Contrato de Trabalho: morfologia e tipos SARMENTO

Documentos relacionados
DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Terceirização no Direito do Trabalho. Parte III. Prof. Cláudio Freitas

LEI Nº 6.019/74 COMPARADA

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Trabalho Temporário e Terceirização

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Trabalho doméstico. Parte III. Prof. CláudioFreitas

TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS. Autor: Sidnei Di Bacco/Advogado da União

Informações de Impressão

Ensaio sobre a nova Lei dos Empregados Domésticos

DECRETO Nº , DE 9 DE MARÇO DE PUBLICADO NO DOU DE 9/03/1973

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Terceirização no Direito do Trabalho. Parte I. Prof. Cláudio Freitas

DIREITO DO TRABALHO. Sujeitos do contrato de trabalho / empregador. Prof. Hermes Cramacon

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Trabalho da mulher. Parte II. Prof. Cláudio Freitas

DIREITO ADMINISTRATIVO

TRABALHO TEMPORÁRIO E TERCEIRIZAÇÃO. Profª Dra. Ana Amélia Mascarenhas Camargos

DIREITO DO TRABALHO A Professora Simone Batista

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO

Relação de trabalho X Relação de Emprego

DIREITO MATERIAL DO TRABALHO AULA 8

A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito

UNIDADE VIII TERCEIRIZAÇÃO

Trabalhador terceirizado

Seminário de Assuntos Contábeis de Caxias do Sul

DIREITO CONSTITUCIONAL

DECRETO , DE 13 DE MARÇO DE 1974

Informações de Impressão

DECRETO Nº , DE 13 DE MARÇO DE 1974.

DEMANDA COMPLEMENTAR DE SERVIÇOS": FATORES IMPREVISÍVEIS OU,

Simulado TRT Direito do Trabalho Simulado Konrad Mota

TERCEIRIZAÇÃO. 1- Atividade-meio X atividade-fim 2- Pejotização X terceirização 3- Fundo garantidor dos direitos trabalhistas

COMO A JUSTIÇA DO TRABALHO TEM SE POSICIONADO NO JULGAMENTO DOS PROCESSOS DE CONTRATOS DE TERCEIRIZAÇÕES? Davi Furtado Meirelles

DECRETO Nº , DE 13 DE MARÇO DE Regulamenta a Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, que dispõe sobre o trabalho temporário.

Direito do Trabalho p/ TST Prof. Antonio Daud

Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso.

TERCEIRIZAÇÃO E TRABALHO TEMPORÁRIO

São Paulo, 27 de Março de 2008.

AUDIÊNCIA PÚBLICA C R A

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Trabalho doméstico. Parte I. Prof. CláudioFreitas

A falta de aviso prévio por parte do empregador implica no pagamento da remuneração equivalente aos dias de aviso.

Britcham Corporate Day Aspectos Trabalhistas 23/03/2016

PROJETO DE LEI N o, DE 2006

1. INTRODUÇÃO Adam Smith Londres: divisão de tarefas resultou numa especialização do trabalho, com sensível ganho de velocidade na produção e r

EMPREGADO ART. 3º DA CLT. - Pessoalidade - Não eventual - Onerosidade - Subordinação Jurídica APRENDIZ ART. 428 DA CLT

Direito do Trabalho p/ TRT-CE Prof. Antonio Daud

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Trabalho doméstico. Parte IV. Prof. CláudioFreitas

INSTRUÇÃO NORMATIVA SIT Nº 114, DE DOU DE REP. DOU DE

DEPARTAMENTO JURÍDICO TRABALHISTA BOLETIM 093/2014

Jornada de trabalho.

Sindicato das Misericórdias e Entidades Filantrópicas e Beneficentes do Estado do Rio de Janeiro.

SUMÁRIO AGRADECIMENTOS...11 APRESENTAÇÃO...13 HISTÓRICO...15 EMPREGADO DOMÉSTICO...29 EMPREGADOR...51

Pereira Advogados Todos os Direitos Reservados

REFORMA TRABALHISTA. Alteração da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT e aplicação no âmbito da Unesp

CONSIDERAÇÕES INICIAIS. Prof. Leandro Alencar

Novos tipos de contrato de trabalho:

CRITÉRIOS DE CONTRATAÇÃO DE PESSOAS E SERVIÇOS NO MERCADO DE SAÚDE.

EMPREGADO Art. 3 da CLT

DIREITOS SOCIAIS Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, lazer, segurança, previdência social,

S UMÁRIO. Capítulo 1 Direito do Trabalho... 1

Avenida dos Andradas, 3323, 12 andar -Santa Efigênia -Belo Horizonte (31)

Capítulo IH - Sujeitos da Relação de Emprego 115

REFORMA TRABALHISTA IMPACTOS NAS STARTUPS 22 DE AGOSTO DE 2017

TEMA: PROTEÇÃO AO TRABALHO DA MULHER ARTIGOS: 372 AO 401, DA CLT

O empregado doméstico faz jus as férias anuais de quantos dias?

O IMPACTO DAS MUDANÇAS NA REFORMA TRABALHISTA NO DIA A DIA DAS RELAÇÕES DE TRABALHO DOS CLUBES

SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

EMPREGADO Art. 3 da CLT Pessoalidade; Não eventual; Onerosidade; Subordinação Jurídica;

TERCEIRIZAÇÃO PROFESSOR LEANDRO ANTUNES

A REGULAMENTAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO. gehling.com.br

S u m á r i o. Capítulo 1 Direito do Trabalho Capítulo 2 Princípios de Direito do Trabalho Trabalho...1

VERITAE TRABALHO - PREVIDÊNCIA SOCIAL - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO LEX TRABALHO

Principais Alterações da Reforma Trabalhista

REFORMA TRABALHISTA 09/06/2017

DIREITO Previdenciário

DIREITO do TRABALHO. Dos contratos de natureza trabalhista Contratos por prazo determinado. Parte II. Prof. Cláudio Freitas

OS DIREITOS DOS TRABALHADORES NA CONSTITUIÇÃO- ARTIGO 7º

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Trabalho doméstico. Parte II. Prof. CláudioFreitas

ASPECTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Suspensão e Interrupção do Contrato de. Trabalho. Direito do. Trabalho

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Trabalho da mulher. Parte I. Prof. Cláudio Freitas

ROTEIRO* : SUJEITOS DO CONTRATO INDIVIDUAL DO TRABALHO Fonte: CASSAR. Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 14ª ed. São Paulo: Método, 2017

REFORMA TRABALHISTA (Lei nº , de ) Data de início de vigência: 11/11/2017

Sumário. Introdução, 1

Jornada de trabalho LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA

Empregado (artigo 3º da CLT)

R E F O R M A T R A B A L H I S T A 5/12/2017 B R A S S C O M

SEMINÁRIO TRABALHISTA TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS SP 25/08/2017

IMPACTOS DAS PROPOSTAS DE REFORMAS, EM ANDAMENTO NO CONGRESSO NACIONAL, NO MUNDO CORPORATIVO

A TERCEIRIZAÇÃO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO. * Principais Temáticas*

A nova Lei da Terceirização e do Trabalho Temporário (Lei /2017)

RENATO ARIAS SANTISO REFORMA TRABALHISTA DIREITO MATERIAL INDIVIDUAL E COLETIVO LEI 13467/17 E MP 808/17

REFORMA TRABALHISTA JORNADA DE TRABALHO

TERCEIRIZAÇÃO SOLUÇÃO OU PROBLEMA? O que é afinal terceirização?

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Direitos Sociais dos trabalhadores. Parte III. Prof. Cláudio Freitas

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA - CCJC PROJETO DE LEI Nº 4.330, DE 2004 (De Artur Bruno e outros)

Reforma Trabalhista. O impacto das mudanças na reforma trabalhista no dia a dia das relações de trabalho dos clubes VALTER PICCINO - CONSULTOR

III CONGRESSO DOS ADVOGADOS TRABALHISTAS DE EMPRESAS NO RS - SATERGS A REGULAMENTAÇÃO LEGAL DA TERCEIRIZAÇÃO

RENATA TIVERON a 2008

A REFORMA TRABALHISTA NA PRÁTICA

EMPREGADO (ART. 3) EMPREGADOR (ART. 2) Lei /16 Proíbe revista íntima do empregador em funcionários e clientes.

Transcrição:

Contrato de Trabalho: morfologia e tipos SARMENTO

TRABALHO DOMÉSTICO CLT: Art. 7º Os preceitos constantes da presente Consolidação salvo quando for em cada caso, expressamente determinado em contrário, não se aplicam a) aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam serviços de natureza não-econômica à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas; LEI 5859/72: Art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial destas, aplica-se o disposto nesta lei.

TRABALHO DOMÉSTICO Direitos do doméstico na CF (art. 7º parág. ún) Salário mínimo Irredutibilidade de salário 13º salário RSR Férias Licença gestante Licença paternidade Aviso prévio Aposentadoria Integração à PS Anotação de CTPS Obs 1: -Vale-transporte (art. 1º, II, Dec. 95.247/87) Obs 2: -FGTS (Art.3ºA - 5859/72) -seguro-desemprego (Art.6º A - 5859/72)

Art. 4º-A. É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada doméstica gestante desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco) meses após o parto. Art. 3o - O empregado doméstico terá direito a férias anuais remuneradas de 30 (trinta) dias com, pelo menos, 1/3 (um terço) a mais que o salário normal, após cada período de 12 (doze) meses de trabalho, prestado à mesma pessoa ou família. Art. 5o - O disposto no art. 3º da Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972, com a redação dada por esta Lei, aplica-se aos períodos aquisitivos iniciados após a data de publicação desta Lei.

Art. 2o-A. É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia. (CLT, arts. 81 e 82 salário in natura) 1o Poderão ser descontadas as despesas com moradia de que trata o caput deste artigo quando essa se referir a local diverso da residência em que ocorrer a prestação de serviço, e desde que essa possibilidade tenha sido expressamente acordada entre as partes. 2o As despesas referidas no caput deste artigo não têm natureza salarial nem se incorporam à remuneração para quaisquer efeitos.

1ª) Quanto ao empregado doméstico, considere: I. É permitido ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado doméstico por fornecimento de vestuário. II. Em nenhuma hipótese poderá o empregador doméstico efetuar desconto no salário do empregado doméstico por fornecimento de moradia. III. As despesas pelo fornecimento de alimentação e higiene não têm natureza salarial nem se incorporam à remuneração do empregado para quaisquer efeitos. IV. É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada doméstica gestante, desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto.

Está correto o que consta APENAS em a) I e IV. b) II, III e IV. c) II e III. d) I, II e III. e) III e IV.

EMPREGADA MULHER (CESPE/2008.2) Se uma empresa de médio porte publicar, em jornal de grande circulação, anúncio oferecendo vagas para o cargo de secretário executivo e a contratação de pessoas do sexo feminino estiver condicionada à apresentação de documento médico que ateste que a pretendente à vaga não esteja em estado gestacional, nesse caso, a condição imposta no ato de contratação deverá ser considerada: A) Improcedente, sendo possível tornar-se regular mediante a concordância expressa do respectivo sindicato da categoria profissional

B) Procedente, visto que as funções do cargo oferecido não são compatíveis com estado gestacional. C) Procedente, dado que o poder de mando do empresário possibilita tal exigência para a contratação de pessoas do sexo feminino. D) Improcedente, visto que representa um elemento limitador do acesso feminino ao mercado de trabalho.

(CESPE/200S.3) No que concerne ao trabalho da mulher; assinale a opção correta. A) A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário, devendo, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28 dia antes do parto e ocorrência deste. B) As empresas que tenham em seus quadros mais de 100 empregados são obrigadas a contratar, no mínimo, 20 mulheres, em obediência à CF e à legislação ordinária.

C) Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 25 mulheres com mais de 16 anos de idade são obrigados a dispor de local apropriado onde seja permitido às empregadas, no período da amamentação, deixar, sob vigilância e assistência, os seus filhos. D) Ao empregador é vedado empregar mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 25 quilos para o trabalho Contínuo, exceto quanto à remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos.

Comentário: É correta a alternativa A, pois a garantia do emprego à empregada gestante decorre de previsão constitucional, constante do art. 7, XVIII, da CF, bem como do art. 392 e 1º da CLT. É expressamente previsto na lei a licença-gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de 120 dias, mediante comprovação médica a comunicar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28 dia antes do parto e ocorrência deste. Gabarito Oficial: Alternativa A

Trabalho Rural (Lei 5889/73) Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. Art. 3º - Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. Art. 4º - Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho de outrem.

RURAL X URBANO -adicional noturno: 25% -horário noturno (60 ): 21h às 05h (lavoura) 20h às 04h (pecuária) -descontos: a)20% (moradia/habitação) b)25% (alimentação) c)adiantamentos $ -aviso prévio: Folga de um dia por semana -intervalos: +6h usos e costumes -adicional noturno: 20% -horário noturno (52 30 ): 22h às 05h -descontos: a)25%(moradia/habitação) b)20% (alimentação) c)adiantamentos $ -aviso prévio: Jornada c/ redução 2h/dia ou 7 dias corridos -intervalos: + 6h mín. 1h até o máx. 2h (ACT/CCT)

Trabalho Temporário (Lei 6019/74) Hipótese de terceirização na atividade fim TST: contratação de trabalhador por empresa interposta

SERVISAN (EMPRESA TERCEIRIZANTE) BANCO DO BRASIL (TOMADOR) Relação de direito vínculo empregatício Relação de fato TRABALHADOR Atividade-meio S/ pessoalidade/subordinação direta

Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. (Súmula 331, III, do TST)

SERVISAN (EMPRESA TERCEIRIZANTE) BANCO DO BRASIL (TOMADOR) Caso de nulidade TRABALHADOR

A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formandose o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei 6.019, de 03.01.1974. (Súmula 331, I, do TST)

Trabalho Temporário (Lei 6019/74) (hipótese de terceirização na atividade fim) Art. 2º. Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços. Art. 4º. Compreende-se como empresa de trabalho temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos.

Trabalho Temporário (Lei 6019/74): (dois contratos escritos) Art. 9º - O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço ou cliente deverá ser obrigatoriamente escrito e dele deverá constar expressamente o motivo justificador da demanda de trabalho temporário, assim como as modalidades de remuneração da prestação de serviço. Art. 11 - O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma empresa tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele deverão constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei.

Prazo máximo de três meses! Art. 10 - O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de três meses, salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho e Previdência Social, segundo instruções a serem baixadas pelo Departamento Nacional de Mão-de- Obra.

Esquema do Trabalho temporário ETT TOMADORA TRABALHADOR TEMPORÁRIO Atividade fim Substituição de pessoal Acréscimo extraordinário de serviço

NULIDADE? ETT TOMADORA TRABALHADOR TEMPORÁRIO

PROIBIÇÃO: Art. 11 -... Parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário.

Art. 13 - Constituem justa causa para rescisão do contrato do trabalhador temporário os atos e circunstâncias mencionados nos artigos 482 e 483, da Consolidação das Leis do Trabalho, ocorrentes entre o trabalhador e a empresa de trabalho temporário ou entre aquele e a empresa cliente onde estiver prestando serviço. Art. 16 - No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei. Art. 17 - É defeso às empresas de prestação de serviço temporário a contratação de estrangeiros com visto provisório de permanência no País.

Obs. Terceirização ilícita no âmbito da Administração Pública A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). (Súmula 331, II, do TST)

Responsabilidade pelo pagamento das verbas Regra geral: empregador. Subsidiariamente, tomador (inclusive Adm. Pub) Em caso de terceirização ilícita: solidária

O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, ou das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista, desde que hajam participado da relação processual e constem também do título executivo judicial.

(OAB - IV EXAME DE ORDEM UNIFICADO FGV - 2011.1) Paulo, empregado da empresa Alegria Ltda., trabalha para a empresa Boa Sorte Ltda., em decorrência de contrato de prestação de serviços celebrado entre as respectivas empresas. As atribuições por ele exercidas inserem-se na atividade-meio da tomadora, a qual efetua o controle de sua jornada de trabalho e dirige a prestação pessoal dos serviços, emitindo ordens diretas ao trabalhador no desempenho de suas tarefas. Diante dessa situação hipotética, assinale a alternativa correta.

A) A terceirização é ilícita, acarretando a nulidade do vínculo de emprego com a empresa prestadora e o reconhecimento do vínculo de emprego diretamente com a empresa tomadora. B) A terceirização é ilícita, acarretando a responsabilidade subsidiária da empresa tomadora pelas obrigações trabalhistas Inadimplidas pela empresa prestadora. C) A terceirização é lícita, acarretando a responsabilidade subsidiária da empresa tomadora pelas obrigações trabalhistas inadimplidas pela empresa prestadora.

D) A terceirização é lícita, não acarretando a responsabilidade subsidiária da empresa tomadora pelas obrigações trabalhistas inadimplidas pela empresa prestadora.

Comentário: Analisando as alternativas ofertadas na questão, observa-se que um detalhe importante no enunciado leva à conclusão de que a alternativa correta é a A. Plenamente possível a terceirização de atividade meio, no entanto, não pode haver pessoalidade e subordinação direta entre o empregado e a empresa que terceirizou o serviço. A Súmula 331 do TST permite a terceirização, no entanto, o seu inciso III ressalva que para tanto não poderá existir a referida pessoalidade e subordinação na modalidade direta.

Questão - Após a edição da Constituição de Federal de 1988, a contratação irregular de trabalhador, por meio de empresa interposta, (A) gera vínculo de emprego apenas com os órgãos da Administração Pública indireta ou fundacional. (B) gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional. (C) gera vínculo de emprego apenas com os órgãos da Administração Pública direta. (D) gera vínculo de emprego apenas com os órgãos da Administração Pública indireta. (E) não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional.

Analise as assertivas abaixo sob a ótica da terceirização trabalhista. I - É sempre ilícita a terceirização envolvendo a atividade-fim da empresa, porque afronta o paradigma juslaborativo previsto no art. 3º da CLT. II - O TST considera ilícita a contratação de trabalhadores por empresa interposta, salvo nos casos específicos de trabalho temporário. III Em casos de terceirização ilícita, todas as empresas respondem pelo inadimplemento dos valores devidos ao trabalhador.

Está(ão) correta(s): I II III II e III I e III

(OAB - V EXAME DE ORDEM UNIFICADO - FGV -2011) Uma empresa põe anúncio em jornal oferecendo emprego para a função de vendedor, exigindo que o candidato tenha experiência anterior de 11 meses nessa função. Diante disso, assinale a alternativa correta. A) A exigência é ilegal, pois o máximo que o futuro empregador poderia exigir seriam 6 meses de experiência. B) A exigência é ilegal, pois o máximo que o futuro empregador poderia exigir seriam 3 meses de experiência.

C) A exigência é legal, pois a experiência até 1 ano pode ser exigida do candidato a qualquer emprego, estando inserida no poder diretivo do futuro empregador. D) A exigência não traduz discriminação no emprego, de modo que poderia ser exigido qualquer período de experiência anterior.

Comentário: A alternativa correta é a A uma vez que, à luz do art. 442-A da CLT, para fins de contratação, o empregador não poderá exigir do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 meses no mesmo tipo de atividade. Logo, as demais alternativas divergem do texto legal. Gabarito Oficial: Alternativa A

SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO (CESPEI2008.2) A denominada aposentadoria por invalidez é, em relação ao contrato de trabalho, causa de: A) Suspensão. B) Interrupção. C) Prorrogação. D) Rescisão.

SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Comentário: É correta a alternativa A, ou seja, é causa de suspensão, pois, cessada a causa que determinou a aposentadoria por invalidez, cessará o benefício, e, assim, dada a suspensão do contrato do trabalhador, este poderá voltar a exercer suas atividades como anteriormente as desenvolvia. Conforme o art. 475 da CLT,o empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis da previdência social para a efetivação do benefício.

Dessa forma, o contrato ficou suspenso por todo o período da aposentadoria por invalidez; mas cessada a causa da invalidez, volta a viger o contrato de trabalho que estava suspenso. Gabarito Oficial: Alternativa A

Direitos assegurados ao Temporário (art. 12) a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; b) horas extras; c) férias; d) RSR; e) adicional noturno; f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido; g) seguro contra acidente do trabalho; h) proteção previdenciária. i) FGTS (art. 20, IX, Lei 8036/90 c/c art. 14, Dec. 99.684/90) j) CTPS

Art. 18 - É vedado à empresa do trabalho temporário cobrar do trabalhador qualquer importância, mesmo a título de mediação, podendo apenas efetuar os descontos previstos em Lei. Art. 19 - Competirá à Justiça do Trabalho dirimir os litígios entre as empresas de serviço temporário e seus trabalhadores.