RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA N 03/2014

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Transcrição:

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA N 03/2014 O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ, por seu Promotor de Justiça que adiante assina, no uso de suas atribuições legais, CONSIDERANDO o contido no artigo 127 da Constituição Federal, que dispõe que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis ; CONSIDERANDO o estabelecido nos artigos 129, inciso II, da mesma Carta Constitucional, bem como no artigo 120, inciso II, da Constituição do Estado do Paraná, que atribuem ao Ministério Público a função institucional de zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia ; CONSIDERANDO o artigo 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei Federal n.º 8.625, de 12 de fevereiro de 1993, o qual faculta ao Ministério Público expedir recomendação administrativa aos órgãos da administração pública federal, estadual e municipal, requisitando ao destinatário adequada e imediata divulgação; CONSIDERANDO o artigo 2º, caput, da Lei Complementar n.º 85, de 27 de dezembro de 1999, que antes de elencar funções atribuídas ao Ministério Público, reforça aquelas previstas na Constituição Federal e Estadual e na Lei Orgânica Nacional; 1

CONSIDERANDO que o mesmo diploma legal supramencionado, em seus artigos 67, 1º, inciso III, e 68, inciso XIII, item 10, dispõe que ao Promotor de Justiça incumbe, respectivamente, atender a qualquer do povo, ouvindo suas reclamações, informando, orientando e tomando as medidas de cunho administrativo ou judicial, ou encaminhandoas às autoridades ou órgãos competentes e efetuar a articulação entre os órgãos do Ministério Público e entidades públicas e privadas com atuação na sua área ; CONSIDERANDO a necessidade de submissão dos atos do Poder Executivo ao controle do Poder Legislativo, Tribunal de Contas e outros órgãos legitimados, incluindo-se o Ministério Público; CONSIDERANDO que, conforme prevê o art. 37, IX, da Constituição Federal, a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; CONSIDERANDO que chegou ao conhecimento da Promotoria de Justiça de Iretama a publicação do edital de processo seletivo simplificado n.º 01/14, que visa a contratação de servidores públicos por prazo determinado; CONSIDERANDO que a Lei Complementar Municipal n.º 1045/13, especialmente quando prevê as hipóteses de excepcional interesse público, é genérica, não prevendo qualquer contingência fática, o que encontra óbice na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO: CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. CF, art. 37, IX. Lei 9.198/90 e Lei 10.827/94, do Estado do Paraná. I. - A regra é 2

a admissão de servidor público mediante concurso público: CF, art. 37, II. As duas exceções à regra são para os cargos em comissão referidos no inciso II do art. 37 e a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público: CF, art. 37, IX. Nessa hipótese, deverão ser atendidas as seguintes condições: a) previsão em lei dos casos; b) tempo determinado; c) necessidade temporária de interesse público excepcional. II. - Precedentes do Supremo Tribunal Federal: ADI 1.500/ES, 2.229/ES e 1.219/PB, Ministro Carlos Velloso; ADI 2.125-MC/DF e 890/DF, Ministro Maurício Corrêa; ADI 2.380-MC/DF, Ministro Moreira Alves; ADI 2.987/SC, Ministro Sepúlveda Pertence. III. - A lei referida no inciso IX do art. 37, CF, deverá estabelecer os casos de contratação temporária. No caso, as leis impugnadas instituem hipóteses abrangentes e genéricas de contratação temporária, não especificando a contingência fática que evidenciaria a situação de emergência, atribuindo ao chefe do Poder interessado na contratação estabelecer os casos de contratação: inconstitucionalidade. IV. - Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente (ADI 3.210 / PR - Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO - J. 11/11/2004 - Tribunal Pleno). Grifos. CONSIDERANDO que não foi demonstrada a devida necessidade temporária de excepcional interesse público. Destaque-se que tal interesse, a fim de justificar a contratação por prazo determinado, deve ser absolutamente relevante; CONSIDERANDO que é ilícita a contratação precária para atividades permanentes ou rotineiras da Administração Pública, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal: 3

EMENTA: LEIS MUNICIPAIS - CONTRATAÇÕES TEMPORÁRIAS POR PRAZO INDETERMINADO PARA FUNÇÕES TÍPICAS DA ADMINISTRAÇÃO - INCONSTITUCIONALIDADE. - O Supremo Tribunal Federal vem interpretando restritivamente o art. 37, inc. IX, da Constituição Federal, impondo a observância das seguintes condições: 'a) previsão em lei dos casos; b) tempo determinado; c) necqessidade temporária de interesse público; d) interesse público excepcional' (STF, ADI n. 1500/ES, Min. Carlos Velloso). Na ausência desses requisitos, mostram-se irregulares as contratações temporárias. - As normas da Constituição Estadual autorizam a Administração a contratar pessoal por tempo determinado desde que para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, independentemente da realização de concurso público, devendo ser a contratação realizada, de qualquer modo, dentro dos princípios da moralidade e da impessoalidade e sempre por prazo determinado. - Mas não se admite que a lei municipal possa contemplar a possibilidade de contratações precárias em atividades permanentes ou rotineiras da Administração que, com um planejamento adequado, podem ser exercidas satisfatoriamente, sem a admissão de servidores temporários. (ADIN nº 10000.08.482511-6/000, Rel. Wander Marotta, Publicado em 16/04/2010). Grifos. entendimento: CONSIDERANDO que a doutrina 1 possui idêntico Vale lembrar ainda o pressuposto da excepcionalidade, sendo possível concluir que essa contratação não deve ser utilizada para atender a situações administrativas rotineiras, comuns. A excepcionalidade do regime deve ser compatível com a anormalidade do interesse público a ser 1 In Direito Administrativo. Editora Impetus: Rio de Janeiro. 7ª edição. P. 704 4

protegido. Assim também orientou o STF, reconhecendo que nessa hipótese, deverão ser atendidas as seguintes condições: a) previsão em lei dos cargos; b) tempo determinado; c) necessidade temporária de interesse público; d) interesse público excepcional. (Grifos) CONSIDERANDO que tanto a mensagem que acompanhou o projeto de lei complementar n.º 44/13, quanto o decreto n.º 01/14, não apresentam qualquer motivação específica quanto à existência de interesse público excepcional que justificasse a contratação temporária; CONSIDERANDO que o fundamento apresentado pelas Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social de Roncador, qual seja, carência de pessoal, não constitui, por si só, motivo suficiente para autorizar a contratação temporária; CONSIDERANDO que, ainda que lícita fosse referida contratação, fere o princípio da moralidade administrativa a utilização de critério de seleção baseado, unicamente, em prova de títulos, ainda que lastreado em ato normativo municipal de duvidosa constitucionalidade; CONSIDERANDO que o critério de julgamento e classificação previsto no respectivo edital (item 4) fere o princípio da moralidade administrativa na medida em que não prevê a realização de qualquer tipo de teste seletivo objetivo e/ou discursivo; Expede a presente RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA à Exma. Sra. Prefeita Municipal de Roncador, bem como ao respectivo Vice- Prefeito 2, a fim de que: 2 Caso esteja exercendo as funções de Prefeito Municipal em razão de eventual afastamento da Sra. Marília Perotta Bento Gonçalves. 5

1 promovam a anulação do processo seletivo simplificado n.º 001/14 Contratação por Tempo Determinado; 2 promovam a restituição do valor da inscrição aos candidatos, em espécie, caso tenha sido cobrado; Publicação Oficial. 3 promovam a divulgação do ato de anulação em Assina-se o prazo de 5 (cinco) dias, a contar do conhecimento da presente recomendação, para que as autoridades informem sobre as providências tomadas a respeito, ressalvando desde já, a responsabilidade civil, penal e administrativa pertinentes, especialmente em razão da prática de ato de improbidade administrativa, caso não se dê o devido cumprimento. Iretama, 16 de janeiro de 2014. BRUNO RODRIGUES DA SILVA Promotor de Justiça 6