Aula 09. LEIS 9099/95 e LEI /01 - CONTINUAÇÃO COMPOSIÇÃO CIVIL
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1 Turma e Ano: Tribcast 2016 Matéria / Aula: Leis Penais 2016 Professor: Marcelo Uzeda Monitor: Mário Alexandre de Oliveira Ferreira Aula 09 LEIS 9099/95 e LEI /01 - CONTINUAÇÃO COMPOSIÇÃO CIVIL Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. O art. 74 trata da Composição Civil dos danos. Em regra, a competência para a execução da sentença homologatória é do Juizado Especial Cível. A sentença homologatória é irrecorrível. A homologação do acordo civil implica a RENÚNCIA TÁCITA ao direito de queixa ou de representação, ou seja, acarreta a extinção da punibilidade, tanto na ação penal privada quanto na pública condicionada à representação, respectivamente. Em se tratando de ação penal pública incondicionada, nada obsta a composição civil, sendo a mesma recomendada ao acusado, principalmente para ser levada em consideração quando do eventual oferecimento da transação penal pelo Ministério Público. Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representação verbal, que será reduzida a termo. Parágrafo único. O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei.
2 O art. 75 se preocupa mais com a ação penal pública condicionada à representação, na medida em que confere ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representação de forma imediata, bem como lhe permitindo o exercício no prazo legal, ou seja, de 6 (seis) meses, na forma do art. 38, CPP. Para parte da doutrina, a representação já ocorreu em momento anterior, qual seja, na lavratura do Termo Circunstanciado de Ocorrência, de forma que o art. 75 se referiria à mera ratificação da representação. O termo a quo do prazo decadencial de 6 (seis) meses é a data da ciência da autoria do fato. TRANSAÇÃO PENAL Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade. 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida. 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz. 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos. 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei. 6º A imposição da sanção de que trata o 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível. Primeiramente, só se poderá falar em oferecimento da transação penal nos casos de ter havido a representação (nos crimes de ação penal pública incondicionada) e nos de ação
3 penal pública incondicionada, independentemente da ocorrência anterior da composição dos danos. A Transação Penal é um acordo criminal, de forma que somente pode ser oferecida pelo titular da ação penal, ou seja, o Ministério Público. DISCUSSÃO: É possível o MP oferecer a transação penal em se tratando de crimes de ação penal privada? Há 2 correntes: 1ª corrente: SIM 2ª Corrente: NÃO, pois, em se tratando da ação penal privada, vigora o Princípio da Disponibilidade. A Transação Penal visa a evitar o oferecimento da denúncia e os desdobramentos de uma eventual condenação penal. O 2º estabelece as situações em que não será cabível a transação penal: reincidência em crime doloso (inciso I); nova transação em menos de 5 anos (inciso II); insuficiência da medida em razão das circunstâncias (inciso III). O 4º estabelece que a transação penal não acarreta a reincidência, mesmo que haja a imposição de pena restritiva de direito ou de multa, na medida em que não se trata de sentença condenatória. Da sentença homologatória, caberá o recurso de apelação, na forma do art. 82. O 6º determina que a transação penal não gera maus antecedentes e que a sentença homologatória não é título executivo judicial, de forma que será necessário o oferecimento de ação de conhecimento para se pedir eventual indenização. No sentido das previsões acima, o Supremo editou a Súmula Vinculante 35, in verbis: A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial.
4 No julgado, o Supremo consagrou o entendimento de que a Transação Penal não faz Coisa Julgada Material, de forma que o seu descumprimento permite o oferecimento da denúncia. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis. 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei. 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunstâncias do caso determinam a adoção das providências previstas no parágrafo único do art. 66 desta Lei. A denúncia somente será oferecida quando não houver transação penal ou quando os seus termos forem descumpridos. Em se tratando de causa complexa, a competência do Tribunal do Júri será afastada, de forma que os autos deverão ser remetidos ao juízo comum. O 1º dispensa o exame de corpo de delito em se tratando de a materialidade estiver comprovada por boletim médico ou por prova equivalente. Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será reduzida a termo, entregando-se cópia ao acusado, que com ela ficará citado e imediatamente cientificado da designação de dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, da qual também tomarão ciência o Ministério Público, o ofendido, o responsável civil e seus advogados. 1º Se o acusado não estiver presente, será citado na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientificado da data da audiência de instrução e julgamento, devendo a ela trazer suas testemunhas ou apresentar requerimento para intimação, no mínimo cinco dias antes de sua realização.
5 2º Não estando presentes o ofendido e o responsável civil, serão intimados nos termos do art. 77 desta Lei para comparecerem à audiência de instrução e julgamento. 3º As testemunhas arroladas serão intimadas na forma prevista no art. 67 desta Lei. Conforme visto anteriormente, a citação será pessoal ou por mandado, se não for possível. Ao seu passo, as intimações, em regra, por correio ou por qualquer outro meio de comunicação idôneo. Art. 79. No dia e hora designados para a audiência de instrução e julgamento, se na fase preliminar não tiver havido possibilidade de tentativa de conciliação e de oferecimento de proposta pelo Ministério Público, proceder-se-á nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei. Antes da abertura da audiência, haverá nova tentativa de composição civil. Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando o Juiz, quando imprescindível, a condução coercitiva de quem deva comparecer. O art. 80 permite a condução coercitiva de quem deva comparecer a ele, situação que não é possível em se tratando da fase preliminar. Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença. 1º Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias. 2º De todo o ocorrido na audiência será lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência e a sentença. 3º A sentença, dispensado o relatório, mencionará os elementos de convicção do Juiz. Antes de receber a denúncia, a defesa responderá à acusação, por meio de exceção de précognição, sendo que, com base neste resposta, é possível a rejeição da denúncia. O objetivo é a realização da audiência de forma uma.
6 SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO (Sursis processual) Inspirado no sursis da pena, consagrado no art. 77, CP. Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições: I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; II - proibição de freqüentar determinados lugares; III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo. 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos. Aplica-se aos crimes cuja pena mínima não ultrapasse 1 (um) ano. Com relação ao tema, destacam-se algumas súmulas: Súmula 723, STF: Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano. Súmula 243, STJ: O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações penais cometidas em concurso material, concurso formal ou continuidade
7 delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano. Súmula 337, STJ: É cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva. Também há entendimento consolidado no STJ no seguinte sentido: É inadmissível o pleito da suspensão condicional do processo após a prolação da sentença, ressalvadas as hipóteses de desclassificação ou procedência parcial da pretensão punitiva estatal. O STJ entende que, em regra, a suspensão condicional do processo deve ocorrer no início, salvo em se tratando de desclassificação ou de procedência parcial da pretensão punitiva. Súmula 696, STF: Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se recusando o Promotor de Justiça a propô-la, o Juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo Penal. Na súmula acima, o Supremo deixou consignado que a suspensão condicional do processo não é direito subjetivo do réu. Desta forma, se o membro do MP se recusar a oferecer, o juiz deverá oficiar o Procurador Geral, em aplicação por analogia do art. 28, CPP. O STJ, nas suas jurisprudências em tese, decidiu: A suspensão condicional do processo não é direito público subjetivo do réu, mas um poder-dever do Ministério Público, e o magistrado, caso discorde do não oferecimento da benesse, deve aplicar, por analogia, a norma do art. 28 do CPP e remeter os autos à Procuradoria-Geral de Justiça. No Informativo 513, STJ, a 5ª Turma decidiu o seguinte: A suspensão condicional do processo é direito público subjetivo do réu e o magistrado, caso seja provocado pela parte interessada e discorde do não oferecimento da benesse pelo Ministério Público, deverá propô-la.
8 A diferença entre as teses reside no fato de que, se houver provocação, deve propor a suspensão condicional do processo; se não houver provocação, aplica-se o art. 28, CPP, por analogia. O ideal seria a proposta e a aceitação ocorrerem numa audiência admonitória, mas, na prática, o réu é intimado acerca do oferecimento da suspensão condicional do processo. No que tange às condições, ver o Informativo 574/STJ, em que o Tribunal admitiu o estabelecimento de medidas equivalentes às penas restritivas de direito, como condições da suspensão condicional do processo: DIREITO PROCESSUAL PENAL. CONDIÇÕES PARA O SURSIS PROCESSUAL. RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC E RES. N. 8/2008-STJ). TEMA 930. Não há óbice a que se estabeleçam, no prudente uso da faculdade judicial disposta no art. 89, 2º, da Lei n /1995, obrigações equivalentes, do ponto de vista prático, a sanções penais (tais como a prestação de serviços comunitários ou a prestação pecuniária), mas que, para os fins do sursis processual, se apresentam tão somente como condições para sua incidência. O 2º do art. 89 da Lei n /1995 não veda a imposição de outras condições, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado ("O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado"). Com o julgamento do RHC MG (DJe 6/5/2015), a Sexta Turma do STJ passou a entender o tema conforme o entendimento da Quinta Turma e do STF, no sentido de que "não há óbice legal ou lógico a que, a par das condições legais, se celebre acordo por meio do qual, nos termos do art. 89, 2º, da Lei n /1995, o réu assuma obrigações equivalentes, do ponto de vista prático, a penas restritivas de direitos (tais como a prestação de serviços comunitários, o fornecimento de cestas básicas a instituições filantrópicas a prestação pecuniária à vítima), visto que tais injunções constituem tão somente condições para sua efetivação e como tais são adimplidas voluntariamente pelo acusado". É fácil perceber, fazendo-se uma comparação entre os dois principais institutos despenalizadores da Lei n /1995 (Lei dos Juizados Especiais), que, na transação penal (aplicação imediata da pena) prevista no art. 76, o Ministério Público não abre mão do exercício da pretensão punitiva e não se desonera o autor do fato de sofrer uma pena. Assim, a transação penal lhe é oferecida como forma de evitar o risco de ser punido com pena privativa de liberdade, como consequência de uma sentença penal condenatória, com os efeitos que dela decorrem naturalmente, inclusive a sua validade para a futura e eventual qualificação do sentenciado como reincidente. Já na suspensão condicional do processo, positivada no art. 89, conquanto não haja propriamente uma desistência da ação penal, o exercício do ius accusationis é suspenso com o propósito de
9 evitar-se a condenação e, por conseguinte, a sanção penal correspondente ao crime imputado ao réu. E, sendo um acordo, as partes são livres para transigirem em torno das condições legais ( 1º) ou judiciais ( 2º) previstas no art. 89, "desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado", e desde que não se imponham condições que possam ofender a dignidade do arguido. Ressalte-se que, do descumprimento de uma das condições legais ou judiciais aceitas pelo réu não advém qualquer sanção penal, mas tão somente a retomada do curso processual, findo o qual o acusado poderá até mesmo ser absolvido. Essas características do sursis processual afastam, portanto, a ilegalidade de se estabelecerem condições funcionalmente equivalentes a sanções penais, mas que se apresentam meramente como condições para a suspensão do processo, e como tais hão de ser tratadas. Precedentes citados do STJ: REsp RS, Quinta Turma, DJe 12/11/2014; AgRg no REsp RS, Quinta Turma, DJe 1º/8/2014; HC MG, Sexta Turma, DJe 23/9/2015; e RHC RS, Sexta Turma, DJe 11/9/2015. Precedentes citados do STF: HC PR, Primeira Turma, DJe 7/11/2014; HC RS, Segunda Turma, DJe 6/12/2011; e HC PR, Segunda Turma, DJe 28/6/2013. REsp RS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Terceira Seção, julgado em 25/11/2015, DJe 2/12/2015 A revogação da sursis pode ser obrigatória ou facultativa. Dá-se a obrigatória quando o sujeito é processado pela prática de outro crime ou quando não fizer a reparação do dano. A facultativa ocorre quando ele descumpre alguma das outras condições ou se vier a ser processado por contravenção penal. O STJ entende que é possível a revogação depois do período de prova, desde que o motivo tenha ocorrido durante ele.
10 Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam aos processos penais cuja instrução já estiver iniciada. Art. 90-A. As disposições desta Lei não se aplicam no âmbito da Justiça Militar. (Artigo acrescido pela Lei nº 9.839, de 27/9/1999) Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir representação para a propositura da ação penal pública, o ofendido ou seu representante legal será intimado para oferecê-la no prazo de trinta dias, sob pena de decadência. Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposições dos Códigos Penal e de Processo Penal, no que não forem incompatíveis com esta Lei.
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