SISTEMAS ADESIVOS ATUAIS: CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS E APLICABILIDADE EM ODONTOPEDIATRIA



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Transcrição:

SISTEMAS ADESIVOS ATUAIS: CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS E APLICABILIDADE EM ODONTOPEDIATRIA CURRENT ADHESIVE SYSTEMS: PHYSICAL CHEMISTRY CHARACTERISTICS AND APPLICATIONS IN PEDIATRIC DENTISTRY Maria Carolina Vasconcelos Fecury 1 Fernanda Vieira Belém 1 Flávia Mendes Tourinho 1 Cláudia Valéria de Sousa Resende Penido 2 Roberval de Almeida Cruz 2 Resumo: O surgimento dos sistemas adesivos revolucionou a prática odontológica, oferecendo novas alternativas de tratamento restaurador, com preservação de estrutura dentária sadia. No entanto, a evolução destes adesivos, com a introdução de variadas opções ofertadas pela indústria especializada, gera constantes dúvidas relacionadas à seleção adequada desses materiais para os diversos procedimentos clínicos. Assim, foi realizada a revisão de literatura a respeito dos mecanismos de união aos substratos dentários dos sistemas adesivos das últimas gerações, a fim de proporcionar ao odontopediatra o conhecimento necessário para realizar análise criteriosa no momento da escolha do sistema adesivo que apresente eficácia clínica e satisfatória relação custo-benefício. Unitermos: Adesivos Dentinários; Dentina; Esmalte dental. INTRODUÇÃO O aparecimento e desenvolvimento dos sistemas adesivos modificaram inteiramente a prática odontológica, alterando os conceitos de preparo cavitário e possibilitando a realização de restaurações estéticas com maior conservação da estrutura dentária remanescente sadia (Reis et al., 2001). A adesão eficiente entre material restaurador e tecidos dentários, além de favorecer retenção necessária à restauração, resolveria em grande parte o problema de lesões de cárie secundárias provenientes de microinfiltração, como também o de sensibilidade pósoperatória, manchamento de margens, irritação pulpar, entre outros (Pereira et al., 1999). Em esmalte dental, a adesão tem sido bem sucedida desde a introdução da técnica do condicionamento ácido. Por outro lado, na dentina ela é menos previsível, tendo em vista sua ultraestrutura tubular úmida e composição orgânica de seu substrato (Swift et al., 1995). Vários são os sistemas adesivos constantemente lançados no mercado, cada um com seu modo de ação particular, sendo hoje, indispensáveis na prática clínica diária, gerando 1 Mestre em Odontopediatria pela PUC Minas 2 Doutores em Odontopediatria pela UNESP e UERJ. Professores Adjuntos da FO/PUC Minas Arquivo Brasileiro de Odontologia 144

oportunidades de novas alternativas de tratamento e caracterizando a chamada Odontologia Adesiva (Scavuzzi et al., 2001). Este trabalho tem por objetivo revisar a literatura sobre os mecanismos de união dos sistemas adesivos das últimas gerações com os substratos dentários. Dentre estes sistemas, podem ser citados: os adesivos de 4ª geração (multi-frascos), 5ª geração (frasco único) e 6ª geração (autocondicionantes). Além disto, aborda a indicação de cada um deles, visando auxiliar o profissional na seleção adequada do sistema adesivo que seja capaz de suprir suas necessidades clínicas. REVISÃO DA LITERATURA OS SISTEMAS ADESIVOS Os sistemas adesivos atuais compõem-se de um conjunto de materiais que, aplicados de forma seqüencial, promovem a adesão à dentina e ao esmalte dental simultaneamente, a saber: 1) agente condicionador - substância de natureza ácida; 2) primer - substância hidrofílica que torna a superfície mais receptiva à adesão, aumentando a capacidade de umedecimento da superfície dentinária; 3) adesivo - substância hidrofóbica também chamada resina fluida ou bond, que liga o complexo esmalte/dentina condicionados e primer à resina composta (Teruya & Corrêa, 2001). Podem apresentar os três componentes separados ou associados entre si, o que determinará sua aplicação em 1, 2 ou 3 passos. A maior parte dos procedimentos restauradores abrange, além do esmalte dental, a dentina, que é morfologicamente mais heterogênea e fisiologicamente mais dinâmica que o esmalte. Estas diferenças levaram ao desenvolvimento das várias gerações de adesivos dentais até os sistemas atualmente disponíveis, que utilizam o condicionamento ácido total do esmalte e dentina. Este fato tornou possível a execução de restaurações mais estéticas, com melhor selamento marginal, resistência e maior longevidade que aquelas realizadas com os sistemas adesivos das gerações anteriores. Recentemente foram introduzidos no mercado os adesivos autocondicionantes, capazes de atuar ao mesmo tempo como condicionadores de esmalte / dentina e como primers, não havendo a etapa de lavagem. Desta forma, a smear layer e a hidroxiapatita dissolvidas pelo adesivo ficam incorporadas a ele (van Meerbeek et al., 1994; Reis et al., 2001; Garone Filho, 2002). O principal mecanismo de retenção dos atuais sistemas hidrofílicos é fundamentado em sua capacidade de penetrar na rede de fibras colágenas resultante da desmineralização da dentina, formando uma camada híbrida de colágeno, hidroxiapatita e resina, originada pela difusão de resina na dentina previamente condicionada por ácido (Nakabayashi et al., 1991). APRESENTAÇÃO DOS SISTEMAS ADESIVOS Adesivos de condicionamento ácido total São os sistemas adesivos de 4ª e 5ª gerações, também conhecidos como convencionais. Preconizam o condicionamento ácido total de esmalte e dentina, separadamente dos outros passos operatórios. No esmalte dental, o condicionamento ácido promove a desmineralização seletiva dos prismas, resultando em microporos que aumentam a energia livre de superfície e permitem o máximo molhamento desse tecido, promovendo microretenção mecânica do material adesivo (Carvalho,1998). Na dentina, o condicionamento ácido tem por objetivo a remoção total da smear layer ou camada de esfregaço produzida durante o preparo cavitário, pois esta promove um elo de ligação fraco entre o Arquivo Brasileiro de Odontologia 145

substrato dentinário e o material restaurador (Namen, 1998). São relatados na literatura diferentes tempos de condicionamento da dentina de dentes decíduos, que variam de 5 a 15 segundos. Foi recomendada a redução do tempo de condicionamento em relação aos dentes permanentes pois o agente condicionador tem ação mais intensa na dentina de dentes decíduos, causando maior descalcificação. Assim, a smear layer na superfície dentinária de dentes temporários é mais facilmente removida que nos dentes permanentes, quando condicionada por um mesmo ácido na mesma concentração e tempo. Este fato poderia explicar os menores valores de adesão que são encontrados em trabalhos de dentes decíduos (Nör et al.,1996; Nör et al.,1997). Sistemas adesivos de 4ª geração (multi-frascos) Apresentam os três componentes separados, ácido, primer e adesivo, sendo empregados em 3 passos. Esses adesivos foram considerados pelos fabricantes como a evolução dos seus próprios materiais, já que apresentavam resistência de união mais elevada e confiável (Cabral et al., 1996). Isto pode ser explicado pela introdução do condicionamento ácido total que remove a smear layer, o que não ocorria nos sistemas adesivos das gerações anteriores. Estudos sugerem que os estresses desenvolvidos pelos materiais restauradores durante a polimerização excedem a força adesiva da smear layer à dentina, além do fato desta camada ser úmida, o que diminui de forma expressiva a capacidade de espalhamento do adesivo sobre ela (Namen, 1998). Os adesivos de 4ª geração alcançam valores de adesão à dentina entre 15 a 30 MPa em diferentes tipos de ensaios mecânicos e são empregados com ótimos resultados clínicos (Garone Netto, 2003). Sistemas adesivos de 5ª geração (frasco único) Visando diminuir um passo clínico e minimizar possíveis erros de técnica, os fabricantes desenvolveram os adesivos de 5ª geração ao unirem o primer e o bond em um único frasco. São empregados em 2 passos, ou seja, condicionamento ácido e aplicação do primer / bond. Inúmeros sistemas adesivos de frasco único têm sido lançados no mercado, atraindo a atenção dos profissionais, pois a facilidade de uso e rapidez de aplicação são fatores importantes na seleção do material (Perdigão & Ritter, 2003). A simplificação da técnica é desejada como um recurso extra na odontologia, especialmente na odontopediatria, considerando-se que, nesta especialidade, o tratamento deve ser o mais curto e o menos traumático possível (Scavuzzi et al., 2001). Esses sistemas são constituídos de monômeros hidrofílicos e hidrofóbicos dissolvidos em um solvente orgânico do tipo acetona ou etanol, onde o monômero HEMA (hidrofílico) é um dos principais componentes, na maioria dos casos (Perdigão & Ritter, 2003). Os solventes orgânicos, altamente voláteis, dissolvem os monômeros hidrofílicos do primer e os conduzem até um íntimo contato com as fibras colágenas expostas (Tay et al.,1996), resultando em um entrelaçamento micromecânico, que forma uma estrutura mista de matriz colágena envolvida pela resina e alguns cristais remanescentes de hidroxiapatita, formando a camada híbrida (Nakabayashi et al., 1982). Alguns fabricantes de adesivos de frasco único recomendam a aplicação de duas camadas consecutivas, como por exemplo, o Bond it (Jeneric / Pentron, Wallingford, USA), Dentastic Uno (Pulpdent, Watertown, USA) e One Step (Bisco, Arquivo Brasileiro de Odontologia 146

Schaumburg, USA), enquanto outros, aconselham uma única aplicação após a lavagem do ácido, tais como, o Excite (Vivadent, Amherst, USA), OptiBond Solo Plus (Kerr, Orange, USA) e o Prime & Bond NT (Dentsply, York, USA) (Perdigão & Ritter, 2003). Vieira & Fukuchi (2002) mostraram que estes adesivos apresentam força de união pouco inferior à obtida com os adesivos de 4ª geração, visto que a penetração do agente de união na dentina não é tão eficaz. Porém, Giannini et al. (2003), comparando a resistência de união entre adesivos dentinários de 4ª e 5ª gerações, verificaram que os mesmos apresentaram similares médias de resistência ao cisalhamento. Com relação à infiltração marginal, Moura et al. (2000), ao comparar sistemas adesivos de 4ª e 5ª gerações, encontraram resultados semelhantes entre eles. Adesivos com fluoretos Os efeitos do forramento com fluoretos sempre foram considerados como benéficos, pois caso a restauração permitisse infiltração, o flúor evitaria a recidiva de cárie. Em virtude deste fato, alguns fabricantes têm adicionado fluoreto aos adesivos, buscando atender os profissionais que se sentem mais seguros ao utilizarem produtos com este componente, visto que, atualmente, o uso de adesivos dispensa a aplicação de forramento, sendo eles próprios responsáveis por um perfeito selamento que é a camada híbrida (Garone Filho, 2002). Em estudo realizado in vitro, Ferracane et al. (1998) demonstraram que os adesivos podem liberar flúor nos sítios de microinfiltração de uma restauração. Adesivos com carga A adição de carga no adesivo aumenta sua viscosidade e diminui seu escoamento, além de produzir uma camada híbrida mais espessa, capaz de absorver a tensão de contração da resina. Tendo em vista algumas contra-indicações desta espessura, alguns fabricantes começaram a produzir adesivos com nanocarga, ou seja, partículas de tamanho diminuto (Garone Filho, 2002). Castro et al. (1998), comparando a resistência à microtração à dentina de dois sistemas adesivos particulados e um sem carga, demonstraram não haver diferenças significantes entre eles. Por outro lado, no estudo de Youssef et al. (2001) foi demonstrada diferença estatisticamente significante entre os adesivos com e sem carga, com maior resistência de união para os primeiros. Solventes do primer ou do primer / bond Adesivos que não contêm água como solvente são mais sensíveis ao substrato mais seco que adesivos à base desta (Jacobsen & Solderholm, 1998), devendo ser empregados em superfícies levemente mais úmidas (Reis et al., 2001). Isto pode ser atribuído ao fato de que os solventes acetona e álcool não promovem a re-expansão do colágeno colapsado pela secagem da superfície (Carvalho et al., 1996) e ainda aumentam a rigidez do colágeno seco, impossibilitando ainda mais a infiltração dos monômeros resinosos (Maciel et al., 1996). Inversamente, quando presente nos adesivos, a água pode favorecer a re-expansão das fibras colágenas colapsadas (Reis et al., 2001). O tipo de solvente também influencia no modo de aplicação do adesivo. Adesivos à base de água devem ser aplicados ativamente, esfregando-os sobre a superfície dentinária, o que favorecerá a evaporação mais rápida do solvente. Por outro lado, adesivos à base de acetona não devem ser aplicados de forma ativa, pois tal manobra levaria a uma rápida evaporação deste solvente, não havendo tempo hábil para favorecer Arquivo Brasileiro de Odontologia 147

a penetração dos monômeros hidrofílicos na dentina desmineralizada (Jacobsen & Solderholm, 1998). Sistemas adesivos autocondicionantes Foram recentemente introduzidos no mercado e são conhecidos, também, por adesivos de 6ª geração. Diferem de seus antecessores pela ausência da etapa isolada de aplicação do ácido, visto que o passo do condicionamento ácido foi agregado à aplicação dos monômeros adesivos. Apresentam-se de duas formas: sistemas autocondicionantes de 2 passos, também denominados de primers autocondicionantes, onde houve a associação entre primer e ácido, que é aplicado primeiramente, seguido da aplicação do adesivo; e os sistemas autocondicionantes de 1 passo, conhecidos como adesivos autocondicionantes, nos quais foram unidos o primer ácido e a resina adesiva, e uma única solução é aplicada diretamente sobre os substratos dentários. Alguns sistemas desta última categoria (como o Prompt L-Pop, 3M, St. Paul, USA) apresentam o primer / ácido / adesivo em compartimentos separados na embalagem a fim de evitar a alteração dos elementos fotosensíveis pela substância ácida (Carvalho et al., 2004). Os adesivos autocondicionantes são fundamentados em substâncias não lavadas, capazes de atuar ao mesmo tempo como condicionadores de esmalte dental e dentina e como primers, impedindo que ocorra uma camada desmineralizada e não infiltrada por adesivo, compreendendo que a desmineralização da dentina e penetração do adesivo ocorrem simultaneamente. Não existindo a etapa de lavagem, a smear layer e a hidroxiapatita dissolvida pelo adesivo autocondicionante, ficam a ele incorporadas (Garone Filho, 2002). O melhor selamento da dentina poderia ocorrer com estes sistemas adesivos, pois, ao menos teoricamente, não haveria uma diferença entre a profundidade de desmineralização e a penetração dos monômeros resinosos do primer (Carvalho et al., 1999). Devido ao fato de serem ácidos e não serem lavados após sua aplicação, poderia-se pensar que causam uma desmineralização ilimitada dos tecidos dentários. No entanto, isso não ocorre, pois os tecidos mineralizados do dente possuem capacidade de tamponamento das substâncias ácidas do material, neutralizando, após alguns segundos, sua ação desmineralizante (Carvalho et al., 2004). Os adesivos autocondicionantes possuem valores de união à dentina semelhantes aos adesivos de condicionamento ácido prévio (Perdigão et al., 1997; Rosa Jr et al., 2001; Garone Filho, 2002). Entretanto, o mesmo não ocorre no esmalte dental, onde os autocondicionantes apresentam valores de união inferiores e não promovem retenções típicas como as alcançadas com o uso prévio do ácido fosfórico (Perdigão et al., 1997; Garone Filho, 2002). Além disso, alguns autores consideram que estes sistemas são os que apresentam menor resistência adesiva (Vieira & Fukuchi, 2002; Rocha et al., 2003). No que se refere à microinfiltração, alguns estudos encontraram resultados semelhantes entre adesivos de 4ª e 6ª gerações (Donassollo et al., 2001) ou entre sistemas de 5ª e 6ª gerações (Scavuzzi et al., 2001), enquanto Dutra et al. (2003) demonstraram maiores valores de infiltração marginal para os adesivos autocondicionantes. Seleção dos adesivos dentinários A seleção e utilização dos adesivos dentinários envolve análise criteriosa de aspectos relevantes, tais como sensibilidade técnica, custo apresentado e eficácia clínica. Arquivo Brasileiro de Odontologia 148

A sensibilidade da técnica do sistema é muito importante e caracteriza-se pela maior ou menor previsibilidade de resultados obtidos por diferentes profissionais, considerando variáveis inerentes ao processo de adesão. Deve-se também avaliar o custo, observando-se o volume contido nas embalagens e a demanda por diferentes procedimentos na prática clínica, como por exemplo, procedimentos indiretos. Além disso, deve ser levada em consideração a quantidade do produto, não relativa ao volume, mas sim ao rendimento (Garone Filho, 2002). O adesivo pode ser considerado eficiente, quando proporciona a camada híbrida uniforme e contínua, isolando totalmente a polpa do meio externo e evitando a sensibilidade pósoperatória, que pode também ser decorrente da utilização clínica inadequada (Carvalho et al., 2004). Indicações em odontopediatria Adesivos de 4ª e 5ª gerações: Fotopolimerizáveis: São indicados basicamente para restaurações diretas. Duais: São ativados duplamente, tanto quimicamente, quanto por uso do fotopolimerizador. São mais versáteis, considerados do tipo multi-uso, pois podem ser usados em quase todas as situações. Em Odontopediatria podem ser utilizados para cimentação de coroas de resina ou colagem de fragmentos. Também são indicados para cimentação adesiva de pinos intra-radiculares, devido a dificuldade da entrada de luz no canal radicular (Garone Filho, 2002). Adesivos autocondicionantes - 6ª geração: Fotoativados: São indicados quando a adesão é apenas em dentina, como por exemplo, ao preencher uma cavidade de dentes preparados para coroa (Garone Filho, 2002). No entanto, têm sido utilizados em esmalte dental, tanto na aplicação de selantes (Feigal & Quelhas, 2003) quanto na colagem de brackets ortodônticos (Lopes et al., 2003), ambos com a finalidade de simplificação da técnica. DISCUSSÃO O mercado apresenta atualmente diferentes produtos, com variadas indicações. Suas características podem ser visualizadas no Quadro I, que foi elaborado a partir das informações fornecidas pelos fabricantes. Moura et al. (2000), investigando os sistemas adesivos de 4ª e 5ª gerações observaram que estes se comportaram de modo semelhante em relação à infiltração marginal nas cavidades classe V em dentes permanentes e relacionaram esses achados ao fato de ambas gerações possuírem mecanismo de ação semelhante, como remoção total da smear layer e posterior formação da camada híbrida. Outros estudos que compararam a microinfiltração entre adesivos de 4ª e/ou 5ª e 6ª gerações demonstraram, também, comportamento semelhante entre eles (Donassollo et al., 2001; Scavuzzi et al., 2001). Por outro lado, Dutra et al. (2003) verificaram valores de infiltração marginal superiores para os adesivos autocondicionantes. Apesar da tendência para o emprego dos sistemas adesivos simplificados, os resultados de diversos estudos científicos indicaram melhor desempenho e maior credibilidade a longo prazo para os adesivos de 4ª geração, que apresentaram melhor resistência adesiva, eficácia clínica superior e menor infiltração marginal em comparação com os adesivos de frasco único e os autocondicionantes (Vieira & Fukuchi, 2002; Carvalho et al., 2004). Essa diferença pode ser explicada pelo fato dos sistemas de 4ª geração tratarem os tecidos dentários diferenciadamente. No que se refere aos adesivos de 6ª geração Vieira & Fukuchi (2002) concluíram que não demonstraram eficácia clínica satisfatória, Arquivo Brasileiro de Odontologia 149

GERAÇÃO PASSOS 4ª 3 5ª 2 6ª 1 2 Quadro I - Apresentação de sistemas adesivos de 4 a, 5 a e 6 a gerações NOME COMERCIAL / FABRICANTE Scotchbond Multi-Uso Plus (3M/ESPE) POLIME - RIZAÇÃO CARACTERÍSTICAS FLÚOR CARGA SOLVENTE Foto ou dual Não Não Etanol e água Amalgambond (Parkell) Foto Não Não Água OptiBond FL (Kerr) Foto Sim Não Etanol All Bond 2 (Bisco) Foto Não Não ProBond (Caulk/Dentsply) Foto Não Não Etanol e acetona Etanol e acetona Excite (Ivoclar/ Vivadent) Foto Não Sim Etanol Single Bond (3M/ESPE) Prime & Bond 2.1 (Caulk/Dentsply) Prime & Bond NT (Caulk/Dentsply) One Step (Bisco) OptiBond Solo Plus (Kerr) Gluma One Bond (Heraeus Kulzer) Foto Não Não Etanol e água Foto Sim Não Acetona Foto Sim Sim Acetona Foto Sim Não Acetona Foto Não Sim Etanol Foto Não Não Acetona One Coat Bond (Coltène) Foto Não Não Água Stae (SDI) Foto Sim Não Acetona e água Adper Prompt L-Pop (3M/ESPE) Foto Sim Não Água Clearfill SE BOND (Kuraray) Foto Não Sim Água AdheSE (Ivoclar/Vivadent) Foto Não Não Água INDICAÇÕES (de acordo com o fabricante) indiretas em resina, amálgama, metal e porcelana Restaurações diretas e reparo em resina e amálgama indiretas em resina, amálgama e porcelana Restaurações diretas e reparo em resina e amálgama, restaurações indiretas em metal indiretas em resina, amálgama, porcelana, metal e reparos indiretas em resina, compômero e cerâmica Restaurações diretas em resina e compômero, cimentação de restaurações indiretas, reparos e tratamento da sensibilidade cervical indiretas em resina, amálgama, porcelana e metal, reparos e tratamento da sensibilidade cervical Restaurações diretas em resina e amálgama, reparo de porcelana indiretas em resina, amálgama, compômero e porcelana, tratamento da sensibilidade indiretas em resina, ionômero, compômero, cerâmica e metal indiretas em resina, compômero e porcelana indiretas em resina e compômero Restaurações diretas em resina e compômero, reparos e tratamento da sensibilidade cervical Restaurações diretas em resina, cerômero e compômero provavelmente devido à ausência de ácido em sua composição (na verdade contém um monômero acídico). Este monômero penetra em maior proporção na smear layer e pouco na malha de colágeno e nos túbulos dentinários, não oferecendo força de adesão adequada aos tecidos dentários. Ferracane et al. (1998) realizaram estudo in vitro utilizando adesivo com fluoreto a fim de observarem se havia liberação do halogênio do adesivo e penetração na dentina, o que, possivelmente, promoveria algum nível de proteção contra a desmineralização e cáries recorrentes. Os autores Arquivo Brasileiro de Odontologia 150

concluíram que fluoreto pode ser liberado nos sítios de microinfiltração de uma cavidade restaurada, o que sugeriu que a água é necessária para dissolução e transporte do íon. Além disso, que o halogênio é absorvido pela camada híbrida. No entanto, os benefícios clínicos derivados desta absorção e liberação de flúor ainda não foram totalmente entendidos. Todavia, Garone Filho (2002) afirmou que não se deve esperar muitas vantagens decorrentes dos adesivos com flúor, uma vez que a espessura da película do adesivo é muito fina e a quantidade de flúor é pequena, dificultando sua liberação. Com relação à introdução de nanocargas em alguns adesivos, segundo Garone Filho (2002) sua fina espessura de película não permite que funcionem como amortecedor para contração de polimerização da resina. Estudos que compararam a resistência adesiva de sistemas adesivos com e sem carga encontraram resultados contraditórios. Castro et al. (1998) mostraram não haver diferenças estatísticas significantes entre eles, concluindo que a presença de partículas de carga não foi fator determinante no desempenho em relação à resistência à microtração. Por outro lado, Youssef et al. (2001) encontraram diferença estatisticamente significante entre eles, com melhores resultados para os adesivos com carga. Quanto à simplificação dos passos, na verdade não se verificou economia de tempo gasto durante o procedimento entre os adesivos de 5ª e 6ª gerações, pois nos primeiros há necessidade do condicionamento ácido prévio à aplicação da mistura primer / adesivo, enquanto nos últimos alguns fabricantes recomendam aplicar duas vezes a mistura do agente condicionante / primer / adesivo (p. ex., Etch & Prime 3.0 Degussa, Hanau, Germany). Entretanto, em pacientes infantis, o uso do autocondicionante seria interessante nos casos em que não fosse possível realizar isolamento absoluto, visto que evitaria o desagradável sabor do ácido durante a lavagem (Scavuzzi et al., 2001). A técnica dos adesivos convencionais (4ª e 5ª gerações) envolve a aplicação em 3 e 2 passos, além de depender da interpretação do aspecto de umidade da superfície, evaporação do solvente e modo de aplicação, apresentando maior sensibilidade técnica em relação aos possíveis erros que possam ser cometidos pelo profissional em comparação aos adesivos de 6ª geração. Por este motivo, sua utilização exige que o cirurgião-dentista tenha conhecimento profissional e saiba empregar corretamente o material selecionado (Carvalho et al., 2004). Os adesivos de 4ª e 5ª gerações estão disponíveis no mercado em maior escala e com custo reduzido em relação aos adesivos autocondicionantes, além de demonstrarem melhor desempenho e maior credibilidade a longo prazo. (Carvalho et al., 2004). CONSIDERAÇÕES FINAIS Atualmente existe grande variedade de sistemas adesivos disponíveis comercialmente, o que dificulta a seleção do material mais adequado a ser utilizado na clínica odontopediátrica. É possível constatar que os adesivos dentinários constituem materiais tão diferentes que torna-se impossível destacar aquele que apresente maior eficácia em todas as situações. Cabe ao profissional escolher o material que possa melhor suprir suas necessidades clínicas e a responsabilidade de obter o conhecimento de sua técnica. Ademais, atualizar-se constantemente para minimizar erros e propiciar maior longevidade aos procedimentos realizados. ABSTRACT The upcoming of the adhesive systems revolutionized the dental practice, offering new options Arquivo Brasileiro de Odontologia 151

of treatment and preserving healthy tooth structure. However, the evolution of these adhesives, with the introduction of many options offered in specialized industry, creates constant doubts connected with the adequate selection of these materials in various clinical procedures. A review of literature was done about the adhesive s mechanisms on dental substrate and the current adhesive systems in order to provide to pediatric dentists the knowledge necessary to realize careful analysis in the moment of choice of the adhesive system that show clinic effectiveness and satisfying cost-benefit relation. UNITERMS Dentin-Bonding Agents; Dentin; Enamel. REFERÊNCIAS Cabral AJ, Melo S, Santos RL, Inojosa I, Santos R, Braz R. Evolução dos sistemas adesivos. Rev Fac Odontol Pernambuco 1996; 14(1/2): 29-32. Carvalho RM, Yoshyama M, Pashley EL, Pashley DM. In vivo study of the dimensional changes of human dentin after desmineralization. Arch Oral Biol 1996; 41(4): 369-77. Carvalho RM. Adesivos dentinários: fundamentos para aplicação clínica. Rev Dent Rest 1998; 1(2): 62-96. Carvalho RM, Ciucchi B, Sano H, Yoshiyama M, Pashley, DH. Resin diffusion through demineralized dentin matrix. Rev Odontol Univ São Paulo 1999; 13(4): 417-24. Carvalho RM, Carrilho MRO, Pereira LCG, Garcia FCP, Marquezini Jr L, Silva SMA, et al. Sistemas adesivos: fundamentos para a compreensão de sua aplicação e desempenho em clínica. Biodonto 2004; 2(1): 8-86. Castro FLA, Andrade MF, Ahid FJM, Vaz LG. Resistência à microtração de dois adesivos particulados e um sem carga à dentina. Rev Fac Odontol Univ Fed Bahia 1998; (17): 37-41. Donassollo TA, Viganó C, Moura, FRR, Demarco FF. Avaliação da infiltração marginal de 2 sistemas adhesivos em dentes decíduos. J Bras Odontopediatr Odontol Bebê 2001; 4(22): 507-11. Dutra R, Yamada Jr AM, Tanji EY, Myaki SI. Influência do sistema adesivo na microinfiltração em restaurações de compômeros em dentes decíduos. J Bras Clin Odontol Int 2003; 7(37): 45-8. Fecarrane JL, Mitchem JC, Adey JD. Fluoride penetration into the hybrid layer from a dentin adhesive. Am J Dent 1998; 11(1): 23-8. Feigal RJ, Quelhas I. Clinical trial of a self-etching adhesive for sealant application: success at 24 months with Prompt L-Pop. Am J Dent 2003; 16(4): 249-51. Garone Filho, W. Adesão em esmalte e dentina. In: Cardoso RJA, Gonçalves EAN. Dentística / Laser. São Paulo: Artes Médicas; 2002. p. 27-55. Garone Netto N. Introdução à Dentística Restauradora. São Paulo: Santos; 2003. Giannini M, Martins LRM, Pimenta LAF, Dias CTS. Comparação da resistência de união entre adesivos dentinários convencionais e de frasco único. Rev ABO Nac 2003; 11(1): 23-7. Jacobsen T, Solderholm KJM. Effect of primer solvent, primer agitation and dentin dryness on shear bond strength to dentin. Am J Dent 1998; 11(5): 225-8. Lopes GC, Thys DG, Vieira LCC, Locks A. Resistência de união de brackets com um novo sistema autocondicionante. J Bras Ortodontia Ortop Facial 2003; 8(43): 41-46. Arquivo Brasileiro de Odontologia 152

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