GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ESTRATÉGIAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS PARA A RESTITUIÇÃO/RECUPERAÇÃO DE MATERIAIS



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Transcrição:

GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ESTRATÉGIAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS PARA A RESTITUIÇÃO/RECUPERAÇÃO DE MATERIAIS 29 de agosto de 2014 Recife - PE

ENTENDENDO AS DIFERENÇAS UNIÃO EUROPEIA (Parlamentarismo) Diretiva-Quadro/ Internalização nos Estados- Membros (regiões, províncias e municípios pouca ou nenhuma autonomia legislativa); Instrumentos de planejamento para RS - Importância extrema; Coleta diferenciada" - Resíduos de 1 ª linha/recicláveis recuperação para reintrodução nos ciclos produtivos / Demais resíduos utilização de outras tecnologias (TMB/CDR INCINERAÇÃO); Escórias Aterros (confinação de alta tecnologia); Aterramento de RS Alto custo; Atribuições e geração de empregos no manejo de RS - Empresas/indústrias de base. Minimização de problemas sociais dos Estados- Membros não ancorados no manejo dos RS. BRASIL (Federalismo) Legislação Nacional/Estadual/Municipal (autonomia legislativa matérias de interesse geral, regional e local); Instrumentos de planejamento para RS Baixa importância; Coleta seletiva" - Resíduos secos e úmidos diversificada metodologia Recuperação de todos os resíduos 1 a linha /2 a linha (RECICLAGEM/COMPOSTAGEM - ATERROS; Rejeitos Aterros para RSU (aterros para RSU e RI); Aterramento de RSU Baixo a médio custo; Atribuições e geração de empregos no manejo de RS Diversos arranjos/ cooperativas de catadores/sucateiros. Problemas sociais ancorados no manejo dos RS. 2

MARCO LEGAL BALIZAMENTO DAS AÇÕES DIRETIVA 06/12/CE RELATIVA AOS RESÍDUOS REVOGA A DIRETIVA 75/442/CEE Princípios e critérios gerais para a gestão* dos RS. Gestão*: coleta, transporte, valorização e eliminação dos resi duos, incluindo a fiscalização destas operações e a vigilância dos locais de descarga depois de fechados. (Anexos II A e II B). Matéria-prima secundária Atores: Produtor: aquele que produz resi duos e/ou que efetue operações que altere a natureza ou da composição desses resi duos. Detentor: o produtor dos resi duos ou a pessoa singular ou coletiva que tem os resi duos na sua posse. Os Estados Membros tomarão as disposições necessárias para que qualquer detentor de resi duos: a) Confie a sua manipulação a um serviço de coleta privado ou público ou a uma empresa que efetue as operações referidas, ou; b) Proceda ele próprio a respectiva valorização ou eliminação, em conformidade com o disposto. Custos da eliminação de resi duos devem ser suportados pelos detentores e produtores. DIRETIVA 94/62/CE SOBRE EMBALAGENS E RESÍDUOS DE EMBALAGENS ALTERADA PELA DIRETIVA 04/12/CE Solicita medidas de prevenção da geração de resíduos de embalagens (programas nacionais ou ações análogas). Demanda aos Estados-Membros: Existência de sistemas de restituição e valorização (agregação de valor ou incineração para recuperação de energia); Define embalagens e solicita clarificar a definição com novos critérios e exemplos ilustrativos. 3

SISTEMA EUROPEU EMBALAGENS E RESÍDUOS DE EMBALAGENS Natureza jurídica: Serviço público. *aberto a participação de setores econômicos. Gestão*: Coleta, transporte, valorização e eliminação dos resi duos, incluindo a fiscalização destas operações e a vigilância dos locais de descarga depois de fechados. Serviço tarifado. ACORDOS SETORIAIS* CONJ - ENTIDADES GESTORAS IND AUTORIZAÇÃO DELEGADO REGULAÇÃO GESTÃO* PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS / ENTE PRIVADO CUSTOS? COMPARTILHAMENTO DE RESPONSABILIDADES Ente público; Consumidores; Produtores e detentores de resíduos na medida de sua participação no mercado (EG) SERVIÇO PÚBLICO COLETA TRANSPORTE VALORIZAÇÃO/ ELIMINAÇÃO FISCALIZAÇÃO VIGILÂNCIA 4

SISTEMAS INTERNALIZADOS ESTUDADOS (14 Estados-Membros) ÁUSTRIA ALEMANHA ENTIDADES GESTORAS CONSTITUIDAS PARA ATUAREM NA RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA DO CICLO DE VIDA DO PRODUTO GRÉCIA IRLANDA BÉLGICA REGULAÇÃO COLOCADA EM PRÁTICA CLARA DEFINIÇÃO DE EMBALAGENS E RESÍDUOS DE EMBALAGENS ITÁLIA DINAMARCA* ESPANHA SISTEMAS DE RESTITUIÇÃO PAISES BAIXOS PORTUGAL COBRANÇA DOS SERVIÇOS (TARIFAS) FORTES INCENTIVOS ECONOMICOS FINLÂNDIA REINO UNIDO FRANÇA VALORIZAÇÃO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS (RSP - CDR E ATERROS) SUÉCIA ACORDOS SETORIAIS Acordo entre autoridades competentes dos Países e setores econômicos envolvidos Requisitos: Ter força vinculativa; especificar objetivos e prazos; resultados controlados, comunicados e colocados a disposição; progressos analisados pelas autoridades competentes, etc. (Acordo de ser fazer e não de COMO fazer). 5 Fonte: Astolpho, S.M., D.M.- 2012

VARIÁVEIS DE CUSTOS NO SISTEMA EUROPEU EMBALAGENS E RESÍDUOS DE EMBALAGENS Ente público: Custo da coleta convencional + valorização + eliminação Venda do insumo (-) Consumidor (tarifa): tarifa (-) C1 RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA Custo Total do Sistema = C1 + C2 = 400 Produtores e detentores (Entidade gestora): Custo da coleta diferenciada + valorização + eliminação Venda do insumo (-) C2 C1= CCC + CV + CE T VI 50 90 100 50 0 190 C2= CCD + CV + CE - VI 50 70 100 10 210 Matéria Prima Virgem = 20 Matéria Prima Restituível (secundária) = 10 190 210 Ente público + consumidores + produtores e detentores COLETA TRANSPORTE VALORIZAÇÃO/ ELIMINAÇÃO FISCALIZAÇÃO VIGILÂNCIA 6

EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Aterrar resíduos não é uma solução viável e a destruição é insatisfatória (emissões poluentes). É possível garantir equilíbrio ao sistema. Nem todos os resíduos gerados podem ser recuperados por meio da reutilização ou reciclagem (incentivos à P&D Combustível Derivado de Resíduos - etc.). Apontam que a melhor solução é prevenir geração e reintroduzi-los nos ciclos produtivos por meio da reciclagem Planos Nacionais atualizados. Incineração permitida para embalagens desde que haja recuperação de energia. (Metas de 2008 incinerados no mínimo 60% em peso dos residuos de embalagens / reciclados 55% a 80%). Na prática, os envolvidos acordam formalmente uma política de cooperação na prestação dos serviços (Acordos setoriais para garantia da prestação do serviço público). Entidades gestoras factibilizam o cumprimento de metas, a organização dos serviços recuperação/restituição, com relação profícua para o atendimento das diretrizes estabelecidas pela UE e metas impostas pelos Estados-Membros. Custos de operação e manutenção das entidades rateados entre os participes (fixos e na medida da colocação de produtos no mercado). Existência de fortes incentivos fiscais e econômicos para promover o sistema 7 de restituição/recuperação de materiais.

MARCO LEGAL BALIZAMENTO DAS AÇÕES LEI 11.445/07 LEI DE DIRETRIZES NACIONAIS PARA O SANEAMENTO BÁSICO (DEC. REG. 7.217/10) Define a limpeza urbana e o manejo de RS como um componente de saneamento básico (atividades, infraestruturas e instalações de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final dos resíduos domiciliares); Determina que a gestão dos serviços de saneamento ba sico abrange o planejamento, a regulac a o, a fiscalizac a o, a prestac a o e o controle social e ainda, a sustentabilidade financeira do sistema Define o planejamento dos serviços de saneamento básico como atividades atinentes a identificac a o, qualificac a o, quantificac a o, organizac a o e orientac a o de todas as ac o es, pu blicas e privadas, por meio das quais um servic o pu blico deve ser prestado ou colocado a disposic a o de forma adequada. (Dec.7.217/2010 da LDNSB) Regulação todo e qualquer ato, normativo ou na o, que discipline ou organize um determinado servic o pu blico (caracteri sticas, padro es de qualidade, impacto socioambiental, direitos e obrigac o es, fixac a o e revisa o do valor de tarifas e outros prec os pu blicos LEI 12.305/10 POLÍTICA NACIONAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS (DEC. REG. 7.404/10) Responsabilidade compartilhada entre fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, consumidores e titulares dos serviços públicos de LUMRS; Coleta seletiva obrigatória resíduos secos e úmidos; Logística Reversa com implantação e operacionalização por meio de acordos setoriais/termos de compromisso/regulamentos do Poder Público; 8 Acordos Setoriais para implantação da LR (contendo forma de implantação da LR e responsabilidades).

História CONCEITOS FUNDAMENTAIS Grécia logisticus era o magistrado adepto a contas, raciocínio e lógica. 1898 Logi stica foi definida como a arte de lidar com as tropas de guerra - estratégica dos campos de batalha para o movimento e o aquartelamento de tropas. LITERATURA TÉCNICA - ENGENHARIA/ECONOMIA (tradicional) LOGÍSTICA: ciência que integra todos os meios e atividades para movimentar mercadorias, a partir das fontes originárias ao consumidor final do produto, com esforços racionais e eficientes. (De um, para vários pontos) LOGÍSTICA REVERSA: Processo de reversão da distribuição de mercadorias, a partir do consumidor final do produto às fontes originarias, com esforçosracionais e eficientes. (De vários, para um ponto) FONTES ORIGINÁRIAS CONSUMIDOR FINAL (Produto acabado) Distrib. LOGÍSTICA Distrib. AATIVIDADES, PROCEDIMENTOS E MEIOS Produção Distribuição Consumidor Final Produção Distrib. Produção Agrupamento Acumulação/E scala Consumidor LOGÍSTICA REVERSA Distrib. 9

CONCEITOS FUNDAMENTAIS ENGENHARIA/GESTÃO DE PROCESSOS CADEIA PRODUTIVA DA RECICLAGEM: Sucessão de processos (internos e externos) que propiciam de transformação dos resíduos sólidos, envolvendo a alteração de suas propriedades físicas, físicoquímicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos. Descarte (segregação) Coleta dos materiais segregados Confêrencia (verificação da qualidade) POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PNRS (Lei n. 12.305/10) LOGÍSTICA REVERSA: Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Beneficiamento (transformação) Estocagem e comercialização Material beneficiado Coleta seletiva: RESPONSABILIDADE MUNICIPAL. Coleta na LR: coleta para o início da restituição. RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA NO CICLO DE VIDA DO PRODUTO. 10

SISTEMA BRASILEIRO LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS* resíduos domiciliares (EVTE) PNRS - Art. 33 Estruturação e implementação da LR de forma independente do serviço público. Natureza jurídica: Serviço Público LDNSB (Art. 3 0 e 7 0 ): Serviço público Atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transbordo e transporte, triagem para fins de reuso ou reciclagem, tratamento e disposição final dos resíduos. PNRS (Art. 3 o ): Coleta seletiva Coleta de resíduos previamente segregados conforme sua composição ou constituição Obrigatoriedade municipal. LDNSB (Art. 57): Dispensou de licitação a contratação de cooperativas para a coleta, processamento e comercialização dos resíduos recicláveis ou reutilizáveis. LDNSB (Art. 29): Cobrança dos serviços para que a sustentabilidade econômicofinanceira fosse assegurada. CUSTOS? RESPONSABILIDADE Titular dos seriços; Usuários/Consumidores. GERENCIAMENTO -DELEGÁVEL Natureza jurídica: Serviço Econômico de Interesse Geral PNRS (Art. 3 o ): Logística Reversa - Conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos residuos sólidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu CP ou outros CPs. EVTE Aprovado CORI SEIG - aglomerado de atividades econômicas de interesse público abertas à ampla liberdade de mercado, sem prejuízo de serem subordinadas à regulação e fiscalização estatal, em razão dos interesses envolvidos. CUSTOS? RESPONSABILIDADE Titular dos serviços; Fabricantes; Importadores; Distribuidores; Comerciantes. SERVIÇO PÚBLICO COMERCIALIZAÇÃO ACORDOS SETORIAIS ** SERVIÇO ECONÔMICO DE INTERESSE GERAL LR (técnica) COLETA SELETIVA TRANSBORDO TRANSPORTE TRATAMENTO TRIAGEM REUSO OU RECICLAGEM COLETA AÇÕES, PROCEDIMENTOS E MEIOS PARA RESTITUIÇÃO REAPROVEITAMENTO NOS CICLOS PROD. Priorizar a participação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis. DISPOSIÇÃO FINAL Atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis. 11 DISPOSIÇÃO FINAL

VARIÁVEIS DE CUSTOS DO SISTEMA BRASILEIRO RESPONSABILIDADE Titular dos serviços; Usuários/Consumidores. C1 = CCS + CTB + CDR CCS = Custo da coleta (inclui transporte, equipamentos, profissionais, tecnologias e demais obrigações; CTB = Custo da triagem e beneficiamento de materiais (inclui mão de obra, manutenção, depreciação, infraestrutura, etc.) CDR = Custo da disposição final de rejeitos (inclui mão de obra, transporte, etc.) TX =Taxa paga pelo usuário (-) CMC= Custo do material beneficiado* RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA PELO CICLO DE VIDA DO PRODUTO C1 + C2 SISTEMA NACIONAL RESPONSABILIDADE Titular dos serviços; Fabricantes; Importadores; Distribuidores; Comerciantes. C2 = CTR + CCO + CDR + CRM + CMC CTR = Custo do transporte para transferência dos materiais coleta seletiva (fretes, seguros, ICMS, etc.) CCO = Custo da conferência dos materiais CDR= Custo da disposição final de rejeitos. CRM = Custo de escala (inclui capacidades, mão de obra, manutenção, depreciação, infraestrutura e demais obrigações) CMC= Custo do material beneficiado SERVIÇO PÚBLICO COMERCIALIZAÇÃO SERVIÇO ECONÔMICO DE INTERESSE GERAL COLETA SELETIVA TRANSBORDO TRANSPORTE TRATAMENTO TRIAGEM REUSO OU RECICLAGEM COLETA AÇÕES, PROCEDIMENTOS E MEIOS PARA RESTITUIÇÃO REAPROVEITAMENTO NOS CICLOS PROD. Ciclo de vida do produto DISPOSIÇÃO FINAL 12 DISPOSIÇÃO FINAL

C1 = CCS + CTB + CDR VARIÁVEIS DE CUSTOS DO SISTEMA CCS = Custo da coleta (inclui transporte, equipamentos, profissionais, tecnologias e demais obrigações; CTB = Custo da triagem e beneficiamento de materiais (inclui mão de obra, tecnologia, manutenção, depreciação, infraestrutura, etc.); CDR = Custo da disposição final de rejeitos (inclui mão de obra, transporte, tecnologia, etc.); TX =Taxa paga pelo usuário (-) CMB= Custo do material beneficiado* 50 30 10 C1 = CCS + CTB + CDR - TX CUSTO DO MATERIAL BENEFICIADO = CMC CMB= Valor do intrínsico do material + (CTB + CDR) 5 40 40 C2 = CTR + CCO + CDR + CRM + CMC CTR = Custo do transporte para transferência dos materiais coleta seletiva (equipamentos, combustíveis, mão de obra, fretes, seguros, ICMS, etc.); CCO = Custo da conferência dos materiais; CDR= Custo da disposição final de rejeitos; CRM = Custo de escala (inclui capacidades, mão de obra, manutenção, depreciação, infraestrutura e demais obrigações); CMC= Custo do material beneficiado. 50 80 5 10 40 45 EQUILÍBRIO DO SISTEMA (Art. 30) C2 = CTR + CCO + CDR + CRM + CMC 45 40 180 MPR = 45 MPV = 20 Melhoria da performance das atividades Incentivos a utilização de materiais reciclados e recicláveis; Redução de custos sustentabilidade. 180 13

EXPERIÊNCIA NACIONAL Engessamento do processo de gestão, gerenciamento e manejo dos RS; Disposição final para rejeitos ainda é problema; Capacidade institucional (técnica, econômica, de gestão, de resposta, etc.); Chamamento para acordos setoriais com regras para o gerenciamento e manejo de ambientes diversificados, não favorecendo o desenvolvimento de um acordo que traga a compatibilização dos serviços para a formação de um sistema lógico; Estratégias de Logística Reversa não poderão ser confundidas com estratégias da Cadeia Produtiva da Reciclagem, mas sim harmonizadas; Desenvolve o espírito de responsabilidade comum. Necessidade de atenção: memória brasileira em relação à gestão e ao manejo dos RS (processo de industrialização do setor emanado pela PNRS não foi percebido pelo próprio ente público); manutenção de cooperativas de catadores (mesmo que instrumentalizadas, devem ser estáveis e aptas a produzir qualidade para não comprometer o desempenho econômico/industrial); Incentivos fiscais e econômicos para restituição/recuperação de materiais - lento impulso/custos não contabilizados na prática/cardápio vasto de possibilidades; Obrigações congruentes, mas múltiplas (Planos Estaduais, Municipais, Regionais, Intermunicipais, Metropolitanos, além dos respectivos Planos de Coleta Seletiva, de Saneamento Básico, dentre outros); Acordos Setoriais para resíduos de embalagens com regras de gerenciamento e manejo: Política de cooperação para o desenvolvimento econômico e social???? Qual o papel das Agências Reguladoras neste contexto??? 14

OBRIGADA!! ENG. MsC. SÍLVIA MARTARELLO ASTOLPHO sma-ambiental@uol.com.br 15