8. Bibliografia Geral

Documentos relacionados
PERÍODO 83.1 / 87.2 PROGRAMA EMENTA:

6. Referências Bibliográficas

DISCIPLINA: HISTÓRIA E CRÍTICA LITERÁRIA: RELAÇÕES CULTURAIS ENTRE BRASIL E PORTUGAL

FORMULÁRIO PARA APRESENTAÇÃO DE PROGRAMA GERAL DE DISCIPLINA - PGD

UNIDADE ACADÊMICA: CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ABAETETUBA SUBUNIDADE ACADÊMICA: FACULDADE DE CIÊNCIAS DA LINGUAGEM PROFESSOR(A): AUGUSTO SARMENTO-PANTOJA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA UNIDADE DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA DEPARTAMENTO DE LETRAS CCAE Curso de Letras - Inglês

OBJETIVOS O objetivo do curso é apresentar e problematizar os seguintes temas:

A invenção e a institucionalização do moderno paradigma de História nos séculos XIX e XX

7 Referências Bibliográficas

4 Referências bibliográficas

Universidade Federal Fluminense Instituto de História Profª. Renata Meirelles Disciplina: Historiografia

PROGRAMA DA DISCIPLINA DE LITERATURA COMPARADA 1 (Apoio Pedagógico: 2017/02) Sala 2002 (FALE) Monitor: Rafael Guimarães Silva

PROGRAMA DA DISCIPLINA:

7 Referências Bibliográficas

Literatura Brasileira Código HL ª: 10h30-12h30

9 Referências bibliográficas

Disciplina: História, Literatura e modernidades periféricas : Machado de Assis e Dostoiévski.

FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS 81 PRIMEIRO CICLO DA ÁREA DE CIÊNCIAS SOCIAIS

II. Metodologia: 2.1. Desenvolvimento das seções. a) Explanação inicial do conteúdo pelo professor

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS

XIIIº SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE ESTUDOS DE LITERATURA: O papel da crítica na literatura e nas artes contemporâneas

A novidade realista-naturalista e a solução para o impasse camiliano: estudo de uma Novela do Minho

COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Autorizado pela Portaria no de 05/12/02 DOU de 06/12/02 Componente Curricular: Filosofia PLANO DE CURSO

Apresentação do programa da disciplina. O que é a história ou o que foi a história? História e historicidade: começos gregos. Aula expositiva.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA MESTRADO EM ESTUDOS LITERÁRIOS CRÍTICA LITERÁRIA: CORRENTES CRÍTICAS

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 2401N - Relações Públicas. Ênfase. Disciplina RP00007A - Filosofia e Comunicação.

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

7 Referências Bibliográficas

2. 1 A poesia trovadoresca - Leitura de cantigas de amor e de amigo semântico, sintático, lexical e sonoro;

Geral Perceber os avanços da literatura brasileira pós 1945, compreendendo-a a partir de sua inserção na contemporaneidade.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO. PLANO DE ENSINO Semestre letivo º. 1. Identificação Código

Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Departamento de História Programa de Pós-graduação em História.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO. PLANO DE ENSINO Ano Semestre letivo º. 1. Identificação Código

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes Departamento de História

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE LETRAS

7 Referências bibliográficas

Plano de Ensino. EMENTA (parte permanente) PROGRAMA (parte variável)

PLANO DE CURSO. Deverá compreender de forma crítica, as transformações artísticas de um modo geral, especialmente da literatura, na contemporaneidade.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL Nível Mestrado Disciplina eletiva

Faculdade de Letras. STL Teoria da Literatura I - OB Carga horária: 60 horas - 04 créditos. Atenção I. EMENTA:

Plano de Ensino. Seriação ideal 1

Programa de Ensino. Curso a que se destina: Letras, Artes Cênicas, Cinema e Educação

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

PENSAMENTO SOCIOLÓGICO BRASILEIRO

1. Fernando Pessoa. Oralidade. Leitura

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

PROGRAMA DE DISCIPLINA

Programa Analítico de Disciplina HIS330 História do Brasil I

88 R E V I S T A U S P, S Ã O P A U L O ( 3 8 ) : , J U N H O / A G O S T O

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE 042 CENTRO DE COMUNICAÇÃO E LETRAS PLANO DE ENSINO CÓD. DISC. DISCIPLINA ETAPA CH SEM CH TOTAL SEM/ANO

Ementa. Objetivos: Metodologia: Avaliação: Cronograma CÓDIGO DA DISCIPLINA: LSB NOME DA DISCIPLINA: Literatura Surda. TURMA: Turma e 06440

PROGRAMA DE DISCIPLINA

FACULDADE SUMARÉ PLANO DE ENSINO. Professores: 2º SEMESTRE / 2014

EDITORES DESTE NÚMERO

LISTA DE MATERIAL ESCOLAR º ano

PROGRAMA DE ENSINO. Área de Concentração Educação. Aulas teóricas: 04 Aulas práticas: 04

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

'Quem escreve constrói castelos, quem lê passa a habitá-los.' LEITURAS OBRIGATÓRIAS º ano Ensino Fundamental I

ABRIL LITERATURA, VIOLÊNCIA E AUTORITARISMO: ENFRENTAMENTOS

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

PROGRAMA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA

Referências Bibliográficas

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS

LISTA LIVROS DIDÁTICOS 2017

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

O DIÁLOGO ENTRE LITERATURA E FILOSOFIA NA FICÇÃO BRASILEIRA DO SÉCULO XX

Disciplina: Educação Patrimonial I. Curso: Bacharelado. Profa. Márcia Janete Espig. Cronograma 2013/2: Calourada promovida pela Reitoria.

DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS 2017 / 2018

Disciplina: EPISTEMOLOGIA DAS CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DA DISCIPLINA: II - EMENTA: Conhecer os desafios enfrentados pelo profissional no que se refere às atividades práticas da Arquivologia.

Os gêneros literários. Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra

FACULDADE SUMARÉ PLANO DE ENSINO. Componente Curricular: Literatura Portuguesa I. Professor(es):

Introdução aos Estudos Literários I Prof. Ariovaldo Vidal 1º semestre de 2018

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO. PLANO DE ENSINO Ano Semestre letivo º. 1. Identificação Código

TEORIA LITERÁRIA II Prof. Ariovaldo Vidal 2º semestre de 2017

PROGRAMA DA DISCIPLINA:

Curso: (curso/habilitação) Licenciatura em História Componente Curricular: História Antiga II Carga Horária: 50 horas

HISTÓRIA CULTURAL: A PRETENSÃO DE SUAS FACES. Fundamentos da Educação: História, Filosofia e Sociologia da Educação

Unesp PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PARA A CIÊNCIA - ÁREA DE CONCENTRAÇÃO ENSINO DE CIÊNCIAS. Plano de Ensino

PLANO DE ENSINO ( X ) OBRIGATÓRIA ( ) OPTATIVA. DEPARTAMENTO: Departamento de Filosofia e Métodos. Semestre Letivo: ( X ) Primeiro ( ) Segundo

Programa Analítico de Disciplina HIS464 Laboratório de Ensino de História I

LEITURA E ENSINO DE POESIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: formação de mediadores de leitura

PLANO DE CURSO CÓDIGO: GHI002 PERÍODO/SÉRIE: 1º TURMA: I EMENTA DA DISCIPLINA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Centro de Comunicação e Expressão PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM JORNALISMO PROGRAMA E PLANO DE ENSINO HORÁRIA

Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC Centro de Ciências Humanas e da Educação FAED PLANO DE ENSINO

Programa de Pós-Graduação Em Ciência da Informação Centro de Ciências da Educação Universidade Federal de Santa Catarina PLANO DE ENSINO

AVALIAÇÃO Testes escritos e seminários.

1º PERÍODO (Aulas Previstas: 64)

FACULDADE SUMARÉ PLANO DE ENSINO

N.7 N.10. Revista do Colóquio de Arte e Pesquisa do PPGA-UFES, V. 6, N. 10, Junho de 2016 Documentos Críticos: A Memória Construtiva

Universidade de Brasília Departamento de Filosofia Filosofia Contemporânea Prof. Priscila Rufinoni

Principais Livros e Capítulos Publicados em Docentes:

Programa Analítico de Disciplina HIS340 História da América I

Winnie Wouters Fernandes Monteiro (Graduanda UEL/Londrina-PR) Profa. Dra. Sonia Aparecida Vido Pascolati (Orientadora UEL/Londrina-PR)

EDITAL CFP N.º 18, DE 10 DE ABRIL DE 2019

5 Referências bibliográficas

Shakespeare. o gênio original

CURSO ANO LETIVO PERIODO/ANO Licenciatura Plena em História REGIME DISCIPLINA CARGA HORÁRIA História Contemporânea

Escola Superior de Artes e Design Requerimentos de bolsa de estudo apresentados no ano letivo de 2013/2014 Situação em :04:46

O OURO EM MINAS GERAIS

Transcrição:

8. Bibliografia Geral AGUALUSA, José Eduardo. O Vendedor de Passados. Ed, Gryphus, Rio de Janeiro, 2004. ALVES, Maria Theresa Abelha. A peregrinação iniciática de Barnabé das Índias. Artigo publicado pela Universidade Estadual de Feira de Santana, 2008. ANDERSON, Benedict. Comunidades Imaginadas. Ed. Companhia das Letras. São Paulo, 2008. ARISTÓTELES; HORÁCIO; LONGINO. A Poética Clássica. Tradução de Jaime Bruna. Cultrix: São Paulo, 2005. BALOGH, Penélope. Freud. Coleção do Pensamento Moderno. Tradução de Sérgio Riff. Bloch: Rio de Janeiro, 1971. BARTHES, Roland. O Grau Zero da Escrita. São Paulo: Martins Fontes, 2004. BENJAMIM, Walter. Magia e Técnica, Arte e Política. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. Brasiliense: São Paulo, 1994. BLANCO, Gisela. Memória. Revista Super Interessante. Edição 264. Abril: São Paulo, 2009. BORGES, Jorge Luis. Discussão. In Obras Completas. Vol 1 Ed. Globo, São Paulo,1998. BORGES, Jorge Luis. Ficções. In Obras Completas. Vol 1 Ed. Globo, São Paulo,1998. BORNHEIM, Gerd. A Descoberta do Homem e do Mundo. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2000. BURKE, Peter. A Escrita da História. Novas Perspectivas. Tradução de Magda Lopes. UNESP: São Paulo, 1992. CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas. Obras Completas. São Paulo: Ed. Nova Cultural, 2002. CERDEIRA, Teresa Cristina. In Literatura Portuguesa, história, memória e perspectivas. São Paulo: Alameda, 2007. CERTEAU, Michel de. In A Escrita da História. Ed.Forense Universitária, Rio de Janeiro, 2000.

105 CLÁUDIO, Mário. Peregrinação de Barnabé das Índias. Lisboa: Dom Quixote, 1995. COLOMBO, Cristóvão. Diário da Descoberta da América. Tradução de Milton Persson. Porto Alegre: L&PM, 1998. COSTA, Leonel. Cultura e Revolução em Angola. Livraria Arco Íris: Porto, 1978. COSTA LIMA, Luiz.. Mímesis e Modernidade. Paz e Terra: São Paulo, 2003., Luiz. História. Ficção. Literatura. Ed. Companhia das Letras, São Paulo, 2006. CUNHA, Eneida Leal. Estampas do Imaginário. Ed. UFMG, Belo Horizonte, 2006. DERRIDA, Jacques. Por Geoffrey Bennington e Jacques Derrida. Tradução de Annamaria Skinner. Jorge Zahar: Rio de Janeiro, 1996. DRUMMOND, Carlos Andrade de. Seleta Em Prosa E Verso. José Olympio: Rio de Janeiro, 1971. ENZENSBERGER, Hans Magnus. Cismas Portuguesas. Lisboa, 1993. FIGUEIREDO, Vera Follain de. Da Profecia ao Labirinto. Imagens da Ficção Latino-Americana contemporânea. Imago: Rio de Janeiro,1994. FREUD, Sigmund. Obras Completas. O Escritor Criativo. Vol.XII, Hipnose. Vol.I, Cinco Lições de Psicanálise. Vol.XI, Estudo Autobiográfico. Imago. FRIEDRICH, Hugo. Estrutura Da Lírica Moderna ( da metade do século xix a meados do século xx ) Tradução de Marise Curione. Livraria Duas Cidades: São Paulo, 1991. GADMER, Hans Georg. Verdade e Método I. Ed. Vozes, Rio de Janeiro Petrópolis RJ, 2005. GIUCCI, Guillermo. Sem Fé, Lei ou Rei, Brasil / 1500 1532. Rio de Janeiro: Rocco, 1993. GOLDSTEIN, Norma. Versos, Sons, Ritmos. Editora Ática: São Paulo, 2005. HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. A Razão na História. Traduzido em 1953 por Robert S. Hartman. Introdução de Robert S. Hartman.Tradução: Beatriz Sidon. Ed. Centauro: São Paulo, 2001. HOLANDA, Sérgio Buarque de. Visão do Paraíso. Ed. Brasiliense. São Paulo, 1994.

106 KLINGER, Diana. Escritas de Si, Escritas do Outro. Ed. 7 Letras: Rio de Janeiro, 2007. KRIEGER, Heidrun Olinto; SCHOLLHAMMER, Karl Erick. Literatura e Cultura. Edições Loyola; São Paulo, 2003. LA PLANTINI, François e Trindade, Liana. O Que é Imaginário. Ed. Brasiliense, São Paulo, 1997. LE GOFF, Jacques et allii. A História A Paixão Nova. In A Nova História. Ed.70, 1984. LE GOFF, Jacques. História e Memória. Tradução Bernardo Leitão. UNICAMP: São Paulo, 2005. MACHADO, Gilka. Poesias Completas. Léo Christiano Editorial: FUNARJ: Rio de Janeiro, 1991. MENEGAZ, Ronaldo. A Busca De Si Mesmo No Outro: As terras de Preste João. In: Semear. Rio de Janeiro: Cátedra Padre Antonio Vieira, 1998. PAZ, Octavio. Os Filhos do Barro: do romantismo à vanguarda. Tradução de Olga Savary. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1984. PEREIRA, Paulo Roberto. A Carta de Pero Vaz de Caminha. In: Os Três Únicos Testemunhos do Descobrimento do Brasil. Ed. Martin Claret - São Paulo, 2007. PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego. Ed. Companhia das Letras, São Paulo, 2006. SANT ANNA, Affonso Romano de. Poesias Reunidas. 1965-1999. V.2. LPM: Porto Alegre, 2004. SARAMAGO, José. O Conto da Ilha Desconhecida. Companhia das Letras: São Paulo, 2006.. A Jangada de Pedra. Companhia das Letras: São Paulo, 2006.. Ensaio Sobre A Cegueira. Companhia das Letras: São Paulo, 1995.. História do Cerco de Lisboa. O Globo: Rio de Janeiro, 2003. TODOROV, Tzvetan. A Conquista da América. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

107. A Literatura em Perigo. Tradução Caio. Meira. DIFEL: Rio de Janeiro, 2009. 9. Anexo: Entrevista História / Memória / Ficção/ Realidade Entrevista concedida por José Eduardo Agualusa, em Julho de 2009. 1. Partindo do pressuposto de que nenhuma escrita é ingênua e, que há muito, não existem mais escritores sem o conhecimento da teoria. Qual a sua visão sobre a afirmativa feita por Ricardo Piglia de que a realidade é tecida de ficções? Seria esta a base da tessitura de O Vendedor de Passados? Teoria? Sou totalmente intuitivo, mas parece-me óbvio que a realidade é tecida de ficções Ficcionamos o tempo inteiro. O Vendedor de Passados trabalha sobre essa ideia, a construção de falsas memórias. 2.O pacto ficcional estabelecido entre o autor, o narrador e o leitor nos leva a pensar que a ficção trabalha com a crença convencional de que pode determinar um fato,ou um texto como verdadeiro ou fictício. Como você vê esta questão? Durante o tempo em que está a ler é proveitoso que o leitor acredite na verdade do enredo, por mais inverossímil. Uma estratégia para conseguir isso é introduzir elementos da realidade, personagens ou situações que o leitor sabe que são reais. 3.O texto literário é uma confluência de vários discursos. Para você, qual o espaço da crítica neste entrecruzamento? A crítica deve ajudar o leitor a compreender o texto e o texto no conjunto da obra do autor. Deve servir sobretudo para iluminar.

108 4.Você tem consciência da ideologia que emerge dos seus textos? É proposital esta disseminação ou a ideologia em seus textos é subjacente, e nem sempre intencional? Suponho que as duas situações. 5. Alguns teóricos consideram o autor, o ser menos capaz para fazer a crítica de seu livro, já outros, o acham o mais competente por ser ele o produtor do texto, e isso lhe conferir um conhecimento interno das obras literárias. Com qual visão você concorda? Por quê? Não tenho a menor preocupação em relação a isso. Acho que cada leitor tem (e deve ter) uma leitura diferente. Há leitores que descobrem evidências, nos meus livros, de que eu nem suspeitava - e são evidências. 6.Pelos desvios e enfrentamento das convenções, você acredita que os escritores são os estrategistas na luta pela renovação literária e social de um povo, de uma nação? Suponho que qualquer criador, ou pensador, o que alías é uma redundância. Se uma determinada obra de arte não perturba, não conduz ao debate e ao pensamento, então serve para quê? 7.A fantástica lagartixa-filósofa é o único animal apresentado na "estória". No entanto, é o personagem mais humano encontrado na narrativa que oscila entre história e ficção. Você concorda com estas afirmações? Sim, é uma reencarnação de Borges, não poderia ser mais humano. As memórias do seu passado humano remetem para a biografia de Borges. 8.Na assertiva de que história e ficção trabalham com a ilusão da verdade para construir seu discurso, que não é verdadeiro nem falso. Baseando-se nesse "efeito de real ou da verdade", você diria, então, que o escritor de ficção é um visionário? E onde ficaria o historiador nesse cenário?

109 Acho que muitas vezes, sim. A poesia, é bom lembrar, começou por ser uma disciplina da magia. 9. Sabendo que toda leitura é mais ou menos pré-fixada, seja na elaboração do autor ou na elaboração do leitor. Como o autor Agualusa gostaria que seus livros fossem lidos? Especialmente O Vendedor de Passados? Já o disse antes - cada leitor lê um livro diferente. Eu não imponho nada.