PREVALÊNCIA DA DOENÇA DE CHAGAS NA MICRORREGIÃO DO VALE DO PIANCÓ, PARAÍBA, BRASIL. CRISTIANY ALVES RODRIGUES PATOS/PB

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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PREVALÊNCIA DA DOENÇA DE CHAGAS NA MICRORREGIÃO DO VALE DO PIANCÓ, PARAÍBA, BRASIL. CRISTIANY ALVES RODRIGUES PATOS/PB 2015

CRISTIANY ALVES RODRIGUES PREVALÊNCIA DA DOENÇA DE CHAGAS NA MICRORREGIÃO DO VALE DO PIANCÓ, PARAÍBA, BRASIL. Trabalho de conclusão de curso apresentado à Unidade Acadêmica de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos/PB, como requesito para obtenção do grau de Licenciada em Ciências Biológicas. ORIENTADOR: Prof. Dr. Ednaldo Queiroga de Lima CO-ORIENTADOR: Prof. Dr. Edevaldo da Silva PATOS/PB 2015

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSRT DA UFCG R696p Rodrigues, Cristiany Alves Prevalência da doença de Chagas na microrregião do vale do Piancó- PB/Brasil / Cristiany Alves Rodrigues. Patos, 2015. 23f.: color. Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Biológicas) Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, 2015. "Orientação: Prof. Dr. Ednaldo Queiroga de Lima Referências. 1. Incidência. 2. Pesquisa. 3. Casos. I. Título. CDU 576.8

AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, por ter me dado sabedoria para lidar com as inúmeras situações encontradas durante a monografia. Agradeço também a minha família por todo o apoio durante a minha graduação, em especial aos meus pais que sempre estiveram ao meu lado. Aos professores que me acompanharam durante a graduação em especial aos professores Ednaldo Queiroga de Lima e a Edevaldo da Silva que me orientaram de forma satisfatória. Agradeço aos funcionários do Laboratório Municipal de Saúde Pública Drª Maria Dilva Carlos Diniz que disponibilizaram seu tempo e o material para o desenvolvimento desse trabalho.

LISTA DE FIGURAS Figura 1- Localização da microrregião do Vale do Piancó. Figura 2- Comparação dos números de casos nas cidades do Vale do Piancó. Figura 3- Prevalência de casos positivos de acordo com a idade dos pacientes. Figura 4- Valor em porcentagem dos números de casos positivos encontradas por ano.

Lista de Tabelas TABELA 1- Cidades com casos positivos da doença de Chagas

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...09 2 MATERIAL E MÉTODOS...11 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO...13 4 CONCLUSÃO...17 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...18 6 ANEXOS...20 7 NORMAS DA REVISTA...21 8 TESTES SOROLÓGICOS...22 9 MAPAS DAS CIDADES COM CASOS...23

PREVALÊNCIA DA DOENÇA DE CHAGAS NA MICRORREGIÃO DO VALE DO PIANCÓ-PARAÍBA/BRASIL CRISTIANY ALVES RODRIGUES¹, EDNALDO QUEIROGA DE LIMA², EDEVALDO DA SILVA³ 1- Graduanda em Ciências Biológicas, pela Universidade Federal de Campina Grande Campus de Patos. 2- Professor da Universidade Federal de Campina Grande Campus Patos. Farmacêutico- Bioquímico. 3- Professor da Universidade Federal de Campina Grande Campus Patos. Químico. Resumo O objetivo deste trabalho é avaliar a prevalência da Doença de Chagas no período de 2002 a 2014 nos municípios de maior incidência da microrregião do Piancó, Paraíba-Brasil. O estudo foi realizado através da coleta de dados, sobre a estimativa de casos da doença de chagas, no Laboratório Municipal de Saúde Pública Drª Maria Dilva Carlos Diniz, da cidade de Patos/PB, e foi utilizado o software Microsoft Excel, onde os resultados foram reportados em gráficos. Do total de casos positivos encontrados durante os anos pesquisados obtemos que as maiorias dos casos se concentram em Olho d Água e Coremas, onde estas cidades tem mais de 50% dos casos registrados, a faixa etária predominante da doença foi entre 50-58 anos. Todos os casos registrados no laboratório são de pacientes que se encontravam na fase crônica da doença. A doença de chagas ainda é uma realidade na sociedade, onde o sexo masculino tem o maior índice dessa doença. Palavras-chaves: Incidência, Pesquisa, Casos.

Abstract The objective of this study is to evaluate the prevalence of Chagas disease in the period from 2002 to 2014 in the municipalities of greater incidence of micro-region Piancó, Paraíba, Brazil. The study was conducted through data collection of the estimated cases of Chagas disease, at the Municipal Laboratory of Public Health Dr. Maria Dilva Carlos Diniz, the city of Patos / PB, and we used the Microsoft Excel software, where the results were reported in graphics. The total number of positive cases found during the years surveyed, we find that the majority of cases are concentrated in Olho d Água and Coremas where these cities have more than 50% of reported cases, the age distribution of the disease was between 50-58 years. All cases reported in the laboratory are of patients who were in the chronic phase of the disease. The Chagas disease is still a reality in society where males have the highest rate of this disease. Keywords: Incidence, Research, Cases.

9 1 Introdução A doença de chagas é transmitida pelo parasita Trypanossoma cruzi sendo descrita por Carlos Chagas em 1909. Atualmente a sua incidência é registrada em pessoas que moram tanto na zona rural como na zona urbana, pois o padrão epidemiológico da doença vem mudando devido ao movimento migratório que começou nos anos de 1970 e 1980, sendo assim, uma doença tanto rural quanto urbana (1). De agosto de 1909, ano que a doença foi descrita pela primeira vez, até os dias atuais, houve um grande avanço no seu controle, diagnóstico e tratamento, (2). O parasita Trypanossoma cruzi infecta os seres humanos e diversas espécies de diferentes ordens e vários fatores influenciam na sua transmissão. O parasita pode apresentar a maior diversidade de hospedeiros vertebrados e em toda a América são centenas de espécies infectadas entre gambás e outros animais silvestres (1). Por vários anos pesquisadores e o ministério da saúde buscam alertar sobre suas formas de contagio e seus sintomas, para que haja controle epidemiológico e baixa taxa de mortalidade da doença de Chagas. A doença tem ampla distribuição geográfica nas Américas, vai desde o centrooeste do México até o extremo sul do Chile e Argentina (3). E dados relatam que a doença de chagas afeta cerca de 18 milhões de pessoas na América Latina, e ao decorrer do tempo houve uma diminuição da sua incidência no Brasil, mesmo assim ela ainda é um problema de Saúde Pública no País (4). Muitos dados mostram que o Brasil é o principal país na produção científica sobre a doença de chagas, e ele é o maior produtor do medicamento, assim mostrando preocupação de se aprender mais sobre ela e combatendo a mesma, para que não venha ser mais um agravante para a saúde humana; e para um melhor estudo dos fatores desses índices ainda alarmantes da doença de chagas, há uma exploração do Trypanosoma cruzi, para se ter mais êxito contra esse parasito, sabendo sua morfologia, seu ciclo biológico, suas profilaxias, suas transmissões entre outros aspectos. Sabe-se que a doença de chagas tem duas fases que são a fase aguda e a crônica, onde geralmente a fase aguda dura dois meses e a fase crônica dura toda a vida do indivíduo. A forma aguda é o mais comum das fases, onde os sintomas costumam aparecer entre o 5º e o 14º dia após a picada do vetor, onde o paciente poderá apresentar febre, mal-estar, cefaleia, edema e anorexia. Na fase crônica o portador da doença na

10 maioria apresenta-se assintomático e assim permanecerá ao longo da vida (5). A transmissão do parasito para o ser humano ocorre por meio dos triatomíneos, porém eles só transmitem o parasito se estiverem infectados. As espécies de triatomíneos que tem importância na transmissão da doença aqui são o Triatoma brasiliensis, Panstrongylus megistus, Triatoma infestans entre outros. Os tipos mais habituais da transmissão da doença de chagas são o vetorial, transfusional, a congênita e por via oral. A transmissão vetorial se dá pelo contato do ser humano com as fezes contaminadas dos triatomíneos, a transfusional se dá pela transmissão dos triatomíneos através da trasnfusão sanguínea, a transmissão congênita se dá em qualquer fase da gestação, e a por via oral ocorre quando o ser humano ingere um alimento contaminado pelos triatomíneos. O controle nos bancos de sangue, junto com melhorias nas habitações, educação, e informação da população sobre saúde e prevenção pode-se dizer que são medidas muito eficientes para evitar transmissão e a disseminação da doença (6). Essa pesquisa é importante, pois mostrará o quadro da doença de chagas nos últimos anos na microrregião do Vale do Piancó, as cidades com os maiores índices da doença e em que sexo ela vem predominando nesse tempo. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a prevalência da doença de chagas no período de Janeiro de 2002 a Novembro de 2014 nos municípios de maior incidência da microrregião do Vale do Piancó, Paraíba, Brasil.

11 2 Material e métodos 2.1 Coleta de dados O trabalho foi realizado através da coleta de dados dos resultados de exames parasitológicos, onde os resultados estavam registrados no Laboratório Municipal de Saúde Pública Drª Maria Dilva Carlos Diniz, da cidade de Patos/PB. Os dados foram registrados por escrito na tipologia descritiva com abordagem quantitativa. Os resultados analisados foram referentes ao período de Janeiro de 2002 a novembro de 2014, ressaltando que nesse trabalho só foi coletado dados positivo referente à Doença de Chagas, onde esses casos foram analisados segundo o gênero, idade e ano. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva, utilizando o software Microsoft Excel 365, onde os resultados foram reportados em gráficos, sendo comparados com a literatura específica. 2.2 Área de estudo O estudo foi realizado com a coleta de dados em órgão público de saúde da cidade de Patos/PB referente à microrregião do Vale do Piancó, Paraíba, onde essa microrregião pode ser visualizada na Figura 1, e é constituída por 18 municípios: Aguiar, Boa Ventura, Conceição, Coremas, Curral Velho, Diamante, Ibiara, Igaracy, Itaporanga, Nova Olinda, Olho d água, Pedra Branca, Piancó, Santa Inês, Santana de Mangueira, Santana dos Garrotes, Serra Grande e São José de Caiana. FIGURA 1: Localização da microrregião do vale do Piancó. Fonte: Wikipédia

12 Nessa microrregião se terá foco em seis cidade onde foram encontrados os casos positivos da Doença de Chagas, essas cidades estão descritas na Tabela 1, onde esses dados foram adquiridos no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE (7). TABELA 1: Cidades com casos positivos da doença de Chagas Cidade População* Área Densidade demográfica Latitude Longitude (hab) (Km²) (hab/km²) Coremas 15.400 379,493 39,92 07º 00' 52" S 37º 56' 45" W Igaracy 6.200 192,260 32,02 07º 10' 50" S 38º 08' 55" W Olho d água 6.716 596,129 11,63 07º 13' 40" S 37º 45' 02" W Pedra Branca 3.791 112,933 32,95 07º 25' 38" S 38º 04' 03" W Piancó 15.929 564,735 27,38 07º 11' 53" S 37º 55' 45" W São J. de Caiana 6.206 176,327 34,08 07º 14' 55" S 38º 18' 03" W * População estimada para 2014. As secretárias das cidades com casos positivos mostrados nesse trabalho, geralmente não pedem os registros dos casos ao laboratório municipal de saúde de Patos, já que os pacientes estão na fase crônica os laboratórios municipais optam por não possuir tais registros para evitar acumulo, pois os casos na fase aguda tem uma significativa maior de arquivo.

Número de casos 13 3 Resultados e Discussão Foram levados em consideração os registros positivos dos casos listados durante a data já especificada. Na Figura 2 foi realizada a comparação dos casos encontrados entre as cidades, sendo observado que a cidade de Olho d Água tem o maior índice de casos na região do vale. Também se percebeu o fato do sexo masculino terem o maior número de casos positivos registrados, onde esse total de casos encontrados é semelhante ao resultado do trabalho feito no município de Inhumas/GO, onde dos 8759 doadores de sangue no período de Janeiro de 2005 a Dezembro de 2009, 9 (0,11%) doadores foram considerados portadores do mal de chagas, e entre os positivos, 8 pertenciam ao sexo masculino e apenas 1 ao sexo feminino(8). Figura 2- Comparação dos números de casos nas cidades do Vale do Piancó. 25 20 24 22 Total de casos Masculino Feminino 15 10 14 16 5 0 6 6 Olho d' Água 3 8 Coremas Piancó Pedra Branca 8 Cidades 2 1 1 2 2 0 1 1 0 S.J. de Caiana Igaracy Durante a coleta de dados notou-se a falta de registro completo dos pacientes, nas cidades de Olho d Água e Coremas, faltando à descrição de sexo dos pacientes e em casos também não relatando a idade, assim dificultando saber o verdadeiro índice da doença entre os sexos masculino e feminino.

23-31 32-40 41-49 50-58 59-67 68-76 Total de casos 14 A maioria das ações de saúde para o controle da doença de chagas no Brasil compete aos níveis municipais e estaduais (9). Então cobrando deles uma melhor triagem dos pacientes, evitaria erros, como os encontrados nesse trabalho. Na Figura 3 nota-se que há prevalência maior da doença entre 50 e 58 anos, mostrando semelhança com o resultado encontrado no trabalho feito em Araraquara, no estado de São Paulo, essa pesquisa mostra que o maior índice de portadores da doença de chagas é na faixa etária entre 51 e 60 anos (10). No trabalho realizado em Monte Negro, Rondônia, o resultado obtido foi que dos 3% de pacientes que apresentaram o T. cruzi tinham idade média superior aos 50 anos (11), onde pode-se ver semelhança ao dado encontrado na Figura 3. Figura 3- Prevalência de casos positivos de acordo com a idade dos pacientes. 30,0 25,0 27,5 20,0 15,0 10,0 12,5 22,5 20,0 15,0 5,0 0,0 2,5 Idade A doença de Chagas reflete um dos resultados das alterações produzidas pelo homem no ambiente, de suas distorções e imposições sociais. Então para se ter uma redução no índice da doença de Chagas na população, ações socioeducativas e estruturais podem ser tomadas, como por exemplo, sistema de esgoto eficiente, utilização de programas sociais na área de educação sanitária, ambiental e de saúde (12).

15 Na Figura 4 foi realizada a caracterização dos dados referentes aos anos com casos positivos na microrregião do Vale do Piancó, onde nota-se que os anos de maior incidência da doença foram em 2004 e 2008. Também nota-se na Figura 4 o crescente número de casos em 2014, assim deixando claro que o problema da doença de chagas está longe de se acabar, como mostra no trabalho feito no município de Coração de Jesus/MG, onde os dados coletados no laboratório local nos períodos de Janeiro de 2012 á Janeiro de 2014 revela o aumento da prevalência da doença nos últimos anos (13). Figura 4- Valor em porcentagem dos números de casos positivos encontradas por ano. 2012 5% 2013 3% 2009 9% 2011 3% 2010 3% 2004 28% 2002 10% 2014 11% 2003 12% 2008 16% Todos os pacientes do estudo estavam na fase crônica da infecção pelo T. cruzi. Onde a doença de Chagas crônica pode apresentar três formas: indeterminada, cardíaca e digestiva, onde as formas prevalentes, no ser humano são a cardiopatia e colopatias chagásicas, a primeira forma citada é a maior responsável por causar morte. O diagnóstico na fase crônica baseia-se na presença de anticorpos anti-t. cruzi nas pessoas infectadas (3). Então para diagnosticar o exame que deve ser feito, é o exame sorológico, pois é o mais eficaz no diagnóstico dessa fase. Esse exame é realizado usando um teste de alta sensibilidade, por exemplo, os testes hemaglutinação indireta (HAI), imunofluorescência indireta (IFI) e enzimaimunoensaio (Elisa). O indivíduo infectado na fase crônica apresenta anticorpos anti-t. cruzi da classe IgG.

16 Apesar de já se ter conquistas referentes ao combate da doença de chagas, como a realização de triagem sorológica em 100% dos bancos de sangue e do guia de vigilância, prevenção e manejo clínico da doença de chagas por transmissão alimentar, os desafios que a doença traz são diversos, pois mesmo afetando milhões de latino americanos observa-se baixo interesse de grandes empresas internacionais no desenvolvimento de fármacos específicos para a doença (14). E para melhor combater a transmissão desta doença várias medidas devem ser tomadas como combater aos triatomíneos, fazer melhoria das habitações rurais e urbanas, medidas de educação sanitária, controle do banco de sangue, fortalecer a vigilância sanitária na cadeia de extração, produção e comercialização do açaí, entre outras. Para se ter um melhor empenho no combate a doença, tem que aumentar o número de pesquisas de novas drogas para combater a doença, criar mecanismos de acompanhamento dos casos positivos para T. cruzi na triagem sorológica dos hemocentros.

17 4 Conclusão Os resultados obtidos por essa pesquisa mostram que a doença de chagas ainda é um problema atual, os números de casos positivos na região do Vale do Piancó chegam a ser significantes nas cidades de Olho d água e Coremas, sendo as demais de menores incidências durante os anos 2002 a 2014. A casuística da doença chagas foi mais presente no sexo masculino, e a faixa etária com mais casos no presente trabalho está entre 50 e 58 anos. Os resultados da pesquisa foram similares aos resultados reportados para outras regiões pesquisadas no Brasil.

18 5 Referências Bibliográficas 1-MALTA, J. Doença de Chagas São Paulo: SARVIER, 1996. 2-OLIVEIRA, Claudia Di Lorenzo. Reatividade para a doença de Chagas: a importância de estudos locais. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. [online]. 2009, v. 31, n. 5, p. 303-303. 3-GURGEL, C. B. F. M.; ALMEIDA, Eros Antonio de. Frequência da hipertensão arterial em chagásicos crônicos e sua repercussão no coração: estudo clínico e anatomopatológico. Arq Bras Cardiol, v. 89, n. 3, p. 191-200, 2007. 4-FERREIRA, F. M.; VIEIRA, I. F. et al. Doença de Chagas. J. Bras. Med; 66(3): 52-53, 56-58, 60-61, mar. 1994. 5-KIELING, C.; MACHADO, A.R.L. Doença de Chagas. In: DUNCAN, B.B. et al. Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. Porto Alegre: Artmed 3ª. ed, 2004 Cap. 162. 6-FERNANDES, Helena Maria. Índice de triatomíneos positivos para Trypanosoma cruzi, em Monte Carmelo (MG), no período de 2005 a 2009. Revista GeTeC, v. 1, n. 1, 2013. 7- IBGE. Instituto brasileiro de geografia e estatíscas. Censo Demográfico 2010. Disponível em: http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/uf.php?lang=&coduf=25&search=paraiba Acesso em:17/01/2015. 8-DE SOUZA, Victor Silva Olinto; ANÁPOLIS, Junho. Prevalência da Doença de Chagas em doadores de sangue no Hemocentro de Inhumas-. GO. 2011. 9- DIAS, João CP et al. Doença de Chagas e transfusão de sangue no Brasil: vigilância e desafios. Rev. bras. hematol. hemoter, v. 28, n. 2, p. 83-84, 2006. 10- MOTA, Jurema Corrêa da et al. Estimativa de taxa de mortalidade e taxa de incidência de sequelas cardíacas e digestivas por doença de Chagas no Brasil, 2008. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 23, n. 4, p. 711-720, 2014. 11-MASSARO, Débora Cristina; REZENDE, Denise Silva and CAMARGO, Luis Marcelo Aranha. Estudo da fauna de triatomíneos e da ocorrência de doença de Chagas em

19 Monte Negro, Rondônia, Brasil. Rev. bras. epidemiol. [online]. 2008, v.11, n. 2, p. 228-240. 12- DELLA PIAZZA, Fabio José et al. Prevalência de Infecção Chagásica em Pacientes que Procuram o CML com Solicitação Médica em Comparação aos Doadores Voluntários de Sangue. News Lab, Ed 85, 2007. 13- DE ALMEIDA BRASIL, Rafael Gomes et al. Análise da soroprevalência da Doença de Chagas em uma cidade do norte de Minas Gerais durante o período de 2012 a 2014. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 12, n. 2, p. 734-742, 2014. 14- JUSTINO, André Luís Andrade et al. Doença de Chagas aguda, do risco ao medo. 2007. 15- NEVES, David P. et al. Parasitologia Humana. 11ª. Edição, Ed. São Paulo: Atheneu, 2005.

ANEXOS 20

21 Normas para publicação Revista NEWSLAB Informações aos autores O objetivo da Newslab é publicar bimestralmente editoriais, artigos originais, relatos de casos, revisões, casos educacionais, resumos de teses etc. Os editores levarão em consideração para publicação toda e qualquer contribuição que possua correlação com as análises clínicas, a patologia clínica e a hematologia. Todas as contribuições serão revisadas e analisadas pelos revisores. Os autores deverão todo e qualquer conflito de interesse existente, em particular àqueles de natureza financeira relativo a companhias interessadas ou envolvidas em produtos ou processos que estejam relacionados com a contribuição e o manuscrito apresentado. Todas as contribuições deverão ser enviadas ao editor, no seguinte endereço eletrônico: redacao@newslab.com.br aos cuidados de Andrea Manograsso. Os manuscritos deverão ser escritos em português com Abstract em inglês. A fonte utilizada é Times New Roman, corpo 12, entrelinha 1,5. As fotos e ilustrações devem ter uma resolução do escaneamento de 300 dpi s. A Newslab publica fotos coloridas sem ônus algum. Os manuscritos deverão estar ordenados em título, nome e sobrenomes completos dos autores e nome da instituição onde o estudo foi realizado. Além disso, o nome do autor correspondente, com endereço completo fone/fax e e-mail também deverão constar. Seguindo por resumo, palavras-chave, abstract, Key words, texto e agradecimentos, referência bibliográficas, tabelas e legendas. Os artigos deverão conter resumo, abstract detalhado, introdução, casuística ou material e métodos, resultados, discussão e referências bibliográficas. As revisões deverão estar divididas em resumo, abstract detalhado, introdução, texto, discussão e referências bibliográficas. Relatos de casos e casos educativos, após breve resumo, deverão conter abstract, texto introdutório, descrição do caso, comentários e referências bibliográficas. As referências deverão ser enumeradas de acordo com a ordem de entrada no texto, a partir de sua menção (estilo Vancouver). Elas deverão ser identificadas por números arábicos entre parênteses. Evite utilizar abstract como referências. Referências de contribuições ainda não publicadas deverão ser designadas como: no prelo ou in press.

22 Testes Sorológicos Teste de imunofluorescência indireta (IFI). É uma técnica muito sensível. Consiste: em fazer reagir sobre antígenos fixos em lâminas de microscópio, anticorpos do soro do paciente adicionados posteriormente do conjugado (anti-imunoglobulina marcada com substância fluorescente). A fluorescência pode ser visualizada por equipamento adequado adaptado ao microscópio, revelando a presença de anticorpos. A padronização dos reagentes (conjugados e antígenos) permite uma alta confiabilidade dos resultados. Os antígenos são homólogos e preparados a partir de formas epimastígotas de cultura na fase exponencial de crescimento. A IFI, bem como a HAI e a ELISA, apresentam resultados falso-positivos em casos de leishmanioses. Nestes pacientes, as reações com antígenos homólogos de Leishmania sp. costumam apresentar títulos mais elevados que as heterólogas com T cruzi. É possível afastar estas reações cruzadas por processos simples de absorção seletiva, ou inibição de anticorpos de grupo. Por detectar classes específicas de anticorpos, a IFI é especialmente indicada para o diagnóstico de fase aguda (natural, acidental ou transfusional) e transmissão congênita mediante a pesquisa de IgM que está presente nas infecções agudas e que não atravessa a placenta. Teste de hemaglutinação indireta (HAI). É uma técnica muito simples e sensível (mais de 90%), muito utilizada para o diagnóstico de fase aguda e crônica. O antígeno é obtido de formas de cultura do parasito por vários métodos de preparação. Consiste em fazer atuar sobre hemácias sensibilizadas com antígenos de T. cruzi o soro do paciente. Na presença de anticorpos específicos, ocorre aglutinação da preparação. A reação pode ser feita em placas, com ou sem automatização, e a leitura dispensa qualquer aparelhagem. Enzime-linked-immunosorbent-assay( ELISA). Este é um método imunoenzimático cujo mecanismo de reação é semelhante a IFI, porém o conjugado é marcado com uma enzima. A interação da enzima com o substrato adequado dá cor a reação, o que permite a leitura com espectrofotômetro adequado para leitura em placas. Por permitir a pesquisa de classes específicas de anticorpos, tem as mesmas aplicações da IFI. Esta técnica oferece vantagens em relação às demais técnicas sorológicas, por permitir a realização de um grande número de testes de uma só vez e uma completa automatização. Os resultados indicam ser esta técnica mais sensível que a IFI.

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