Cirurgia Micrográfica de Mohs

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Transcrição:

Cirurgia Micrográfica de Mohs O câncer de pele está cada vez mais predominante, e estima-se que cerca de 20% da população mundial desenvolverá câncer de pele em sua vida. Felizmente, o câncer de pele tem uma alta taxa de recuperação e raramente é letal quando diagnosticado e tratado desde o início. Para determinados tipos de câncer de pele, o tratamento reconhecido como tendo a mais alta taxa de cura é conhecido como cirurgia micrográfica de Mohs, ou simplesmente cirurgia de Mohs. A técnica de cirurgia de Mohs remove progressivamente o tecido canceroso ao mesmo tempo que preserva ao máximo possível de tecido saudável.

Introdução O câncer de pele está cada vez mais predominante, e estima-se que cerca de 20% da população mundial desenvolverá câncer de pele em sua vida. Felizmente, o câncer de pele tem uma alta taxa de recuperação e raramente é letal quando diagnosticado e tratado desde o início. Para determinados tipos de câncer de pele, o tratamento reconhecido como tendo a mais alta taxa de cura é conhecido como cirurgia micrográfica de Mohs, ou simplesmente cirurgia de Mohs. A técnica de cirurgia de Mohs remove progressivamente o tecido canceroso ao mesmo tempo que preserva ao máximo possível de tecido saudável. Os benefícios da cirurgia de Mohs em comparação com a excisão local tradicional Ao contrário dos tratamentos de câncer de pele que podem remover grandes quantidades de tecido sadio enquanto extirpam o câncer, sistematicamente a cirurgia de Mohs remove o câncer em incrementos para preservar o tecido sadio. As seções de tecido removido são examinadas em um microscópio para detectar a extensão do câncer. Se o câncer parecer estender-se para além dos limites do tecido removido, a remoção e análise continuam até que todo o tecido canceroso seja erradicado. Não raro, as lesões de câncer de pele podem ser enganosas; o que parece ser uma pequena lesão na superfície da pele pode ramificar com extensões como raízes nas camadas mais profundas do tecido. O exame sistemático com um microscópio permite que o médico determine exatamente até que ponto o tumor se estende, minimizando assim a remoção de tecido saudável.

Indicações A técnica de cirurgia de Mohs não é usada para todos os cânceres de pele; normalmente, é reservada para os cânceres de pele que têm um alto risco de reaparecimento ou para os cânceres de pele que reapareceram. A cirurgia de Mohs é também realizada para remover cânceres que existem entre o tecido cicatricial, grandes lesões cancerosas, cânceres de pele demonstrando um rápido crescimento, e quando as margens do câncer de pele não estão claramente evidentes. O procedimento é uma opção para o carcinoma de células escamosas ou basais e, de vez em quando, pode ser realizada em melanomas selecionados. Tem uma alta taxa de sucesso, especialmente no caso de carcinomas basocelulares. A cirurgia de Mohs é também a opção preferida para a remoção de câncer de pele de áreas como a face, mãos, pés e genitais, onde preservar a máxima quantidade de tecido sadio é importante para manter a função ou evitar a cicatriz antiestética. Procedimento (A) No início do procedimento, o médico cria um esboço de referência do câncer visível e da pele em volta. Em seguida, a área afetada é marcada e anestesiada com um anestésico local. O tumor visível é extirpado usando-se ou um dispositivo com forma de concha, conhecido como cureta, ou outro instrumento cirúrgico. Uma vez que o tumor visível seja removido, o médico cortará uma fina camada de tecido subjacente do local do tumor para examiná-lo e determinar se o câncer se estende além da excisão. Essa camada de tecido é cortada em seções e as bordas são codificadas por cores com uma variedade de pigmentos, assegurando que o tecido possa ser corretamente orientado e mapeado. A área da excisão é enfaixada, e o paciente será levado para a sala de espera, enquanto o tecido é preparado e examinado.

Procedimento (B) As seções de tecido removidas são congeladas e toda a borda e parte de baixo de cada seção são cortadas em fatias finas e colocadas sobre lâminas de microscópio. Os centros das seções de tecido não precisam ser examinados, uma vez que já foram removidos e o objetivo é identificar se algum câncer se estende para o tecido não cortado. Os cortes são pintados para tornar as células cancerosas identificáveis e, em seguida, cuidadosamente examinados. Se seu médico determinar que as células cancerígenas se estendem até a borda de qualquer fatia, a área é identificada no mapa de referência e outra camada de tecido é removida dessa área. Esse procedimento de remoção e análise continua até que nenhuma outra evidência de câncer seja encontrada. Duas ou três etapas desse processo são típicas, mas os pacientes podem precisar de várias excisões, dependendo do quão extensivamente o câncer se espalhou.

Conclusão Toda a cirurgia de Mohs é, geralmente, realizada em uma única sessão e pode durar várias horas. Uma vez que o tecido canceroso seja erradicado, a lesão é fechada e enfaixada. Uma lesão pequena e superficial pode cicatrizar por si só, enquanto que uma lesão maior será fechada com suturas. Para uma lesão muito grande ou uma em uma área cosmeticamente sensível, como o rosto, uma borda de pele pode ser puxada sobre a lesão ou um enxerto de pele pode ser necessário para reconstruir a área da incisão. Entorpecimento temporário, compressão e sensibilidade são normais durante a recuperação da cirurgia de Mohs, também podem ocorrer leve inchaço e hematomas. Para minimizar as cicatrizes após a cirurgia de Mohs, siga as instruções de seu médico. A cirurgia de Mohs é um meio altamente eficaz para remover o câncer de pele ao mesmo tempo em que preserva o máximo possível de tecido sadio, minimizando com isso as cicatrizes e alcançando uma alta taxa de cura. Consulte seu médico para saber se a cirurgia de Mohs é ideal para você.