------------- Aos dezasseis dias do mês de Novembro do ano de dois mil e onze, nesta Vila de



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Transcrição:

--- ACTA DA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 16 DE NOVEMBRO DE 2011 -- --------------------------- ACTA NÚMERO VINTE E SEIS / DOIS MIL E ONZE -------------------------- ------------- Aos dezasseis dias do mês de Novembro do ano de dois mil e onze, nesta Vila de Oeiras, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, reuniu extraordinária e devidamente convocada para o efeito, a Câmara Municipal de Oeiras, sob a Presidência do Senhor Presidente Doutor Isaltino Afonso Morais estando presentes os Senhores Vice-Presidente Doutor Paulo César Sanches Casinhas da Silva Vistas e Vereadores Doutor Marcos de Cunha e Lorena Perestrello de Vasconcellos, Ricardo Lino Carvalho Rodrigues, Doutora Maria Madalena Pereira da Silva Castro, Professora Doutora Luísa Maria Gentil Ferreira Carrilho, Fernando Gabriel Dias Curto em substituição da Doutora Anabela Damásio Caetano Pedroso, Elisabete Maria de Oliveira Mota Rodrigues Oliveira, Engenheiro António Ricardo Henriques da Costa Barros, Ricardo Júlio de Jesus Pinho e Engenheiro Amílcar José da Silva Campos. -------------------------------------------- 1 - ABERTURA E ORDEM DE TRABALHOS: ---------------------------------------------------------------- ------------- Às dezasseis horas, o Senhor Presidente declarou aberta a reunião e submeteu à votação a respectiva ordem de trabalhos que foi aprovada por unanimidade. -------------------------- 2 PROPOSTA Nº. 1001/11 DMPGFP GRANDES OPÇÕES DO PLANO E ORÇAMENTO PARA 2012: ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------- O Senhor Vereador Ricardo Júlio Pinho disse que em relação ao seu Pelouro, que era o da Juventude, compreendendo a situação que a Câmara e o País atravessavam, tendo que se cortar em tudo, lamentou que o corte no seu pelouro tenha sido de vinte e nove vírgula trinta por cento, mais do que estava a contar, por isso, havia muitos projectos que teriam que ser muito reduzidos, devendo este ano que se aproximava ser muito difícil para a Juventude deste Concelho. - ------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------- O Senhor Vereador Amílcar Campos lembrou que se irá debruçar primeiramente pelo Orçamento do Pessoal e assim referiu que dos elementos que foram facultados deduziu que 1:23

o Orçamento comtemplava o pagamento dos subsídios para o caso de haver qualquer intenção de não os retirar. ---------------------------------------------------------------------------------------------------- -------------- Por outro lado, o número de lugares que correspondia ao Orçamento executado em dois mil e onze, era mil oitocentos e cinquenta e sete funcionários, no entanto, o quadro de pessoal que estava em votação previa quinze postos de trabalho a preencher, o que dava o número total de mil oitocentos e setenta e dois, como estava a comparar o valor Orçamentado com o executado em dois mil e onze, gostaria de saber se o valor indicado no Orçamento para vencimentos, se correspondia de facto aos mil oitocentos e setenta e dois trabalhadores. ----------- -------------- Congratulou-se com o facto de todos os trabalhadores terem vínculo por tempo indeterminado, à excepção de um que não dispõe das habilitações mínimas para o efeito, não percebendo por que não o puseram nas Novas Oportunidades, atalhando o Senhor Vereador Ricardo Barros que ele tinha que querer, porque quando se pensou mudar para os turnos, houve um funcionário que não quis, porque não queria ganhar mais dinheiro. -------------------------------- -------------- Prosseguindo, o Senhor Vereador Amílcar Campos referiu que o Orçamento de Pessoal proposto estava ao nível do executado em dois mil e onze e por força dos fortes constrangimentos orçamentais, será o mais baixo de sempre. -------------------------------------------- -------------- Este Orçamento, tendo em conta as draconianas imposições de origem externa, terá umas almofadas, nomeadamente o valor dos subsídios de Natal e de férias, o número de lugares a preencher e o número de lugares de dirigentes a extinguir, se houver alguma imposição como se prevê, o que na sua opinião, dará nove por cento do orçamentado. ------------------------------------- -------------- Pensa que será um ano de sacrifício para todos os trabalhadores e nalguns casos, estava convencido de ser um Orçamento de dificuldades extremas. ------------------------------------ -------------- Por essa razão, não percebia o motivo da Festa de Natal ter orçamentado para dois mil e doze, vinte mil euros, quando em dois mil e onze o executado foi de vinte e sete mil quinhentos e quarenta euros e em anos anteriores se ter gasto mais de quarenta mil euros. --------- 2:23

------------- Para si, um corte de sete mil euros, num orçamento de cento e cinquenta milhões não terá qualquer significado orçamental. ------------------------------------------------------------------------ ------------- Quando se abate sobre os funcionários da Administração Pública uma política tão perdedora como a que se estava a verificar actualmente, esta bicada de chapim, não era uma agressão aos trabalhadores, mas era um sinal, porque não revelava sensibilidade para as dificuldades que se preveem no decurso de dois mil e doze, com fortes restrições de origem externa, de modo que pedia uma criteriosa posição sobre a matéria, fazendo um Natal como era habitual, um cabaz de Natal com coisas úteis, porque como se cortou em tudo, também se chegou aqui e não queria que chegasse. ------------------------------------------------------------------------------- ------------- Também considerou negativa a redução que se verificava a nível da formação, embora pense que para manter a formação nos níveis dos anos anteriores poderá não ter reflexos orçamentais, ou seja, quando essa formação possa ser feita internamente e em exercício de funções, não deixando de ser formação e melhorar o nível de conhecimento das pessoas e até de fomentar a implementação de grupo, etc., concluindo que apenas se estava a referir ao número de horas, não ao montante. ---------------------------------------------------------------------------------------- ------------- Relativamente ao Orçamento em geral e particularmente a aspectos novos, porque o restante estava mais ou menos igual aos restantes anos, gostaria de perceber em relação ao endividamento, os valores que estavam definidos para dois mil e onze tinham a ver com o limite do endividamento líquido municipal, o endividamento a médio/longo prazo e o endividamento a curto prazo, que era, respectivamente de cento e oito vírgula oito milhões de euros, oitenta e sete milhões de euros, oito vírgula sete milhões de euros, passaram por força do Orçamente de Estado de dois mil e onze para cinco vírgula quatro milhões, vinte e cinco vírgula oito milhões e oito vírgula sete milhões, não conseguindo perceber se foi pela força da consolidação das dívidas das entidades que estavam no perímetro de endividamento. -------------------------------------------------- ------------- Vendo a variação percebeu que era muito significativa e gostaria de saber por que é 3:23

que em dois mil e doze se definiu cinquenta vírgula três milhões em duas situações e oito vírgula cinquenta e dois milhões para o endividamento a curto prazo, quando em letras pequenas dizem que o valor do endividamento limite em trinta e um de Dezembro de dois mil onze deverá ser inferior ao limite de cinco vírgula quatro milhões de euros, que será o valor máximo do endividamento líquido no final de dois mil e doze. -------------------------------------------------------- -------------- O Senhor Presidente explicou que terá que perguntar à Lei, porque pela porta da Câmara entrava o endividamento de xis, mas depois devia sair por três janelas, fechavam duas janelas e só saía por uma, ou seja, eles diziam que o endividamento era aquele, mas só podiam gastar o que tinham gasto em dois mil e onze. ------------------------------------------------------------- -------------- O Senhor Vereador Amílcar Campos inquiriu quando é que se sabia qual era o valor e como tinha sido definido o mesmo, respondendo o Senhor Presidente que foi definido nos termos de cento e vinte e cinco por cento do Orçamento, entre o IMT, o IMI, o IRS e a Derrama, mas depois o Orçamento do Estado dizia que os Municípios não podiam ultrapassar o endividamento de dois mil e onze. --------------------------------------------------------------------------- -------------- A Senhora Vereadora Madalena Castro disse que também teve essa dúvida, mas gostava de perceber qual era o montante que a Câmara poderá ter como endividamento em Dezembro de dois mil e doze, esclarecendo o doutor José Luís que o assunto não era fácil, mesmo para quem trabalhava com essas matérias. --------------------------------------------------------- -------------- Prosseguindo, explicou, através de PowerPoint, que a Câmara de Oeiras tinha margens muito grandes, na ordem dos cem milhões, o que dava um certo conforto, mas o artigo cinquenta e três do Orçamento de Estado reduziu drasticamente a capacidade de endividamento líquido, que era aquele que resultava das contas do balanço, porque os resultados líquidos sempre estiveram contidos uns nos outros, ou seja, o mais curto, o endividamento a curto prazo, depois valor de cem por cento das receitas para empréstimos e endividamento líquido que é o que resultava do balanço, cento e vinte e cinco por cento do valor. ------------------------------------------ 4:23

------------- Isso permitia no balanço ter as dívidas dos empréstimos e as dívidas a fornecedores, o limite de cem por cento para cento e vinte e cinco por cento permitia que além dos valores de empréstimo, existisse uma dívida a fornecedores, que acabava por ser endividamento, como eram as dívidas ao Estado, que permitia ir um pouco mais além. ---------------------------------------------- ------------- Quando no Orçamento de Estado de dois mil e onze impõem o endividamento de cinco milhões, apesar de depois num rateio tivessem dado mais vinte e cinco milhões, mas isso não servia para nada, porque qualquer empréstimo que se faça entra no balanço e entrando no balanço, entra no endividamento líquido, entrando no endividamento líquido estava dentro do limite dos cinco milhões, concluindo que houve uma redução de noventa e cinco por cento da capacidade de endividamento.--------------------------------------------------------------------------------- ------------- A redução nasceu devido ao problema de existirem municípios muito endividados. --- ------------- Para dois mil e doze falava-se no limite de sessenta e dois por cento, que implicava que no conjunto dos municípios a nível nacional Oeiras ficasse com um excesso de endividamento de mil e quinhentos milhões de euros, ou seja, com essa regra existiria um excedente de mil e quinhentos milhões, com a obrigação que já vinha do ano anterior, de reduzir no mínimo dez por cento ao endividamento registado na data, o que representaria pelo menos cento e cinquenta milhões de redução a nível nacional. --------------------------------------------------- ------------- Com a retoma dos cento e vinte e cinco por cento o montante em excesso ficaria em quinhentos milhões de euros de excesso nas Câmaras todas, o que era muito. ------------------------ ------------- Neste momento existiam muitas Câmaras excessivamente endividadas, de modo que decidiram que no fim de um ano não se podia ultrapassar o endividamento do ano anterior, regra que funcionava muito bem para todas as Câmaras que estivessem em excesso, porque se estavam em excesso fazia todo o sentido que no ano seguinte não ultrapassassem o seu endividamento. --- ------------- No caso de Oeiras, o que provocou o endividamento, foi o endividamento existente em Setembro, ou seja, no terceiro trimestre de dois mil e dez, a Câmara só tinha cinco milhões de 5:23

endividamento, por isso são esses cinco milhões que ficam a valer como limite. --------------------- -------------- Lembrou que a Senhora Vereadora inquiriu qual era o endividamento para Dezembro de dois mil e doze, sendo que neste ano as contas não poderão ser fechadas acima dos cinco milhões de endividamento, mas se as contas forem fechadas com um milhão de endividamento, por se estar a recuperar, também não era bom, porque baixava a capacidade de endividamento. -- ------------- Também existia sempre a surpresa do que podia existir nas empresas municipais, porque se tiverem resultados negativos poderá exceder a capacidade de endividamento, mas se a Câmara fechar as contas com dois milhões, será essa a capacidade de endividamento. -------------- -------------- Antes de se fechar as contas será necessário perceber que empresas é que poderão ou não influenciar os resultados, porque não se poderá ultrapassar os cinco milhões, mas também não convém baixar muito para não perder capacidade de endividamento no futuro. ----------------- -------------- De novo no uso da palavra o Senhor Vereador Amílcar Campos em relação às ditas parcerias público privadas, disse que gostaria de saber se as sociedades comerciais de capital público minoritário, se por as coisas correrem muito mal e irem à falência, que reflexos isso poderia ter.-------------------------------------------------------------------------------------------------- -------------- Continuando, disse que num dos pacotes desse tipo de empresas, estavam os centros geriátricos e as escolas, duas delas em funcionamento desde o início do ano lectivo. ---------------- -------------- Se interpretou bem um relatório que veio do Tribunal de Contas sobre a matéria, as coisas estavam suspensas, o que significará que a Câmara não esteja a pagar rendas, estava à espera de as pagar quando assinar um contrato, mas quem está a haver o dinheiro correspondente aquilo que já construiu, cada dia que passa, ficará pior e poderá haver um dia que dirão que a Câmara não pagava as rendas, por isso não deixavam utilizar os equipamentos para esse efeito, o que podia significar que era preciso um plano B para realojar os alunos daquelas 2 escolas, concluindo que desconhecia as consequências que poderia ter para o Orçamento da Câmara ir à falência uma dessas empresas. -------------------------------------------------------------------------------- 6:23

------------- O Senhor Vereador Marcos Perestrello disse que o Senhor Vereador Amílcar Campos colocou muito bem as questões das parcerias público privadas, acrescentando que no fundo era preciso saber como é que a Câmara iria responder à resolução ou não resolução do problema. - ------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------- Separando a questão jurídica, que não era para ali chamada, para a questão de facto, existia um conjunto de obra que estava em funcionamento e era necessário saber que resposta tinha o Orçamento para isso. ---------------------------------------------------------------------------------- ------------- Gostaria também de saber como foi calculado o montante global das despesas com o pessoal, designadamente o montante dos dois subsídios, porque deduzia haver uma folga, retorquindo o Senhor Presidente que não existia folga nenhuma, porque o Governo já anunciou, quem suportava os subsídios terá, obrigatoriamente que canalizar o valor para pagar a dívida, só falta sair a lei, retorquindo o Senhor Vereador Marcos Perestrello que essa era outra questão, queria saber se o Orçamento foi elaborado incluindo os montantes como se fossem ser pagos os subsídios, respondendo o Senhor Presidente que neste momento esse valor estava incluído. ----- ------------- O Senhor Vice-Presidente esclareceu que as parcerias em nada irão onerar o Orçamento, porque o Orçamento Municipal terá que contar com aquilo que estava previsto em relação à renda que o parceiro público terá que pagar à sociedade por força da utilização do equipamento. ----------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------- Em termos de pagamento havia uma margem no Orçamento de dois mil e doze, porque os direitos de superfície foram alienados e o Município terá que ser ressarcido nos direitos de superfície, mas a Câmara terá que contar com aquilo que estava previsto em termos de plano de renda para com a Sociedade. ----------------------------------------------------------------------- ------------- Se o parceiro privado abrir falência haverá alguém que irá herdar essa falência, mas isso não deixava o Município de ser devedor do montante das rendas durante o período do arrendamento, acrescentando que do ponto de vista do parceiro público se o parceiro privado 7:23

entrar num processo de falência ou dissolvência, não será um problema do parceiro público e quem herdar essa eventual falência terá direito a ser ressarcido por parte da utilização do equipamento que foi construído e que estará a ser utilizado. --------------------------------------------- -------------- Prosseguindo, explicou que os direitos de superfície deveriam ter sido pagos. No que concerne às escolas e aos centros geriátricos, avançou-se de forma a obter-se o licenciamento, porque as escolas já estavam licenciadas, mas para haver licenciamento a titularidade tinha que estar do lado da Sociedade e o montante respeitante ao direito de superfície que a Sociedade teria que entregar à Câmara vai sendo liquidado por força da conta do pagamento das rendas. ---------- -------------- O Orçamento para dois mil e doze tinha a folga e todos os orçamentos futuros terão que prever o montante necessário ao pagamento das rendas dos equipamentos que irão ser utilizados. - ------------------------------------------------------------------------------------------------------ -------------- Essa liquidação só poderá acontecer aquando da celebração dos contratos de arrendamento definitivos, porque agora só existia um contrato de promessa de arrendamento. ---- -------------- O Senhor Vereador Amílcar Campos disse que de acordo com a explicação dada, inquiriu se haveria algum risco que as escolas possam ser fechadas por deliberação do sócio maioritário das empresas comerciais que estavam constituídas, respondendo o Senhor Vice- Presidente que não poderá arriscar um prognóstico, sendo certo que risco existia sempre, existia sempre um risco inerente em qualquer negócio, mas o parceiro privado que constituiu a sociedade com a Câmara não terá interesse algum em definir outro uso para aquele equipamento e mesmo que tenha vontade de fazer, essa vontade passava por uma decisão do Conselho de Administração da Sociedade onde a Câmara também era acionista e existia uma acordo parassocial, mas se isso acontecer será uma questão de litigância, retorquindo o Senhor Vereador Amílcar Campos que a litigância era o plano B. --------------------------------------------- -------------- Continuando, o Senhor Vice-Presidente disse que pelo facto de não ter havido financiamento por parte da Caixa Geral de Depósitos, apenas ter existido o intercalar de curto 8:23

prazo, levará a que, seja qual for o parceiro privado, neste momento, tinha quatro equipamentos construídos, duas escolas e dois centros geriátricos e não foi ressarcido de nada, nem por força do financiamento, nem por força do pagamento de rendas, por muito saudável que seja a sua situação financeira, ao fim deste tempo, fará mossa e criará situações difíceis de contornar, atalhando o Senhor Vereador Amílcar Campos que por compreender essas dificuldades é que entendia que a situação poderá criar algumas preocupações, porque mesmo que o parceiro não tivesse recorrido a financiamentos, tivesse meios próprios para se financiar, seria uma mau negócio, mas era uma determinada situação, a que existia era uma situação em que ele recorreu a financiamentos, observando o Senhor Vice-Presidente que sempre foi dito que o risco da construção e do financiamento estava do lado do privado e era o que estava a acontecer, ou seja, eles correram o risco. ------------------------------------------------------------------------------------------- ------------- O Senhor Presidente referiu que quanto ao Centro de Congressos, o Centro Profissional Multiusos de Outurela, o qual era um equipamento vital para aquela zona, a Caixa Geral de Depósitos garantiu que iria arranjar financiamento, mas só se conseguiu uma parte, porque não havia dinheiro, do que resultou que as escolas ficassem terminadas até ao final do ano, embora ainda haja um problema por resolver. -------------------------------------------------------- ------------- Em relação aos centros geriátricos era a mesma coisa, o que significava que a Câmara Municipal tinha que colocar a hipótese de amenizar a situação de incumprimento desta parceria, não se podendo ficar à espera eternamente que lhe dissessem que irão retomar os trabalhos no centro de congressos, até porque se este estava parado já há algum tempo era porque havia ali um incumprimento e como tal teria que haver um momento em que a Câmara o tinha que denunciar. ------------- No uso da palavra o Senhor Vereador Marcos Perestrello observou que o Senhor Vice-Presidente tinha dito que o Orçamento continha verbas para pagar as rendas das escolas, perguntando se tinha alguma previsão orçamental para também pagar as rendas dos centros geriátricos, ao que o Senhor Vice-Presidente respondeu afirmativamente. --------------------------- 9:23

-------------- De seguida a Senhora Vereadora Madalena Castro reportou-se à questão das parcerias público privadas, dizendo que pretendia prestar duas informações naquilo em que sentia responsabilidade enquanto Vereadora da Câmara, parecendo-lhe que todos os Vereadores que votaram a favor daquele modelo, tinham como pressuposto que o risco estava do lado do parceiro privado, quer ao nível do financiamento para as obras, quer ao nível da boa execução das mesmas, que passaria não só pela construção dos equipamentos, mas também pela manutenção durante vinte ou vinte e cinco anos. ---------------------------------------------------------- -------------- Acrescentou que, aquilo que foi constatado nas últimas semanas, foi que mesmo os equipamentos, embora ainda não tivessem sido recebidos pela Oeiras Primus, quer os que estavam dados praticamente prontos, quer os outros, tinham grandes irregularidades nas construções, para não dizer já que se sentiu defraudada enquanto Vereadora nas expectativas que foram colocadas à Câmara, relativamente à boa execução de todo este processo. -------------------- -------------- Daí que, em conjunto com o Senhor Vice-Presidente tinham uma informação preparada, que estava a ser contextualizada pelo Gabinete Jurídico, no sentido de ser colocada ao Senhor Presidente, devendo este dar-lhe a sequência que entender e posterior conhecimento à Câmara Municipal. --------------------------------------------------------------------------------------------- -------------- Por outro lado, e relativamente à resposta que o Gabinete de Advogados preparou para o Tribunal de Contas, daquilo que leu e sendo uma resposta eminentemente técnica e técnico/jurídica, ela assentava toda em dois conceitos diferentes. --------------------------------------- -------------- O Tribunal de Contas fez a notificação aos membros da Assembleia Municipal e aos Vereadores da Câmara, tendo como base o conceito de parceria público privada e a resposta que foi dada assentava num conceito de PPP institucional, cujo enquadramento era diferente daquele que era o do Tribunal de Contas, subscrevendo também essa resposta, ficando a aguardar o resultado. -- ------------------------------------------------------------------------------------------------------ -------------- De seguida interveio o Senhor Vereador Amílcar Campos para dizer que esteve 10:23

desde o princípio contra esta operação de financiamento, embora em relação à resposta a considere boa para quem estava a favor da questão, o que não era a sua situação, argumentando o Senhor Presidente que tinha sido designada uma comissão de acompanhamento ao nível das obras. ------ ------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------- No uso da palavra a Senhora Vereadora Luísa Carrilho debruçou-se sobre a questão do desenvolvimento social e cultural do Concelho, independentemente de considerar o contexto sócio-económico particularmente difícil, referenciando a afectação das verbas feitas ao Fundo de Emergência Social, enquanto mecanismo de apoio à população mais carenciada, por lhe parecer que era importante, que os alunos do Concelho continuassem a ter alimentação, transporte, livros, material escolar, se as suas famílias não tiverem capacidade de resposta, na medida em que estas temáticas estavam interligadas de uma forma muito directa, com a possibilidade de obviar o insucesso escolar. ---------------------------------------------------------------- ------------- Por outro lado, as medidas excepcionais de apoio às famílias que também pareciam ser contempladas por esse Fundo de Emergência Social, não só a estas, mas também aos indivíduos mais vulneráveis, nomeadamente o sem-abrigo do Concelho, na sua opinião deveriam constituir-se como uma realidade com aplicação no terreno, pelo que lhe parecia fundamental, que sejam esclarecidas as formas como é que essa aplicação será feita. -------------------------------- ------------- As redes e parcerias já estabelecidas ou a estabelecer deverão ter uma acção sistémica estruturante, tendo já vindo a falar disso numa estratégia de partilha de responsabilidades, parecendo-lhe nesse sentido importante e também pela leitura do documento que lhe foi entregue, que a área de habitação terá como função prestar um trabalho na área das instalações, como seja, alguns arranjos às casas e não tanto de distribuição das mesmas, parecendo-lhe que esse factor será reduzido, pelo que continuava a insistir na importância da acção social ter uma atitude mais abrangente. ---------------------------------------------------------------------------------------- ------------- No que diz respeito à atribuição de casas considerou que a mesma deveria passar para 11:23

o pelouro da Acção Social, na medida em que a acção social teria uma perspectiva mais abrangente dessa situação, porque senão uns trabalham para um lado e outros para outro, entendendo que esta seria uma questão que tinha que ser trabalhada da melhor forma. ------------- -------------- Debruçou-se ainda, sobre a promoção da leitura e o programa Oeiras a Ler, por lhe parecer constituir-se, tal como as acções de sensibilização da comunidade escolar para o consumo racional da água, gás e electricidade, como medidas que considerava que se deverão manter, embora não tenha percebido qual a metodologia utilizada nessas acções de sensibilização à comunidade escolar, julgando que seria importante que essa sensibilização fosse adequadamente feita. ------------------------------------------------------------------------------------------- -------------- No que tange às políticas para a juventude, salientou a promoção de Ocupação de Tempos Livres, considerando ser da maior importância que a mesma seja incentivada, uma vez que às famílias será cada vez mais difícil suportar verbas mensais para pagamento das actividades, como seja, Ténis, Natação, Ginástica, etc., daí valorizar muito o que foi apresentado naquela sede, ainda mais porque essas actividades podiam constituir-se como factores preventivos de trajectórias desviantes, entendendo que se tinha que estar preparado para isso através da sensibilização dessa temática, na medida em que no Concelho de Oeiras já existiam crianças e adolescentes, que não podiam tomar banho uma vez que as suas famílias não tinham dinheiro para pagar a água, estudavam à luz da vela, porque também não tinham possibilidade de pagar a electricidade, sendo esta uma realidade do Concelho, e, provavelmente, nem todos os Vereadores tinham acesso a essa informação, ao contrário de si dada a sua profissão, considerando que a situação era preocupante. -------------------------------------------------------------- -------------- Relativamente às acções culturais que constituíam um factor de sucesso no Concelho, na sua opinião, eram para manter, visto que, da documentação a que teve acesso, não lhe foi muito patente ver em que medida eram para manter, não sabendo se as esculturas do Parque dos Poetas se constituíam como cultura, se como acção social, não percebendo bem essa situação. --- 12:23

------------- A terminar, referiu-se a uma informação cujo tema era: Jovens com Valores, em que o projecto dizia respeito a jovens a viverem em bairros menos favorecidos do Concelho, sendo interessante que se debruçassem a seu tempo sobre essas problemáticas, porque contrariamente ao que possa parecer, essa atitude estigmatizante para pessoas que viviam em determinados guetos não era muito adequada em termos de se atingir os objectivos que pensava que estavam subjacentes e que era o de integração da população, sendo isso um pouco o que se passava nas escolas se se colocavam os mal comportados e os menos génios todos juntos, sendo essa uma matéria interessante para ser falada noutra oportunidade. ----------------------------- ------------- De novo no uso da palavra o Senhor Presidente referiu que o Senhor Vereador Amílcar Campos focou numa área que lhe tocou na sua sensibilidade e que dizia respeito ao jantar de Natal, tendo já comentado acerca essa matéria em reuniões com diversos dirigentes, ou seja, que tanto a administração pública local, como a central tinha gente muito boa e da experiência que tinha, mesmo em matéria de competência, havia competências especializadas que a Câmara não podia ter, mas, relativamente a atribuições da Câmara, havia gente muito boa, o mesmo acontecendo ao nível dos contactos que tinha tido com os privados, encontrando-se de tudo um pouco. -------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------- Em relação à motivação dos funcionários, referiu que se tirasse isto, tirasse aquilo, vai-se tirando tudo dentro dos extras e, assim sendo, tirava-se a festa e qualquer dia tirava-se também o leite, acrescentando que o leite começou a ser distribuído em mil novecentos e oitenta e sete, havendo na altura um grande absentismo ao nível dos operários e, por esse motivo, na altura conversou com o doutor Ramos Osório, tendo-se chegado à conclusão que seria boa ideia distribuir-se o leite, uma vez que haviam operários que ao meio dia estavam fracos e o absentismo era muito, talvez por duas razões, uma delas seria porque ganhavam pouco e aproveitavam e metiam um atestado indo trabalhar para outro lado fazer uns biscates, a outra razão, prendia-se com o estado de fraqueza que os levava a que ficassem doentes, e, por isso, a 13:23

sugestão de distribuir um litro de leite por dia. ------------------------------------------------------------- -------------- Ao fim de seis meses ou um ano mandou fazer uma avaliação da situação, mas o absentismo era o mesmo, tendo-se chegado à conclusão que não bebiam o leite, porque o levavam para casa, passando a fazer-se a distribuição gratuita nos bares da Câmara e, a partir daí o absentismo diminuiu imenso. ------------------------------------------------------------------------------- -------------- A dada altura, alguém lhe disse que no Inverno fazia muito frio e chuva e às três da manhã ficavam cheios de fome, tendo-se começado a distribuir a sopa por todos e uma sandes, o que achou muito bem. Agora, se tirar o jantar, a sopa, o leite, tirava-se tudo, dando a ideia de serem benesses, quando na realidade o que estava a ser feito, era uma adaptação às circunstâncias no trabalho, porque não se estava a dar dinheiro, o que se estava a dar era atenção, reconhecimento, daí considerar que era um erro cortar a Festa de Natal, argumentando o Senhor Vereador Amílcar Campos que não disse que se tinha cortado, ela foi reduzida para vinte mil euros, esclarecendo a doutora Paula Saraiva que a festa de Natal estava dividida em duas unidades orgânicas, a DRH e a DCT, sendo que esta última tratava da festa das crianças, os Recursos Humanos tratavam da prenda de Natal, tendo-se gasto vinte e sete mil euros o ano passado e este ano estavam inscritos vinte mil euros. ----------------------------------------------------- -------------- De novo no uso da palavra o Senhor Vereador Amílcar Campos referiu que o que interpretou era que a festa de Natal, compreendia o almoço e o cabaz de Natal, mas afinal não era nem uma coisa nem outra, explicando a doutora Paula Saraiva que passou de cinquenta para vinte e sete mil euros e de vinte e sete para vinte mil euros. --------------------------------------------- -------------- Ora, passou de cinquenta para vinte e sete há quatro ou cinco anos, porque foi combinado que se deixava de comprar brinquedos para as empresas municipais, para as Juntas de Freguesia e para a PSP, esclarecendo o Senhor Presidente que se verificou que se estava a dar brinquedos em duplicado, visto que a Câmara estava a dar e as Juntas de Freguesia também, mantendo-se de fora da Câmara os Bombeiros, daí ter-se passado de cinquenta para vinte e sete. 14:23

De vinte e sete para vinte, mas as prendas para as crianças não se podiam considerar inferiores do que nos outros anos, pelo contrário. -------------------------------------------------------------------------- ------------- No uso da palavra o Senhor Vereador Amílcar Campos frisou que com o esclarecimento que foi prestado, percebeu que era absolutamente simbólico, mas poderá ser reconfortante e a Câmara não tinha que acompanhar a linha de cortes, que se abatiam sobre tudo e sobre todos, até porque não tinha um significado orçamental muito significativo num orçamento de cento e cinquenta milhões de euros, concluindo que não fazia sentido que houvesse uma quebra na qualidade e na forma de comemorar essas festas, sendo um conforto mínimo que se podia dar, estar do lado daqueles que precisavam de ser confortados. ------------------------------- ------------- Quanto às horas de formação apontadas pelo Senhor Vereador Amílcar Campos, a doutora Paula Saraiva esclareceu que havia vinte mil euros de redução, observando o Senhor Vereador Amílcar Campos que não queria falar em valores, porque deu muito valor à formação que era dada pela prata da casa, podendo-se compor os níveis de formação que valorizassem e integrassem os trabalhadores sem que tenham, necessariamente, reflexos no Orçamento, argumentando a doutora Paula Saraiva que se investiu crescentemente em formação on job, não sendo um tipo de formação que seja fácil de implementar, no entanto, a esse nível tinha havido um crescimento, conforme provava o Relatório de Actividades, acrescentando que havia uma previsão de menos de cinco mil horas, indo tentar que ela fosse mais na vertente externa do que interna e cada vez mais direcionada na eficácia da gestão, tentando cada vez mais recorrer à formação gratuita no âmbito das novas oportunidades, com uma estimativa dentro dos vinte, vinte e cinco mil euros. ----------------------------------------------------------------------------------------- ------------- Neste momento saiu a Senhora Vereadora Luísa Carrilho. ----------------------------- ------------- O Senhor Presidente referiu que houve o cuidado de não se fazerem cortes que afectassem o apoio que a Câmara tinha vindo a dar, designadamente, nos subsídios para livros escolares, apoio que até tinha vindo a subir. ---------------------------------------------------------------- 15:23

-------------- Referindo-se às considerações feitas pela Senhora Vereadora Luísa Carrilho antes de sair acerca da área social e cultural disse que as metodologias dessas áreas não estavam plasmadas nas GOP e no Orçamento, aquilo tinha a ver com a operacionalização das iniciativas, dos projectos e das acções. ------------------------------------------------------------------------------------ -------------- Relativamente à situação dos alunos carenciados, a doutora Alexandra Vasconcelos explicou que o número de abrangidos não tinha crescido porque, após a alteração que tinha ocorrido em dois mil e nove, com a diminuição do valor do abono de família, o número de beneficiados pela Acção Social Escolar diminuiu também. Um agregado familiar que tivesse seis mil euros de rendimento anual, já estava fora dos escalões da Acção Social Escolar. O número de crianças abrangidas pelo escalão A tinha diminuído radicalmente (ao nível da indigência) e o que aumentou foi o escalão B. ------------------------------------------------------------------------------------- -------------- Explicou que era feita uma aferição nos refeitórios das escolas e, sempre que os serviços de Acção Social Escolar, de cada um dos agrupamentos, identificavam situações de crianças que não usufruíam do refeitório porque os pais não conseguiam comprar as senhas de refeição, a Câmara cobria a situação, bem como das crianças que iam para a escola sem tomar pequeno-almoço, ou dos que tinham debilidades decorrentes de má alimentação. ------------------- -------------- Independente de o número de crianças abrangíveis, de acordo com os critérios legais, ter diminuído, a Câmara asseguravava a cobertura dessas situações, desde que houvesse uma indicação clara dos serviços de Acção Social Escolar, garantindo que não havia nenhuma criança nas escolas da rede pública de Oeiras que deixasse de almoçar porque os pais não tinham meios para comprar os títulos de refeição ou que não tivessem livros porque os critérios da Acção Social Escolar não o abrangiam - nesses casos, era feita uma articulação com os bancos de empréstimo de manuais escolares. --------------------------------------------------------------------------- -------------- O que tinha subido exponencialmente era o subsídio de transporte escolar e afigurava-se que, em Janeiro, com o fim do passe quatro, dezoito, os pedidos iam passar a ser 16:23

ainda mais. ------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------- O Senhor Presidente voltou ao uso da palavra e explicou que, no âmbito da Acção Social, estava a ser feito um trabalho de levantamento com as Freguesias, no sentido da despistagem de todas aquelas situações e a orientação era que fossem dados contributos às famílias daqueles casos em que, por exemplo, o Banco Alimentar não respondia. Naqueles casos, a Câmara Municipal cobria a situação mas era necessário identificá-las. ------------------------------- ------------- Assim que elas eram identificadas, a Câmara Municipal podia atribuir um subsídio temporal, para pagamento de electricidade ou de água, sendo que aquelas medidas tinham a vigência de um ano, no máximo. Em princípio, as famílias mais carenciadas viveriam nos bairros municipais mas tudo tinha que ter conta, peso e medida. Nos bairros municipais, por vezes, faziam-se ameaças de despejo e até se despejavam pessoas porque não se podia aceitar que uma família que já tinha a renda aferida em função do seu rendimento (e que, por exemplo, pagava quatro ou cinco euros), não pagasse a renda. Tinha que se atender à situação da família mas tudo tinha que ser devidamente justificado. ----------------------------------------------------------------------- ------------- Essa também era a razão da existência do Fundo de Emergência que este ano tinha sido duplicado em relação ao anterior, tendo passado para trezentos mil euros. ---------------------- ------------- Disse ainda que, apesar das dificuldades que existiam a nível nacional, não fazia sentido e mal seria que, no Concelho de Oeiras, pela situação financeira que a Câmara tinha (mesmo não sendo a ideal) houvesse famílias a passar fome. -------------------------------------------- ------------- Assim que eram devidamente identificadas, tinham que ser apoiadas e ajudadas. ------ ------------- Logo, se aqueles trezentos mil euros não fossem suficientes, obviamente que teria que ser feito um reforço orçamental e deixava de se fazer outras coisas que também poderiam ser urgentes mas nada era mais urgente do que a vida das pessoas.------------------------------------------ ------------- Aquela era a posição por si tomada, acrescentando que em qualquer altura, se os Senhores Vereadores tiverem conhecimento de alguma situação de carência, far-se-ia 17:23

imediatamente um reforço. ------------------------------------------------------------------------------------ -------------- Referiu que até ao nível do pagamento da dívida, era preferível pagar mais tarde a ter pessoas com fome. Havia prioridades e aquela preocupação manifestada pela Senhora Vereadora Luísa Carrilho era também uma preocupação de todos. Seria lamentável que o Município, com a situação que tinha, do ponto de vista financeiro, pudesse permitir que houvesse famílias neste Concelho com aquele tipo de dificuldades. ---------------------------------------------------------------- -------------- No que dizia respeito à Habitação, referiu que, obviamente, não fazia sentido nenhum que a distribuição de casas passasse para a Acção Social da Câmara, uma vez que eram situações diferentes e que a Divisão de Gestão Social tinha uma composição de sociólogos, psicólogos e assistentes sociais, portanto, o mesmo tipo de competências da Acção Social. Tinha era que haver uma maior interactividade e cooperação entre a Divisão de Gestão Social e a Divisão de Assuntos Sociais, designadamente, em situações em que a Acção Social, no exercício das suas actividades, se deparasse com alguém que vivesse numa situação dramática de habitação. --------- -------------- Explicou que a Câmara, naquele momento, não tinha casas novas para atribuição. Havia umas adjudicações feitas e não foram feitas mais porque não havia financiamento nem aprovação por parte do IHRU, apesar de há cerca de um mês, ter havido um despacho da Ministra do Ambiente, Agricultura e Ordenamento do Território que homologava o financiamento. --------------------------------------------------------------------------------------------------- -------------- Salientou que, o facto de não haver casas novas não significava que a Câmara não tivesse casas para distribuir. Havia casas que iam ficando vagas por diversas razões e, quando existiam situações de pedido de desdobramento, era necessário ter muito cuidado e tinha que ser tudo muito bem analisado. Uma situação era o desdobramento pelo motivo de querer uma casa maior, só para uma pessoa ou família, outra eram as famílias que viviam na rua. Não fazia sentido que isso acontecesse, para além dos sem-abrigo que eram situações diferentes, pois foram atribuídas casas a alguns, mas eles recusaram-nas. No que dizia respeito a famílias com 18:23

autonomia e com capacidade de governar a sua casa, não havia nenhuma que estivesse na rua.---- ------------- O Fundo de Emergência podia vir a acolher situações que até àquele momento não eram contempladas, designadamente o apoio nas rendas, na electricidade, na água, etc.. Exemplificou com a situação de um casal que, de repente, ficasse no desemprego, sem dinheiro para pagar a renda e, para evitar o despejo, a Câmara poderia ajudar durante dois ou três meses com um subsídio aqueles eram os aspectos que, actualmente, deveriam ser tidos em consideração.----------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------- Continuou, referindo algumas rubricas das GOP e Orçamento que tinham sido dotadas em excesso, por razões de natureza contabilística e exemplificou com o caso dos fornecimentos contínuos, onde era muito difícil ter as verbas limitadas de Janeiro a Dezembro. O Tribunal de Contas visava de Janeiro a Dezembro mas, na verdade, as facturas de Novembro e Dezembro só eram pagas no ano seguinte e assim sucessivamente. ------------------------------------- ------------- Todos os anos acontecia a mesma coisa e aquilo significava que, durante o ano de dois mil e doze, já se podiam fazer alterações orçamentais relativamente ao dinheiro que não se ia gastar. -- ------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------- Os exercícios tinham vindo a melhorar, de ano para ano, lembrou os Senhores Vereadores que, em três anos, diminuíram-se quarenta milhões de euros no Orçamento e aquela situação não tinha apenas a ver com a conjuntura económico/financeira do País. Nalgumas rubricas, sobretudo, nas de componente social importante, podia vir a fazer-se algum reforço, em função das necessidades que fossem verificadas. ---------------------------------------------------------- ------------- O Senhor Vereador Ricardo Júlio Pinho, no uso da palavra, disse que tinha que se adaptar aos cortes que a Câmara tinha e deu os parabéns aos serviços pelo esforço que faziam para conseguir chegar às metas pretendidas pela Câmara e pelo Senhor Presidente. ----------------- ------------- Tinham que fazer opções e na Juventude ia optar-se ou pelos Tempos Livres, ou pelas Colónias de Férias porque o dinheiro não chegava para tudo. Referiu que tinham todos que 19:23

aprender uns com os outros e que ainda esperava aprender muito com o Senhor Presidente, assim como esperava ter a sua ajuda para lidar com aquela situação. ------------------------------------------ -------------- O Senhor Vereador Marcos Perestrello colocou uma questão prévia, no sentido de saber se este ano, antes da aprovação das GOP e à semelhança dos anos anteriores, os Partidos iam ser ouvidos ao que o Senhor Vice-Presidente respondeu que essa audição estava marcada para a tarde de sexta-feira. ------------------------------------------------------------------------------------- -------------- Continuando, o Senhor Vereador Marcos Perestrello referiu que aquela análise SWOT era uma cópia da do ano passado e sugeriu que se afinasse melhor aquela situação, uma vez que ali estavam, exactamente, os mesmos problemas do ano anterior. Se aquilo acontecia por não terem surgido problemas novos, sugeriu que, pelo menos, se colocasse nas GOP uma tentativa de resposta para os mesmos. Exemplificando, disse que não havia nenhuma referência que indiciasse o desenvolvimento da estratégia para os transportes públicos. Também transitavam, de ano para ano, as debilidades organizativas da Câmara e considerava normal qualquer organização ter debilidades organizativas, mas, talvez valesse a pena afinar também aquele critério. Exemplificou novamente, com o défice de equipamentos culturais que, na sua opinião, não necessitava de ali estar assinalado, até porque tinham sido feitos investimentos muito significativos naquela matéria. ------------------------------------------------------------------------ -------------- Claro que podia sempre haver mais, mas, na sua opinião, aquela análise SWOT devia ser um pouco afinada para melhorar a análise global do Orçamento. ----------------------------------- -------------- Ao nível dos rendimentos de propriedade, perguntou por que havia uma descida do valor das rendas, na ordem dos vinte por cento. ------------------------------------------------------------ -------------- Por outro lado, havia uma quebra de quatro milhões de euros, ao nível da venda de bens de investimento e questionou se o valor inscrito naquela rubrica não era demasiado optimista. - ------------------------------------------------------------------------------------------------------ -------------- Ao nível da aquisição de bens de capital, na sua opinião, talvez se pudesse restringir 20:23

um pouco mais porque havia um crescimento de vinte por cento nas despesas com equipamento administrativo básico e ferramentas e também gostaria de saber porque é que aumentava a rubrica de administração geral, uma vez que estavam num orçamento de contracção. --------------- ------------- Para concluir, sugeriu a adopção de uma linha de redução no recurso a pareceres e consultores externos. ------------------------------------------------------------------------------------------- ------------- O Senhor Vice-Presidente disse que, sobre a receita de capital, em todos os exercícios, os Partidos, principalmente, a CDU, referiam-se a um empolamento da receita de capital que era justificado pela procura do equilíbrio orçamental. A Câmara só vendia se tivesse necessidade e se fosse uma boa oportunidade. Como se podia verificar, até pelas gerências anteriores, a verba inscrita em termos de receita de capital com venda de bens de investimento era sempre diminuta. A Câmara sempre financiou a despesa de capital com receita corrente, o que era correcto e salutar. -------------------------------------------------------------------------------------- ------------- Este ano, tendo havido uma redução considerável no montante global do Orçamento, do ponto de vista do equilíbrio orçamental, não se justificava o empolamento da despesa por contrapartida da receita de capital e, portanto, foi feita aquela redução significativa na rubrica. --- ------------- O Senhor Vereador Amílcar Campos interveio, dizendo que no ano passado apenas se tinha realizado um milhão, questão confirmada pela doutora Maria Emília Xavier que acrescentou que as hastas públicas ficavam desertas, porque não havia mercado. --------------- ------------- O Senhor Vice-Presidente voltou a intervir, explicando que para haver equilíbrio orçamental, a receita tinha que ser igual à despesa e, tecnicamente, era correcto, uma vez que a Câmara tinha aqueles bens. ------------------------------------------------------------------------------------ ------------- A doutora Maria Emília, no uso da palavra, esclareceu que a questão dos rendimentos tinha a ver com a diminuição da distribuição dos lucros dos SMAS, que tinha passado de cinco para três milhões de euros e ainda com o meio milhão de euros das PPP, relativamente aos direitos de superfície. Como foi ali aprovado pagamento, tinha a parte na 21:23