Relatório de Pesquisa JULHO / 2003 Área de Gestão do Conhecimento Programa Estudos e Pesquisas
Coordenação Área de Gestão do Conhecimento Programa Estudos e Pesquisas Coleta de Dados, Tabulação e Elaboração do Relatório Programa Estudos e Pesquisas 2
SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 4 METODOLOGIA... 5 I. EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA ESPECIAL... 6 II. ANÁLISE SINTÉTICA E CONSIDERAÇÕES FINAIS... 9 3
Introdução O INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT centro de referência nacional para questões de deficiência visual com cento e quarenta e sete anos de existência, conta em sua estrutura com uma Escola, que proporciona educação infantil e fundamental até a oitava série, programas de reabilitação e produção de material impresso em braile e ainda presta consulta oftalmológica. A Agência de Desenvolvimento Regional Centro do SEBRAE/RJ realizou no período de 2001 / 2003 palestras sobre: Empregabilidade, Abertura de Empresas e Financiamento. Além dos cursos: Como Iniciar seu Próprio Negócio, Brasil Empreendedor e Eficácia em Vendas. Este relatório apresenta os resultados da pesquisa de Avaliação desenvolvida com os alunos participantes das palestras e cursos realizados no âmbito de Educação Empreendedora Especial em parceria pelo SEBRAE/RJ e Instituto Benjamin Constant. A pesquisa foi realizada via telemarketing, nos dias 26, 27 e 30 de junho e 1 e 2 de julho de 2003, e visou avaliar o grau de satisfação e de aplicabilidade dos conceitos adquiridos com as capacitações. Este trabalho consiste em mais uma etapa que o SEBRAE/RJ vem empreendendo para gerar dados confiáveis que permitam avaliar e adequar os objetivos propostos para a realização desses cursos. Os dados aqui apresentados devem servir de base para atualizar o sistema de informação do SEBRAE/RJ e da própria ADR - Centro, e lhes dará condições de atuar junto aos portadores de deficiência visual, contribuindo para a ampliação dos conhecimentos em empreendedorismo. Em suma, esta pesquisa procura relatar os principais resultados da Educação Empreendedora Especial, no que se refere às opiniões dos alunos cadastrados nas palestras e cursos. 4
Metodologia Para a elaboração desta pesquisa foram realizadas 23 entrevistas, durante os dias 26, 27 e 30 de junho e 1 e 2 de julho de 2003, com os portadores de deficiência visual que constituíram a amostra sistematizada do cadastro de inscritos nas palestras e cursos de Educação Empreendedora Especial. O plano amostral teve como referência o universo de 50 (cinqüenta) alunos avaliados pelo sistema de amostragem sistemática. O levantamento foi feito a partir de um questionário estruturado, aplicado mediante entrevista de telemarketing, com os portadores de deficiência visual, entre 9h e 13h, possibilitando identificar o grau de satisfação e de aplicabilidade dos conceitos adquiridos em suas vidas profissionais, na abertura de negócios ou até mesmo na melhoria de processos em suas residências. Os critérios estatísticos seguiram parâmetros amostrais com margem de erro de 10 pontos percentuais e nível de confiança de 90%, para p=50. Os trabalhos estiveram sob responsabilidade de um Coordenador que comandou um Entrevistador / Digitador, devidamente capacitado para o tipo de trabalho envolvido. Quanto à qualidade das informações cuidados foram tomados a fim de se obter um conteúdo fiel e confiabilidade nas respostas obtidas através do questionário. 5
I. Educação Empreendedora Especial Com relação a Efetivação de um Projeto ou Nova Idéia após a Capacitação, 78% dos portadores de deficiência visual entrevistados responderam que a realização da Educação Empreendedora Especial contribuiu de alguma forma para a efetivação de projetos ou para a definição de alguma idéia nova. O restante representou aqueles que informaram não ter contribuído. Gráfico I Efetivação de um Projeto ou Nova Idéia Após à Capacitação 22% SIM NÃO 78% Dos alunos entrevistados, 52% disseram que já possuíam algum projeto profissional/empreendedor antes da capacitação. Desses, 75% pretendiam iniciar um negócio. Isso mostra a importância dos conhecimentos transmitidos durante o curso. Gráfico II Possuía Projeto Profisional Antes da Capacitação 55 50 52 48 SIM NÃO 45 6
Dos portadores de deficiência visual entrevistados, 96% afirmaram que suas expectativas com relação às capacitações foram atendidas, enquanto apenas 4% disseram não ter atendido. Esses resultados comprovam que os conhecimentos adquiridos pelos alunos participantes dos cursos e palestras serão bastante úteis para a abertura e/ou gerenciamento de negócios, fazendo do Projeto de Educação Empreendedora Especial um meio de obtenção de conhecimentos para efetivá-los. Gráfico III Expectativa Atendida 100 50 96 4 SIM NÃO 0 Verificou-se que 78% dos alunos afirmaram que a capacitação contribuiu de alguma forma para a efetivação do projeto e/ou definição de uma nova idéia. Dentre esses, 43% possuíam projeto antes da capacitação e 35% não possuíam, ou seja, as informações adquiridas nas palestras e cursos ajudaram os alunos a definirem seus projetos. Os 22% restantes, disseram não ter contribuído para a efetivação do projeto e/ou nova idéia. Gráfico IV Já Possuía Projeto X Contribuição para Efetivação do Projeto/Definição de Nova Idéia 50% 40% 43% 35% 30% 20% 13% 10% 0% Contribuiu Possuía projeto 9% Não Contribuiu Não Possuía Projeto 7
Com relação a utilização dos conhecimentos adquiridos com a capacitação, 22% dos entrevistados disseram estarem utilizando-os muito na área profissional. Já os 78% restantes, disseram estarem utilizando pouco ou regularmente. Gráfico V Utilização dos Conhecimentos Adquiridos com a Capacitação 40 30 20 10 0 39 39 22 POUCO REGULAR MUITO 8
II. Análise Sintética e Considerações Finais A análise dos dados da pesquisa efetuada com os portadores de deficiência visual, que foram capacitados através do Projeto de Educação Empreendedora Especial do SEBRAE/RJ, em parceria com o Instituto Benjamin Constant, revelou que os conhecimentos adquiridos foram bastante úteis para a abertura e/ou gerenciamento de negócios. Durante a realização da pesquisa; diversos relatos envolvendo o surgimento de novos negócios foram realizados, com destaque para a criação de uma associação de artesãos, e a criação de uma cooperativa de prestadores de serviço em massoterapia e terapias alternativas. Dessa forma, as respostas dadas pelos portadores de deficiência visual, revelam que o Projeto de Educação Empreendedora Especial representa uma nova alternativa de inclusão no mercado de trabalho. Além de ser uma confirmação de uma das missões do SEBRAE/RJ, que é gerar trabalho e renda, não deixando de cumprir seu papel de responsabilidade social. Percebeu-se ainda que o trabalho educacional que o SEBRAE/RJ vem implementando não envolve somente a realização de uma ou outra capacitação, mas envolve, principalmente, a possibilidade de mudança de mentalidade, resgate da auto estima e o amadurecimento de projetos/idéias iniciais. Execução: Área de Gestão do Conhecimento Programa Estudos e Pesquisas Julho/2003 9