de 1,000 (um) for o IDH, melhor a qualidade de vida de sua população.



Documentos relacionados
FOCOS DE ATUAÇÃO. Tema 8. Expansão da base industrial

A POSIÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) EM RELAÇÃO AO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) E AO ÍNDICE DE GINI

Estudo Estratégico n o 5. Desenvolvimento socioeconômico na metrópole e no interior do Rio de Janeiro Adriana Fontes Valéria Pero Camila Ferraz

Boletim Econômico. Federação Nacional dos Portuários. Sumário

Estudo Estratégico n o 4. Como anda o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro? Valéria Pero Adriana Fontes Luisa de Azevedo Samuel Franco

IV. Visão Geral do Mapa Estratégico da Indústria Capixaba 2008/2015

TERESINA ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Crescimento e Desenvolvimento Econômico

Tema: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) Professor: Jonathan Kreutzfeld

DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006

Desenvolvimento e Subdesenvolvimento: O que é preciso saber para começar entender?

Caracterização do território

Gráfico 1: Goiás - Saldo de empregos formais, 2000 a 2013

Tema 12. Competitividade empresarial

Caracterização do território

Caracterização do território

Índice de Gini e IDH. Prof. Antonio Carlos Assumpção

Caracterização do território

Caracterização do território

Caracterização do território

Caracterização do território

BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR. Colégio Anglo de Sete Lagoas Prof.: Ronaldo Tel.: (31)

PROGRAMA TÉMATICO: 6214 TRABALHO, EMPREGO E RENDA

A Engenharia e o Desenvolvimento Regional. Palestrante: Prof. Dr. Ivaldo Leão Ferreira Professor Adjunto II VEM/EEIMVR/UFF

Perfil Municipal - Rio Bom (PR)

Objetivo 3.2. Melhorar a infra-estrutura de transporte e logística do Estado. As prioridades estaduais, segundo a visão da indústria, estão na

Estudo Comparativo

Um país menos desigual: pobreza extrema cai a 2,8% da população Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) foram divulgados pelo IBGE

Relatório produzido em conjunto por três agências das Nações Unidas

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Julho 2009

Notas sobre o IDH/PNUD 2010

Indicador ANEFAC dos países do G-20 Edição Por Roberto Vertamatti*

EVOLUÇÃO DO PIB SETORIAL E TOTAL DAS CIDADES DE HORIZONTINA, TRÊS DE MAIO, SANTA ROSA E SÃO MARTINHO

Indicadores Anefac dos países do G-20

3Apesar dos direitos adquiridos pelas

DO DESENVOLVIMENTO. Brasília março 2011

Análise do Perfil do Turista e Qualidade dos Serviços Turísticos

Glauco Arbix Observatório da Inovação Instituto de Estudos Avançados - USP. Senado Federal Comissão de infra-estrutura Brasília,

I Conferência Estadual de Desenvolvimento Regional

3 O Panorama Social Brasileiro

Perspectivas da Economia Brasileira

XXV ENCONTRO NACIONAL DA UNCME

População e PIB das cidades médias crescem mais que no resto do Brasil

Santa Catarina. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Santa Catarina (1991, 2000 e 2010)

Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

ser alcançada através de diferentes tecnologias, sendo as principais listadas abaixo: DSL (Digital Subscriber Line) Transmissão de dados no mesmo

Caracterização do território

São Paulo. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de São Paulo (1991, 2000 e 2010)

Rio Grande do Sul. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Rio Grande do Sul (1991, 2000 e 2010)

Pobreza e Prosperidade. Metropolitanas Brasileiras: Balanço e Identificação de Prioridades. Compartilhada nas Regiões

Analfabetismo no Brasil

Relatório Técnico da Palestra: Diagnóstico da Situação Educacional no Espírito Santo

Governo de Mato Grosso Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral Superintendência de Planejamento Coordenadoria de Avaliação

Perfil Municipal - Florianópolis (SC)

O AUMENTO DA COMPETITIVIDADE DO POLO INDUSTRIAL DE CUBATÃO. Marco Paulo Penna Cabral Effectio, associada a Fundação Dom Cabral na Baixada Santista

SITUAÇÃO DOS ODM NOS MUNICÍPIOS

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E NORDESTE

PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO MATO GRANDE 17/06/2015

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Síntese

Rio de Janeiro. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Rio de Janeiro (1991, 2000 e 2010)

ELABORAÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS

POLÍTICAS PÚBLICAS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E

Desenvolvimento Sustentável nas Terras

O passo a passo da participação popular Metodologia e diretrizes

Sobre a queda recente na desigualdade de renda no Brasil

APRESENTAÇÃO NO INSTITUTO DO VAREJO

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES

Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil. Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade.

A Concentração do Capital Humano e o Desenvolvimento das Cidades

AVALIAÇÃO SEGUNDO ENFOQUE POR PROBLEMAS DE SAÚDE: O CÂNCER DE MAMA

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL CONSTRUÇÃO CIVIL NO ESPÍRITO SANTO 2010/2014

CAPÍTULO 11. Poupança, acumulação de capital e produto. Olivier Blanchard Pearson Education

PL 8035/2010 UMA POLÍTICA DE ESTADO. Plano Nacional de Educação 2011/2020. Maria de Fátima Bezerra. Deputada Federal PT/RN

Redução do Trabalho Infantil e Suas Repercussões no Ceará ( )

INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA

Questão 1 O que é Fluxo Circular da Renda? O que são fluxos reais e fluxos monetários? Desenhe um e pense sobre como isso resume a economia real.

OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO

Tema do Projeto: REMUNERAÇÃO IGUAL PARA HOMENS E MULHERES

Conheça as 20 metas aprovadas para o Plano Nacional da Educação _PNE. Decênio 2011 a Aprovado 29/05/2014

Dimensão social. Educação

na região metropolitana do Rio de Janeiro

Na Crise - Esperança e Oportunidade. Desenvolvimento como "Sonho Brasileiro".(Desenvolvimento com Inclusão). Oportunidade para as Favelas

Departamento de Qualificação e Certificação e Produção Associada ao Turismo

4º PAINEL: INVESTIMENTO PRIVADO, INVESTIMENTO PÚBLICO E MERCADO DE CAPITAIS NO BRASIL

Caracterização do território

O Segredo do Sucesso na Indústria da Construção Civil

Plano Plurianual Anexo II Programas de Governo Finalístico Valores em R$ 1,00

OBSERVATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL BANCO DE DADOS REGIONAL. Eixo temático: Indicadores Sociais 1. Variável: IDESE

SISTEMA BANCÁRIO E SEUS DETERMINANTES

Crise e respostas de políticas públicas Brasil

Baixo investimento público contribui para desigualdade no acesso e queda em indicadores de qualidade

A Copa do Brasil. Secretaria de Políticas para as Mulheres. Governo Federal

Mesa Redonda: PNE pra Valer!

Caracterização do território

Caracterização do território

O desenvolvimento da indústria fornecedora de bens e serviços para petróleo e gás no Brasil e o BNDES

INDICADORES FINANCEIROS DE EDUCAÇÃO

RISCOS E OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA DE BENS DE CONSUMO. Junho de 2012

Caracterização do território

Voluntariado e Desenvolvimento Social. Wanda Engel

Transcrição:

RESULTADOS O Espírito Santo que se deseja em 2015 é um Estado referência para o País, na geração de emprego e renda na sua indústria, com conseqüente eliminação das desigualdades entre os municípios capixabas. O crescimento econômico rumo ao desenvolvimento sustentável que tanto se almeja terá como prioridade máxima a elevação da qualidade de vida da sociedade. Objetivo 14.1. Elevação da qualidade de vida. O Mapa Estratégico da Indústria Capixaba 2008/2015 contempla ações em três esferas fundamentais para elevar a qualidade de vida de seu povo: saúde, educação e renda per capita. A proposta é ampliar o acesso ao sistema de saúde, melhorando a sua qualidade. Em relação à educação, a criação de uma cultura empreendedora desde cedo, somada à melhoria da qualidade do ensino, principalmente o básico, irá fazer diferença no futuro. Quanto à renda per capita, a valorização do capital humano através da educação, seja por meio de programas de capacitação seja por outras iniciativas que melhorem a produtividade do trabalhador na indústria, permitirá sua valorização salarial. A eficácia dessas ações poderão ser medidas pelo aumento do Índice de Desenvolvimento Humano - IDH do Estado, atualmente em 0,765 (PNUD, 2000). Vale lembrar que quanto mais perto 131

de 1,000 (um) for o IDH, melhor a qualidade de vida de sua população. IDH ES O Índice de Desenvolvimento Humano considera longevidade, renda per capita e nível de educação da população capixaba IDH ES 0,765 (= 2000) 0,822 (= México 2004) 0,869 (ES 2025) Fonte: PNUD/ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL Objetivo 14.2. Diminuição das desigualdades regionais. O maior desafio na diminuição das desigualdades regionais no Espírito Santo será a promoção da desconcentração de riquezas em uma só região. Os dados mostram que 62,8% do PIB estadual estão concentrados na Região Metropolitana (Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Viana, Fundão e Guarapari) e 80% quando considerada a Macrorregião Metropolitana (IJSN, 2006). O Mapa Estratégico da Indústria Capixaba 2008/2015 propõe ações que incrementem as economias regionais, com estímulo a novos projetos nos municípios do interior. Isso será possível com o fortalecimento das cadeias e arranjos produtivos, que serão capacitados para fornecer serviços e produtos aos principais segmentos-âncora de desenvolvimento estadual. Para isso, a meta é que as cidades do interior tenham uma participação de 50% no PIB Estadual em 2015. Muitas das ações propostas pelo Mapa Estratégico da Indústria Capixaba 2008/2015 têm como foco a redução da concentração de riqueza na Região Metropolitana da Grande Vitória. O incentivo a investimentos em áreas menos desenvolvidas, como o Noroeste e Sul do Estado, terão prioridade. 132

O Índice de GINI, que mede a distribuição de renda de países e estados, afere o grau de desigualdade de uma região: o valor zero corresponde à igualdade perfeita e, 1 (um), à completa desigualdade. O Estado conseguiu, segundo dados da PNAD (IBGE, 2007) reduzir esse índice de 0,558 para 0,525, uma queda de 5,9% de 2005 para 2006, acima do percentual de redução do País - a redução nacional foi de 3,9% no período. Participação dos municípios do interior no PIB Estadual (%) Indica participação percentual dos municípios do interior (exclusive Região Metropolitana) no PIB total do Estado Participação dos municípios do interior no PIB Estadual (%) 37,2 (2005) 45,0 50,0 Fonte: IJSN/PIB MUNICIPAL Índice de GINI Indica a distribuição da renda do Espírito Santo. O valor 0 (zero) corresponde à equidade perfeita e 100 (cem) a completa desigualdade Índice de GINI 0,525 (2006) 0,518 (= SP 2006) 0,486 (= SC 2006) Fonte: IBGE/PNAD 133

Objetivo 14.3. Crescimento econômico. Com as informações do crescimento do Produto Interno Bruto - PIB via nova metodologia do IBGE, o Espírito Santo teve taxa média de crescimento entre 2002 e 2005 de 3,8% e o País de 3,3%. Mas o motor de todo processo de crescimento é a expansão do investimento, especialmente o privado. É fundamental, portanto, garantir a criação de um ambiente favorável aos negócios e remover as amarras que desestimulam e encarecem o investimento privado. As ações do Mapa Estratégico da Indústria Capixaba 2008/2015 contemplam o cenário de um Espírito Santo não só voltado para a indústria petrolífera, que simboliza e alavanca seu terceiro ciclo de desenvolvimento. As propostas que almejam um Estado desenvolvido sustentavelmente em 2015 prevêem um crescimento diversificado, apoiado em importantes segmentos-âncora e arranjos produtivos locais - APL s que contribuirão para o desenvolvimento dos municípios de uma forma mais igualitária. Crescimento real do PIB Estadual (%) Crescimento percentual anual real do PIB Estadual Crescimento real do PIB Estadual (%) 3,8 (taxa média 2002 a 2005) 5,0 (taxa média anual 2005 a 2010) 6,0 (taxa média anual 2010 a 2015) (ES 2025) Fonte: IJSN/PIB ESTADUAL 134

Objetivo 14.4. Expansão do emprego e da renda. O Estado já vem alcançando resultados importantes no campo social. O processo de redução da pobreza no Espírito Santo tem se dado, desde o início da década de 90, com quase o dobro da velocidade observada no País. Dados do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade - IETS mostram que de 2002 a 2005, a proporção de pobres diminuiu de 23,8% para 19,1%, e a de indigentes de 7,3% para 5,9% 1. Outro dado significativo: a renda disponível dos capixabas também tem crescido muito mais rapidamente que a dos demais brasileiros nos últimos anos: é a 5ª taxa mais elevada dentre os Estados brasileiros no período 1992-2005, segundo o mesmo IETS. Mas ainda há muito que se fazer, principalmente ao se pensar que vários projetos estão sendo prospectados para o Estado. A população capixaba precisa participar da divisão da riqueza que os grandes investimentos trarão para o Estado. O Mapa Estratégico da Indústria Capixaba 2008/2015 tem como um dos seus propósitos a valorização do capital humano, pois somente com o incentivo à educação e capacitação profissional de seus moradores é que se conseguirá ampliar o emprego e a renda no Estado. 1 O IETS define Linha de Indigência como o valor mínimo necessário para adquirir uma cesta alimentar nutricionalmente adequada em determinado momento e lugar. Já a Linha de Pobreza inclui, além do valor desta cesta alimentar, o valor mínimo para satisfazer o conjunto das demais necessidades básicas, isto é, considerando também as de habitação, vestuário, higiene, saúde, educação, transporte, lazer, etc. Os valores referem-se ao custo associado à satisfação das necessidades de uma pessoa durante um mês. 135

Taxa de desemprego (%) Indica o percentual da população capixaba desocupada Taxa de desemprego (%) 7,5 (2004) 7,0 6,2 (= PR 2004) Fonte: IBGE/PNAD PIB per capita (R$ de 2005 corrigido) Indica o valor do PIB do Espírito Santo dividido por sua população no mesmo ano PIB per capita (R$ de 2005 corrigido) 13.846 (2005) PIB 3,8% a.a. POP 1,7% a.a. 16.242 PIB 5,0% a.a. (2005 a 2010) POP 1,7% a.a. 20.077 PIB 6,0% a.a. (2010 a 2015) POP 1,5% a.a. (média nacional atual - 2002 a 2005) Fonte: IJSN/PIB ESTADUAL 136