ESPECIFICAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE URBANIZAÇÃO SUMÁRIO OBJETIVO DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ESCOPO PROCEDIMENTOS FORMAIS
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- Giovanni de Caminha Eger
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1 ESPECIFICAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE URBANIZAÇÃO SUMÁRIO OBJETIVO DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ESCOPO PROCEDIMENTOS FORMAIS COMPONENTES ESPECÍFICOS Plano de Intervenção Projeto Básico Projeto Executivo APRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS
2 Fl.: 2/8 APRESENTAÇÃO Os aspectos fundamentais a serem considerados em um concepção de intervenção no meio urbano devem considerar: 1. que a sustentabilidade das ações a serem implementadas não depende só da administração pública, mas da perfeita interação entre todos os agentes que atuam no meio urbano, principalmente a população diretamente beneficiada; 2. uma compreensão sistêmica e integrada da realidade, abrangendo todos os aspectos da vida humana representados em um determinado espaço; 3. um planejamento voltado para resultados palpáveis, em seus diferentes níveis de intervenção. Ao poder público, em seu papel indutor do desenvolvimento econômico, social, urbano e ambiental, visando a redução das desigualdades urbanas, cabe também o papel de definir a divisão social e simbólica do espaço, as normas de uso e ocupação do solo, os tipos de construtibilidade adequadas à saúde, bem como os espaços para equipamentos e serviços urbanos e ambientais. Os projetos de urbanização contratados deverão partir de uma visão integrada acerca da problemática da área em seus aspectos urbanísticos, visando a implantação de infraestrtura, demanda por equipamentos públicos e habitações para as famílias a serem removidas, bem como, os respectivos levantamentos para implementações das intervenções propostas OBJETIVO O objetivo desta especificação é orientar o profissional urbanista nas questões relativas ao desenho urbano, baseando-se nas experiências da municipalidade na implementação de programas urbanos, destacando-se os projetos São Pedro, Terra, Orla, Rota Manguezal e outros. As questões específicas quanto às disciplinas complementares se apresentam abordadas nas suas respectivas especificações.
3 Fl.: 3/8 Esta especificação visa também estabelecer escopo, diretrizes e especificações técnicas para elaboração dos Projetos de Urbanismo. 2.0 NOMENCLATURAS: PMV: Prefeitura Municipal de Vitória SEDEC: Secretaria de Desenvolvimento da Cidade SETRAN: Secretaria Municipal de Transportes e Infra-Estrutura Urbana SEMMAM: Secretaria Municipal de Meio Ambiente ESCOPO ELEMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Os serviços técnicos a serem desenvolvidos em ações de urbanização devem levar em consideração as características da organização física e social, visando aprimorá-las na busca de um ambiente estável e saneado, a partir das práticas culturais e dos anseios das comunidades locais. O processo de urbanização de áreas de interesse social pressupõe, portanto, esforços conjuntos e a participação efetiva da população em todas as suas fases de desenvolvimento, a partir da determinação de programa de urbanização integrada. Deverão ser considerados ainda os seguintes aspectos: Proposição de zoneamento (áreas de habitação, comércio e serviços públicos, zonas de preservação) que permita a estruturação interna da comunidade, além de proposta para legalização simplificada de controle urbanístico; A delimitação da áreas urbanizáveis e da área ambientalmente preservável; A garantia do acesso de cada lote a uma via pública, seja ela via carroçável, beco ou escadaria;
4 Fl.: 4/8 A introdução de elementos espaciais reconhecidamente urbanos, como áreas de lazer, praças e equipamentos públicos; Evitar a criação de espaços livres que venham a se tornar focos de ocupação desordenada; A relocação do menor número possível de moradias, privilegiando as de baixo padrão construtivo; O aproveitamento, preferencialmente, dos vazios internos para as relocações inevitáveis e para a construção de equipamentos públicos; A sistematização e otimização de medidas que permitam a coleta de lixo e a implantação da infra-estrutura planejada; A minimização dos fatores de risco existentes na área; A indicação de limites físicos a serem construídos como forma de evitar a expansão da área; A organização de um sistema viário hierarquizado, que otimize a integração com os logradouros existentes, dando continuidade, na medida do possível, às ruas já reconhecidas e possibilitando um sistema de nomenclatura de ruas e numeração de casas; A definição de vias de circulação de veículos que atendam à maior área possível da área, levando em conta, dentre outros, o objetivo de otimizar a coleta de lixo domiciliar, a segurança pública e o ingresso de veículos de urgência e emergência; A introdução de elementos físicos e a proteção de pequenos taludes que configurem e delimitem o espaço público das vias, escadas e rampas, através de pavimentação e construção de guias ou elementos delimitadores; O alargamento dos becos, quando não impliquem na remoção de um número significativo de moradias, possibilitando a circulação de veículos de pequeno porte e o acesso mais fácil a cada moradia;
5 Fl.: 5/8 Evitar a abertura de vias públicas ou privadas que possam vir a se tornar vetores indesejáveis de ocupação, como escadarias que acessem áreas de interesse ambiental; O estudo de alternativa de pavimentação que leve em consideração critérios técnicos, soluções de menor custo e de fácil manutenção e facilidade de execução; Propor, sempre que viável e compatível com o local, um roteiro de linha de transporte complementar na área de intervenção, ouvida a SETRAN; Observar áreas de potencial já existentes na comunidade com o objetivo de transformá-las em espaços de uso público; Observar, quando da relocação de moradias, o tratamento dos vazios gerados, projetando outra destinação para estes espaços COMPONENTES ESPECÍFICOS Plano de Intervenção A caracterização e levantamento acerca da problemática da área serão desenvolvidos com base em dados secundários, documentação fornecida pela PMV e visita à área, em número suficiente para subsidiar e viabilizar as proposições do Plano. A PMV disponibilizará à empresa contratada, na forma de consulta, ou cópia, por conta da mesma, dados, informações, estudos, mapas, plantas e outros que possam contribuir para a melhor compreensão das necessidades estabelecidas e para a otimização dos resultados. Nesta etapa, a empresa deverá apresentar: o estabelecimento das propostas de intervenção com respectivas análises de viabilidade técnica e financeira para a escolha das proposições, bem como identificação dos impactos que poderão gerar nas áreas social, ambiental e urbana, com correspondentes medidas mitigadoras; a delimitação das áreas de interesse ambiental, ouvida a SEMMAM;
6 Fl.: 6/8 Definição de sistema viário hierarquizado, englobando, se for o caso, proposição de linhas de transporte coletivo regular ou complementar; Proposta de relocação de moradias situadas em áreas de risco, interferência com obras ou em áreas ambientais; Planta geral com a indicação das intervenções propostas para a comunidade, no que diz respeito aos equipamentos públicos, áreas de esportes e lazer e intervenções no sistema viário. Perspectivas, maquetes e outros elementos necessários para o pleno entendimento da proposta, que deverá ser apresentada tanto para as comunidades quanto para setores técnicos municipais Projeto Básico e Serviços Adicionais Os projetos básicos deverão ser desenvolvidos a partir das intervenções aprovadas, incluindo-se a fundamentação da proposta e a incorporação dos condicionantes ambientais estabelecidos para o Licenciamento Ambiental, visando a redução dos impactos ambientais, sociais e urbanos na fase de implantação da obra. Os projetos básicos deverão estar acompanhados de orçamento por componente/projeto e o custo por domicílio beneficiado. Ainda nesta fase, deverão ser apresentadas as diretrizes para uso urbano na área e a indicação de diretrizes e usos para as áreas de interesse ambiental. Deverá, portanto, ser efetivada a revisão da planta geral, em esc. 1:1000 com a locação dos elementos que compõem a proposta para a Comunidade a partir das definições de cada disciplina. Cabe ressaltar que esta planta deverá ser utilizada como base para todas as disciplinas que compõem o projeto de urbanização de cada sub-área ou parcelamento, sendo originada da planta geral do sistema viário. Os serviços adicionais que constarão das etapas de Plano de Intervenção e Projeto Básico constarão de serviços geotécnicos (com sondagens e ensaios geotécnicos nas áreas indicadas no Plano de Intervenção que sejam consideradas necessárias ao projeto) e levantamentos topográficos plani-altimétricos. Compõem o Projeto Básico, além de outros elementos específicos de cada área, essenciais à compreensão do empreendimento:
7 Fl.: 7/8 Memorial Justificativo; Memorial Descritivo e Especificações Técnicas; Planta de Localização do Empreendimento em relação à malha urbana: planta da área urbana, em escala e representação compatível para a perfeita visualização, indicando a área de intervenção, sistema viário principal, acessos, área central, zonas de ocupação prioritária e tendências e expansão urbana na área de influência do empreendimento, a infra-estrutura existente e projetada, os equipamentos comunitários, conjuntos habitacionais, loteamentos implantados e os projetos co-localizados; Levantamento Planialtimétrico, com curvas de nível referidas ao RN oficial, com indicação de todos os elementos naturais, de forma a permitir a exata caracterização morfológica da área; Orçamentos detalhados de obras e serviços, constituído pela quantificação dos serviços a serem executados, mão de obra, materiais e equipamentos empregados, com os respectivos preços unitários, subtotais e total final; deverão ser elaborados orçamentos individualizados para cada obra ou serviço, e, a partir destes, um resumo de todas as obras a serem executadas; Cronograma Físico e Financeiro detalhado de obras e serviços, que deve ser elaborado em conformidade com os dados dos projetos e das planilhas orçamentárias e a distribuição dos serviços ao longo do tempo, tecnicamente exeqüível. Projetos Urbanísticos, contendo: Projeto de Infra-estrutura: terraplanagem, abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem, energia elétrica e iluminação pública, planta de interferências dos traçados das redes, sistema viário e pavimentação, prevenção de incêndios; Projetos arquitetônicos e complementares das edificações (unidades habitacionais, módulos hidráulicos, equipamentos comunitários e demais, sendo solicitados os projetos de arquitetura, estrutura, instalação elétrica e instalação hidro-sanitária. Diretrizes para Uso e Ocupação do Solo e para as Áreas de Interesse Ambiental.
8 Fl.: 8/ Projeto Executivo Nesta etapa a planta geral deverá ser revisada a partir das definições da etapa do Projeto Básico. Deverão ser desenvolvidos todos os projetos demandados, de forma a permitir a perfeita execução das intervenções propostas. Estar em consonância com as normas da ABNT e observando, inclusive, a legislação, normas e regulamentos ambientais e urbanos vigentes, sem prejuízo de outras normas e instrumentos legais; Serem suficientemente detalhados de forma a permitir a licitação da obra, nos termos da lei federal 8.666/93; A indicação de quadros de áreas, memoriais e outros elementos imprescindíveis ao entendimento e perfeita caracterização do projeto; Estarem todos os projetos executivos aprovados nos órgãos competentes, incluindo as concessionárias pertinentes. 4 - APRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS Os produtos a serem entregues contemplam, no mínimo : Documentos em arquivos DOC ou RTF (textos), XLS (planilhas); Mapas, plantas, projetos, desenhos e outras representações gráficas em arquivo DWG ou DXF. De cada volume serão entregues 3 cópias em papel sulfite e uma cópia em meio digital.
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