PROGRAMA LAIF AFD-CAF



Documentos relacionados
SEMINÁRIO PROJETO BÁSICO E PROJETO EXECUTIVO NAS CONTRATAÇÕES PÚBLICAS ASPECTOS TÉCNICOS SIURB

PLANO DIRETOR DE TRANSPORTE E MOBILIDADE DE BAURU - PLANMOB

DIRETORIA DE ENGENHARIA. ADMINISTRAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO Autorização para implantação de oleodutos.

PROJETO DE LEI Nº 70/2011. A CÂMARA MUNICIPAL DE IPATINGA aprova:

UniVap - FEAU CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Minoru Takatori ESTUDO PRELIMINAR

SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTOS DE ITAPIRA

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO

Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas

Autorização para implantação de Adutora de Água, de Emissário de Esgoto e Rede de Vinhaça.

Instruções Técnicas para Apresentação de Projetos de Bases de Apoio a Empresas Transportadoras de Cargas e Resíduos - Licença de Instalação (LI) -

GE.01/202.75/00889/01 GERAL GERAL ARQUITETURA / URBANISMO INFRAERO GE.01/202.75/00889/01 1 / 6 REVISÃO GERAL ARQ. CLAUDIA

Faixa de Domínio Solicitação para adequação/regularização de acesso

RESIDENCIAL SANTA MONICA MEMORIAL DESCRITIVO ANEXO I

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE

MEMORIAL DESCRITIVO. Projeto de Programação Visual Externa - Diversas Agências e Postos Bancários

PROGRAMA DE APOIO OPERACIONAL PARA SERVIÇOS DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E URBANISMO

ISF 219: PROJETO DE PASSARELA PARA PEDESTRES. O Projeto de passarela para pedestres será desenvolvido em duas fases:

6. ELABORAÇÃO DE PROJETO DE ORIENTAÇÃO DE DESTINO

Diretrizes para o Plano de Mobilidade Urbana 2015 da Cidade de São Paulo referentes à mobilidade a pé

PROCEDIMENTO DA QUALIDADE

ADMINISTRAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO Autorização para Implantação de Ductos para Petróleo, Combustíveis Derivados e Etanol.

RESOLUÇÃO CPA/SMPED 019/2014 PASSEIO PÚBLICO A Comissão Permanente de Acessibilidade CPA, em sua Reunião Ordinária, realizada em 28 de agosto de 2014.

MODELO DE CARTA-CONSULTA PAC 2 MOBILIDADE MÉDIAS CIDADES IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE

MEMO Nº 022/ENG/IFC/2010 Blumenau, 15 de julho de Do: Departamento de Engenharia do Instituto Federal Catarinense

LEI Nº 370, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2011 A CÂMARA MUNICIPAL DE CAFEARA APROVA E EU, PREFEITO DO MUNICÍPIO, SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Etapas para a Elaboração de Planos de Mobilidade Participativos. Nívea Oppermann Peixoto, Ms Coordenadora Desenvolvimento Urbano EMBARQ Brasil

CRITÉRIOS TÉCNICOS PARA AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE MOBILIDADE URBANA. Lúcia Maria Mendonça Santos Ministério das Cidades

ROTEIRO PARA A ELABORAÇÃO DO RAS - Obras de Telecomunicação

INSTRUÇÃO TÉCNICA 06 PROJETOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, COMUNICAÇÃO E SISTEMAS DE PREVENÇÃO DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Norma Técnica Interna SABESP NTS 024

DIRETRIZES DO CADASTRO TÉCNICO DE REDES DE ESGOTOS SANITÁRIOS

Flávio Ahmed CAU-RJ

LOCAIS DE TRABALHO COM QUALIDADE E PRODUTIVIDADE PROJETOS ARQUITETÔNICOS

INSTRUÇÕES TÉCNICAS PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - LICENÇA SIMPLIFICADA (LS)

PALAVRAS-CHAVE: Faixa de Domínio, linhas físicas de telecomunicações, cabos metálicos e fibras ópticas.

No meio urbano o desenvolvimento econômico passa pela relação entre os indivíduos, as edificações e os meios de deslocamento.

SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE COMAM DELIBERAÇÃO NORMATIVA Nº 12 DE 11 DE NOVEMBRO DE 1992

CAPÍTULO 01 INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE TRÁFEGO

Tema: Aprovação de Loteamentos Município de Franca. Palestrante: Nicola Rossano Costa

SINALIZAÇÃO HORIZONTAL. Profa. Mariana de Paiva

PROCEDIMENTO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE ARQUITETURA

Associação Matogrossense dos Municípios

GESTÃO DE PROJETOS PROCEDIMENTO

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

1. INTRODUÇÃO 2. DADOS DO EMPREENDEDOR:

Relatório de Vistoria Técnica com Cadastramento do Imóvel

Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso

ESPECIFICAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE URBANIZAÇÃO SUMÁRIO OBJETIVO DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ESCOPO PROCEDIMENTOS FORMAIS

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

ANEXO XIII - Termo de referência para contratação do projeto de redes de água. Avenida Professor Oscar Pereira

RELATÓRIO DE ESTÁGIO INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL-AERONÁUTICA. São José dos Campos, 17/02/ 2012.

SITUAÇÃO ENCONTRADA NO DF EM 2007

SEMINÁRIO DE PERÍCIAS

Prefeitura Municipal do Natal

ÍNDICE. Capítulo I...5. Do Sub-Sistema Viário Estrutural...5. Capítulo II...5. Do Sub-Sistema de Apoio...5 DISPOSIÇÕES FINAIS...6

Plano Diretor e Geral do Aeroporto e Requisitos para Aprovação do Projeto

RELATÓRIO TÉCNICO GESOL Nº 19/2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E VIAÇÃO DIVISÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA ANEXO XII - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Nº Nº Nº 1.2.8

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT

DRAFT. PROJETO DE MOBILIDADE URBANA DE MANAUS 6 de outubro de 2009

GRUPO DE TRABALHO DE INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE URBANA

NORMA DE PROCEDIMENTOS. Locação de imóveis

Políticas de integração para mobilidade urbana em cidades coordenadas por diferente modais Wagner Colombini Martins 20/09/2013

RESOLUÇÃO. Artigo 3º - O Plano de Implantação, Conteúdo Programático e demais características do referido Curso constam do respectivo Processo.

MODELO DE PROJETO BÁSICO AUDITORIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO DO IFAM [Subtítulo do documento]

TERMO DE REFERÊNCIA TR/001/12

Termo de Referência nº Antecedentes

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

Instruções Técnicas Licenciamento Prévio para Destinação Final de RESIDUOS DE FOSSA SÉPTICA

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE CONSULTORIA ESPECIALIZADA (PESSOA FÍSICA)

Serviços e Projetos em Engenharia para todos os segmentos.

Quinta-feira, 26 de Abril de 2007 Ano XIII - Edição N.: 2834 Diário Oficial do Município Poder Executivo Secretaria Municipal de Governo

SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E POLÍTICA URBANA

PROJETOS PADRÃO DO CIE

Publicada no D.O. de RESOLUÇÃO SEPLAG Nº 714 DE 13 DE JUNHO DE 2012

BANCO DE PROJETOS. A infra-estrutura dos Estados e Municípios necessita ser planejada;

Minuta de Termo de Referência

EXPLORAÇÃO COMERCIAL DE ATIVIDADE DE GUARDA VOLUMES

Diretrizes para o Plano de Mobilidade Urbana 2015 da Cidade de São Paulo referentes à mobilidade a pé

Diretoria de Informática TCE/RN 2012 PDTI PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO. Brivaldo Marinho - Consultor. Versão 1.0

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

SISTEMA DA GESTÃO AMBIENTAL SGA MANUAL CESBE S.A. ENGENHARIA E EMPREENDIMENTOS

ARCO - Associação Recreativa dos Correios. Sistema para Gerenciamento de Associações Recreativas Plano de Desenvolvimento de Software Versão <1.

Questionamento 3. Ano. Série. Nome do Aluno. Escola

ESCLARECIMENTO DE DÚVIDAS Nº 003/LCIC-2/ /05/2014 CONCORRÊNCIA Nº 004/DALC/SBCT/2014

GUIA DE CURSO. Tecnologia em Sistemas de Informação. Tecnologia em Desenvolvimento Web. Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas

SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTOS SANITÁRIOS PROJETO, IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DA ETE - ROTEIRO DO ESTUDO

CURSOS ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Procedimento para Serviços de Sondagem

Termo de Referência nº Antecedentes

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE PROJETOS

ANEXO VI ESPECIFICAÇÃO DO SISTEMA DE MONITORAMENTO E CONTROLE OPERACIONAL

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD VAGA

Transcrição:

PROGRAMA LAIF AFD-CAF TERMO DE REFERÊNCIA ELABORAÇÃO DE ANTEPROJETOS PARA CORREDORES DE TRANSPORTE COLETIVO DA CIDADE DE FORTALEZA (Fase I) Abril de 2015 1

Contenido ANTECEDENTES E INTRODUÇÃO... 3 CONTEXTUALIZAÇÃO... 5 OBJETIVO... 6 ETAPAS DE TRABALHO PARA ELABORAÇÃO DOS PROJETOS... 7 a. PLANO DE TRABALHO... 7 b. ANTEPROJETO... 7 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS... 10 a. LEVANTAMENTOS PRELIMINARES... 10 b. TOPOGRAFIA... 10 c. HIDROLOGIA... 11 d. GEOLOGIA E GEOTECNIA... 12 e. TERRAPLENAGEM... 12 f. GEOMÉTRICO... 13 g. URBANIZAÇÃO E PAISAGISMO... 13 h. SISTEMA VIÁRIO, OBRAS D ARTE CORRENTES E ESPECIAIS OAC e OAE... 14 i. ILUMINAÇÃO PÚBLICA E DE LUMINOTÉCNICA... 14 j. AUDITORIA DE SEGURANÇA VIÁRIA... 15 k. PROJETO DE TRÁFEGO DEFINIÇÃO DE CONCEPÇÕES VIÁRIAS... 15 l. ANTE-PROJETO DE SINALIZAÇÃO DE TRÁFEGO (HORIZONTAL, VERTICAL E SEMAFÓRICA) E DISPOSITIVO DE SEGURANÇA... 15 m. COMUNICAÇÃO VISUAL E SINALIZAÇÃO... 16 n. REMANEJAMENTO DE INTERFERÊNCIAS... 16 o. DESAPROPRIAÇÃO... 16 p. ANIMAÇÃO DIGITAL... 16 a. PRODUTOS DO ANTEPROJETO... 17 b. DEMAIS PRODUTOS... 17 FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS... 17 FISCALIZAÇÃO, ANÁLISE E APROVAÇÃO DOS PROJETOS... 18 DISPOSIÇÕES GERAIS... 19 EQUIPE TÉCNICA... 19 a. DESCRIÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA... 20 b. PREVISÃO DE ALOCAÇÃO... 21 PRAZOS... 21 FORMA DE PAGAMENTO... 21 ANEXO I... 23 PRINCIPAIS CARACTERIZAÇÕES... 24 DESCRIÇÃO DA PROPOSTA MÍNIMA... 25 LOCALIZAÇÃ DAS VIAS DA PROPOSTA... 27 2

ANTECEDENTES E INTRODUÇÃO O corredor planteado faz parte do atual Plano de Investimentos da Prefeitura, como um dos principais eixos do desenvolvimento das propostas do Plano de Transporte Urbano de Fortaleza (1999 com atualização em 2009) PTUF. O Plano em referência contempla a construção e funcionamento de 9 corredores BRT conforme o mapa abaixo. Neste mapa há quatro corredores já em processo de construção. BRT Washington Soares Para o caso específico do Corredor Washington Soares, os estudos prévios desde o anteprojeto até os projetos executivos serão financiados com fontes diferentes. Fundos LAIF-AFD, CAF, CAF (com fundos próprios do escritório de representação) e com fundos da Prefeitura de Fortaleza. Etapas de trabalho para elaboração de projetos Previamente à licitação e execução das obras do corredor proposto, os seguintes estudos deverão ser desenvolvidos em diferentes fases: Plano de trabalho Anteprojeto Projeto básico Projeto executivo Outros estudos complementares e/ou dispostos pela normativa Os projetos que serão desenvolvidos nas diferentes fases são: 3

Tabela 1: Estudos principais e Projetos Principais Estudos e Projetos Infraestrutura física do BRT/Vias Complementares ao BRT, Obras D arte Pontos/Estações de parada e passarelas Via, viaduto, ciclovias e calçadas Levantamentos Preliminares (x) (x) Topografia (x) (x) Hidrológicos Geológicos e geotécnicos (x) (x) Plano Operacional do Corredor Arquitetura (x) (x) Terraplenagem (x) - Geométrico (x) (x) Pavimentos (x) (x) Drenagem (x) (x) Urbanização e paisagismo (x) (x) Estruturas e fundações (x) (x) Obras-de-Arte Correntes e Especiais (x) (x) Instalações elétricas e sistema de proteção contra descargas atmosféricas (x) (x) Iluminação pública e luminotécnico (x) - Infraestrutura de telecomunicações, sonorização e Circuito Fechado de TV (x) (x) Auditoria de Segurança Viária (x) - Projeto de Tráfego definição de concepções viárias (x) (x) Projeto de Sinalização de Tráfego (horizontal, vertical e semafórica) e Dispositivo de Segurança - (x) Comunicação visual e sinalização - (x) Remanejamento de interferências (x) (x) Desapropriação (x) (x) Animação Digital (x) (x) Adicionalmente aos projetos anteriores, em cada uma de suas fases serão realizados os respectivos estudos de impacto ambiental para licenciamento, além das avaliações sociais e econômicas correspondentes. Desenvolvimento dos estudos Para realizar os estudos em todas as suas fases, serão utilizadas diferentes fontes de financiamento. A seguir uma descrição de como estão planteadas estas fases, de acordo com as restrições orçamentárias das entidades involucradas: Fase I: Elaboração de Anteprojetos de Sistema Viária, Urbanismo e de Obras de Arte Especiais do Corredor Washington Soares completo (trechos 1, 2 e 3). Fase II: Elaboração de estudos básicos complementares. Exemplo: estudo de segurança viária, estudo de tráfego e/ou estudos de transporte. Fase III: O resto dos estudos básicos, projetos executivos, licenças ambientais e estudos socioeconômicos como os planos de gestão ambiental e social, que serão financiados pela Prefeitura de Fortaleza. 4

CONTEXTUALIZAÇÃO Historicamente, a movimentação das pessoas nos centros urbanos costumou ser tratada como trânsito, dedicando-se mais atenção e prioridade à circulação de veículos, principalmente aos carros particulares. No entanto, nos últimos anos essa questão tem sido analisada de forma mais abrangente, considerando não só o tráfego veicular, mas o deslocamento de todas as pessoas, pelos diversos modos de transporte. Daí surge o conceito de mobilidade urbana, que contempla o ir e vir de todos na cidade, sejam pedestres, ciclistas, usuários de transporte coletivo, motociclistas ou motoristas. Esse conceito vem sendo construído nas últimas décadas, encontra substância na articulação e união de políticas de transporte, circulação e acessibilidade com a política de desenvolvimento urbano. Assim como a maioria das grandes cidades brasileiras, a cidade de Fortaleza, atualmente enfrenta graves problemas por ter planejado seu sistema viário para uso prioritário dos automóveis. O que se observa é que o contínuo aumento da utilização dos carros, aliado, entre outros fatores, ao crescimento urbano desordenado, trouxe consigo diversos efeitos negativos, como a elevação dos índices de acidentes, congestionamentos, poluição atmosférica, ruído etc., deteriorando progressivamente a qualidade de vida na cidade. O município de Fortaleza, já observando essa tendência e buscando minimizar esses impactos, desenvolveu o Programa de Transporte Urbano de Fortaleza entre os anos de 2000 e 2004, com base nas propostas do Plano de Transporte Urbano de Fortaleza PTUF, elaborado em 1999, no qual o horizonte de projeto é de 20 anos, que preconiza à readequação viária, integração física e tarifária e frota necessária para melhorar as condições do transporte coletivo, de forma a elevar a qualidade de vida da população, com a oferta de melhor nível de serviço a custo compatível com a capacidade econômica da população, diminuindo o tempo de viagem para os usuários. O PTUF propôs a efetivação da troncalização das linhas de ônibus urbanos do sistema, por meio da otimização e expansão dos terminais de integração existentes e da implantação de linhastronco de média capacidade, viabilizando melhoras na funcionalidade do sistema. As principais propostas do PTUF foram as implantações de corredores de transportes em sistema Bus Rapid Transit BRT. Este sistema trata de um transporte de ônibus de alta qualidade, que promove maior rapidez nos deslocamentos dos usuários de forma eficiente e de baixo custo e está em consonância com a nova concepção da política de transporte implantada recentemente. A política enfatiza o deslocamento da população, de forma econômica e eficiente, dando prioridade ao uso do transporte coletivo, transporte não motorizado e aos pedestres. A Política Nacional de Mobilidade Urbana Sustentável, que tem como finalidade proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, de forma segura, socialmente inclusiva e sustentável, vai de encontro aos objetivos dos programas de transporte que a cidade de Fortaleza vem implementando. 5

OBJETIVO O presente Termo de Referência tem por objetivo estabelecer os requisitos gerais para a elaboração de ante-projetos de engenharia necessários à elaboração de projetos básicos e executivos para obras viárias no âmbito do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza, conforme a relação constante do Anexo I. Para elaboração dos estudos e ante-projetos deverão ser adotados os conceitos básicos dos princípios da mobilidade sustentável a fim de reduzir os impactos ambientais e sociais causados pelo uso predominante do automóvel, buscando atender aos desejos de deslocamento atuais, sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atender às suas necessidades. Portanto deverão ser considerados: a) Como premissas e diretrizes Desenvolver a cidade com qualidade de vida, através de um conceito de transporte consciente, sustentável, ecológico e participativo; Dividir equitativamente o espaço e o tempo na circulação urbana, com prioridade aos modos de transporte coletivos e não-motorizados, em relação ao automóvel particular; Promover a eficiência e a qualidade nos serviços de transporte público; Propiciar melhores padrões de segurança, acessibilidade, conforto e confiabilidade do sistema de transporte, garantindo a acessibilidade ao transporte coletivo e a todo sistema viário; Minimizar a descontinuidade de deslocamentos que interferem no desempenho transporte coletivo; Reduzir os tempos de embarque e desembarque dos passageiros; Reduzir os tempos de espera e de viagem, melhorando a velocidade operacional do transporte coletivo; Promover a redução dos níveis de poluição atmosférica do transporte coletivo; Desenvolver um novo conceito de passeio público, quando serão readequados os espaços para circulação de pedestres e pessoas com deficiência, acessos de veículos, estacionamentos e localização de mobiliário urbano; Padronizar as calçadas de forma a criar um modelo de identificação do corredor de transporte coletivo; Potencializar os traçados existentes, minimizando intervenções que causem a retirada de imóveis quer por desapropriações ou por indenizações de benfeitorias; Disciplinar a convivência entre veículos, pedestres e ciclistas, sobretudo nas travessias, com valorização da circulação de pedestres, pessoas com deficiência e aumento da segurança; Eliminar ou mitigar pontos críticos de fluidez e segurança de trânsito, visando à redução do tempo de viagem para o transporte coletivo; Aumentar a segurança no trânsito para os veículos motorizados, não-motorizados e pedestres; e Preservar a qualidade do ambiente natural e construído e do patrimônio histórico, cultural e artístico da cidade. b) Leis e Regulamentos relevantes: 6

Será de exclusiva responsabilidade pela observância e cumprimento de todas as leis, regulamentos e demais instrumentos aplicáveis ao desenvolvimento das atividades e à elaboração dos produtos requeridos neste Termo de Referência, dentre eles: Normas brasileiras aplicáveis e práticas gerais de projetos, construção e manutenção relativas à infraestrutura física; Normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), especialmente, as que tratam da acessibilidade e desenho universal nas áreas e equipamentos urbanos e nas edificações públicas, no dimensionamento, detalhamento e especificações dos ambientes e equipamentos projetados; Códigos, leis, decretos, portarias e normas federais, estadual e dos municípios envolvidos, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos; LEI Nº 12.587, DE 3 DE JANEIRO DE 2012. - Institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, no que se refere ao escopo do Programa de Transporte de Fortaleza ETAPAS DE TRABALHO PARA ELABORAÇÃO DOS PROJETOS a. PLANO DE TRABALHO A Consultora deverá elaborar e apresentar um Plano de Trabalho, com as metodologias que serão adotadas para o desenvolvimento dos estudos e projetos, os produtos detalhados e os prazos e metas de cada produto, contendo todo o escopo dos serviços a serem entregues. b. ANTEPROJETO Trata-se de um conjunto de elementos necessários e suficientes, embasados em estudos técnicos, em que propiciem avaliar e apresentar as soluções definitivas para a elaboração dos projetos básicos e executivos. Para tanto, nesta etapa, deverá ser elaborado o Plano Operacional Preliminar do Corredor, o qual deverá ser desenvolvido identificando e considerando a demanda atual e a demanda projetada nos horizontes de 5, 10 e 20 anos e, também, as linhas que irão operar no corredor nos respectivos horizontes. O Plano Operacional do Corredor POC deverá identificar a demanda atual, por meio de levantamentos de dados junto a Empresa Operadora do Transporte no Município de Fortaleza. Ao final o POC deverá conter no mínimo: a base de dados e os dados das simulações, procedimentos adotados para a montagem da simulação, dados básicos do Corredor, os parâmetros considerados na simulação (transferência, velocidade, tempo e custo, tarifas, distância de acesso à rede de transporte, etc.), os resultados e características operacionais (linhas troncais do Corredor, linhas alimentadoras, linhas reestruturadas, linhas suprimidas, paradas para o Corredor, conclusões e recomendações), conceitos operacionais básicos (veículo, operação das paradas, segregação física, velocidade, etc.). No desenvolvimento dos anteprojetos, a Consultora deverá considerar, no mínimo, as seguintes diretrizes para cada componente da infraestrutura: Levantamentos Social, Cadastral e de Uso do Solo; 7

Levantamentos topográficos das vias; Os pontos de parada e/ou estações, ao longo dos corredores de transporte, deverão ser sobre plataforma com estrutura e altura do piso nivelada com aquela dos ônibus; Deverão ser analisados todos os conflitos existentes entre todos os meios de deslocamentos nas vias em estudo de forma a garantir segurança viária para todos, priorizando o pedestre; Deverá ser realizado um estudo para identificar os pontos críticos e realizar estudo de Auditoria de Segurança Viária para reduzir ou eliminar possíveis conflitos geradores de acidentes quando da implantação do empreendimento, considerando todos os usuários do sistema, sejam condutores de veículos de pequeno, médio ou grande porte e de ônibus, ciclista e pedestres; Deverão ser desenvolvidos estudos de segurança viária ao longo de todos os trechos apresentando soluções ou minimizações dos problemas identificados; Deverão ser realizados estudos do nível de serviço das vias, atualmente, e apresentar soluções para a melhoria desses níveis de serviço, mesmo que estas sejam obras dárte especiais; Deverão ser apresentadas soluções que reduzam o tempo de deslocamento para o transporte coletivo ao longo das vias e em locais que comprometam o tempo de deslocamento dos mesmos, assim como apresentar soluções para conflitos específicos que poderão ocorrer com a configuração proposta neste termo de referência. Nos corredores o acesso aos pontos e/ou estações de parada será através de passarela dotada de soluções que ofertem acessibilidade universal e escada convencional ou através de faixas e tempos de travessia exclusivos para pedestres dotadas de acessibilidade universal, sendo necessária, a análise de impacto sobre o tempo de deslocamento do transporte no corredor, quando da implantação de semáforos para pedestres visando identificar qual a melhor solução; As paradas/estações deverão distar, preferencialmente, de 600 a 800m e devem-se considerar polos de atração e a demanda no seu entorno. Deverão ser elaborados projetos das estações e/ou abrigos para cada via de acordo com as soluções operacionais propostas e analisadas em conjunto com a equipe da prefeitura; Nas demais vias relacionadas neste TR deverão ser analisadas a viabilidade da implantação de ciclovias/faixas compartilhadas para ciclistas e a priorização do transporte coletivo. Deverão ser estudadas no mínimo duas alternativas de seção viária; A(s) faixa(s) destinada(s) exclusivamente ao transporte coletivo será(ão) em concreto; As ciclovias deverão prever na maioria do percurso segregação física, indicação de sinalização específica e pavimentação asfáltica ou similar; Os anteprojetos projetos deverão apresentar paisagismo e urbanização de forma a garantir para os modos não motorizados conforto e deslocamentos sombreados contínuos e harmônicos; A dimensão das calçadas deverá permitir, além da circulação segura e confortável de pedestres, a implantação de equipamentos de infraestrutura, de mobiliário urbano, e de paisagismo, tais como tubulações subterrâneas de água e esgoto, postes de iluminação pública, lixeiras, arborização, etc. Soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes, durante as fases de elaboração dos projetos básicos e executivos; Além da observância aos dispositivos legais aplicáveis, os ante-projetos a serem elaborados pela Consultora deverão apresentar condições plenas de acessibilidade, segurança, conforto, 8

funcionalidade e operacionalidade dos espaços e equipamentos urbanos projetados, e soluções de sustentabilidade ambiental, proporcionando benefícios econômicos e de saúde, além de bem estar aos usuários da infraestrutura das vias e dos terminais de transporte coletivo Neste caso específico de ante-projetos para obras viárias, a Consultora deverá fazer o levantamento das possíveis interferências com as concessionárias de serviços públicos e junto aos órgãos de infraestrutura quer sejam municipal, estadual ou federal. O anteprojeto, assim definido, será apresentado a SEINF para análise, onde indicará as correções e/ou complementações necessárias. c. ANTEPROJETOS A SEREM ELABORADOS O primeiro produto a ser elaborado e entregue o Plano Operacional do Corredor. O Quadro abaixo apresenta os principais anteprojetos a serem desenvolvidos e entregues, após a entrega do POC, não limitados a essa relação, marcados para cada componente da infraestrutura. Quadro 1: RELAÇÃO DOS PRINCIPAIS ANTEPROJETOS A SEREM ELABORADOS Principais Estudos e Ante-Projetos Infraestrutura física do BRT/Vias Complementares ao BRT, Obras D arte Pontos/Estações de parada e passarelas Via, viaduto, ciclovias e calçadas Levantamentos Preliminares (x) (x) Topografia (x) (x) Hidrológico, Geológicos e geotécnicos (x) (x) Urbanização e paisagismo (x) (x) Viário e Obras-de-Arte Correntes e Especiais (x) (x) Auditoria de Segurança Viária (x) (x) Projeto de Tráfego definição de concepções viárias - (x) Projeto Funcional de Sinalização de Tráfego (horizontal, vertical e semafórica) e Dispositivo de Segurança - (x) Comunicação visual e sinalização (x) (x) Desapropriação (x) (x) Animação Digital (x) (x) Os projetos a serem desenvolvidos deverão ser constituídos dos seguintes elementos técnicos, não limitados a esta relação, e elaborados conforme as normas da ABNT e demais normas pertinentes. Soluções que não estejam em conformidade com as normas brasileiras não serão aceitas; no entanto, em caso de inexistência de normas locais, serão aceitas normas internacionais. a) Desenhos: representações gráficas do objeto a ser executado, elaboradas de forma a permitir sua visualização em escala adequada, demonstrando formas, dimensões, funcionamento e especificações, definidas em plantas, cortes, e detalhes; b) Memoriais descritivos: documento com descrições do objeto projetado, onde serão apresentadas as soluções técnicas adotadas, bem como justificativas necessárias ao pleno conhecimento do projeto, complementando as informações contidas nos desenhos; 9

A seguir estão apresentadas as diretrizes gerais para o desenvolvimento dos principais produtos a serem desenvolvidos, resguardadas as especificidades de cada componente da infraestrutura física das intervenções e de seus respectivos projetos. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS Os serviços compreendem os anteprojetos devidamente detalhados, especificados e orçados, tendo como base as informações contidas neste Termo de Referência e anexo. a. LEVANTAMENTOS PRELIMINARES Nesta etapa inicial do trabalho devem ser desenvolvidas a coleta e compilação de dados, para obtenção de todos os elementos relativos à área em intervenção, necessários ou de valia para o adequado desenvolvimento das etapas posteriores. Devem ser procurados dados de interesse, isto é, geológicos, geotécnicos, hidrológicos, dentre outros já existentes, de forma a incrementar os estudos iniciais. Devem, também, serem determinados os principais condicionantes existentes, projetados ou planejados, sejam relativos ao uso do solo, a redes de serviços públicos, ao meio ambiente, ao patrimônio histórico ou a qualquer outro aspecto considerado relevante para os trabalhos. Deverão ser feitas contagens de tráfego para o estudo do nível de serviço objetivando a análise da seção viária operacional para cada via a ser projetada e também para a caracterização do tráfego suficiente para o dimensionamento do pavimento a ser utilizado. As contagens também serão utilizadas para as simulações necessárias quando da análise das soluções propostas x nível de serviço das vias. As projeções de tráfego com vista a determinação do número N (Número de Operações do Eixo Padrão) deverão considerar um período de 10 anos, contados a partir do ano de abertura da via ao tráfego e auxiliarem na determinação do tipo e padrão da obra a ser implantada e/ou pavimentada. Levantamento, identificação, localização e análise dos acidentes de tráfego visando às soluções geométricas a serem estudadas. b. TOPOGRAFIA Deverão ser realizados serviços topográficos, específicos para cadastramento de interferências (neste momento não considerar as interferências subterrâneas) que contenham a caracterização de todas as instalações, equipamentos urbanos e estruturas existentes na área levantada, de forma a permitir no futuro um criterioso estudo das interferências. No desenvolvimento dos projetos deverão ser obedecidos os procedimentos e Caderno de Encargos adotados pela SEINF, inclusive o que dispõe as Normas da ABNT em suas versões atualizadas. Deverão ser realizados os seguintes levantamentos em campo: 1. Indicar as construções através de seus alinhamentos, detalhes, natureza de utilização do prédio (bancária, residencial, escolar, etc., e seus respectivos nomes), demarcando os acessos de público e garagem, classificando como entrada de carros, entrada de pedestre e entrada de comércio e pilotis, indicar os ressaltos na fachada frontal da construção (marquises e avanços sobre a calçada ou outros detalhes de mesma característica); 10

2. Amarrar os meios-fios, sempre junto às grelhas de águas pluviais existentes, nas esquinas, e no meio dos quarteirões, ou em locais determinados pela fiscalização. Indicar rebaixos, rampas e outros elementos importantes do meio-fio; 3. Indicar o tipo de pavimentação das ruas, indicando os cruzamentos de ruas, becos, interseções, elevações ou depressões no greide; 4. Obter a largura das ruas e calçadas junto às esquinas e em pelo menos um ponto médio no eixo da via; 5. Indicar os raios de curvatura das esquinas dos cruzamentos das vias e das calçadas respectivas; 6. Levantar passagens subterrâneas, passarelas, viadutos e pontes, indicando as alturas, os elementos estruturais e projeções; 7. Indicar os postes; 8. Indicar existência das árvores sem a identificação do tipo, representando, proporcionalmente no desenho, a copa da árvore; 9. Levantar o posicionamento dos bueiros, boca de lobo; 10. Indicar o posicionamento dos canteiros e telefones públicos; 11. Caracterizar o relevo com curvas de nível com equidistância vertical de um metro; 12. Deverão estar incluídas as linhas em 3D (limites de pavimento, calçadas, prédios, etc), como triangulação (3D) gerada a partir de dados de campo; 13. Sugere-se levantar também as características dos serviços, como diâmetro, profundidade e características dos tubos e localização dos poços; 14. O arquivo digital deve conter os pontos tomados no campo. O arquivo deve ser anexado detalhando número de ponto, coordenadas XYZ e descrição do ponto; 15. Deverão ser incluídas e anexadas todas as informações e os detalhes que se fizerem necessários ao correto entendimento do levantamento topográfico planialtimétrico e cadastral e correta interpretação do desenho, imagens, etc. Durante a realização dos trabalhos de campo, a Consultora providenciará para que a equipe de topografia utilize os equipamentos de proteção individual EPI s pertinentes, tais como: coletes refletivos, cones, etc. c. HIDROLOGIA Deverão ser realizados os estudos hidrológicos, a fim de se determinar os elementos necessários à elaboração dos projetos básicos de drenagem superficial e profunda e de obras-de-arte correntes e especiais. Os trabalhos deverão ser desenvolvidos com base nos estudos pluviométricos e climatológicos existentes para a região e, também, com o uso da cartografia existente. Adicionalmente, devem ser considerados elementos como morfologia, cobertura do solo, comportamento hidráulico dos cursos d água e influência de marés, de forma a se delimitar as bacias de drenagem, identificando suas respectivas características físicas. Uma vez delimitadas as bacias contribuintes, realizar o cálculo das vazões de projeto e, consequentemente, no projeto de drenagem, dimensionar hidraulicamente os principais dispositivos de drenagem de travessia, envolvendo bueiros de talvegue, canais, pontes e pontilhões. 11

d. GEOLOGIA E GEOTECNIA Condições Gerais: No desenvolvimento dos projetos deverão ser obedecidos os procedimentos e Caderno de Encargos adotados pela SEINF, inclusive o que dispõe as normas da ABNT em suas versões atualizadas; O estudo geotécnico deverá apresentar, de forma clara e precisa, o memorial descritivo (concepção adotada, metodologia, parâmetros, ensaios, especificações técnicas e quantitativos), além de peças gráficas com planta de situação, planta baixa e perfil do terreno com as indicações necessárias, possibilitando uma posterior aferição; Deverão ser feitos furos a pá e picareta para o dimensionamento do pavimento, e a percussão para o projeto do cálculo estrutural, obedecendo às normas brasileiras, podendo abranger outros elementos de interesse do projetista; A quantidade de furos será determinada de acordo com orientação do projetista, com aprovação da SEINF; A Consultora deverá apresentar os Relatórios contendo os perfis e gráficos geológicos do terreno relativos aos furos e indicar em planta sua localização; conterá ainda informações sobre o nível do lençol freático. Os resultados subsidiarão os projetos: estrutural e de pavimentação. Os serviços de investigações geotécnicas para caracterização do pavimento existente, das condições do subsolo de fundação e condições do subleito ao longo de eixo da via devem ser desenvolvidos através de sondagens de acordo com as condições locais e necessidades de projeto. Deverão ser realizados ensaios como Compactação (Proctor), CBR, LL, LP, Umidade, Densidade e Granulometria. Devem ser programadas campanhas de investigações geológicas/ geotécnicas, indicando o local, tipo de sondagens, prospecção e ensaios a serem executados, visando à caracterização das áreas em questão e subsidiar o dimensionamento dos projetos de terraplenagem, obras de terra e contenções, drenagem (superficial), avaliação da capacidade de suporte do subleito viário, fundações de infraestrutura da via, estações e obras de arte especiais. Os resultados das sondagens devem ser enviados sob a forma de boletins de campo, perfis individuais e perfis longitudinais (escala 1:100). e. TERRAPLENAGEM O projeto de terraplenagem deverá ser elaborado com base nos estudos geológico-geotécnicos, bem como nos projetos de geometria e drenagem, além da topografia especificamente realizada para este estudo. Paralelamente, com base no mapeamento geológico, os solos deverão ser classificados em categorias, de acordo com as dificuldades de escavação. Dessa forma, deverão ser realizadas as seguintes tarefas: estabelecimento das seções transversais típicas; elaboração das seções transversais a cada estaca do projeto; cálculo dos volumes e distâncias médias de transporte de materiais de cortes, aterros e remoções; planejamento de movimentação de terra, incluindo o quadro de orientação de terraplenagem. Condições Gerais: No desenvolvimento dos projetos deverão ser obedecidos os procedimentos e Caderno de Encargos adotados pela SEINF e o disposto nas Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) em suas versões atualizadas; O projeto executivo deverá apresentar, de forma clara e precisa, o memorial descritivo (concepção adotada, metodologia, parâmetros de projeto, planilhas de cálculos, 12

especificações técnicas, quantitativos e orçamento), além de peças gráficas com detalhes construtivos e as indicações necessárias à interpretação dos elementos que os comporão para posterior execução de obras; O projeto de terraplenagem deverá ser elaborado em consonância com o projeto geométrico da via por meio de planta baixa, perfis longitudinais e seções transversais, além de peças eventualmente exigidas para o desenvolvimento do projeto; f. GEOMÉTRICO Deverão ser apresentados os projetos de todos os seccionamentos viários contendo definição de sua geometria, dimensionamento das faixas de rolamento, áreas de circulação de ciclistas e pedestres, área de mobiliário urbano. Estes projetos deverão considerar a prioridade ao transporte coletivo nas faixas de circulação preferencial ou exclusiva, ao transporte cicloviário e dos pedestres, devendo ter atenção especial para todos os aspectos de segurança após a implantação das intervenções. Condições Gerais: No desenvolvimento dos projetos deverão ser obedecidos os procedimentos e Caderno de Encargos adotados pela SEINF, inclusive o que dispõe as Normas da ABNT em suas versões atualizadas; O Anteprojeto tem como base as conclusões dos Estudos Preliminares de definição do traçado e os Estudos Topográficos. As plantas devem ser apresentadas na escala 1:1.000 e os perfis nas escalas 1:1.000 (H) e 1:100 (V). As seções transversais típicas deverão ser apresentadas nas escalas 1:100 ou 1:200. O Anteprojeto deverá contemplar acessibilidade universal ao longo de todos os trechos de intervenção, inclusive as guias rebaixadas. Deverá conter todos os projetos de acessibilidade do sistema viário de acordo com a Norma Técnica vigente da ABNT. g. URBANIZAÇÃO E PAISAGISMO Deverão conter proposta de tratamento para áreas não ocupadas pelas edificações, marcando os sistemas de circulação de veículos e pedestres, estacionamentos e jardins. Aos locais não pavimentados, onde houver áreas verdes, deverão ser apresentados a especificação (nomenclatura científica e popular), o posicionamento cotado de todas as espécies vegetais a serem utilizadas nas referidas áreas, bem como as definições dos portes das referidas espécies em suas épocas de plantio, e, ainda, as recomendações de suas manutenções. Quando for o caso, deverão trazer o detalhamento e o posicionamento do mobiliário urbano ou da paginação do desenho de piso ou painel, atendendo as solicitações da SEINF. Este projeto deve planejar espaços de maneira funcional, econômica e esteticamente compatível com a área de intervenção, considerando componentes históricos e urbanísticos local. O projeto deverá dividido em duas etapas: Estudo Preliminar e Ante-Projeto. A fase do Estudo Preliminar é composta do detalhamento das primeiras soluções, levando em consideração as características bioclimáticas do local de intervenção (tipo de clima, relevo, vegetação nativa, construções existentes, etc), escolha das principais plantas que comporão o projeto, representado por desenhos esquemáticos, caderno de ilustrações e características da vegetação escolhida. Para o cumprimento desta etapa devem ser apresentados: - Planta geral com identificação da vegetação; - Vistas das secções em 2D; 13

- Caderno ilustrativo da vegetação. - Os projetos a serem desenvolvidos que compõem o Projeto Básico são: - Planta geral com identificação da vegetação aprovada; - Planta de máscara de áreas da vegetação; - Planta de locação da vegetação; - Planta de locação dos canteiros de paisagismo; - Planta de localização de pontos de iluminação; - Planta de paginação de piso; - Cortes e vistas das secções; - Especificações dos pontos/estações de paradas para o transporte coletivo por ônibus; - Detalhes básicos de elementos construtivos como: bancos, lixeiras, totens, pergolados, fontes, espelhos d água, etc.; - Memorial descritivo do projeto contendo: quantitativo e imagens da vegetação escolhida, especificações dos materiais utilizados. A etapa será representada por desenhos técnicos básicos detalhados, estudo de imagens em 3D dos principais trechos da via e pelo memorial descritivo do projeto. h. SISTEMA VIÁRIO, OBRAS D ARTE CORRENTES E ESPECIAIS OAC e OAE Condições Gerais: No desenvolvimento dos projetos deverão ser obedecidos os procedimentos e Caderno de Encargos adotados pela SEINF, inclusive o que dispõe as normas da ABNT em suas versões atualizadas; O Ante-Projeto consistirá do cumprimento das seguintes atividades: o o o o o o o Definição da concepção do projeto (com base na coleta de informações, tais como finalidade e definição do local da obra, características geométricas e operacionais, etc.); Estudo de alternativas para a travessia; Estudo das soluções estruturais exequíveis; Pré-dimensionamento das alternativas selecionadas, acompanhado da estimativa das suas quantidades e respectivos custos; Seleção e justificativa das alternativas apresentadas e da solução adotada; Memória de cálculo estrutural da solução adotada; Elaboração de desenhos. i. ILUMINAÇÃO PÚBLICA E DE LUMINOTÉCNICA Deverão apresentar, dentre outros, o cadastro da situação existente, identificando as luminárias e lâmpadas existentes nas ruas, postes, transformadores e demais elementos componentes do sistema de iluminação; projeto de relocação e/ou ampliação de rede; suporte de carga dos transformadores; estudo luminotécnico (quando não existir a definição de potência de luminárias para a via); quantidade e tipo de lâmpadas a serem utilizadas na via. 14

Os projetos serão entregues em escalas indicadas pela SEINF, em papel sulfite e em formato digital. j. AUDITORIA DE SEGURANÇA VIÁRIA Deverão ser elaborados estudos para identificar os pontos críticos e realizar estudo de Auditoria de Segurança Viária para reduzir ou eliminar possíveis conflitos geradores de acidentes quando da implantação do empreendimento, considerando todos os usuários do sistema, sejam condutores de veículos de pequeno, médio ou grande porte (caminhões ou ônibus), ciclistas e pedestres. As soluções devem primeiramente analisar os pontos críticos existentes para solucionar os problemas quando da concepção do projeto funcional, norteando as soluções a serem definidas. k. PROJETO DE TRÁFEGO DEFINIÇÃO DE CONCEPÇÕES VIÁRIAS Inicialmente serão realizadas de forma complementar ao Relatório de Anteprojeto, as pesquisas de contagem volumétrica das principais interseções. Essas contagens serão executadas durante um dia típico de forma a incluir o provável pico horário semanal, contemplando oito horas diárias. Os dados serão agregados em intervalo igual ou inferior a 15 minutos. Após a contagem, serão realizadas as seguintes atividades: um estudo da capacidade de tráfego (utilizar metodologia mais recente do Highway Capacity Manual - HCM) com as características geométricas das vias e os volumes de veículos para definir a capacidade de cada trecho da via; a análise das interseções cálculo da capacidade viária das aproximações das interseções (utilizar metodologia mais recente do Highway Capacity Manual - HCM) e análise dos fluxos conflitantes; e as microsimulações de tráfego e análise dos resultados simular o funcionamento da circulação viária nos trechos e conjuntos de interseções mais complexos, com quantificação de parâmetros técnicos que permitam avaliar o desempenho da circulação. Nesta atividade serão apresentados os projetos de todos os seccionamentos viários contendo definição de sua geometria, dimensionamento das faixas de rolamento, áreas de circulação de ciclistas e pedestres, área de mobiliário urbano. Estes projetos irão considerar a prioridade ao transporte coletivo, ao transporte cicloviário e dos pedestres, devendo ter atenção especial para todos os aspectos de segurança após a implantação das intervenções. l. ANTE-PROJETO DE SINALIZAÇÃO DE TRÁFEGO (HORIZONTAL, VERTICAL E SEMAFÓRICA) E DISPOSITIVO DE SEGURANÇA Os projetos deverão conter a tipologia, as especificações técnicas das sinalizações: vertical, horizontal e semafórica. As sinalizações especificadas deverão atender as características da via, de acordo com as normas do Código de Trânsito Brasileiro e demais normas pertinentes. Os projetos deverão proporcionar segurança e conforto para todos os atores do trânsito, tendo sempre como premissa a priorização do deslocamento dos modos não motorizados em relação aos motorizados. Os projetos serão entregues em escalas indicadas pela SEINF, em papel sulfite e em formato digital. 15

m. COMUNICAÇÃO VISUAL E SINALIZAÇÃO Deverão apresentar a definição e o detalhamento de todos os elementos de comunicação visual e sinalização a serem implantados nos componentes da infraestrutura física das vias e estações de transferências, a fim de possibilitar a todos os usuários incluindo aqueles portadores de necessidades especiais orientação, identificação, alcance e uso das funções desses componentes e dos serviços públicos. Ao término dos projetos, a Consultora deverá apresentar todos os ante-projetos em escalas indicadas pela SEINF, em papel sulfite e em formato digital. n. REMANEJAMENTO DE INTERFERÊNCIAS Deverão apresentar levantamento junto às concessionárias de serviços públicos, visando identificar as possíveis interferências das obras projetadas com as redes de serviços existentes. A partir da obtenção dos cadastros respectivos, deverão ser indicados os remanejamentos necessários. Deverá, ainda, ser pesquisada junto a concessionárias a existência de projetos e/ou planos de ampliação que possam interferir com a execução das obras. De posse desses elementos, deverá ser elaborado relatório com a descrição das interferências, das soluções propostas. Além disso, deverão ser apresentadas plantas indicando as interferências identificadas e o remanejamento proposto. Ao término dos projetos, a Consultora deverá apresentar todos os quadros resumos por tipo de material, quantitativo de materiais e o orçamento detalhado para a execução da obra. Os projetos serão entregues em escalas indicadas pela SEINF, em papel sulfite e em formato digital. o. DESAPROPRIAÇÃO Deverão apresentar cadastro individual de cada imóvel objeto de desapropriação e cadastro socioeconômico das famílias, contendo plantas de situação, planta baixa (para edificações) e memória justificativa, incluindo cálculos das áreas a desapropriar e remanescentes. Além das edificações, deverão ser quantificadas e qualificadas as demais benfeitorias existentes e atingidas pelas obras, devendo ser fornecida uma estimativa de custo, com base no valor de mercado, incluindo os dados e informações necessários à elaboração dos laudos de avaliação por parte do órgão competente. p. ANIMAÇÃO DIGITAL As propostas desenvolvidas para os terminais de ônibus, assim como para as principais vias, deverão ser apresentadas também em animações eletrônicas digitais de aproximadamente 2(dois) minutos para uma melhor visualização das propostas estudadas, assim como para apresentações e divulgações dos projetos desenvolvidos. PRODUTOS Todos os produtos, a serem apresentados pela Consultora deverão atender, em quantidade e qualidade, as normas técnicas e as exigências da SEINF, do agente financiador e dos órgãos de controle, incluindo aquelas exigências relativas ao(s) idioma(s) a ser adotado(s). 16

Além da apresentação impressa e em meio magnético dos produtos, a Consultora deverá realizar apresentação expositiva dos mesmos em reuniões internas e, daqueles indicados pela SEINF, em audiências públicas, incluindo a preparação de materiais expositivos, em datas a serem previamente definidas. Todos os materiais expositivos preparados pela Consultora deverão ser entregues a SEINF, que poderá utilizá-los nas demais apresentações que se fizerem necessárias. Ao término dos projetos, a Consultora deverá apresentar todos os quadros resumos com o quantitativo de materiais e o orçamento para a execução da obra. A seguir estão relacionados os principais produtos a serem entregues pela Consultora. a. PRODUTOS DO ANTEPROJETO A Consultora deverá apresentar o conjunto de ações preliminares que representem as soluções propostas em que propiciem avaliar, com a devida antecedência, a qualidade, os prazos e custos estimados da obra ou serviço, considerando, no mínimo, as diretrizes de cada componente da infraestrutura mencionados no item 3 deste Termo de Referência. Constituirão produtos da etapa de anteprojeto, não limitados a essa relação: Relatório do Plano Operacional do Corredor e o Plano Operacional do Corredor. Anteprojeto Deverá conter toda a documentação gráfica e ilustrativa. Relatório do anteprojeto Deverá conter toda a memória descritiva e justificativa dos anteprojetos, descrevendo todos os itens dos estudos e projetos realizados, incluindo suas conclusões e recomendações. Deverá conter os critérios adotados para sua elaboração, os procedimentos metodológicos empregados e as soluções propostas. b. DEMAIS PRODUTOS Além dos produtos anteriormente relacionados, a Consultora deverá: Fornecer suporte técnico e participação em reuniões e audiências e/ou consultas públicas; Elaborar pareceres técnicos relativos às questões de ordem física, financeira e jurídica; e Elaborar documentos específicos para prestação de esclarecimentos junto a entidades governamentais, imprensa e órgãos de controle. FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS Os desenhos que comporão os projetos, de modo geral, serão produzidos em formato DWG (AutoCAD), utilizando-se as escalas de 1:1.000 ou 1:500 para as plantas baixas e 1:1.000H/1:100V ou 1:500H/1:100V para os perfis longitudinais, admitindo-se, na demonstração dos detalhes, escalas adequadas às áreas ou elementos detalhados. O carimbo (espelho) deverá ser submetido à aprovação da SEINF por ocasião da apresentação do Anteprojeto. Deverão ser entregues 02 (duas) vias impressas em papel sulfite, em formato padrão A0 (A-Zero) ou A1 (A-Um) encadernados, e arquivo em meio magnético no formato DWG, com indicação dos seguintes dados: 17

Título do Projeto Objeto do desenho ou planta; Razão social da Consultora; Razão social do Contratante; Nome do responsável técnico pelo projeto, habilitação e registro profissional; Nome do desenhista; Nome do arquivo digitalizado em AutoCAD; Escala; Data de produção do desenho ou arquivo. Os textos atinentes ao anteprojeto, deverão ser produzidos em papel A4 (A-Quatro) e entregues a SEINF, em duas vias, devidamente encadernadas, contendo o timbre ou a identificação da razão social da Consultora e o nome do responsável técnico pelo projeto, com indicação do registro no CREA e da habilitação específica. Cópia da ART deverá ser anexada aos volumes encadernados. A Consultora fornecerá a SEINF os CD s gravados com os arquivos correspondentes a todos os documentos dos projetos. Eventuais equívocos, imperfeições ou ausência de detalhes não detectados na ocasião da entrega e aprovação dos documentos mencionados, não eximem a Consultora de repará-los, quando solicitado, sem quaisquer ônus para a SEINF. Os desenhos deverão obedecer aos formatos e normas de representação previstas na ABNT. Tamanhos (em mm): A0 (841 x 1189), A1 (594 x 841), A2 (420 x 594), A3 (297 x 42), A4 (210 x 297). Os desenhos de um mesmo projeto deverão ser numerados sequencialmente e conter indicação do número total de pranchas que compõem o conjunto. A apresentação dos produtos finais deverão ser em, no mínimo, 2 (duas) cópias impressas para cada tipo de projeto, assim como, para cada relatório. FISCALIZAÇÃO, ANÁLISE E APROVAÇÃO DOS PROJETOS A Fiscalização e o acompanhamento do desenvolvimento dos projetos serão exercidos por uma Comissão designada pela SEINF. A Consultora deverá manter um escritório em Fortaleza, dotado de telefone, fax, e equipamentos de informática, com a presença permanente de projetistas e desenhistas, em condições de receber a equipe da SEINF, de apresentar projetos e de informar sobre o andamento dos trabalhos. Os documentos técnicos (desenhos e textos) produzidos em cada fase de elaboração do trabalho deverão ser submetidos à avaliação da SEINF nos prazos preestabelecidos contratualmente. A análise dos projetos pela SEINF será feita em conformidade com as condições estabelecidas nesta especificação de serviços, nas normas técnicas brasileiras e nos documentos técnicos aceitos nas etapas do projeto. Para a aprovação dos documentos, deverão ser enviadas a SEINF as cópias em papel sulfite. A aprovação dos documentos técnicos, devidamente formalizada pela SEINF, é condição indispensável para que seja iniciada a elaboração da fase subsequente. 18

O tempo que for consumido pela Consultora para rever ou alterar os documentos técnicos, textos e desenhos que forem rejeitados, parcial ou totalmente, e submetidos à nova avaliação, não suspendem nem interrompem o prazo para execução do serviço contado a partir da Ordem de Serviço. Se o desenho for considerado aprovado, a Consultora poderá dar andamento ao mesmo; Se o desenho for considerado aprovado com restrições a Consultora deverá dar andamento ao trecho aprovado. Paralelamente, deverá enviar cópias em papel sulfite com as modificações indicadas pela SEINF, para nova análise; Se o desenho for considerado não aprovado, a Consultora deverá preparar outra versão, de acordo com as instruções da SEINF e submetê-la à nova análise. Sempre que as modificações citadas no item acima implicarem na execução de serviços não previstos no contrato, cumpre a Consultora comunicar esse fato a SEINF antes de sua execução e submeter proposta de acréscimo de serviços para exame e aprovação. A SEINF informará à Consultora, em tempo hábil, a decisão de modificação do Projeto Executivo, para que não haja atraso na execução dos serviços. As comunicações entre a SEINF e a Consultora, relativas ao desenvolvimento dos trabalhos, far-se-ão por escrito, através de Reuniões, Atas, Ofícios, Pareceres, Relatórios e do Termo de Aprovação. O documento hábil para caracterizar e formalizar o aceite de um Projeto por parte da SEINF é o Termo de Aprovação. A SEINF poderá convocar a presença de representante da Consultora, bem como de responsável(eis) técnico(s) pela elaboração de projeto(s), quando necessário, para elucidar e esclarecer quaisquer dúvidas ou questionamentos a respeito do trabalho desenvolvido, bem como de sua integração com o conjunto. Quando convocado, o representante comparecerá à sede da SEINF, em até 48 (quarenta e oito) horas, fazendo-se acompanhar, se for preciso, do(s) autor(es) do(s) projeto(s) arguido(s). DISPOSIÇÕES GERAIS As cópias do(s) projeto(s) com os carimbos de aprovação e chancela dos órgãos competentes serão entregues a SEINF por meio de Ofício da Consultora. Deverão ser entregues a SEINF, as Anotações de Responsabilidade Técnica (A.R.T.s) de todos os responsáveis pelos projetos/atividades técnicas componentes do projeto de construção. As soluções técnicas a serem adotadas deverão contemplar a minimização dos custos de operação, que incluem os gastos de operação, conservação e de manutenção das instalações. EQUIPE TÉCNICA Considerando a natureza multidisciplinar das atividades a serem desenvolvidas, a equipe mínima que a Consultora deverá apresentar experiência na execução de atividades das seguintes áreas semelhantes em dimensão, complexidade e especialidade técnica àquelas atividades descritas neste Termo de Referência, mas não limitada a essa relação: 19

coordenação geral; estudos e projetos de engenharia de transporte e de tráfego; projetos de terraplenagem; projetos geométricos de vias e obras d arte; projetos de arquitetura, urbanismo e paisagismo; e projetos elétricos e de comunicação. Na Proposta Técnica, a Consultora deverá especificar a equipe técnica necessária para execução dos trabalhos, discriminando-se os requisitos mínimos exigidos para cada componente, tais como nível acadêmico, pós-graduação e experiência profissional compatível ao grau de dificuldade e exigência do serviço objeto deste Termo de Referência. A Consultora vencedora deverá desenvolver os produtos deste Termo de Referência com a equipe apresentada na proposta e, qualquer modificação em seus componentes deverá ser previamente submetida a SEINF para avaliação e aprovação ou não da substituição/ inclusão de membros. Deverá ser especificado, para todas as situações, o pessoal necessário e a indicação das funções de todos os elementos, bem como as articulações que manterão com a SEINF. a. DESCRIÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA A Consultora indicará um Coordenador Geral para os projetos, pertencente ao quadro permanente da empresa, e apresentará os profissionais, não sendo permitida a acumulação de funções, devendo ser apresentados os Currículos Vitae de cada um dos responsáveis técnicos por cada tipo de projeto, fornecendo os nomes, a área de atuação, qualificação, funções no projeto e currículo profissional de toda a Equipe Técnica Principal. Para avaliação somente serão consideradas as experiências pertinentes ao escopo do presente Termo de Referência. A Equipe Técnica Principal Mínima, para fins da Qualificação Técnica terá a seguinte composição: 01 (um) Coordenador Geral - Arquiteto e Urbanista ou Engenheiro Civil com Mestrado, e com no Mínimo 10 anos de experiência em Coordenação de Equipes Multidisciplinares na Elaboração de Projetos Viários Urbanos e Projetos de Terminais de Passageiros. Profissional A 01 (um) Engenheiro Civil ou Arquiteto Urbanista, com Mestrado na área de Engenharia de Transportes, e com no Mínimo 10 anos de Experiência em Transportes, e Experiência em Microsimulação, e Sinalização Viária. Profissional B 01 (um) Arquiteto e Urbanista com no Mínimo 10 anos de Atividade Profissional e experiência em Projetos Urbanísticos e Paisagismo. Profissional C 01 (um) Engenheiro Civil com no Mínimo 10 anos de Atividade Profissional e experiência em Projetos de Vias Urbanas e Obras D arte incluindo Geométrico, Drenagem, Terraplanagem, Pavimentação. 20

Profissional D, Enghenheiro ou Economista, especialista em planificação de transporte. Mínimo 10 Anos de Atividade e com experiência em e desenvolvimento do planos operacionais b. PREVISÃO DE ALOCAÇÃO A Consultora deverá apresentar em sua proposta técnica as cargas horárias de trabalho previstas para cada um dos técnicos componentes da equipe técnica proposta pela Consultora. PRAZOS O prazo de vigência do contrato será de 6 (seis) meses, contados a partir da data da 1ª Ordem de Serviço. Os serviços deverão ser executados e entregues em observância aos limites estabelecidos no cronograma especificado na Ordem de Serviço. O cronograma constante em cada Ordem de Serviço deverá discriminar as etapas de execução do serviço contratado e o prazo de execução para cada etapa. Todas as etapas deverão ser analisadas pela SEINF e somente poderá passar para a fase subsequente após análise e obter aceitação, devidamente consignada em atas de reunião. Qualquer entrave excepcional deverá ser formalizado junto a SEINF, que analisará e indicará as alternativas a serem seguidas. ORÇAMENTO E FORMA DE PAGAMENTO E orçamento disponível para este trabalho e de 500.000 USD Na Ordem de Serviço serão discriminadas quais as etapas dos trabalhos a executar, dentre as abaixo relacionadas, assim como o percentual do valor contratado para cada etapa. Os valores a seguir são indicativos: Plano Operacional do Corredor... 12 % do valor contratado Aprovação do Levantamento Cadastral, Social e Uso do Solo... 3,5% do valor contratado Aprovação do Levantamento Topográfico... 8,5% do valor contratado Aprovação dos Estudos e Projetos de Segurança Viária e de Tráfego... 20% do valor contratado Aprovação dos Anteprojetos Viários, Obras D arte e Urbanísticos... 56% do valor contratado Quando for contratada somente parte dos serviços relacionados neste edital, deverão ser discriminados na Ordem de Serviço assim como as fases a executar os percentuais de pagamento. AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS De acordo com as diretrizes estabelecidas pela CAF e AFD, as propostas serão avaliadas considerando os aspectos de qualidade e preço 21

A proposta com a pontuação mais alta (C) será selecionada para realizar consultoria. A proposta técnica (PT) vai pesar 80 %, enquanto a proposta econômica (PE) vai pesar 20%. C = 0,8 0,2 PE PT Avaliação da proposta técnica A Tabela 3 resume como eles serão avaliados a proposta técnica Tabela 3 Avaliação da proposta técnica Aspecto a ser avaliado Consultor Experience, empresa ou consórcio. 30 pontos Experiência da equipe 40 pontos Implementação proposta 30 pontos Variável de avaliação Sim proposta não atender ao requisito mínimo não será avaliada Valoriza-se cada ano adicional de experiência em projetos de transporte público - Se os especialistas não cumprem os requisitos mínimos da proposta não serão considerados - A experiência de cada um é valorizada especialista na sua área - Aspectos conceituais - Atividades de consistência agenda - Organização da equipe, organização. Ponto 3 pontos para cada projeto específico adicional para um máximo de 30 pontos Coordenador Geral: 2 pts para cada ano adicional de até 10 pontos Profissional A:2 pst para cada ano adicional de até 10 pontos Profissional B: 2 pts para cada ano adicional de até 10 pontos Profissional C : 1 pts para cada ano adicional de até 5pontos Profissional D : 1 pt para cada ano adicional de até 5 pontos Metodologia: 20 pontos Muito bom 10pt, 8pt Bom, Aceitável 6 pt, Pobres, 4 pt Seqüência de atividades: 5 pontos Muito bom 10pt, 8pt Bom, Aceitável 6 pt, Pobres, 4 pt Organização do time: 5 pontos Muito bom 10pt, 8pt Bom, Aceitável 6 pt, Pobres, 4 pt Avaliação da proposta económica A pontuação mais alta é dada a proposta de menor valor. Proporcionalmente ser adjudicada a outros proponentes a sua pontuação, como segue: PE = 20 x (Menor valor / valor dado para avaliar) 22

ANEXO I CARACTERIZAÇÃO E DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS INTERVENÇÕES PARA DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS LOCAIS PARA DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS 23

PRINCIPAIS CARACTERIZAÇÕES A Prefeitura do Município de Fortaleza (PMF), através de seu Órgão Gestor de Transporte tem realizado diversos estudos nos últimos anos sobre transporte urbano (principalmente o coletivo de passageiros), dentre eles pode-se citar o Plano de Transporte Urbano de Fortaleza (PTUF), que prevê a implantação, ao longo de 20 anos, de 9 corredores de transportes e 4 eixos interbairros, dentre estes encontram-se a Av. Engenheiro Santana Júnior, a Av. Washington Soares e a Av. Oliveira Paiva. O PTUF está baseado nos conceitos de coletividade e mobilidade urbana sustentável, além da acessibilidade universal. Com a implantação do programa, a prefeitura irá diminuir o tempo das viagens, os custos do transporte, o tempo de embarque e de desembarque dos passageiros, com o objetivo de aumentar a segurança no trânsito. As vias Avenida Engenheiro Santana Junior e Avenida Washington Soares compõem o corredor operacional sudeste de transporte coletivo, com grande demanda de passageiros, tendo como principais vias que são alimentadoras: ao sul, o eixo interbairros, Av. Oliveira Paiva, ao norte o Terminal do Papicu, e a noroeste as avenidas Pontes Vieira e Antônio Sales. Essas vias interligam 11 (onze) bairros de Fortaleza sendo: Papicu, Cocó, São João do Tauape, Salinas, Edson Queiroz, Guararapes, Luciano Cavalcanti, Parque Manibura, Cambeba, Sapiranga/Coite e Cidade dos Funcionários, integrando as áreas Norte e Sudoeste da Cidade. A importância deste corredor e integração/melhorias com as vias que o alimentam se expande além das fronteiras dos seus bairros. Nos últimos dez anos o município de Fortaleza e sua RMF apresentou forte expansão em sua região Sudoeste, os bairros citados totalizaram um crescimento populacional de 8%, concentrados especialmente nos bairros Cidade dos Funcionários, Parque Iracema e Messejana, com percentuais de aumento populacional de até 89%. Tal situação aliada a necessidade de deslocamento aos centros econômicos da capital, ocasiona uma ampliação da característica de ligação metropolitana deste trecho até a rodovia BR 116. O projeto a ser elaborado está dividido em 03 (três) trechos, sendo: Trecho 1 Av. Washington Soares/Av. Engenheiro Santana Júnior sendo: - Av. Washington Soares entre Av. Oliveira Paiva e Av. Engenheiro Santana Júnior - Av. Engenheiro Santana Júnior entre Av. Washington Soares e Terminal do Papicu Trecho 2 Av. Oliveira Paiva sendo: - Entre a BR 116 e a Av. Washington Soares Trecho 3 Rua Prof. Aderbal Nunes Ferreira/ Av. Atilano de Moura/Av. Firmino Rocha Aguiar sendo: - Rua Prof. Aderbal Nunes Ferreira entre Av. Pontes Vieira e R. dos Manguezais - Entre R. dos Manguezais e Av. Rogaciano Leite ligação a ser elaborada - Av. Atilano de Moura entre Av. Rogaciano Leite e Av. Cel Miguel Dias - Av. Firmino Rocha Aguiar entre Av. Cel Miguel Dias e Av. Washington Soares Esse trecho, através de uma obra de arte especial que ficará sobre o Rio Cocó, fará a ligação entre a região noroeste com a região sudeste da cidade, integrando os bairros de São João do Tauape, Salinas, Edson Queiroz e Guararapes. 24

DESCRIÇÃO DA PROPOSTA MÍNIMA A seguir estão relacionadas as principais intervenções estabelecidas: Estudo de tráfego e avaliação da viabilidade de alargamento da Av. Oliveira Paiva dentro do contexto de circulação e integração do sistema tronco alimentador; e para o caso positivo quanto ao alargamento, serão realizadas a restauração viária contemplando alargamento, drenagem, pavimentação, readequação de passeios e ciclovia/ciclo faixas para ciclistas, dotando-a ainda de um corredor exclusivo para ônibus; Restauração viária contemplando readequação da seção, drenagem, pavimentação, passeios, ciclovia na Av. Washington Soares, dotando-a ainda de um corredor exclusivo para ônibus; Restauração viária contemplando drenagem pontual, pavimentação, ciclovia/ciclofaixa, e adequação de passeios da Av. Engenheiro Santana Júnior, dotando-a ainda de um corredor exclusivo para ônibus; Elaboração de estudos de tráfego que apresentem soluções viárias, sempre priorizando os modos não motorizados e o transporte coletivo, e tendo como premissa a segurança e a fluidez viária, após a conclusão destes estudos deverão ser elaborados todos os projetos necessários para a execução de obras que façam a ligação das avenidas Pontes Vieira e Senador Virgílio Távora com a nova Obra de Arte Especial sobre o rio Cocó. Para a interligação entre as Avenidas Pontes Vieira e Senador Virgílio Távora com a Avenida Atilano de Moura deve ser considerada, para efeito de entrega de produto, no presente edital, apenas a concepção/projeto funcional/anteprojeto da Obra de Arte Especial sobre o Rio Cocó. As intervenções estão distribuídas nos 03 (três) trechos apresentados abaixo. Trecho 01 - Av. Washington Soares/Av. Engenheiro Santana Júnior Extensão: 7,1 Km Início: Terminal Urbano de Ônibus do Papicu Término: Av. Oliveira Paiva Intervenções mínimas requeridas para o Trecho 01: Readequação da seção viária das vias com novo traçado urbano, ordenando o ônibus junto ao canteiro central, pavimentação das pistas de rolamento, faixa do ônibus em pavimento de concreto, reestruturação dos passeios garantindo a acessibilidade universal, implantação de passarelas ou tempos semafóricos para garantir maior segurança nas áreas de travessia de pedestres e prevendo 25

maior acesso físico aos meios de transporte coletivo de passageiros, novos projetos de parada/estações, sinalização viária, readequação/implantação de ciclovia/ciclofaixa, elaboração de projeto paisagístico ao longo de toda a extensão viária. Trecho 02 - Avenida Oliveira Paiva. Extensão: 3,0 Km Início: BR 116 Término: Av. Washington Soares Intervenções mínimas requeridas para os Trechos 02: Readequação da seção viária com um novo traçado urbano, alargamento, drenagem, readequação da pavimentação das pistas de rolamento, pavimentação em concreto para a faixa exclusiva de ônibus, reestruturação dos passeios garantindo a acessibilidade universal, maior segurança nas áreas de travessia e prevendo maior acesso físico aos meios de transporte coletivo de passageiros, reestruturação dos pontos/estações de parada, sinalização viária, implantação de ciclovia/ciclofaixa e implantação de projeto paisagístico ao longo de toda a extensão viária. Trecho 03 - Rua Prof. Aderbal Nunes Ferreira/ Av. Atilano de Moura/Av. Firmino Rocha Aguiar Extensão: 2,50 Km Início: Avenidas Pontes Vieira e Senador Virgílio Távora Término: Avenida Washington Soares. Intervenções mínimas requeridas para o Trecho 03: Alargamento, readequação da seção viária, pavimentação, pavimento das paradas deverá ser em concreto, reestruturação dos passeios garantindo a acessibilidade universal, maior segurança nas áreas de travessia de pedestres, e prevendo maior acesso físico aos meios de transporte coletivo de passageiros, reestruturação dos pontos/estações de parada, sinalização viária, implantação de ciclovia/ciclofaixa, implantação de projeto paisagístico ao longo de toda a extensão viária, drenagem e construção de uma ligação viária em OAE sobre o Rio Cocó. 26

LOCALIZAÇÃ DAS VIAS DA PROPOSTA LEGENDA TRECHO 1 - WASINGTON SOARES/ENG. SANTANA JÚNIOR TRECHO 2 - OLIVEIRA PAIVA TRECHO 3 - ADERBAL NUNES FERREIRA/ATILANO MOURA/FIRMINO AGUIAR 27