OFERECIMENTO BOLETIM NÚMERO DO DIA 17mi De reais ganhará o Palmeiras de premiação pelo título de campeão brasileiro deste ano; a CBF distribuirá R$ 60 milhões entre os times. EDIÇÃO 642 SEGUNDA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2016 Enriquecido, Palmeiras é campeão brasileiro O Palmeiras conquistou no último domingo mais um título brasileiro. Com a vitória sobre a Chapecoense, o clube garantiu uma taça ausente da galeria do Palestra Itália desde 1994. Entre o bicampeonato de 1993/1994 e a glória do fim de semana, houve um fator em comum decisivo: uma parceria que destacou a equipe no cenário econômico brasileiro. O desequilíbrio em campo foi semelhante, mas as formas de enriquecimento do clube foram distintas do que aconteceu há duas década. Para começar, os números do futebol brasileiro da época eram distantes do que se vê hoje, com significativo crescimento, especialmente na última década. A Parmalat chegou ao Palmeiras em 1992, com um patrocínio de US$ 500 O presidente Paulo Nobre levantou a taça de campeão brasileiro ao lado do capitão Dudu. Nos últimos anos, o dirigente deu respiro financeiro ao Palmeiras com uma série de empréstimos pessoais, além de ter sido o responsável pelo chegada da Crefisa e FAM. 1
mil por ano. Pela inflação americana, o valor equivale a cerca de US$ 830 mil atualmente, menos de R$ 3 milhões por temporada. O maior investimento da empresa foi em contratação de jogadores, mas o item também não faz com que as cifras se aproximem das atuais. Edmundo, por exemplo, foi o atleta mais FESTA TEM 'CAVALO' DA GLOBO A Globo teve uma participaçao de destaque na festa do Palmeiras. A emissora colocou o 'cavalinho' que representa o time no programa Fantástico com os jogadores na comemoração do título brasileiro. Segundo a emissora, os jogadores pegaram a mascote com a produção do programa que estava no estádio. Nas mãos do zagueiro Edu Dracena, o 'cavalinho' terminou na foto com a taça do torneio. GATORADE FAZ CARICATURA caro a ser contratado: US$ 1,2 milhões, cerca de US$ 2 milhões atualmente pela então revelação do Vasco. Neste ano, a Crefisa resolveu fechar todo o uniforme do Palmeiras, junto com a marca FAM, do mesmo grupo. Para isso, investiu R$ 66 milhões em patrocínio ao clube. Houve também contratação de jogador, caso de Lucas Barrios, mas em montante menos significativo. Os valores se somam aos empréstimos pessoais realizados pelo presidente Paulo Nobre, que em sua gestão já injetou mais de R$ 100 milhões. Além da questão financeira, o Palmeiras também usou a fragilidade de seus rivais para se destacar, tanto nos anos de 1990 quanto na atual década. José Carlos Brunoro, diretor da Parmalat no Palmeiras, já afirmou que os investimentos não eram tão altos quanto se imaginava, mas que os jogadores abraçavam o projeto com a garantia de receber em dia e de conseguir migrar para o mercado europeu. O atacante Dudu é um exemplo atual. Um dos destaques do título palmeirense deste ano esteve apalavrado com o Corinthians no início de 2015. O clube do Parque São Jorge, no entanto, não conseguiu dar garantias financeiras ao Dínamo de Kiev, equipe que mantinha contrato com o atleta. O Palmeiras aproveitou a deixa e pagou imediatamente por 100% de seus direitos. São as vantagens de um abastado campeão brasileiro. A Gatorade ativou o Palmeiras com um desenho publicado no Facebook. A marca fez uma caricatura com a foto dos jogadores posados antes da partida. A imagem dos atletas foi mantida, mas o gramado ganhou a festa de porcos desenhados. A empresa disponibilizou um link para que o torcedor pudesse baixar a foto. A imagem foi pensada para ser usada de capa no Facebook. CREFISA CELEBRA NO FACEBOOK A principal patrocinadora do Palmeiras, a Crefisa, usou as redes sociais para celebrar o título do time. A mensagem de maior destaque foi um vídeo de apoio ao time após a conquista do título. "Um patrocínio forte faz um time forte", dizia a locução e o texto no Facebook. Houve até a publicação da foto dos donos José Roberto Lamacchia e Leila Pereira no estádio, algo pouco comum em redes sociais de empresas. 2
OPINIÃO Independência tem que ser o novo foco do Palmeiras Em discurso humilde, Paulo Nobre declarou há pouco dias que seu principal objetivo como presidente do Palmeiras era entregar o clube melhor do que era antes. Com investimento pessoal, organizou as finanças do time e o tornou um ambiente seguro para a chegada de um grande parceiro. Mas não é o suficiente. O grande gargalo, hoje, é a dependência do Palmeiras de seus mecenas, da mesma maneira que ocorria com a Parmalat. E a saída da companhia italiana foi uma tragédia para a equipe paulista. Dá a ideia de que a equipe não triunfaria com as próprias pernas. Essa é a grande mentira que precisa ser resolvida no Palmeiras. A próxima gestão do Palmeiras terá que sair da zona de conforto para não deixar o passado recente da equipe ser uma assombração viva no Palestra. E isso é muito mais fácil de ser feito quando não há escassez de recursos. Sem espaço na camisa, o Palmeiras tem que concentrar seu marketing na busca de novos parceiros que possam ativar diversos segmentos entre os novos negócios da Máquina do Esporte mais de 100 mil sócios, os milhares de torcedores que passam pelo Allianz toda semana e o milhões de seguidores do time espalhados pelo Brasil. Com verba, não é necessário pensar em contratos vultosos, mas sim na criação de uma rede de contatos e em entregas acima da média do mercado. Ninguém no Palmeiras pode cair novamente da falácia de que o clube não é maior do que a Crefisa ou do que os empréstimos de Nobre. Com apoio de oposição e situação, Galiotte é novo presidente do Palmeiras POR ADALBERTO LEISTER FILHO Às vésperas de conquistar o título do Brasileirão, o Palmeiras foi às urnas para eleger Mauricio Percivalle Galiotte, 47, como o 39º presidente da história do clube. O novo mandatário recebeu 1.639 votos. Foi a primeira candidatura única no Palmeiras desde a reeleição de Mustafá Contursi, em 1999. Candidato apoiado pelo presidente Paulo Nobre, Galiotte é considerado um dirigente conciliador, já que também conta com a simpatia de Contursi e de Wlademir Pescarmona, dois opositores da atual diretoria palmeirense. Ele assume em 15 de dezembro para gerir o Palmeiras no próximo biênio. Mas, segundo Nobre, é Galiotte quem já trata do planejamento para o ano que vem. Sem dúvida todos os palmeirenses gostariam que o Cuca ficasse. Mas vamos tratar de renovações após o término do Campeonato Brasileiro, afirmou o dirigente, após ser eleito. Formado em administração de empresas pela PUC, Galiotte possui pós-graduação em marketing pela Faap. É dono de uma fábrica de fechaduras em Barueri (Grande São Paulo). Não tem o perfil tão milionário quanto Nobre, que emprestou mais de R$ 150 milhões, mas é considerado um dirigente mais austero. Nossa ideia é dar continuidade ao modelo de gestão que implementamos nos últimos anos, afirmou o novo presidente. 4
Com R$ 30 milhões, Palmeiras consagra modelo de arena O Palmeiras bateu, no domingo, um recorde que era mantido desde 1976. Com 40.986 pessoas no Allianz Parque, a arena superou o maior público da história do antigo Palestra Itália. Foi a consagração do estádio que tem se mostrado o mais eficiente modelo de negócio para um clube do país. Durante o Brasileirão deste ano, o Palmeiras conseguiu uma renda líquida de bilheteria com o Allianz Parque de R$ 27 milhões até o jogo do último domingo. Contra a Chapecoense, na partida que o consagrou campeão, foram mais R$ 4,1 milhões de receita bruta. O resultado poderia até ter sido melhor se não fosse a punição sofrida pelo time que bloqueou parte das arquibancadas durante o torneio. Entre os times do futebol brasileiro que conseguiram um novo estádio, o Palmeiras ficou com o modelo mais confortável. Camarotes, setores VIPs e patrocínios vão para a construtora WTorre, mas o clube fica com toda a bilheteria. O maior rival, por exemplo, teve renda bruta superior à R$ 30 milhões no Brasileirão, mas o Corinthians destina toda a verba ao pagamento de empréstimos bancários do estádio. Para a WTorre, ainda existem diversas dificuldades financeiras, mas nenhum novo estádio no Brasil conseguiu tantas fontes de receitas. Além do patrocínio da Allianz Seguros, a arena cumpriu um de seus principais objetivos: ser a principal casa de grandes apresentações musicais de São Paulo. A construtora não divulgou números financeiros, mas passou à Máquina do Esporte alguns dados do estádio. No último ano, 733 mil pessoas passaram pela arena em atrações que não eram futebol. Foram mais de 200 eventos, entre eles 22 shows musicais. Umbro ativa times que subiram à Série A No último fim de semana, dois times da Umbro confirmaram o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro, e a marca aproveitou para ativá-los. No caso do Bahia, a aposta foi no lançamento de um novo terceiro uniforme. A camisa tem divisão horizontal nas três cores do time, em referência ao seu Estado de origem. O novo modelo estará disponível nas lojas na próxima sexta-feira (02). Já o Vasco ficou apenas com uma menção no Facebook e no Instagram da marca, com uma montagem parabenizando o time carioca. Por outro lado, a marca aproveitou para anunciar que, em 2017, a equipe também terá o terceiro uniforme, além das duas camisas de jogo usadas nesta temporada. 5