MBA Contabilidade e Finanças - Itaú Turma 3

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Transcrição:

MBA Contabilidade e Finanças - Itaú Turma 3 Relatórios Financeiros de Instituições Financeiras Profª Diana Almeida Setembro/2016

Prof a Diana Almeida Admin. Empresas Terceiro emprego Doutorado em Contabilidade Primeiro emprego Mestrado em Contabilidade Ciências Contábeis MBA Gestão de Controladoria, Auditoria e Tributos Professora em cursos de pósgraduação da FIPECAFI e FECAP Professora de graduação na FGV Co-autora do livro Contabilidade a valor justo IFRS 13 Ed. Saint Paul Intercâmbio Cultural Segundo emprego Prof a Diana Almeida p. 2

Trabalho em grupo: 1 2 3 13/10/2016 18/10/2016 13/10/2016 Entrega: 07/out (23:59) 4 5 6 18/10/2016 13/10/2016 18/10/2016 Prof a Diana Almeida p. 3

Agenda: Pauta 1: Visão geral da análise de demonstrações contábeis Estrutura básica das demonstrações contábeis de bancos Principais características das demonstrações de bancos Análise de bancos: aprendendo a fazer uma boa análise Entendendo o modelo de negócio e o modelo contábil Definição da entidade e do modelo contábil analisado A importância do relatório dos auditores Os dois grandes pilares na análise das demonstrações Principais indicadores aplicáveis aos bancos Pauta 2: Análise das demonstrações contábeis Análise crítica de demonstrações: casos em sala Apresentação dos seminários dos grupos

Estrutura básica: Balanço Patrimonial ATIVO CIRCULANTE: Disponibilidades Aplicações interfinanceiras liquidez TVM e Instrumentos derivativos Relações interfinanceiras Operações de crédito Outros créditos Outros Valores e Bens ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO: Aplicações interfinanceiras TVM e Instrumentos derivativos Outros créditos ATIVO PERMANENTE: Investimentos Imobilizado de Uso Ágio Intangível PASSIVO CIRCULANTE: Depósitos Captações no mercado aberto Recursos de aceites e emissão de títulos Relações interfinanceiras Relações interdependências Obrigações por Empréstimos e Repasses Instrumentos Derivativos Provisões Técnicas de Seguros, etc Outras Obrigações EXIGÍVEL A LONGO PRAZO: Depósitos Obrigações por Empr e Repasses PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Capital Social Reservas (capital, lucros) Ajuste de avaliação patrimonial Ações em tesouraria Prof a Diana Almeida p. 5

Estrutura básica: Demonstração de Resultado do Exercício Demonstração do Resultado (+) Receitas de Intermediação Financeira (-) Despesas de Intermediação Financeira (=) Resultado Bruto de Intermediação Financeira (+/-) Outras Receitas/Despesas Operacionais (=) Resultado Operacional (+/-) Resultado não Operacional (=) Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações (-) Imposto de Renda e Contribuição Social (-) Participações Estatutárias sobre o Lucro (=) Lucro Líquido (prejuízo) Apresenta as receitas e despesas dentro do período (dinâmico) Prof a Diana Almeida p. 6

Estrutura básica: Demonstração das Mutações do PL Início do ano Final do ano ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ATIVO PERMANENTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO: ATIVO PERMANENTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Variações no PL Capital Social Reservas (capital, lucros) Ajuste de Avaliação patrimonial Ações em Tesouraria Lucros (Prejuízos) Acumulados Prof a Diana Almeida p. 7

Estrutura básica: Demonstração das Mutações do PL Eventos Saldo no início do período Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Exercício Findo em xxxx Capital Social Reservas de Lucros Legal Estatutária Lucros ou prejuízos acumulados Total Saldo no final do período Apresenta as variações nas contas do patrimônio líquido dentro do período (dinâmico) Prof a Diana Almeida p. 8

Estrutura básica: Demonstração dos Fluxos de Caixa Método direto Recebimentos de caixa (operações) menos Pagamentos de caixa (operações) igual Método indireto Lucro líquido mais/menos Ajuste Receitas/Despesas que não afetam caixa mais/menos Variações ativos/passivos (operações) igual Fluxo da caixa das atividades operacionais mais/menos Fluxo da caixa das atividades investimentos mais/menos Fluxo da caixa das atividades financiamento igual Variação em caixa e equivalentes de caixa Prof a Diana Almeida p. 9

Estrutura básica: Demonstração dos Fluxos de Caixa Demonstração dos Fluxos de Caixa Fluxo de Caixa das atividades operacionais Ano XX Caixa gerado/(consumido) nas atividades operacionais Fluxo de Caixa das atividades de investimento Caixa gerado/(consumido) nas atividades de investimento Fluxo de Caixa das atividades de financiamento Caixa gerado/(consumido) nas atividades de financiamento Aumento/ (Redução) líquida de caixa e equivalentes de caixa Saldo Inicial de Caixa e Equivalente de Caixa Saldo Final de Caixa e Equivalente de Caixa Variação no caixa e equivalente de caixa Evidencia as variações do saldo de caixa e equivalentes de caixa de cada período (dinâmico) Prof a Diana Almeida p. 10

Estrutura básica: Notas Explicativas Explicação ou detalhe acerca dos elementos apresentados nas demonstrações contábeis Permitir ao leitor uma compreensão adequada da situação e evolução patrimonial da entidade Prof a Diana Almeida p. 11

Principais características das demonstrações contábeis de bancos Antes de analisar as demonstrações financeiras de bancos, precisamos entender como eles funcionam: Indivíduos Empresas Governo Indivíduos Empresas Governo Fontes do recurso: Depósitos Títulos emitidos Empréstimos Custo (Ki) Rendimento (Ka) Aplicação do recurso: Empréstimos Investimento em TVM Prof a Diana Almeida p. 12

Principais características das demonstrações contábeis de bancos APLICAÇÃO DO RECURSO (Operação Ativa) Poupador Tomador FONTE DE RECURSOS (CAPTAÇÃO) Operação Passiva Prof a Diana Almeida p. 13

Principais características das demonstrações contábeis de bancos Taxa de juros recebida pelo banco Taxa de juros paga na captação de recursos Despesas Operacionais Depósitos compulsórios Impostos Inadimplência Margem de lucro Rendimento (Ka) Custo (Ki) Spread Demonstração do Resultado (+) Receitas de Intermediação Financeira (-) Despesas de Intermediação Financeira (=) Resultado Bruto de Intermediação Financeira (+/-) Outras Receitas/Despesas Operacionais (=) Resultado Operacional (-) Imposto de Renda e Contribuição Social (=) Lucro Líquido (prejuízo) Prof a Diana Almeida p. 14

Aprendendo a fazer uma boa análise Prof a Diana Almeida p. 15

Aprendendo a fazer uma boa análise Saber ler! Atentar para mensagens nas entrelinhas Conhecer o negócio e a sua contabilidade Conhecer o modelo contábil Leitura pura, sem cálculos Conhecer o negócio Uso de indicadores para refinamento Prof a Diana Almeida p. 16

Entendendo o modelo de negócio Ativo 31/12/2015 31/12/2014 Passivo 31/12/2015 31/12/2014 Disponibilidades 18.544 17.527 Depósitos 292.610 294.773 Depósitos Compulsórios no Bacen 66.556 63.106 Captações Mercado Aberto 336.643 288.683 Aplicações Depósitos Interfinanceiros 30.525 23.081 Passivos Financeiros Mantidos para Neg. 412 520 Aplicações Mercado Aberto 254.404 208.918 Derivativos 31.071 17.350 Ativos Financeiros (Negociação) 191.708 147.833 Recursos Mercados Interbancários 156.886 122.586 Ativos Financeiros (DPV) 86.045 78.360 Recursos de Mercados Institucionais 93.918 73.242 Ativos Financeiros (MAV) 42.185 34.434 Outros Passivos Financeiros 68.715 71.492 Operações de Crédito 447.404 430.039 Provisão de Seguros e Previdência Privada 129.305 109.778 Outros Ativos Financeiros 53.506 53.649 Passivos de Planos de Capitalização 3.044 3.010 Investimentos em Empresas não Consolid. 4.399 4.090 Provisões 18.994 17.027 Imobilizado, Líquido 8.541 8.711 Obrigações Fiscais 4.971 4.465 Ativos Intangíveis, Líquido 8.352 8.095 Outros Passivos 25.787 23.660 Ativos Fiscais 52.149 35.243 Participação de não controladores 1.807 1.357 Bens Destinados a Venda 486 196 Outros Ativos 11.611 13.921 Patrimônio Líquido 112.252 99.260 Total 1.276.415 1.127.203 Total Passivo + Patrimônio Líquido 1.276.415 1.127.203 2015 2014 Receita de juros e rendimentos 147.789 120.115 Despesas de juros e rendimentos (75.064) (72.977) Receita de dividendos 98 215 Ganhos ou perdas em títulos e derivativos (11.862) (724) Resultado de Oper. de Câmbio e Var. Cambial (6.353) 9.644 Receita de Prestação de Serviços 29.452 26.342 Resultado de Operações de Seg., Prev. e Cap. 6.672 6.888 Outras receitas 1.279 2.154 Perdas com créditos e sinistros (21.335) (15.801) Produto bancário líquido de perdas 70.676 75.856 Despesas Gerais e Administrativas (47.626) (42.550) Despesas Tributárias (5.405) (5.063) Resultado de Participação em outras entidades 620 565 Lucro líquido antes do impostos 18.265 28.808 Imp. Renda e Contribuição Social Correntes (8.965) (7.209) Imp. Renda e Contribuição Social Diferidos 16.856 262 Lucro Líquido 26.156 21.861 Qual é seu negócio? Prof a Diana Almeida p. 17

Entendendo o modelo de negócio Prof a Diana Almeida p. 18

Entendendo o modelo contábil BRGAAP (COSIF) IFRS Qual modelo contábil será analisado? Prof a Diana Almeida p. 19

Determinando a entidade a ser analisada Qual entidade será analisada? O patrimônio é o objeto da contabilidade e ele pertence à entidade. Portanto, ao definir a entidade, estamos definindo o patrimônio que será analisado. Prof a Diana Almeida p. 20

Entidade e Modelo contábil: Consolidado Itaú Unibanco Holding S.A (IFRS) Prof a Diana Almeida p. 21

A importância do relatório dos auditores independentes Não perca tempo analisando uma demonstração financeira sem antes ler o relatório do auditor! 1 2 3 4 Abrangência da auditoria: quais demonstrações foram analisadas. Responsabilidade da administração: deixa evidente a responsabilidade pela elaboração das demonstrações. Responsabilidade dos auditores: detalha a responsabilidade assumida pelo auditor independente. Parágrafo da opinião: opinião emitida pelo auditor acerca das demonstrações financeiras auditadas. Prof a Diana Almeida p. 22

Tipos de opinião de auditoria Opinião limpa Opinião modificada Opinião de que as demonstrações financeiras estão adequadas. Opinião com ressalva: auditor concorda com tudo, exceto algum aspecto. Opinião adversa: quando há distorções relevantes e generalizadas. Abstenção de opinião: auditor não obteve evidência de auditoria suficiente para suportar sua opinião. Prof a Diana Almeida p. 23

Relatório da auditoria independente: exemplos Prof a Diana Almeida p. 24

Relatório da auditoria independente: exemplos Prof a Diana Almeida p. 25

Relatório da auditoria independente: exemplos Prof a Diana Almeida p. 26

Relatório da auditoria independente: exemplos Prof a Diana Almeida p. 27

Relatório da auditoria independente: exemplos Prof a Diana Almeida p. 28

Os dois pilares fundamentais para a análise das demonstrações Liquidez Rentabilidade Prof a Diana Almeida p. 29

Gestão de liquidez Aplicações de Recursos Fonte de Recursos O QUE EU TENHO Ativo Bens e direitos possuídos por uma empresa em determinada data Passivo Obrigações da empresa em relação a terceiros Patrimônio Líquido O QUE EU DEVO Liquidez Risco Liquidez Objetivo do BP: Demonstrar o equilíbrio na gestão de liquidez Prof a Diana Almeida p. 30

Rentabilidade Maximização de riqueza Demonstração do Resultado (+) Receitas de Intermediação Financeira (-) Despesas de Intermediação Financeira (=) Resultado Bruto de Intermediação Financeira (+/-) Outras Receitas/Despesas Operacionais (=) Resultado Operacional (-) Imposto de Renda e Contribuição Social (=) Lucro Líquido (prejuízo) Objetivo da DRE: Demonstrar o desempenho econômico Prof a Diana Almeida p. 31

Principais indicadores e critérios para análise de bancos Índices de Liquidez e Solvência Rentabilidade Capital e risco Aspectos regulatórios Prof a Diana Almeida p. 32

Indicadores e critérios de análise de bancos Índices de Liquidez e Solvência Recursos próprios da entidade oferecidos ao risco de sua atividade Ativos > Passivos Capacidade financeira de gerar caixa de modo a atender adequadamente as obrigações financeiras da entidade Prof a Diana Almeida p. 33

Indicadores de Liquidez e Solvência Encaixe voluntário EV Disponibil Depósitos idades a vista Capacidade financeira imediata de cobrir saques contra depósitos (valores mais elevados promovem mais segurança, porém comprometem rentabilidade) Prof a Diana Almeida p. 34

Indicadores de Liquidez e Solvência Liquidez imediata LI Disponib Aplic Interf Liquidez Depósitos a vista Capacidade financeira de todos os recursos disponíveis para cobrir saques contra depósitos (apresenta-se mais favorável quanto maior que 1) Prof a Diana Almeida p. 35

Indicadores de Liquidez e Solvência Índice Empréstimos/ Depósitos IED Operações de Crédito Depósitos Indica quanto dos depósitos captados foi concedido na forma de crédito (quanto maior, menor a capacidade em atender eventuais saques) Prof a Diana Almeida p. 36

Indicadores de Liquidez e Solvência Capital de giro próprio CGP PL Ativo Permanente Indica os recursos próprios da entidade que estão financiando suas operações ativas (parâmetro de segurança do banco, por indicar recursos do próprio banco para financiar operações ativas) Prof a Diana Almeida p. 37

Indicadores de Liquidez e Solvência Participação dos empréstimos PE Operações de crédito Ativo Total Indica a proporção do ativo total que está aplicada em operações de crédito (índices mais elevados representam menor liquidez, porém contribuem para o incremento dos resultados operacionais) Prof a Diana Almeida p. 38

Indicadores e critérios de análise de bancos Rentabilidade Desempenho Econômico: maximização da riqueza dos proprietários da entidade Prof a Diana Almeida p. 39

Indicadores de Rentabilidade Qual PL usar? Houve aumento de capital? E distribuição de dividendos? ROE Retorno sobre o PL Lucro Líquido Patrimôni o Líquido Ganho percentual auferido pelos proprietários como consequência das margens de lucro, eficiência operacional, alavancagem e planejamento eficiente dos negócios Prof a Diana Almeida p. 40

Exemplo hipotético 1 Ano 1 Ano 2 Eventos ano 2: 01/01/X2: Investimento 1.000 a 10% a.a. 01/07/X2: Aumento capital de 500 01/07/X2: Investimento 500 a 5% a.s. * Simplificação, assumir juros simples. PL ROE PL usado no ROE Lucro do exercício PL inicial 12,5% PL final 7,7% PL médio 9,5% PL ponderado 10% PL inicial (1.000*12,5%) + 500*(12,5%/2) = 156,30 PL final 11% (1.000*7,7%) + 500*(7,7%/2) = 96,30 PL médio (1.000*9,5%) + 500*(9,5%/2) = 118,80 PL ponderado (1.000*10,0%) + 500*(10,0%/2) = 125,00 Prof a Diana Almeida p. 41

Exemplo hipotético 2 Ano 1 Ano 2 Eventos ano 2: 01/01/X2: Investimento 1.000 a 10% a.a. 01/07/X2: Aumento capital de 500 01/07/X2: Investimento 500 a 7% a.s. * Simplificação, assumir juros simples. PL ROE PL usado no ROE Lucro do exercício PL inicial 13,5% PL final 8,3% PL médio 10,2% PL ponderado 10,8% PL inicial (1.000*13,5%) + 500*(13,5%/2) = 168,75 PL final (1.000*8,3%) + 500*(8,3%/2) = 103,75 PL médio (1.000*10,2%) + 500*(10,2%/2) = 127,50 PL ponderado (1.000*10,8%) + 500*(10,8%/2) = 135,00 Prof a Diana Almeida p. 42

Exemplo hipotético 3 Ano 1 Ano 2 Eventos ano 2: 01/01/X2: Investimento 1.000 a 10% a.a. * Simplificação, assumir juros simples. PL ROE PL usado no ROE Lucro do exercício PL inicial 10,0% PL final 9,1% PL médio 9,5% PL ponderado 10,0% PL inicial (1.000*10,0%) = 100,00 PL final (1.000*9,1%) = 91,00 PL médio (1.000*9,5%) = 95,00 PL ponderado (1.000*10,0%) = 100,00 Prof a Diana Almeida p. 43

Indicadores de Rentabilidade Retorno sobre o Ativo Qual ativo usar? ROA Lucro Líquido Ativ o Total Retorno auferido pelo capital (ativo) total investido Prof a Diana Almeida p. 44

Exemplo hipotético 1 Ano 1 Ano 2 Eventos ano 2: 01/01/X2: Investimento 1.000 a 10% a.a. 01/07/X2: Aumento capital de 500 01/07/X2: Investimento 500 a 5% a.s. * Simplificação, assumir juros simples. AT ROA AT usado no ROA Lucro do exercício AT inicial 12,5% AT final 7,7% AT médio 9,5% AT ponderado 10% AT inicial (1.000*12,5%)+(500*12,5%/2) = 156,3 AT final (1.000*7,7%)+(500*7,7%/2) = 96,2 11% AT médio (1.000*9,5%)+(500*9,5%/2) = 119,0 AT ponderado (1.000*10%)+(500*10%/2) = 125,0 Prof a Diana Almeida p. 45

Exemplo hipotético 2 Ano 1 Ano 2 Eventos ano 2: 01/01/X2: Investimento 1.000 a 10% a.a. 01/07/X2: Captação de 500 a 3% a.s 01/07/X2: Investimento 500 a 7% a.s. * Simplificação, assumir juros simples. AT ROA AT usado no ROA Lucro do exercício AT inicial 12,0% AT final 7,3% AT médio 9,1% AT ponderado 9,6% AT inicial (1.000*12%) + 500*(12%/2) = 150,0 AT final (1.000*7,3%) + 500*(7,3%/2) = 91,7 AT médio (1.000*9,1%) + 500*(9,1%/2) = 113,9 AT ponderado (1.000*9,6%) + 500*(9,6%/2) = 120,0 Prof a Diana Almeida p. 46

Exemplo hipotético 3 Ano 1 Ano 2 Eventos ano 2: 01/01/X2: Investimento 1.200 a 10% a.a. Passivo captado a 6% a.a. * Simplificação, assumir juros simples. AT ROA AT usado no ROA Lucro do exercício AT inicial 4,9% AT final 4,6% AT médio 4,8% AT ponderado 4,9% AT inicial (1.700*4,9%) = 84,0 AT final (1.700*4,6%) = 78,5 AT médio (1.700*4,8%) = 81,1 AT ponderado (1.700*4,9%) = 84,0 Prof a Diana Almeida p. 47

Indicadores de Rentabilidade Margem líquida ML Lucro Líquido Receita Intermed Financeira Indica quanto da receita de intermediação financeira sobra após a cobertura de todas as despesas da entidade Prof a Diana Almeida p. 48

Indicadores de Rentabilidade Margem Financeira MF Resultado Bruto de Interm Financeira Ativo Total Mede a margem financeira gerada por determinado ativo financeiro Prof a Diana Almeida p. 49

Indicadores de Rentabilidade Custo médio de captação CMC Despesas de Captação no Mercado Captação no mercado Indica a remuneração média paga nas captações no mercado Prof a Diana Almeida p. 50

Indicadores de Rentabilidade Retorno médio das operações de crédito RMOC Receita de Operações de Crédito Operações de Crédito Indica a remuneração média recebida pela carteira de crédito Prof a Diana Almeida p. 51

Indicadores de Rentabilidade Lucratividade dos Ativos LA Receita de Intermed Financeira Ativo Total Mede a taxa de remuneração gerada por determinado ativo financeiro Prof a Diana Almeida p. 52

Indicadores de Rentabilidade Juros Passivos JP Despesa de Intermed Financeira Passivo Total Mede a taxa de remuneração paga por determinado passivo financeiro Prof a Diana Almeida p. 53

Indicador de Produtividade Índice de Eficiência IE operac Despesas Operaciona is Receita de Intermedia ção Financeira Indica a estrutura operacional necessária para manter as atividades da entidade: quanto menor o índice, maior é a produtividade Prof a Diana Almeida p. 54

Indicadores e critérios de análise de bancos Montante de capital a ser mantido pela instituição financeira é dependente do risco assumido em seus negócios Capital e risco Prof a Diana Almeida p. 55

Indicadores de Capital e Risco Independência Financeira IF PL Ativ o Total Indica o grau de independência financeira em relação ao capital de terceiros* * Ignora riscos assumidos Prof a Diana Almeida p. 56

Indicadores de Capital e Risco Alavancagem da estrutura de capital AEC AT PL Indica o impacto do uso de capital de terceiros na geração de valor Prof a Diana Almeida p. 57

Indicadores de Capital e Risco Relação Capital/ Depositantes RCD PL Depósitos Indica o grau de independência financeira em relação ao capital de terceiros Prof a Diana Almeida p. 58

Indicadores de Capital e Risco Imobilização do capital próprio ICP AP PL Indica a proporção do patrimônio líquido que financia o ativo permanente Prof a Diana Almeida p. 59

Análise de sensibilidade - GAP Índice de Sensibilidade dos Juros GAP Ativos Sensíveis Passivos Sensíveis Indica a capacidade dos ativos sensíveis compensarem a variabilidade na taxa de juros de curto prazo Prof a Diana Almeida p. 60

Análise de sensibilidade - GAP Aplicações interfinanceiras TVM Operações de crédito Depósitos remunerados Captações mercado aberto Obrigações por empréstimos ATIVOS SENSÍVEIS PASSIVOS SENSÍVEIS ATIVOS NÃO SENSÍVEIS PASSIVOS NÃO SENSÍVEIS Encaixes em espécie Recursos em trânsito de terceiros Ativo Permanente Depósitos a vista Recursos em trânsito de terceiros Patrimônio Líquido Prof a Diana Almeida p. 61

Análise de sensibilidade - GAP Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 ATIVOS SENSÍVEIS PASSIVOS SENSÍVEIS ATIVOS SENSÍVEIS PASSIVOS SENSÍVEIS ATIVOS SENSÍVEIS PASSIVOS SENSÍVEIS ATIVOS NÃO SENSÍVEIS PASSIVOS NÃO SENSÍVEIS ATIVOS NÃO SENSÍVEIS PASSIVOS NÃO SENSÍVEIS ATIVOS NÃO SENSÍVEIS PASSIVOS NÃO SENSÍVEIS GAP > 1 GAP = 1 GAP < 1 Prof a Diana Almeida p. 62

Análise de sensibilidade - GAP Ativos Sensíveis $ Passivos Sensíveis $ Aplicação interfinanceira de liquidez 5.575 Depósitos remunerados 11.528 Títulos e Valores Mobiliários 4.013 Captações mercado aberto 1.966 Operações de crédito 10.828 Obrigações por empréstimos e repasses 6.222 Aceites e emissões de títulos 1.320 Total 20.416 Total 21.036 GAP Ativos Sensíveis Passivos Sensíveis 20.416 21.036 0,97 GAP próximo 1,0: margem financeira preservada diante de flutuações dos juros de curto prazo Prof a Diana Almeida p. 63

Qualidade da carteira de crédito Índice de inadimplência II 90dias Créditos vencidos 90dias Total bruto da carteira de cré dito Índice de provisionamento Indicam a qualidade da carteira de crédito IP PCLD Total bruto da carteira de crédito Prof a Diana Almeida p. 64

Taxa de reinvestimento do lucro e limite de expansão Taxa de reinvestimento do lucro TRL LL dividendos PL Indica a parcela do resultado que foi reinvestida nas operações da entidade Prof a Diana Almeida p. 65

Taxa de reinvestimento do lucro e limite de expansão Limite de expansão LE LL dividendos Ativo Total Indica a expansão máxima dos ativos passíveis de serem financiados por capital próprio Prof a Diana Almeida p. 66

Indicadores e critérios de análise de bancos Medidas preventivas para assegurar a solidez e estabilidade do Sistema Financeiro Nacional Aspectos regulatórios Prof a Diana Almeida p. 67

Aspectos regulatórios Índice de Basiléia IB PR RWA Requerimento mínimo de capital baseado em recomendações internacionais emitidas pelo Comitê de Basiléia (BCBS) Até 2015 2016 2017 2018 2019 11% 10,5% a 11,125% 10,5% a 11,75% 10,5% a 12,375% 10,5% a 13% Prof a Diana Almeida p. 68

Aspectos regulatórios Liquidez Curto Prazo A partir out/15 LCR HQLA Saídas líquidas previstas * HQLA: Ativos de alta liquidez ** Saídas líquidas previstas nos próximos 30 dias, em cenário de estresse Evidencia que a instituição possui liquidez para resistir a um cenário de estresse financeiro agudo 2015 2016 2017 2018 2019 60% 70% 80% 90% 100% Prof a Diana Almeida p. 69

Homework Próxima aula Analisar os balanços dos bancos (IFRS): Qual o lucro líquido de cada banco, em 2015? Quais são os itens de outros resultados abrangentes? Qual o total do lucro abrangente? Reflexão: Para analisar a rentabilidade, devo usar o lucro líquido ou o abrangente? Prof a Diana Almeida p. 70

Prof a Diana Almeida diana.almeida@fipecafi.org Prof a Diana Almeida p. 71