇÕES CONTINUAÇÃO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO CITAÇÃO POR EDITAL ART. 66, ÚNICO 1, LEI 9099. CAUSAS DE RETIRADA DO SUMARÍSSIMO PARA O SUMÁRIO: Cabe citação por hora certa no sumaríssimo. É obrigatória a retirada do sumaríssimo quando não encontrado o réu e nesse caso, indo para o sumário. Uma vez retirado do rito sumaríssimo não volta mais. ART. 77 2, 2º E 3º DA LEI 9099/95 na primeira a retirada é obrigatória e na segunda é facultativa. Por exemplo, pluralidade de acusados, muitas precatórias, não sendo compatível com a celeridade do rito sumaríssimo. Sendo complexo irá para o sumário, a questão é subjetiva. O delegado não pode transformar termo circunstanciado em inquérito policial. _Lei 11340/06 art. 41 3 ; não cabe o procedimento do JEcrim. _ Crimes militares art. 90-A 4 da Lei 9099/95 (estão julgando a inconstitucionalidade deste artigo). _ Crimes praticados por quem tem prerrogativa de função: serão processados perante o foro que tem prerrogativa. Se for impo, terão direito aos benefícios destas infrações só que no foro que tem prerrogativa. _ Justiça Eleitoral Crimes eleitorais; 1 Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado. Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei. 2 Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis. 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei. 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunstâncias do caso determinam a adoção das providências previstas no parágrafo único do art. 66 desta Lei. 3 Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei n o 9.099, de 26 de setembro de 1995. 4 Art. 90-A. As disposições desta Lei não se aplicam no âmbito da Justiça Militar. (Artigo incluído pela Lei nº 9.839, de 27.9.1999)

_ Súm. 337 5 STJ infração grave de procedimento mais amplo, mas que pode desembocar em outro procedimento menos amplo, nos casos em que o magistrado desclassifica um crime por outro, que seja de procedimento menos amplo e deverá abrir vista ao MP para que ofereça os benefícios quando for o caso de procedimento sumaríssimo. PRINCÍPIOS DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL: ART. 62 6 + ART. 2º 7 DA LEI 9099/95 - CELERIDADE: deve-se imprimir um rito rápido, célere, priorizando-se o atingimento da finalidade do ato. - ECONOMIA PROCESSUAL: realização do maior número de atos possíveis dentro da mesma solenidade. - INFORMALIDADE: o procedimento sumaríssimo não estabelece um rol de nulidades absolutas e relativas, ao contrário do que fez o código de processo penal. O que importa é o ato ter atingido a sua finalidade e a comprovação do prejuízo, conforme art. 65, 1º 8 da lei 9099/95. - ORALIDADE: exemplos, art. 77 9 da lei 9099/95, a denúncia é oral e art. 81 10 da lei 9099/95 a resposta preliminar é oral. 2 5 SÚM. 337 - É cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva. 6 Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. 7 Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação. 8 Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem as finalidades para as quais foram realizados, atendidos os critérios indicados no art. 62 desta Lei. 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo. 9 Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis. 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei. 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunstâncias do caso determinam a adoção das providências previstas no parágrafo único do art. 66 desta Lei. 10 Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença. 1º Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias. 2º De todo o ocorrido na audiência será lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência e a sentença. 3º A sentença, dispensado o relatório, mencionará os elementos de convicção do Juiz.

- SIMPLICIDADE (de regra, esse princípio também faz parte do Juizado Especial criminal e cível). Ligado à informalidade. ***Não confundir a segunda parte do art. 62 11 da lei 9099 com os objetivos do JEC, que são: reparação do dano causado à vítima por meio da COMPOSIÇÃO CIVIL DOS DANOS ART. 74 12 DA LEI 9099/95 trata-se de uma medida despenalizadora e extintiva da punibilidade, pois essa é a consequência advinda da homologação do acordo entre autor do fato e ofendido. O pagamento total do dano por um dos autores do fato extingue a punibilidade em relação a todos eles. Autor: 1,2,3,4,5 - Vítima: 1,2,3,4,5 - O pagamento parcial do dano parcial só extingue em relação àquele que pagou. A aceitação do dano pago só acarreta extinção com relação à vítima que aceitou. Art. 74, único 13 da Lei 9099/95. Em crimes de ação privada a homologação desse acordo entre autor do fato e vítima acarreta a renúncia ao direito de representação ou de queixa. Em ação penal pública condicionada a representação e ação privada impede a transação penal que é proposta pelo MP. Se a ação pública for incondicionada a lei não prevê qualquer efeito com relação a acordo. A transação penal tem carência de 5 em 5 anos. Quanto a composição civil não tem limite tanto na privada quanto na pública. A composição civil fecha a possibilidade de a vítima pleitear no âmbito civil. Se for pago com cheque, por exemplo, sem fundos, se resolve no próprio Jec e não no âmbito civil, poderá pleitear dano moral. Art. 27 14 - Lei 9605/98 crimes ambientais - sem que haja recomposição penal do dano não tem a transação penal, pois é condição. - APLICAÇÃO IMEDIATA DE PENA NÃO PRIVATIVA DE LIBERDADE ART. 76 15, LEI 9099/95 TRANSAÇÃO PENAL: é medida despenalizadora e 3 11 Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. 12 Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. 14 Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. 15 Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade. 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.

extintiva da punibilidade. É um benefício assim como acontece com a composição dos danos civis e somente é cabível para as infrações de menor potencial ofensivo. É um benefício que somente cabe de 5 em 5 anos, conforme art. 76, 2º, inc. II da lei 9099/95. Ainda, o réu não pode ter sido condenado como reincidente, pela prática de crime, a pena privativa de liberdade, definitivamente. Art. 76, 2º inc. I réu não tem o benefício se não preencher os requisitos subjetivos. A transação penal, assim como ocorre com o benefício da suspensão condicional do processo é um poder-dever de agir do MP e não um direito público subjetivo do acusado. Deve estar sempre condicionado ao preenchimento, também, do requisito subjetivo. **Se tiver composição não se cogita transação penal. 3º, art. 76 da lei 9099 o juiz não pode conceder transação penal, a prerrogativa é do MP. Art. 28 16 CPP. 4º - a sentença que homologa a transação penal serve para controlar o prazo de 5 anos, no qual não poderá receber até o final desde período. A sentença que homologa a transação penal não pode ser levada ao juízo cível e ser prontamente executada. Deverá ingressar com ação ordinária para poder tornar certa a obrigação de reparar o dano. Se a transação penal não for cumprida, CJ material art. 118 17 LEP, regressão do regime carcerário. Hoje se devolve a chance de oferecer nova denúncia. Pode o querelado propor transação penal? Não. Posição majoritária é de a legitimidade para propor transação penal é o querelante ou o MP. 5º - art. 76 lei 9099 dessa decisão cabe apelação. 4 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz. 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos. 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei. 6º A imposição da sanção de que trata o 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível. 16 Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. 17 Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (artigo 111). 1 O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta. 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado.

FASE POLICIAL ART. 69 18 DA LEI 9099/95 podem elaborar termo circunstanciado: polícia civil + brigada militar (sem formalidades, sem exames de corpo de delito, mas há turmas recursais que entendem que há necessidade de exame de corpo de delito). Não há prazo para o termo circunstanciado devendo ser enviado, imediatamente a juízo. Art. 69, único da lei 9099 praticada IMPO com relação ao art. 28 19 da lei de drogas, não torna proibido aquele momento de se fazer cessar a prática. Se o autor do fato se comprometer a ir em audiência preliminar. O flagrante é composto de quatro fases, devendo-se no primeiro momento fazer cessar a prática do crime. FASE PRELIMINAR - Presenças obrigatórias art. 74 20 Lei 9099. A fase conciliatória pode ser presidida por juiz leigo. E nesse caso, o promotor não precisa comparecer. Facultativa responsável civil os outros são de presença obrigatória. O não comparecimento da vítima, exceto quanto à lei Maria da penha, acarreta o arquivamento implícito conforme entendimento do FONAJE e STF art. 74, único da 9099. 5 18 Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. 19 Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 1 o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. 2 o Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. 3 o As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses. 4 o Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses. 5 o A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas. 6 o Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: I - admoestação verbal; II - multa. 7 o O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado. 20 Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação.

Não ter cabido transação penal ou ter cabido e o autor do fato não ter cumprido, nesses casos o MP providencia a denúncia oral na audiência preliminar. A vítima é intimada para a audiência judicial, art. 81 21 da lei 9099/95. O primeiro ato da audiência judicial é a resposta preliminar oral, mas o advogado pode levar por escrito. O juiz poderá rejeitar a denúncia ou queixa, art. 82 22 da lei 9099/95. Se o juiz entender, receberá a denúncia ou queixa, vigorando o princípio da celeridade. Posição majoritária: não há resposta à acusação escrita deve ser oral não se aplicando o art. 396 23 CPP; não há absolvição sumária; _ recebida denúncia ou queixa segue ordem já vista no comum ordinário (com interrogatório ao final); _quanto ao número de testemunhas? Em analogia ao Jec (cível). Primeira posição: 3 testemunhas; Segunda posição: 3, se contravenção e 5 se crime; Terceira posição: Norberto Avena tudo que sai do sumaríssimo vai para o sumário e por analogia são 5 testemunhas. _ cabem embargos declaratórios: prazo 5 dias. No JECrim os embargos suspendem o prazo para os demais recursos ao contrário do processo penal que interrompem o prazo. _ cabe RSE. Ada Pelegrin desde que estejam previstas nas hipóteses do art. 581 24 CPP. Turmas recursais entendem que cabe RSE. No JECrim. 6 21 Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença. 1º Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias. 2º De todo o ocorrido na audiência será lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência e a sentença. 3º A sentença, dispensado o relatório, mencionará os elementos de convicção do Juiz. 22 Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente. 2º O recorrido será intimado para oferecer resposta escrita no prazo de dez dias. 3º As partes poderão requerer a transcrição da gravação da fita magnética a que alude o 3º do art. 65 desta Lei. 4º As partes serão intimadas da data da sessão de julgamento pela imprensa. 5º Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão. 23 Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.(redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 24 Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: I - que não receber a denúncia ou a queixa; II - que concluir pela incompetência do juízo; III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; IV que pronunciar o réu; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; (Redação dada pela Lei nº 7.780, de 22.6.1989) VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor; VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade; IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;

7 DIREITO PROCESSUAL PENAL _ Não cabe RESP na lei 9099. RO em HC ou MS. Não cabem por certo embargos infringentes e de nulidade. _ AÇÕES AUTONOMAS DE IMPUGNAÇÃO cabem no JEcrim. S 690 STF foi cancelada. _ Interpretar esse ponto de forma restritiva*** SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO - ART. 89 25 DA LEI 9099/95 É acidente de percurso por não ser benefício típico de infração de menor potencial ofensivo. Ex: furto, pena Max. 4 anos e mín. 1 ano. O réu deverá estar respondendo processo cuja pena mínima deve ser de no máximo igual ou inferior a 1 ano. Quantidade de pena: ver súmulas 243 26 STJ e 723 27 STF. Para o STJ em caso de concurso de crimes aplica-se o percentual que mais aumente. Para o STF aplica- X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena; XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional; XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte; XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta; XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial; XVII - que decidir sobre a unificação de penas; XVIII - que decidir o incidente de falsidade; XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado; XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra; XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774; XXII - que revogar a medida de segurança; XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação; XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples. 25 Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições: I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; II - proibição de freqüentar determinados lugares; III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo. 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos. 26 SÚM. 243 - O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações penais cometidas em concurso material, concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano.

se o percentual que menos aumente. (Davi André) entende conforme STJ. Conforme a banca se adota uma ou outra posição. Adotando-se o percentual de 1/6 para a defensoria pública, por exemplo, entendimento do STJ. CONDIÇÕES: _ REPARAÇÃO DO DANO salvo imposição de fazê-lo. _ PROIBIÇÃO de frequentar determinados lugares. _ PROIBIÇÃO de se ausentar da comarca. _ COMPARECIMENTO em juízo. _ O JUIZ ESPECIFICARÁ outras condições em que o réu ficará obrigado. 4º - revogação facultativa. 5º - posição STJ se expirado o período de prova, mesmo que o réu não tenha cumprido as condições, é possível a revogação do benefício. Cabe ao réu provar que adimpliu as condições. Mesmo vale para a suspensão condicional da pena. Sursi processual para alguns cabe RSE (quando o juiz aplica suspensão) só o MP pode propô-la e por fim o Sursi processual uma vez cumprido se declara extinta a punibilidade e não restam quaisquer efeitos penais. O juiz fará antes de marcar audiência, mas há entendimento minoritário de que é em audiência. 8 27 SÚM. 723 - NÃO SE ADMITE A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO POR CRIME CONTINUADO, SE A SOMA DA PENA MÍNIMA DA INFRAÇÃO MAIS GRAVE COM O AUMENTO MÍNIMO DE UM SEXTO FOR SUPERIOR A UM ANO.