Ano II 15 de abril de 2013. Relatório semanal de 08 a 15 de abril de 2013. Núcleo 1 Chapadão do Sul Eng. Agr. Danilo Suniga de Moraes Semana com períodos diurno nublado e com precipitações na maior parte do dia, fatores preocupantes que favorecem o desenvolvimento de doenças, principalmente a podridão de maçãs no terço inferior da planta. O controle da ramulária tem sido feito com rigor, já há casos de até oito aplicações de fungicidas devido às condições favoráveis à doença; o aparecimento de mofo branco foi detectado em áreas com o histórico da doença em anos anteriores. Considerando que a chuvas reduzirão nestes próximos dias, é fundamental colocar em dia os tratamentos fitossanitários de todos os talhões; assim, recomenda-se uma mobilização das equipes para uma força-tarefa visando minimizar o impacto das pragas. Foto 01. Mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum) em maçã. A detecção e controle do bicudo, nas lavouras de Chapadão do Sul, têm ocorrido em praticamente todas as propriedades: continua alerta para que os produtores continuem atentos a esta praga, combatendo-a em focos, quando possível, ou não deixando ultrapassar os níveis de controle indicados pela pesquisa. As equipes de monitoramento devem se empenhar ao máximo para a detecção das áreas problemáticas, informando os índices de infestação corretamente e mapeando as áreas cujo controle é prioritário para que sejam tomadas atitudes imediatas. em botões florais. Foto 02. Bicudo-do-algodoeiro e seu ataque 1
Visando avaliar desenvolvimento da cultura do algodão na Região, a Astecplan (empresa de consultoria agronômica) organizou um circuito de visitas para discutir época de plantio, controle de pragas e doenças, variedades, e demais aspectos de manejo da cultura, com a participação de técnicos agrícolas, agrônomos, responsáveis pelas unidades produtoras. A Ampasul esteve representada pelos agrônomos do Programa Fitossanitário, vimos que a situação da infestação inicial do bicudo esta alta tanto no Goiás como no Mato Grosso do Sul e exige uma atenção constante da equipe técnica, o apodrecimento de maças esta em fase inicial e se torna preocupante pelo clima seguir nublado e com precipitações constantes, o ataque de lagartas no geral foi intenso e vem sendo combatido ate o momento, porem no geral ate agora a cultura se desenvolve bem com perspectiva otimista de produções. algodoais de MS e GO. Foto 03. Evento técnico da Astecplan nos Núcleo 2 Costa Rica e Alcinópolis Eng. Agr. Geovani Andreola Na Região, a semana também foi caracterizada por dias nublados e pancadas de chuvas; a pouca luminosidade desfavorece o desenvolvimento e frutificação da cultura, mas favorece o apodrecimento de maçãs do baixeiro, o que tem sido visto facilmente nas lavouras semeadas no final do mês de novembro. São muito preocupantes os níveis de infestação de bicudo. Eles continuam altos, tanto para adultos quanto posturas; a praga não está somente nas bordaduras, mas também no interior dos talhões, demandando aplicações em área total. 2
Foto 04. Bicudos encontrados em algumas lavouras da região Esta semana também ocorreram infestações de lagartas das maçãs em algumas áreas de algodão convencional, tanto em áreas de algodão de safra como em áreas de algodão safrinha. O percevejo-marrom oriundo da soja ainda está em níveis populacionais elevados, e o controle tem sido difícil. Muitas podridões de maçãs encontradas decorrem dos ataques dos percevejos, que inoculam patógenos nas estruturas, mais condições de umidade propícias. As condições de clima úmido e quente na região têm favorecido o desenvolvimento, da mancha de ramulária, a qual pode ser encontrada no baixeiro, no terço médio e no ponteiro de muitas plantas. Mesmo com as aplicações de fungicidas para o controle da mancha de ramulária, observa-se que a intensidade e severidade da doença estão aumentando, podendo causar, caso não seja controlada, a desfolha prematura. Outra doença que esta aumentando devido às condições climáticas é o mofo branco, que já pode ser encontrado facilmente nas lavouras da região. Como a expectativa é de melhoria das condições climáticas na semana que inicia, as equipes de monitoramento devem se empenhar ao máximo para a detecção das áreas problemáticas, informando os índices de infestação corretamente e mapeando as áreas cujo controle é prioritário para que sejam tomadas atitudes imediatas. Foto 05. Folha de algodoeiro com sintomas de ramulária. Foto 06. Maçã atacada por mofo-branco. 3
Núcleo 3 Centro e Sul (São Gabriel a Naviraí). Eng. Agr. Guilherme Foizer A Região Central teve um grande volume de chuva nessa semana, o que está favorecendo muito o desenvolvimento do algodão safra e safrinha. Em contrapartida, esse grande volume de chuva também está prejudicando os tratamentos fitossanitários nas lavouras; por esse motivo, algumas áreas estão tendo o avanço do ataque de lagartas, percevejos e ramulária. Estes atrasos nas aplicações de defensivos estão preocupando muito todos os responsáveis pela produção, visto que em algumas áreas já estão sendo encontradas lagartas grandes. Os produtores e seus responsáveis de todas as regiões devem se atentar a este problema. Foto 07. Da esquerda para direita, manchas de ramulária, lagarta-falsa-medideira e adulto de percevejo-marrom. Foto 08. Lagarta Helicoverpa spp. Devido à restrição de oportunidades para realizar aplicações nas lavouras, não somente as lagartas estão escapando do controle e se desenvolvendo rapidamente, mas também a ramulária, que antes estava bem controlada, agora já está sendo encontrada em algumas áreas no terço médio das plantas. Por essas razões, os produtores devem se alertar com essas doenças, principalmente com as variedades mais suscetíveis, uma vez que é uma doença muito destrutiva, que causa principalmente a queda das folhas e demanda gastos para seu controle. 4
De outro lado, neste período em que não estão sendo realizadas as aplicações, verificou-se um aumento das populações de inimigos naturais e lagartas predadas, mas eles sozinhos não estão resolvendo os problemas. Isso mostra que as aplicações de produtos químicos seletivos são muito importantes, pois os inimigos naturais ajudam no controle.. Foto 09. Lagarta atacada pela doença-branca (fungo Nomuraea rileyi). Na Região Sul as chuvas estão prejudicando as colheitas, e no campo afetam as produtividades e qualidade da pluma. Várias áreas prontas para serem colhidas existem em todo o núcleo Centro-Sul. Inclusive, em algumas destas áreas, esse longo período para iniciar a colheita do algodão está fazendo com que as plantas rebrotem, sendo necessário que se faça uma nova desfolha. Foto 10. Aspecto das plantas castigadas pelas chuvas contínuas na Região Sul. 5