Caderno de Informações para a Gestão Estadual do SUS - 2011



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Autor(es) MARIANA APARECIDA RODRIGUES. Co-Autor(es) MARCIA ALVES DE MATOS MARIANA RODRIGUES UBICES. Orientador(es) ANGELA MARCIA FOSSA. 1.

Transcrição:

GO Caderno de Informações para a Gestão Estadual do SUS - 2011 GOIÁS 1

Copyright 2011-1ª Edição Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS Tiragem: 100 Impresso no Brasil Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Goiás - Caderno de Informações para a Gestão Estadual do SUS/Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Brasília: CONASS, 2011. 84 p. (Goiás - Caderno de Informações para a Gestão Estadual do SUS) ISBN 978-85-89545-79-2 9 788589 545815 1. SUS (BR). 2. Informações Estaduais. I Título. NLM WA 525 CDD 20. ed. 362.1068 2

GO DIRETORIA DO CONASS 2010-2011 Presidente Beatriz Dobashi (MS) Vice-Presidente Região Centro-Oeste Irani Ribeiro de Moura (GO) Vice-Presidente Região Nordeste Herbert Motta de Almeida (AL) Vice-Presidente Região Norte Osvaldo Leal (AC) Vice-Presidente Região Sudeste Antônio Jorge de Souza Marques (MG) Vice-Presidente Região Sul Roberto Eduardo Hess de Souza (SC) Comissão Fiscal George Antunes de Oliveira (RN) Milton Luiz Moreira (RO) Raimundo José Arruda Barros (CE) SECRETARIA EXECUTIVA DO CONASS Secretário Executivo Jurandi Frutuoso Silva Coordenação Rita de Cássia Bertão Cataneli Colaboradores Eliana Dourado, Gilson Cantarino, Lourdes Almeida, Maria José Evangelista, Nereu Henrique Mansano, Regina Nicoletti, Tereza Cristina Lins Amaral, Viviane Rocha de Luiz Revisão Técnica Rita de Cássia Bertão Cataneli e Regina Nicoletti Revisão Ortográfica Roberto Arreguy Maia Edição Adriane Cruz Projeto Gráfico Gabriela Abdalla Diagramação Wedson Bezerra 3

SUMÁRIO 5 7 11 12 20 29 39 53 71 75 81 Apresentação Introdução Indicadores Selecionados: Caracterização Territorial Indicadores Demográficos e Socioeconômicos Indicadores de Estatística Vital Indicadores de Rede de Estabelecimentos de Assistência à Saúde Indicadores de Atenção Primária à Saúde Indicadores de Vigilância à Saúde Indicadores de Financiamento Federal Indicadores de Gestão do SUS Indicadores da Saúde Suplementar 4

GO APRESENTAÇÃO Existe no Brasil um grande número de diferentes Sistemas de Informações em Saúde (SIS) voltados à operação de estabelecimentos assistenciais, à gerência de redes de serviços e à investigação e ao controle de diversas doenças, e que podem e devem ser usados para o planejamento, por parte do gestor, de intervenções sobre sua realidade sanitária. Embora as bases de dados conformadas por esses sistemas cubram a maior parte das informações necessárias ao planejamento e à avaliação de ações e serviços de saúde, o acesso e a utilização dessas informações continuam a ser feitos de forma compartimentalizada. Neste sentido o CONASS, com o objetivo de subsidiar os secretários de saúde dos estados e do Distrito Federal e suas equipes, que assumem a gestão em janeiro de 2011, com informações dos aspectos técnicos e gerenciais mais relevantes do SUS, apresenta uma coletânea de Informações para a Gestão Estadual do SUS, que traz indicadores previamente selecionados que permitem análises integradas e fidedignas da situação de Saúde das suas populações, contribuindo para a análise da tendência de cada um dos indicadores e para o planejamento das ações a eles relacionadas nas SES, buscando a qualificação do processo decisório. Beatriz Figueiredo Dobashi Presidente do CONASS 5

6

GO INTRODUÇÃO Para este trabalho foram identificados e analisados dados e informações que permitam ao Gestor estadual e suas equipes a rápida identificação da situação geral dos indicadores selecionados, estabelecendo quando possível uma linha de tempo entre períodos definidos a partir dos anos disponíveis nos respectivos sistemas de informações e um paralelo da situação do estado com a sua respectiva região e com os dados gerais do Brasil. Foram utilizados como fontes os Sistemas de Informações em Saúde SIA/SUS, SIH/SUS, SIM, Sinasc, Cadernos de Informação em Saúde/ Datasus/MS, Sala Situação em Saúde do Ministério da Saúde, bem como IBGE, Ipea e PNUD, entre outros, para os indicadores selecionados, que foram assim classificados: Caracterização Territorial Capital Área em km 2 Número de municípios População estimada Densidade demográfica (hab/km 2 ) Indicadores Demográficos e Socioeconômicos População residente por faixa etária e sexo Analfabetismo em maiores de 15 anos Proporção da população acima de 15 anos com mais de 8 anos de estudo Percentual da população com renda inferior a meio salário mínimo Taxa de desemprego Índice de desenvolvimento humano estadual e municipal Percentual de pessoas que vivem em domicílios com água encanada, com esgotamento sanitário e com serviço de coleta de lixo 7

Indicadores de Estatística Vital Natalidade Nascidos vivos segundo idade gestacional, peso ao nascer, tipo de parto e idade da mãe Nascidos vivos segundo número de consultas realizadas no pré-natal Mortalidade infantil, neonatal e infantil tardia Óbitos segundo grandes grupos de causas (CID 10) Mortalidade por homicídios e por acidentes de transporte Indicadores de Rede de Estabelecimentos de Assistência à Saúde Estabelecimentos de Saúde, por tipo Leitos hospitalares por especialidades e esfera de gestão Internações realizadas no SUS, valor anual e valor médio (VM) da AIH, por especialidade Internações por idade e sexo Mortalidade hospitalar por faixa etária Grupos de procedimentos especializados e de alta complexidade ambulatoriais com valores aprovados por ano no SUS Frequência de internações e valor anual dos procedimentos de média e de alta complexidade no SUS, por especialidade Internação por fratura de fêmur na população maior de 60 anos Indicadores de Atenção Primária à Saúde População coberta pelo Programa de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Estratégia de Saúde da Família (ESF/PSF) e Equipes de Saúde Bucal (ESB) Visitas domiciliares dos ACS e ESF/PSF Crianças com esquema vacinal básico em dia Crianças com aleitamento materno exclusivo 8

GO Cobertura de consultas de pré-natal Mortalidade infantil por diarreia Desnutrição Hospitalização por pneumonia Hospitalização por desidratação Hospitalização por condições sensíveis à APS Hipertensão e diabetes Cobertura de Preventivo de Câncer de Colo Cervicouterino Indicadores de Vigilância à Saúde Aids Sífilis congênita Tuberculose Hanseníase Doença meningocócica Hepatites (A, B e C) Dengue Malária (apenas para a Amazônia Legal) Notificações com encerramento oportuno da investigação Vacina tetravalente em menores de 1 ano (3 doses) Indicadores de Financiamento Federal Transferências de recursos federais por bloco de financiamento Evolução dos limites MAC valor anual por competência por estado Detalhamento dos limites financeiros do MAC, segundo esfera de gestão Indicadores de Gestão do SUS Adesão do estado e do município ao Pacto pela Saúde 9

Colegiados de Gestão Regional organizados Consórcios organizados no estado Quantitativo de Recursos Humanos (vínculos) Municípios com pactuação de ações estratégicas de Vigilância Sanitária (exceto DF) Indicadores da Saúde Suplementar Beneficiários de planos médico-hospitalares por vigência e tipo de contratação Cobertura de plano de assistência médica 10

GO CARACTERIZAÇÃO TERRITORIAL UF Goiás CAPITAL Goiânia Área: 340.086,70 km² Número de Municípios: 246 População Estimada 2009: 5.926.300 Densidade Demográfica: 17,4 hab/km 2 Fonte: IBGE. 2009. O Brasil estado por estado. 11

12 INDICADORES DEMOGRÁFICOS E SoCIOeECONÔMICOS Os indicadores demográficos e socioeconômicos descrevem a situação atual da população do estado e permitem fazer comparações e verificar mudanças ou tendências durante um período de tempo. Para esse documento foram selecionadas informações relativas à população residente, por sexo, segundo grupos etários, alfabetização em maiores de 15 anos e por anos de estudo, rendimento mensal, emprego e serviços básicos de abastecimento de água, rede coletora de esgoto e coleta de lixo, que possibilitam traçar um perfil da população do estado, essencial ao planejamento e à tomada de decisão pelo gestor estadual.

GO A população residente no estado é de 5.926.300 habitantes. Na análise por sexo verifica-se que, no conjunto da população, 48,9% são homens e 51,1%, mulheres. Destaca-se que nas faixas etárias de 0 a 14 anos e de 20 a 24 anos o percentual de homens é maior que o de mulheres, em todas as demais faixas o percentual de mulheres é maior, notadamente na faixa etária de 70 anos e mais (53,7%). GRÁFICO 1 População Residente, por Sexo, segundo os Grupos de Idade. GOIÁS, 2009 70 anos ou mais 65 a 69 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 300 200 100 0 0 100 200 300 Homens Mulheres Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, PNAD 2009. População residente (1.000 pessoas). 13

Em relação à alfabetização, 91,4% das pessoas maiores de 15 anos residentes no estado são alfabetizadas. Percentual inferior ao alcançado pela região Centro- Oeste, 92,0%, e superior ao alcançado pelo Brasil, de 90,3%. GRÁFICO 2 Número e Distribuição Percentual de Pessoas Maiores de 15 Anos, segundo a Alfabetização. Brasil, Região Centro-Oeste e GOIÁS, 2009 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Brasil Região Centro-Oeste Goiás 131.280 9.666 4.087 14.105 840 385 Alfabetizada (x 1.000) Não alfabetizada (x 1.000) Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, PNAD 2009. 14

GO A análise dos anos de estudo mostra que, entre as pessoas de 10 anos ou mais de idade, 9,1% não têm instrução (incluídos aqueles com menos de 1 ano de estudo), 59,1% têm entre 1 a 10 anos de estudo, 25,1% têm entre 11 a 14 anos de estudo e 6,5% têm 15 ou mais anos de estudo. GRÁFICO 3 Percentual de Pessoas de 10 Anos ou Mais de Idade, segundo grupos de Anos de Estudo. GOIÁS, 2009 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 - Sem instrução e menos de 1 ano 1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 a 14 anos 15 anos ou mais 9,1 11,9 29,8 17,4 25,1 6,5 Percentual Fonte: PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - 2009. 15

Em relação ao rendimento mensal, observa-se que no estado 50,2% das pessoas de 10 ou mais anos de idade recebem de até ½ salário mínimo (SM) a 2 salários mínimos (6,6% até ½ SM; 19,2% de ½ a 1 SM e 24,0% de 1 a 2 SM), sendo que na faixa de até ½ SM o percentual apresentado pelo estado é superior da região Centro-Oeste (5,8%) e inferior ao do Brasil (8%). O percentual de pessoas que se declaram sem rendimentos (29,3%) é inferior, tanto ao da região Centro-Oeste (30,5%), quanto ao do Brasil (31,1%), conforme dados apresentados no Gráfico 4. GRÁFICO 4 Distribuição Percentual das Pessoas de 10 Anos ou Mais de Idade, segundo Classes de Rendimento Mensal. Brasil, Região Centro-Oeste e GOIÁS, 2009 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Até ½ salário mínimo Mais de 1/2 a 1 salário Mais de 1 a 2 salários mínimos Mais de 2 a 3 salários mínimos Mais de 3 a 5 salários mínimos Mais de 5 a 10 salários Mais de 10 a 20 salários Mais de 20 salários mínimos Sem rendimento (1) Sem declaração 8,0 17,1 21,9 7,7 6,7 3,9 1,5 0,5 31,1 1,5 5,8 16,6 23,6 8,0 6,7 4,6 2,2 1,0 30,5 1,1 6,6 19,6 24,0 8,0 6,0 3,7 1,3 0,5 29,3 1,0 Brasil Região Centro-Oeste Goiás Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, PNAD 2009. Nota: Exclusive as informações das pessoas sem declaração do valor do rendimento. 1 Inclusive as pessoas que recebiam somente em benefícios. 16

GO A taxa de desocupação no estado, de 8,13%, é superior tanto à taxa apresentada pela região Centro- Oeste (7,86%), quanto à apresentada pelo Brasil (7,87%). GRÁFICO 5 Taxa de Desocupação da População 1. Brasil, Região Centro-Oeste e GOIÁS, 2009 8,20 8,15 8,10 8,05 % 8,00 7,95 7,90 7,85 7,80 7,75 7,70 Brasil Região Centro-Oeste Goiás 7,87 7,86 8,13 Taxa de Desocupação Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, PNAD 2009. 1Total de pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas no período de referência de 365 dias, na condição de desocupadas e de não economicamente ativas na semana de referência/total de pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas no período de referência de 365 dias x 100. 17

O Índice de Desenvolvimento Humano IDH tem como objetivo medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. É calculado com base em dados econômicos e sociais. O IDH vai de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e Renda Nacional Bruta. O IDH do estado de Goiás, publicado pelo PNUD 1, em 2005, foi de 0,800 e o IDH de seus municípios (IDH-M 2 ) distribui-se conforme Mapa 1. MAPA 1 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. GOIÁS, 2000 Municípios com IDHM entre 0 e 0,4 (baixo estágio de desenvolvimento) Municípios com IDHM entre 0,4 e 0,6 (desenvolvimento regular) Municípios com IDHM entre 0,6 e 0,8 (desenvolvimento moderado) Municípios com IDHM entre 0,8 e 1,0 (alto estágio de desenvolvimento) Sem informação Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. 1 PNUD/Fundação João Pinheiro. Os dados de 1991 a 2005 estão no relatório Emprego, Desenvolvimento Humano e Trabalho Descente. A experiência brasileira recente. 2 O IDH-M utilizado neste documento foi publicado pelo PNUD em 2000. 18

GO Em relação à infraestrutura básica, observa-se que 81,88% dos domicílios do estado possuem rede geral de abastecimento de água, índice inferior ao da região Centro-Oeste como um todo (83,03%) e ao do Brasil (84,43%). Já em relação à rede coletora de esgoto, o estado apresenta um percentual de cobertura de 36,33%, ligeiramente abaixo do encontrado na região Centro-Oeste (36,86%) e também inferior ao do Brasil (52,53%). Já o percentual de domicílios do estado atendidos por serviços de coleta de lixo de 90,85% é superior, tanto ao encontrado na região Centro-Oeste (89,89%), quanto ao encontrado no Brasil (88,63%). GRÁFICO 6 Percentual de Domicílios Particulares Permanentes, Atendidos por Serviços Selecionados. Brasil, Região Centro-Oeste e GOIÁS 2009 100,00 90,00 80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 - Rede geral de abastecimento de água Rede coletora de esgoto Coleta de lixo 84,43 52,53 88,63 83,03 36,86 89,89 81,88 36,33 90,85 Brasil Região Centro-Oeste Goiás Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, PNAD 2008-2009. 19

ESTATÍSTICA VITAL Segundo a definição das Nações Unidas, Estatística Vital é aquela que trata dos eventos ou fatos vitais, entre os quais se incluem o nascimento vivo e o óbito, de especial interesse para a saúde (LAURENTI et al, 2005) 3. Para este documento foram selecionadas informações e indicadores relevantes sobre nascimentos e mortalidade no estado. Cabe destacar que a comparabilidade das informações entre os estados, regiões e país deve sempre ser feita com cuidado, considerando as diferentes coberturas dos Sistemas de Informação de Mortalidade (SIM) e de Nascidos Vivos (Sinasc), bem como da qualidade das informações deles provenientes. 3 LAURENTI, R. et al. Editorial Especial - Estatísticas Vitais: contando os nascimentos e as mortes. Rev. bras. epidemiol., São Paulo, v. 8, n. 2, junho de 2005. Disponível em http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=s1415-90x2005000200002&lng=en&nrm=iso Acesso em 30/09/2010 20

GO No Gráfico 7 observa-se que, tanto no estado de Goiás, como na região Centro-Oeste e no Brasil, existe uma tendência de queda das taxas brutas de natalidade TBN (número de nascidos vivos por 1.000 habitantes) ao longo do período analisado. As taxas de natalidade da região se mantêm em nível superior às do país em todo o período analisado. As do estado se mantêm em níveis próximas às do país até 2005 e, desde 2006, pouco inferiores. Em 2008 a TBN de Goiás foi de 14,89 nascimentos por 1.000 habitantes, na Região Centro-Oeste foi de 16,17 e no Brasil, 15,39 por 1.000 habitantes. GRÁFICO 7 Taxa Bruta de Natalidade por 1.000 Habitantes. Brasil, Região Centro-Oeste e GOIÁS, 1999 a 2008* 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00-1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 19,86 18,89 18,07 17,52 17,18 16,90 16,48 15,77 15,27 15,39 20,87 20,00 19,14 18,77 18,35 18,32 17,76 16,71 15,93 16,17 19,39 18,94 18,17 18,02 17,35 16,89 16,29 15,27 14,58 14,89 Brasil Região Centro-Oeste Goiás Fonte: MS/SVS/Sinasc e População IBGE. *2008: Dados preliminares. 21

No Gráfico 8, observa-se que Goiás apresentou em 2008 um percentual de recém-nascidos com baixo peso ao nascer (7,53%) pouco inferior ao da região Centro-Oeste (7,69%) e do país (8,27%). O percentual de prematuros (5,89%) recémnatos com menos de 37 semanas de gestação também foi menor que o da região (6,46%%) e do Brasil (6,65%). O percentual de nascimentos por parto cesárea (56,78%) foi maior que o da região (54,24%), do país (48,51%) e que o preconizado pela Organização Mundial de Saúde (até 10%). O percentual de nascidos de mães adolescentes (até 19 anos) 20,65% no estado foi pouco maior que o observado no Brasil (20,40%) e na região Centro-Oeste (20,41%). GRÁFICO 8 PERCENTUAL DE NASCIDOS VIVOS, SEGUNDO IDADE GESTACIONAL (< 37 SEMANAS), PESO AO NASCER (< 2500G), TIPO DE PARTO (CESÁREA) E IDADE DA MÃE (< 20 ANOS). BRASIL, REGIÃO CENTRO-OESTE E GOÁS, 2008* 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 - % < 37 Semanas % < 2500 g % Cesáreas % Mães < 20 anos 6,65 8,27 48,51 20,40 6,46 7,69 54,24 20,41 5,89 7,53 56,78 20,65 Brasil Região Centro-Oeste Goiás Fonte: MS/SVS/Sinasc e População IBGE. *2008: Dados preliminares. 22

GO No Gráfico 9 observa-se que, em relação ao número de consultas pré-natal, Goiás apresentou em 2008 uma situação melhor que a observada na média da região Centro-Oeste e do país, quando consideramos como critério o acesso das mães dos nascidos vivos a pelo menos 4 consultas (93,7% em Goiás; 92,9% na região e 90,4% no país), bem como considerando o critério de realização de 7 consultas ou mais (65,07% no estado, 64,10% na região Centro-Oeste e 57,78% no Brasil). GRÁFICO 9 Percentual de Nascidos Vivos segundo Número de Consultas Realizadas no Pré-Natal. Brasil, Região Centro-Oeste e GOIÁS, 2008* 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 4 ou mais: 90,4% 4 ou mais: 92,9% 4 ou mais: 93,7% 30% 20% 10% 0% Brasil Região Centro-Oeste Goiás 57,78 64,10 65,07 32,63 28,78 28,63 9,48 7,12 6,30 mais de 7 4 a 6 < de 4 Fonte: MS/SVS/Sinasc e População IBGE. *2008: Dados preliminares. 23

Para o cálculo dos indicadores relacionados à mortalidade infantil e seus componentes, foram utilizadas, neste texto, informações provenientes do Ministério da Saúde, calculadas através da metodologia proposta pela Ripsa (Rede Interagencial de Informações para a Saúde). Foram utilizadas as informações provenientes do SIM e do Sinasc (dados diretos) para o cálculo do coeficiente de mortalidade infantil CMI por 1.000 nascidos vivos do estado de Goiás. Para a região Centro-Oeste utilizouse um mix com dados diretos (provenientes do SIM e Sinasc) de 2 Unidades da Federação (Distrito Federal e Mato Grosso do Sul) e indiretos (através de estimativas) de Mato Grosso e Goiás. Observase no Gráfico 10 uma tendência de queda da mortalidade infantil na região e país no período de 2000 a 2008. Nota-se que Goiás apresentou coeficientes menores que o país e pouco maiores que os da região em todo o período. GRÁFICO 10 Coeficiente de Mortalidade Infantil por 1.000 Nascidos Vivos. Brasil, Região Centro-Oeste e GOIÁS, 2000 a 2008* 30,00 25,00 Coeficiente / 1.000 N.V. 20,00 15,00 10,00 5,00-2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008* 27,36 26,30 24,89 23,88 22,59 21,43 20,66 20,01 19,38 20,92 20,65 19,29 18,70 18,54 17,71 17,06 16,51 15,97 21,48 20,74 20,00 19,32 18,60 17,97 17,41 16,99 16,64 Brasil Região Centro-Oeste Goiás Fonte: MS/SVS, segundo metodologia Ripsa. *2008: Dados preliminares. 24

GO No Gráfico 11 verifica-se que em Goiás a mortalidade infantil apresenta em todo o período observado predomínio do componente neonatal (óbitos ocorridos com menos de 28 dias de vida) em relação à mortalidade infantil tardia ou pós-neonatal (de 28 dias até 1 ano incompleto). Nota-se uma tendência de diminuição tanto da mortalidade neonatal como da infantil tardia em todo o período analisado. E uma clara tendência de diminuição da mortalidade neonatal desde 2001, enquanto a mortalidade infantil tardia apresenta uma redução mais discreta no período analisado, mantendose relativamente estável desde 2003. Em 2008 o coeficiente de mortalidade infantil do estado foi de 16,64 por 1.000 nascidos vivos, o coeficiente de mortalidade neonatal foi de 11,36 e o infantil tardio, 5,28 por 1.000 nascidos vivos. GRÁFICO 11 Coeficiente de Mortalidade Infantil, Neonatal e Infantil Tardia por 1.000 Nascidos Vivos. GOIÁS, 2000 a 2008* 25,00 20,00 Taxa / 1.000 N.V. 15,00 10,00 5,00-2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008* 21,48 20,74 20,00 19,32 18,60 17,97 17,41 16,99 16,64 14,44 14,75 14,00 13,96 13,00 12,60 11,89 11,68 11,36 7,03 6,00 6,00 5,36 5,60 5,37 5,52 5,31 5,28 Infantil Neonatal Infantil Tardia Fonte: MS/SVS, segundo metodologia Ripsa. *2008: Dados preliminares. 25

O principal grupo de causas de mortalidade em Goiás em 2008 (Gráfico 12) foi o das doenças cardiovasculares (28,43%), assim como na região Centro-Oeste (28,78%) e Brasil (29,48%). O segundo maior grupo de causas no estado (15,70%) e na região (16,68%) foi o das causas externas, terceiro no país (12,53%). O terceiro grupo de causas de morte em Goiás (13,45%) e na região Centro-Oeste (14,84%) foi o das Neoplasias, segundo no Brasil (15,59%). Goiás apresentou um percentual de óbitos por causas mal definidas de 6,0% em 2008, menor que a média brasileira (7,44%) e maior que o da região Centro-Oeste (3,98%). 100% 80% 60% GRÁFICO 12 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS ÓBITOS SEGUNDO GRANDES GRUPOS DE CAUSAS (CID 10). BRASIL, REGIÃO CENTRO-OESTE E GOIÁS, 2008* 40% 20% 0% Brasil Região Centro-Oeste Goiás 19,45 20,12 20,58 7,44 3,98 6,00 4,40 4,80 5,15 5,14 5,44 5,76 5,97 5,35 4,94 12,53 16,68 15,70 15,59 14,84 13,45 29,48 28,78 28,43 outros grupos de causas mal definidas infecciosas e paras. ap. digestivo d. endócrinas, nutr. e metab. causas externas neoplasias ap. circulatório Fonte: MS/SVS/SIM. *2008: Dados preliminares. 26

GO Em Goiás o percentual de óbitos por causas externas (15,70%) foi superior ao da região e do país. No Brasil se observa discreto aumento da taxa de mortalidade por homicídios de 1999 a 2003, diminuição em 2004 e 2005 e, desde então, estabilização. Na região Centro-Oeste, a tendência é de elevação em 2000; certa estabilidade até 2004; pequena diminuição em 2005; estabilidade até 2007 e pequeno aumento em 2008. Em Goiás ocorre aumento da taxa até 2004; discreta queda em 2005; estabilidade até 2007, com novo aumento em 2008. As taxas do estado são menores que as da região em todo o período, sendo menores que as do país até 2003, próximas de 2004 a 2007 e maiores em 2008. Neste ano o estado apresentou taxa de mortalidade por homicídios de 29,60 óbitos por 100.000 habitantes, alta segundo os padrões da Organização Mundial de Saúde. Neste ano o coeficiente da região Centro-Oeste foi de 30,26 por 100.000 (muito alto) e no Brasil, 25,64 por 100.000 habitantes (alto). GRÁFICO 13 TAXA DE MORTALIDADE POR HOMICÍDIOS POR 100.000 HABITANTES. BRASIL, REGIÃO CENTRO-OESTE E GOIÁS, 1999 A 2008* 35,00 30,00 Taxa/100.000 Hab 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00-1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008* 26,18 26,71 27,81 28,46 28,86 27,01 25,83 26,31 25,20 25,64 25,85 29,30 29,05 30,09 30,05 29,72 28,09 28,18 28,26 30,26 17,53 21,63 22,79 26,26 25,37 28,21 26,09 26,31 26,04 29,60 Brasil Região Centro-Oeste Goiás Fonte: MS/SVS/SIM e População IBGE. *2008: Dados preliminares. 27

Entre as causas externas é importante avaliar também a violência no trânsito. O Brasil apresenta diminuição da taxa de mortalidade por acidentes de transporte em 2000, seguida de crescimento até 2004 e, deste ano até 2008, estabilidade. Na região Centro-Oeste também ocorre oscilação, com aumento das taxas de 1999 a 2004, queda deste ano a 2006 e novo aumento até 2008. Em todo o período as taxas do estado são bem maiores que as do país e próximas às da região. Em 2008 o coeficiente de mortalidade por acidentes de transporte em Goiás foi de 27,58 óbitos por 100.000 habitantes, na região Centro-Oeste este foi de 28,02 e no Brasil, 19,82 por 100.000 habitantes (Gráfico 14). Cabe destacar, tanto em relação à mortalidade por homicídios como por acidentes de trânsito, a necessidade de maior cuidado na análise, considerando que existem ainda diferentes níveis de investigação dos óbitos por causas externas com intencionalidade indeterminada nas diversas regiões e Unidades da Federação. GRÁFICO 14 TAXA DE MORTALIDADE POR ACIDENTES DE TRANSPORTE POR 100.000 HABITANTES. BRASIL, REGIÃO CENTRO-OESTE E GOIÁS, 1999 A 2008* 35,00 30,00 Taxa / 100.000 Hab. 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00-1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008* 18,37 17,46 18,00 19,06 19,01 19,92 19,88 19,94 20,29 19,82 25,27 26,30 25,79 29,23 27,92 29,89 28,46 26,62 27,42 28,02 25,74 28,08 26,54 29,21 28,78 30,71 28,68 26,24 26,68 27,58 Fonte: MS/SVS/SIM e População IBGE. *2008: Dados preliminares. Brasil Região Centro-Oeste Goiás 28

GO INDICADORES DE REDE DE ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE Os dados relativos à rede de estabelecimentos de assistência à saúde foram extraídos do TabNet Datasus Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil CNES e dos Sistemas de Informações Ambulatoriais Hospitalares do SUS (SIA/SUS e SIH/ SUS) e correspondem ao número de estabelecimentos de Saúde, por tipo; leitos hospitalares por especialidades e esfera de gestão; internações realizadas no SUS, valor anual e valor médio (VM) da AIH, por especialidade; internações por idade e sexo; mortalidade hospitalar por faixa etária; grupos de procedimentos especializados e de alta complexidade ambulatoriais com valores aprovados por ano no SUS; frequência de internações e valor anual nos procedimentos de média e de alta complexidade no SUS, por especialidade e internação por fratura de fêmur na população maior de 60 anos, este último incluído na pactuação de prioridades, objetivos, metas e indicadores do Pacto pela Saúde, na dimensão Pacto pela Vida. 29

O estado de Goiás possui 6.262 estabelecimentos de saúde registrados no CNES sendo 32,94% % de natureza pública e 67,06 % de natureza privada e filantrópica. Na atenção ambulatorial, dos 4.678 estabelecimentos cadastrados, 1.454 são de natureza pública (1.298 unidades de Atenção Primária e 156 de atendimento especializado) e de natureza privada e filantrópica estão cadastradas 20 unidades de Atenção Primária, 2.323 consultórios isolados e 881 Clínicas/Ambulatórios Especializados e Policlínicas, totalizando 3.224 estabelecimentos, além de 11 cooperativas de natureza privada. Na atenção às urgências/ emergências no componente préhospitalar fixo, estão cadastrados 25 Prontos-socorros públicos e 02 privados, além de 16 unidades mistas que fazem também atendimento às urgências. No componente pré- hospitalar móvel Serviço de Atendimento Móvel de Urgências Samu 192, são 68 Unidades Móveis Terrestres (63 de natureza pública). Na atenção hospitalar estão cadastrados 431 estabelecimentos (347 gerais e 84 especializados), dos quais 163 (37,82%) são de natureza pública (156 gerais e 07 especializados). Na área de diagnose e terapia, observa-se predominância de cadastramento dos estabelecimentos privados em relação aos públicos (678 privados e 39 públicos), incluindo 03 Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). Observa-se que estão cadastradas 28 Centrais de Regulação de Serviços de Saúde. 30

GO TABELA 1 Número de Estabelecimentos de Saúde Registrados no CNES, por Tipo de Unidade e Natureza do Prestador. GOIÁS, 2010 Tipo de Estabelecimento Público Filantrópico Privado* Total Central de Regulação de Serviços de Saúde Centro de Atenção Hemoterápica e/ou Hematológica Centro de Atenção Psicossocial Centro de Apoio à Saúde da Família Centro de Parto Normal Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde Clínica Especializada/Ambulatório Especializado Consultório Isolado Cooperativa Farmácia Medic Excepcional e Prog Farmácia Popular Hospital-Dia Hospital Especializado Hospital Geral Laboratório Central de Saúde Pública - Lacen Policlínica Posto de Saúde Pronto-Socorro Especializado Pronto-Socorro Geral Secretaria de Saúde Unid Mista - atend 24h: atenção básica, intern/urg Unidade de Atenção à Saúde Indígena Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose eterapia Unidade de Vigilância em Saúde Unidade Móvel Fluvial Unidade Móvel Pré-Hospitalar - Urgência/Emergência Unidade MóvelTerrestre Tipo de estabelecimento não informado Total 28 0 0 28 1 0 1 2 30 1 1 32 2 0 0 2 0 0 0 0 1.092 3 13 1.108 88 13 710 811 24 2 2.321 2.347 0 0 11 11 10 0 2 12 1 0 3 4 7 10 67 84 156 20 171 347 3 0 0 3 14 5 151 170 204 0 4 208 3 0 0 3 22 0 2 24 183 0 0 183 11 0 5 16 0 0 0 0 36 6 672 714 85 0 0 85 0 0 0 0 29 0 3 32 34 2 0 36 0 0 0 0 2.063 62 4.137 6.262 Fonte: TabNet/Datasus - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil - CNES. Acesso em setembro/2010. *Incluíndo sindicato. 31

Em relação à distribuição de leitos por especialidades, Goiás possui 17.574 leitos cadastrados no CNES e destes 12.618 (71,80%) estão disponíveis ao SUS. Existem no estado 1060 leitos de UTI, dos quais 654 (61,70%) disponíveis ao SUS, sendo estimado pelo Ministério da Saúde (MS) como necessário à população do estado, entre 703 e 1757 leitos de UTI 1. Destaca-se a insuficiência de leitos de UTI Neonatal, com 83 leitos disponíveis ao SUS quando seriam necessários 348 leitos para cobrir a necessidade da população, e de UTI Intermediária Neonatal para a qual existem 62 leitos, quando seriam necessários, pelos parâmetros do MS, 1.044. TABELA 2 Leitos Cadastrados no CNES e Percentual Disponível ao SUS por Especialidade. GOIÁS, 2010 Total de leitos cadastrados Especialidade SUS e não SUS % sus Cirúrgicos 4396 62,03 Clínicos 5616 74,66 Obstétricos 2324 74,05 Pediátricos 2467 79,49 Outras especialidades 2543 73,14..crônicos 559 79,43..psiquiatria 1879 70,68..reabilitação 89 80,90..tisiologia 16 100,00 Hospital/dia 228 68,42 Total 17574 71,80 Leitos de UTI Unidade intermediária 38 97,37 Unidade intermediária neonatal 67 92,54 Unidade isolamento 129 75,19 UTI adulto UTI infantil UTI neonatal UTI de queimados Total 547 53,20 138 57,25 132 62,88 9 55,56 1060 61,70 Fonte: TabNet/Datasus/CNES. Mês de referência: julho de 2010. 4 O Ministério da Saúde tem utilizado, para efeito de avaliação da cobertura de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Brasil, a Portaria GM/MS nº 1.101, de 13 de junho de 2002. Esta Portaria estima, a partir da necessidade de leitos hospitalares totais, a necessidade de leitos de UTI de 4% a 10% do total de leitos hospitalares. No caso específico de leitos de UTI Neonatal, considera-se como variável fundamental o preconizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), onde deverá a unidade dispor quatro leitos de terapia intensiva para cada 1.000 NV, sendo considerado um leito de UTI para cada três leitos de UCI. Nota Informativa 2010 Coordenação Geral de Atenção hospitalar/dea/sas/ms. 32