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Transcrição:

EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA 5ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE PORTO ALEGRE/RS Processo n.º 5042188-23.2014.404.7100 Autor: Sindicato dos Agentes Lotéricos, Correspondentes Bancários, Comissários e Consignatários do RS Réu: Caixa Econômica Federal - CEF O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, por intermédio da Procuradora da República signatária, tendo em vista o que dos autos consta, manifesta-se nos termos seguintes: Trata-se de ação coletiva promovida pelo Sindicato dos Agentes Lotéricos, Correspondentes Bancários, Comissários e Consignatários do Estado do Rio Grande do Sul visando à condenação da CEF a promover o reajuste retroativo de valores em percentual não inferior ao índice oficial de inflação do período. O pedido de antecipação de tutela foi indeferido (evento 17). Alega o sindicato autor, em síntese, que quanto à remuneração dos contratos administrativos de prestação de serviços de correspondente bancário efetuados com os estabelecimentos lotéricos, estariam sendo impostos índices defasados, comprometendo o equilíbrio econômico-financeiro contratual. Vieram os autos ao Ministério Público Federal (evento 24). 1

Inicialmente, cabe salientar que diante da inexistência de instrução do feito com a respectiva dilação probatória, este órgão ministerial manifesta-se, neste momento, somente quanto às questões processuais, preliminares ao mérito da causa. Com relação ao pedido de antecipação de tutela pretendido, qual seja, desobrigar as casas lotéricas de prestar os serviços de correspondência bancária que estejam com a remuneração defasada e desproporcional, determinando à requerida que se abstenha de promover a aplicação de penalidades, contratuais ou não, referentes ao não cumprimento, não há reparos à decisão de indeferimento prolatada por esse i. Juízo, pelos próprios fundamentos expostos (evento 17), não estando demonstrada a presença do fumus boni iuris (o qual, neste caso, demanda análise pormenorizada em dilação probatória), tampouco do periculum in mora, uma vez que a ação foi ajuizada após o transcurso de mais de 02 (dois) meses da resposta à Carta Aberta dos Lotéricos datada de 21/03/2014. I DAS PRELIMINARES AO MÉRITO I.a) Da legitimidade ativa ad causam Alega, a Caixa Econômica Federal, que o sindicato autor não teria legitimidade para atuar em juízo, pois deveria juntar aos autos a ata da assembleia que o autorizou a litigar em nome dos substituídos, bem como a relação nominal de seus associados. Tal matéria gerou discussão na doutrina e jurisprudência, especialmente em razão da edição do enunciado de Súmula nº 310, do Tribunal Superior do Trabalho, a qual entendia que O artigo 8º, inciso III, da Constituição Federal, não assegura a substituição processual pelo sindicato. 2

A discussão acerca do assunto repercutiu, mais ainda, com a revogação da referida súmula, uma vez que diversas eram as interpretações acerca da amplitude e aplicabilidade imediata do artigo 8º, inciso III, da CF, especialmente quanto à possibilidade de atuação dos sindicatos como substitutos processuais na defesa dos interesses e direitos de sua categoria. No entanto, a interpretação extensiva do art. 8º, II, da CF, certamente é de relevância para a coletivização do processo e celeridade processual, visando desafogar o judiciário. Esse, aliás, é o posicionamento consagrado pelo Supremo Tribunal Federal: EMENTA: PROCESSO CIVIL. SINDICATO. ART. 8º, III DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEGITIMIDADE. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. DEFESA DE DIREITOS E INTERESSES COLETIVOS OU INDIVIDUAIS. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. O artigo 8º, III da Constituição Federal estabelece a legitimidade extraordinária dos sindicatos para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou individuais dos integrantes da categoria que representam. Essa legitimidade extraordinária é ampla, abrangendo a liquidação e a execução dos créditos reconhecidos aos trabalhadores. Por se tratar de típica hipótese de substituição processual, é desnecessária qualquer autorização dos substituídos. Recurso conhecido e provido. (STF RE 193.503/SP Pleno Rel. Min. Carlos Velloso DJU 1 24.08.2007) SINDICATO SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. LEGITIMIDADE. Consolidouse o entendimento, neste Supremo Tribunal, de que os sindicatos têm legitimidade para atuar na defesa de direitos e interesses coletivos ou individuais dos integrantes da categoria, como substitutos processuais (STF - RE 213.782-1-RS; publicado no DJU de 06/11/1998, relator Ministro Octávio Galloti) do sindicato autor. Ante o exposto, deve ser afastada a tese de ilegitimidade ativa reajuste das tarifas I.b) Da alegação de impossibilidade jurídica do pedido de 3

Da mesma forma, não deve prosperar a tese da demandada acerca da impossibilidade de provimento judicial que defira aplicação de índices retroativos nos valores de remuneração pagos. Tal tese é destituída de qualquer fundamento, uma vez que, restando comprovado no processo que o índice aplicado não condiz com a realidade inflacionária, a parte autora, no exercício de seu direito, deve ser ressarcida de forma plena quanto aos prejuízos suportados, ou seja, desde a época de sua ocorrência, e não somente a partir da data da condenação. Ademais, com o intuito de assegurar a segurança jurídica das relações jurídicas, a lei previu expressamente um limitador temporal para o desempenho do direito da parte, qual seja, o instituto da prescrição, o que, no caso concreto, não é aplicável. I.c) Da alegação de falta de interesse de agir Afirma, a demandada, que não se verifica, na realidade, que a Caixa estaria impondo uma grande defasagem na remuneração das casas lotéricas. Alega que o reajuste da remuneração das transações para a rede lotérica é um processo contínuo na CEF, motivo pelo qual haveria falta de interesse de agir. Entretanto, tal tópico diz respeito exatamente à lide posta em pauta, devendo ser apreciada junto ao mérito da demanda, em momento oportuno, e não em sede preliminar. I.d) Da arguição de inépcia da petição inicial Alega a CEF que o sindicato estaria litigando com o escopo de modificar condições inerentes ao próprio objeto das contratações ocorridas, que 4

estão presentes desde o processo licitatório, afrontando diretamente o contrato para concessão de serviço firmado entre a CAIXA e os agentes lotéricos, com o fundamento de que estes estariam descontentes com a remuneração recebida, a qual seria insuficiente em decorrência de uma alegada defasagem inflacionária. Afirma que, com isto, restaria evidenciado que da narração dos fatos da exordial, não decorreria logicamente a conclusão (art. 295, parágrafo único, inc. II, do CPC). No entanto, tal tese se mostra equivocada, uma vez que o que a parte autora pretende é simplesmente o reajuste dos valores e tarifas de correspondente bancário, segundo os índices oficiais de inflação, com o objetivo de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato administrativo, o que é constitucionalmente permitido, conforme se depreende do art. 37, XXI, da Constituição Federal, bem como do art. 58, da Lei nº 8.666/93, que regulamenta os contratos administrativos. O equilíbrio da equação econômico-financeira do contrato administrativo configura direito subjetivo dos contratados, atendendo ao interesse público primário, motivo pelo qual pode ser pleiteado junto ao poder judiciário, quando se entender existir lesão neste. Não se trata, portanto, de inépcia da petição inicial. ciência de todo o processo, requerendo: Ante o exposto, o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL manifesta (a) sejam afastadas as preliminares arguidas pela ré; (b) sejam as partes intimadas a se manifestarem sobre as provas que ainda desejam produzir, incluída a perícia contábil informada na petição inicial; 5

(c) nova vista dos autos ao Ministério Público Federal após a manifestação das partes ou após o transcurso dos respectivos prazos, nos termos do art. 83, I, do CPC. ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Documento eletrônico assinado digitalmente por JERUSA BURMANN VIECILI, Procurador(a) da República, em 19/08/2014 às 19h30min. Este documento é certificado conforme a MP 2200-2/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. 6